Meu Diário
24/04/2018 23h59
TERAPIA DO EVANGELHO   

               Inspirado numa apresentação de Luiz Lima, palestrante espírita, irei desenvolver a terapia inspirada no Evangelho, com a metáfora feita por ele, com poucas modificações feitas por mim, do medicamento feito em laboratórios e vendido em farmácias.

            Consideremos a Terra como um hospital, uma região insalubre, onde as aflições superam as alegrias. Jesus, como o médico dos médicos, nos trouxe a melhor medicação que podíamos ter, o Evangelho. A sua principal indicação é para corações endurecidos, petrificados nos desejos animais, nos instintos primários. Esse medicamento tem como ingredientes, concentrados de Amor, Caridade e Perdão. Pode ser classificado como um medicamento cardiotrópico (que tem afinidade pelo coração), assim como existe o medicamento psicotrópico (que tem afinidade pela psique).

            Vamos agora observar a bula desse medicamento, e como qualquer bula de remédio, é dividido em 15 itens.

  1. Apresentação: administração por via visual ou auditiva. Para uso adulto ou pediátrico.
  2. Composição: cada gota deste medicamento contém concentrados de amor, caridade e perdão. Contém também subcompostos misericordiosos.
  3. Informações ao paciente: este medicamento atua em enfermidades generalizadas, com particular ênfase em processos de sofrimento e incompreensão. Deve ser armazenado em locais de fácil acesso. Deve ser conservado em sua embalagem original, porém não está sujeito aos efeitos de parâmetros físicos tais como tempo e espaço. Desenvolvido e recomendado para casos de petrificação do coração.
  4. Informações técnicas: os subcomponentes misericordiosos deste medicamento interagem de forma sinérgica com os processos vitais do indivíduo. Os demais componentes básicos atuam de forma direta no coração e nos compostos vitais do organismo. A liberação de caridade pela corrente sanguínea reestabelece sinais característicos do bem estar, levando o paciente a melhores estados de autoestima.
  5. Indicações: corações petrificados, cheios de ressentimento, que geram ódio e vingança; sofrimentos generalizados ou localizados; refazimento de processos energéticos; reestabelecimento da confiança e do bem estar; descontentamentos e alterações provocados por distúrbios não característicos do organismo.
  6. Contraindicações: nenhuma. Este medicamento é para uso universal, não sendo conhecidas restrições de qualquer tipo.
  7. Advertências: este medicamento não precisa de prescrição médica. Dependendo do indivíduo, este produto poderá trazer manifestações de bem estar com intensidade acentuada, além das expectativas do paciente. Pode induzir a mente a profundas reflexões e meditações anteriormente não percebidas pelo paciente. Pode em certas situações, apresentar dificuldades na digestão. Os resultados são obtidos com tempo e com persistência.
  8. Gravidez e lactação: este produto é indicado especialmente para gestantes e lactantes por conter elementos básicos no auxílio da formação e sustentação dos recém-nascidos. À medida que o medicamento é administrado às gestantes, ele é absorvido automaticamente pelo indivíduo em desenvolvimento no útero.
  9. Uso pediátrico: a segurança e a eficácia dos componentes deste medicamento têm sido demonstrado em todos os estudos ao longo dos séculos.
  10. Interações medicamentosas: a administração concomitante de passes, meditações, e reflexões assim como a frequência a ambientes favoráveis a mente tende a aumentar a eficácia deste medicamento, sendo, portanto, recomendados sobremaneira. Este medicamento está sujeito a atuação e interferência do livre arbítrio.
  11. Reações adversas: podem ocorrer processos incomuns decorrentes da atividade da caridade, amor e perdão; estes processos incluem sofrimentos devido a expurgos pendentes, sensação de flutuação em consequência da absorção dos ingredientes e sensação de falta de aprisionamento; há, ainda, relatos de pacientes que experimentam incontrolável sensação de liberação e grandiosidade. O paciente poderá, em certos casos, demonstrar forte desejo de promover o medicamento para utilização por outros indivíduos.
  12. Posologia: a dose mínima recomendada deste remédio é de 1 unidade básica (palavra, frase, capítulo, etc.) por dia, porém sujeita ao livre arbítrio de cada indivíduo. A eficácia do tratamento é especialmente observada quando o paciente mantém disciplina e regularidade na administração do medicamento.
  13. Superdosagem: não há limites estabelecidos para uma dose máxima, a não ser aqueles correlacionados com o livre arbítrio de cada indivíduo.
  14. Pacientes idosos: normalmente mais sensíveis aos medicamentos, devem ser auxiliados por profissionais voluntários capacitados, pelo menos na fase inicial do tratamento.
  15. Farmacêutico e Terapeuta responsável: Jesus de Nazaré. Especialidade – Mestre, modelo, guia.

Esta é a orientação básica para todos aqueles que desejam usar o remédio do Evangelho, mas não basta ler a bula, é preciso tomar a medicação. Lembrar que o Pai já nos mandou três “farmacêuticos” com medicamentos apropriados a cada momento de nossa evolução. O primeiro foi Moisés, com a imposição dos 10 mandamentos; o segundo foi Jesus, com o aconselhamento do Evangelho; e o terceiro foi com o Espírito da Verdade que veio através do trabalho de Allan Kardec nos explicar porque nós temos que agir dentro das lições do Evangelho.

Não podemos simplesmente tentar conviver com o Evangelho, na medida que ele não perturbe os nossos interesses pessoais. A Lei de Deus não é um conjunto de obstáculos. O Evangelho é uma ferramenta de transformação, um manual de evolução pessoal, uma religiosidade sem dogmatismos, e a melhor prescrição médica para a alma que já nos foi oferecida.

O livro “Roma e o Evangelho nos traz uma frase bastante significativa para o que estamos querendo simbolizar com este texto: “Espiritismo teórico é uma filosofia; espiritismo prático é uma virtude.”


Publicado por Sióstio de Lapa em 24/04/2018 às 23h59


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr