Meu Diário
07/12/2018 02h01
O PRIMEIRO ANO DO RESTO DA MINHA VIDA

               Já fiz um texto com este título em outro momento, não lembro bem qual foi a motivação. Mas agora surgiu outra motivação e pretendo dar seguimento. Como assim?

               Este ano completei 66 anos. Tenho como mestre absoluto Jesus Cristo o meigo rabi da Galiléia, que viveu apenas 33 anos, que fez a sua missão nos últimos três anos de sua vida. Então, neste ano completo o dobro da Sua idade... sim, parece que lembro qual foi a motivação de ter escrito antes um texto com este título. Foi quando completei 60 anos e imaginei que, se jesus ao completar 30 anos teve três anos para realizar sua missão, então eu, que sou bem menos aquinhoado do ponto de vista espiritual, poderia nesse momento realizar alguma tarefa significativa durante os seis anos seguintes. Parecia para mim uma condição adequada, afinal eu estava usando o dobro do tempo, tanto em vida preparatória como em tempo necessário a realização de uma tarefa, mesmo que fosse bem mais simples, mas que eu considerasse significativa dentro dos meus limites racionais e espirituais.

               Agora, ao completar 66 anos, vem à mente outra programação que talvez seja mais viável, frente a imensa diferença que existe entre mim e o Mestre. Vivi o dobro da Sua existência e fazendo uma projeção dentro de uma perspectiva mais factível, poderei considerar o tempo de vida de 99 anos. Portanto, estou vivendo agora o “primeiro ano do resto da minha vida”, e terei 33 anos daqui para frente para construir algo que me dê a satisfação de ter contribuído significativamente com a humanidade.

               Dentro desse contexto, posso trabalhar minhas limitações cognitivas e espirituais para evoluir com foco na construção de algo que ainda não tenho delineado na minha mente. Sei apenas que sigo intuitivamente às determinações do Pai e para onde Ele me apresenta caminhos estou seguindo, com a intenção de expressar o amor incondicional dentro dos meus mais diversos tipos de relacionamento.

               Devo me comportar cada vez mais focado nessa determinação, de usar esses 33 anos de vida que acredito ser concedido, para cuidar com mais esmero do corpo biológico que utilizo. Sei que na primeira fase da vida, no primeiro terço, foi o momento de preparação do meu corpo, com a força dos hormônios e encaminhamento de convicções, com a geração dos empregos, do casamento, da geração de filhos; a segunda parte, segundo terço de vida, foi a fase da consolidação do que iniciei, a construção, tanto no aspecto familiar, quanto no social, financeiro, e espiritual.

               Este último terço de vida, cujo primeiro ano dos 33 projetados começa agora, tenho o reconhecimento da queda dos níveis hormonais, redução da potência biológica, orgânica, mas, por outro lado, maior vigor dos princípios espirituais que não sofrem tanto a competição com os instintos.

               A memória física é um dos fatores que devo preservar, para que todo esse paradigma de vida que acabo de descrever não se perca por não poder resgata-lo a todo momento que precisar.

               Este trabalho que realizo aqui, postando o que vem à minha consciência, serve tanto para a reflexão de meus leitores, quanto para minha própria reflexão e que devo colocar em cada texto que farei o tempero destas intenções.


Publicado por Sióstio de Lapa em 07/12/2018 às 02h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr