Meu Diário
06/12/2017 23h26
PHOENIX – APRESENTAÇÃO

            Comparecemos, eu, Edmundo e José Lucena, à Câmara Municipal de Ceará Mirim, em 21-11-17, as 15h, para participar da Audiência Pública da apresentação do Instituto de Ação Social Phoenix.

            Em conversa prévia com a assessoria do vereador Marcos, que estava promovendo a Audiência Pública, percebemos que a apresentação não estava focada apenas no trabalho que o Instituto pretende realizar. Como vimos que não era politicamente correto lutar para a Audiência acontecer de acordo com o que estávamos planejando, concordamos em seguir como a Câmara costuma proceder.

            A Audiência teve início com a formação da mesa de trabalhos, bastante ampliada, com os três representantes do Instituto fazendo parte. Os demais convidados foram chamados inicialmente. Um pai de família, falando das dificuldades de assistir ao seu filho dependentes, a peregrinação até achar a Fazenda da Esperança onde teve uma melhora relativa. Depois foi a vez de um dependente químico que fez um depoimento sobre a sua dificuldade de recuperação, mas que foi possível através da ajuda de pessoas de bem e hoje se encontra trabalhando como profissional e dentro de atividades religiosas. Teve a palavra também um pastor, agentes de segurança e os vereadores presentes.

            Quando chegou a vez da apresentação do instituto, fiz a demonstração pelo Datashow. Resgatei o significado do nome Phoenix, que identifica o instituto. Disse que era uma ave mítica e que renasce das cinzas, assim como pretendemos fazer que o dependente químico consiga renascer das cinzas onde ele se encontra. Essas cinzas são representadas pelas consequências da dependência química, a deterioração dos valores éticos e morais, os prejuízos biológicos e psicológicos, e a perda da capacidade produtiva.

            Existem ações dentro da comunidade como no Hospital Onofre Lopes, os hospitais psiquiátricos, como João Machado e Severino Lopes, o Conselho Estadual de Entorpecentes, o Proerd, os CAPS ADs, Comunidades Terapêuticas, Grupos de Mútua Ajuda, etc. Mesmo assim a demanda de dependentes não é atendida à contento, muitos ficam nas ruas ou jogados no chão dos prontos-socorros esperando uma vaga de internação. É dentro dessas necessidades que o Instituto Phoenix atuará atenuando essas dificuldades.

            O desenvolvimento desse trabalho será feito inicialmente por um Ambulatório Multiprofissional especializado em dependências. A origem dos seus clientes virá dos CAPS, hospitais, Serviço Social, famílias, convênios, justiça, presídios e demanda aberta. Permanecerão no Ambulatório aqueles que tiver esse perfil, os pacientes e seus familiares. Quem necessitar de um tratamento mais aprofundado, será encaminhado para CAPS especializado, hospitais psiquiátricos, comunidades terapêuticas, igrejas, grupos de mútua ajuda, trabalho e cursos.

            A Prevenção Primária também será implementada com a parceria da UFRN através de curso à distância que originalmente deve ser oferecido à Escolas Públicas, mas que procuraremos ampliar para os diversos parceiros do Instituto Phoenix junto ao colaboradores que estiverem em contato com os dependentes e seus familiares.

            A importância do Instituto dentro da sociedade, tem um impacto significativo dentro do mercado, pois promoverá a higiene e a segurança nas atividades laborativas. Contribuirá para evitar a impontualidade, as faltas constantes e injustificadas no trabalho; o afastamento e acidentes; o desperdício de material; a diminuição da produtividade; as decisões erradas e demoradas; os gastos desnecessários; as ocorrências disciplinares; e aposentadorias precoce. Com todas essas perspectivas, o mercado, através das empresas, deve também contribuir para o resgate da saúde física e mental do trabalhador, comprometido ou em risco.

            Frente a tão grave problema que as drogas trazem, fica a pergunta: o que o mundo anda fazendo em alternativa à atual política? A criação e atuação do Instituto Phoenix se propõe a ser uma das respostas.   


Publicado por Sióstio de Lapa em 06/12/2017 às 23h26


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr