Meu Diário
05/02/2019 02h01
A CIÊNCIA E A BÍBLIA

            Tenho muitas restrições com relação a Bíblia, principalmente o Velho Testamento. Tenho muita consideração pela ciência, que trabalha em busca da verdade, de retirar a cortina de ignorância dos nossos olhos. Muitos acreditam que na Bíblia está a palavra de Deus, eu não entendo que seja assim. Vejo a Bíblia como uma coletânea de livros, feita por um povo que tinha um bom relacionamento com o Deus que eles acreditavam, e que foi descrito de uma forma no Velho Testamento, conforme Moisés e tantos profetas, e que difere daquele do Novo Testamento ensinado por Jesus. Este eu acredito que é o verdadeiro, pois é o que sintoniza com o amor, que deve ser a essência de Deus.

            Mas, recebi um texto com o título acima, que cita o comportamento de um cientista bem conhecido, Louis Pasteur, que merece ser reproduzido aqui para nossas reflexões. 

A Ciência & A Bíblia

Um senhor de 70 anos viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem

universitário, que lia o seu livro de ciências.

O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.

Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:

O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?

Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?

Respondeu o jovem:

- Mas é claro que está!

- Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias.

- O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.

- É mesmo? - indagou o idoso senhor.

E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?

- Bem - respondeu o universitário -, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe-me o seu cartão, que lhe enviarei o material pelo correio, com a máxima urgência.

O velho, então, cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.

Quando o jovem, descendo na plataforma, leu - curioso - o que estava escrito, e sentiu-se profundamente constrangido.

O cartão dizia:

Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.

E um pouco mais abaixo, uma frase estava escrita, em letras góticas negritadas:

" Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima".

[Fato verídico, ocorrido em 1892, narrado na Biografia de Louis Pasteur]

A leitura estava sendo feita na parte do Novo Testamento, na Bíblia, e, portanto, estava sintonizado com o Deus de amor citado por Jesus. Somente a colocação de que a Bíblia é a palavra de Deus destoa do meu modo de pensar, pois entendo que ali tenha mais o interesse humano apoiado pelo Deus dos exércitos, do que o interesse do Deus do amor. Mas a finalização é perfeita, mostrando a humildade do cientista, a prepotência do estudante e devida colocação, sem alardes, inscrita no cartão.


Publicado por Sióstio de Lapa em 05/02/2019 às 02h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr