Meu Diário
04/04/2018 03h31
O LADO DIREITO

            Nas minhas diversas leituras, geralmente aleatórias, encontrei no livro “Lindos casos de Chico Xavier”, de Ramiro Gama, o texto 37 que me fez ficar curioso e trazer aqui para meus leitores:

            O LADO DIREITO

            Todas as coisas tem o seu lado direito e esquerdo, como temos nossas mãos direita e esquerda.

            Para nós, destros, tudo quanto fazemos com a direita sai mais ou menos certo; com a esquerda sai mais ou menos errado...

            Pedro, apóstolo pescador de peixes e de almas, quando pescava no Lago Genezaré juntamente com outros pescadores, lançava a rede pelo lado esquerdo e não apanhava nenhum peixe.

            Apareceu-lhe, então, Jesus e mandou que a lançasse, de novo, mas pelo lado direito, e a rede se rompeu de tanto peixe.

            Na própria escolha dos premiados, que saem vitoriosos de suas provas, o Mestre os separa dos fracassados, passando o primeiro para a sua direita e o segundo para a esquerda.

            O lado direito é, pois, o da Justiça, do Bom Combate, do Bom Caminho, da Vereda Certa, da Vida Verdadeira, da Verdade mesma.

            Assim conversávamos com o Chico, em caminho da Fazenda do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, quando o médium concluiu:

            - O lado direito é o lado de Deus.

            - O esquerdo é de César.

            O primeiro é dos que vivem com Deus, cumprindo-lhe a Lei. O segundo é dos que estão apenas vivendo para o mundo e desejando o muito sem Deus.

            Este texto parece muito determinista entre o bem e o mal, localizados à direita ou a esquerda, respectivamente. Mas vamos focar na simbologia que leva à conceituação. Na Bíblia, o livro sagrado, o lado direito assume essa conotação de estar mais perto da vontade de Deus. A partir daí pode se justificar a preferência positiva pelo lado direito. Mas, como é que isso se perde no contexto político? Por que a esquerda é vista com mais glamour, que os seus integrantes exigem posturas fortes dentro da sociedade, que implicam até no uso da violência, que contamina igrejas, universidades, parlamentos, gabinetes e comarcas? Por que os atos genocidas que a história mostra, associados à esquerda e ao socialismo/comunismo, não são devidamente absorvidas pelas consciências? Será que estão, a partir das escolas, condicionadas dentro do erro, ou hipnotizadas pelo mal?

            Por outro lado, a direita... por que, se está tão próxima da vontade de Deus, passam os seus integrantes a explorarem o suor dos irmãos, aplicando um capitalismo selvagem, onde cada vez mais os recursos são concentrados na cúpula da pirâmide social e a base rasteja sem dignidade humana em busca da sobrevivência?

            Tanto num como noutro caso, o fator convergente para a emergência do mal, é o egoísmo, que tanto está colocado à direita quanto à esquerda, e que se manifesta na forma de corrupção, as mais diversas, apoiada pelas mentiras e hipocrisias.

            O antídoto para nos livrar dessa influência maléfica que vem de todos os lados, é usar a Verdade em todos os momentos.

 


Publicado por Sióstio de Lapa em 04/04/2018 às 03h31


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr