Meu Diário
11/10/2017 23h25
ORIENTAÇÃO CGH (03) – PLANEJAMENTO PESSOAL

          Dando conclusão ao cumprimento da orientação feita na aula 02 do curso dos Guardiões, irei desenvolver o planejamento da última área: pessoal.

Você tem, por escrito, um planejamento da sua vida profissional, espiritual e pessoal?

Concluirei pelo relato da vida pessoal.

            Nasci em Areia Branca-RN, uma ilha salineira. Aos cinco anos meus pais se separaram e fui com minha mãe viver em Macau-RN, outra ilha salineira. Como minha mãe tinha muita dificuldade de sobrevivência, passou a fazer bolos e raivas para garantir a casa, aceitou que eu fosse morar com a sua mãe, Sinina (sinonímica de Severina), minha avó materna. Era uma pessoa rígida, de caráter independente, nunca foi casada, tinha seus companheiros e administrava uma boate, espécie de cabaré, na linguagem coloquial. Eu passei a viver dentro desse ambiente, mas totalmente envolvido com o trabalho e o estudo. Apesar de ser um ambiente com muito sexo e bebidas alcoólicas, eu estava protegido pela mão férrea de minha avó, que deixava a minha ligação acontecer sempre com o trabalho ou com o estudo. Ela morava cerca de um quilômetro distante de minha mãe, mas ocasionalmente eu ia até lá, momento que ficava muito feliz com as brincadeiras com meus irmãos, principalmente com os irmãos por parte de minha mãe, já que ela passou a conviver com outro homem.

            Com a idade de 18 anos fui para Natal, a capital do estado do RN para servir à Marinha do Brasil. Passei a morar longe dos meus familiares com muita dificuldades, devido ao meu comportamento introvertido. Procurei ajuda na igreja evangélica, tendo saído de lá por discordar quanto os princípios científicos que eu já considerava como corretos. Consegui passar no Vestibular de Medicina, e deixei a Marinha para colocar um comércio com o dinheiro que recebi, como forma de garantir a sobrevivência dos meus parentes, principalmente da mulher que casei que tinha sobre si a responsabilidade com a sua mãe e irmãos menores, entre eles um deficiente mental.

            Ao terminar o curso médico entrei na pós-graduação e conclui o doutorado. Casei com Edinólia, que trabalhava na enfermagem do Hospital Naval de Natal. Ingressei no governo do estado como médico, para trabalhar no posto de saúde do conjunto Santa Catarina, que havia sido entregue a população, tanto o posto como o conjunto. Fui um dos primeiros moradores desse conjunto e cheguei a ser presidente do conselho comunitário.

            Foi esse o período que começou a mudança dos meus paradigmas de vida, deixei de viver pela meta do amor exclusivo e passei a adotar o Amor inclusivo, como forma de praticar o Amor Incondicional. Isso transformou o meu casamento de fechado para aberto, e tanto eu como minha esposa poderíamos namorar com outras pessoas. Cheguei a me apaixonar por minha prima, e a minha esposa terminou não tolerando a situação e me expulsou de casa. Fui morar com minha prima, Sônia, e não tínhamos a ideia de casar, pela perspectiva que existia dela me abandonar se eu voltasse a namorar com outra pessoa. Como isso iria acontecer, eu sabia, o casamento não teria sentido. Mas como aconteceu a geração de uma filha, por acidente nos namoros, e eu tive que falar pra ela, pois iria reconhecer a filha como minha, e ela conseguiu tolerar tão forre evento, resolvemos casar. Nessa época eu já estava com 5 filhos: 3 com Edinólia, a primeira esposa; 1 com Sônia, apesar dela também não querer; e agora uma com Marinalva, também acontecido num acidente no namoro.

            Finalmente Sônia não conseguiu mais tolerar os meus constantes namoros, inclusive, dormia sistematicamente uma noite fora de casa. No dia que meu filho com ela, Eric, passou no vestibular, e eu fui encontrar com minha filha Adriana, por sentir que ela estava sendo discriminada, isso serviu de gota d’água para ela me jogar para fora de casa.

            Fui morar na praia sozinho, inicialmente com a companhia constante de Marinalva e Adriana, mas com as repetidas cenas de ciúme, tive que ficar afastado delas também. Atualmente tenho uma convivência maior com Simone em Ceará Mirim, desde que ela conseguiu comprar a sua casa e foi morar fora da influência da mãe. Desenvolvo uma intensa atividade profissional e espiritual, compreendendo que estou fazendo assim a vontade do Pai.


Publicado por Sióstio de Lapa em 11/10/2017 às 23h25


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr