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UMA ORAÇÃO EM OUTUBRO 2014
Pai,
Agradeço a confiança que depositas em mim, mas tenho medo.
Medo de não ter forças, inteligência ou coragem para colocar na prática, junto aos meus irmãos, o que desejas de mim.
Tenho medo até de pronunciar os pensamentos que colocas em minha cabeça, que podem me considerar atacado por forças perversas, que estou num processo de enlouquecimento, que uma estranha insanidade me leva no caminho de falso profeta.
Mas sei que é a Tua voz que inunda a minha mente sem emitir nenhum som, que preenche o meu coração de vitalidade, que faz os meus olhos transbordar de tanta emoção.
Como eu não poderia reconhecer a Tua voz, meu Pai?
Se o que ela me diz é o que minha racionalidade interpreta, que é o que Tu faria se tivesse em meu lugar?
Num instante que vou na direção que Tu permite, em outro instante Tu coloca outra direção para o meu comportamento, que mesmo sem abandonar os caminhos anteriores, agora devo colocar novos níveis de prioridade.
Sei que devo controlar o meu medo, pois o Teu processo de ajuda, Pai, sempre estará ao meu lado. É como acontece quando vou para uma palestra e que minha mente confusa e temerosa sofre um apagamento de todos os meus conhecimentos. Mas de repente as palavras surgem concatenadas, harmônicas e verdadeiras, que não posso deixar de reconhecer que foi devido a Tua intervenção, Pai.
Assim eu fico mais seguro, pois nas situações mais difíceis sempre aparecerá um caminho mais apropriado, a palavra mais coerente.
Sei o que Tu espera de mim, Pai, e que não podes intervir. É com relação ao meu livre arbítrio que deve, por minha livre vontade, está sintonizada com a Tua vontade e não com os meus desejos corporais, pelos meus interesses materiais.
Toda a minha conduta deverá sempre ter como prioridade à Tua vontade, apesar que eu tenha que cumprir os meus compromissos materiais relacionados com a sobrevivência do corpo e de minha descendência.
Tu sabes que eu tentarei fazer isso, Pai, a Tua vontade. Mas sei que não terei tanta energia como deveria e por isso peço perdão, misericórdia e ajuda para sair desse atoleiro que as vezes eu sinto que me encontro, sem conseguir dar mais um passo à frente.
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 30/10/2014


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr