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(AI-02) EVANGELHO E TRANSFORMAÇÃO
Para o homem sair da condição animal onde a Natureza nos colocou e partir para a condição de angelitude onde a promessa de evolução espiritual nos espera, é preciso romper com as exigências instintivas incompatíveis com esse propósito espiritual.
A missão que Jesus recebeu do Pai foi vir até nós, encarnar nas estruturas biológicas como nós fazemos e nos ensinar a Lei do Amor (incondicional) como ferramenta imprescindível à evolução espiritual. O uso que podemos fazer da racionalidade, mesmo ela funcionando dentro do cérebro, órgão do corpo e portanto submetido diretamente à força dos instintos, é para ver a coerência de tudo que existe ao nosso redor, das diversas teorias sobre a origem e destinação da vida, e aceitar conscientemente a que considerar mais correta, mesmo que isso vá de encontro aos interesses egoístas do corpo.
Ao considerarmos a prevalência do Espírito comparado ao Corpo, da imortalidade daquele e da brevidade deste, da realidade do mundo espiritual e da falsa aparência das formas do mundo material, verificamos a coerência das lições que Jesus nos trouxe e do esforço que devemos fazer para a evolução do nosso Espírito.
Nesse sentido, a importância do Evangelho, onde estão escritas as lições que Jesus nos deixou, não deve ser simplesmente mística ou religiosa, mas iniciática, uma forma de iniciação prática dos ensinamentos teóricos. Fazendo isso estaremos dando prioridade aos valores espirituais, controlando as forças instintivas de interesse do Ego, fazendo uma Reforma Íntima daquilo que herdamos biologicamente e do que aprendemos culturalmente. Assim, teremos que eliminar hábitos, vícios e costumes perniciosos; defeitos morais, sentimentos e pensamentos incompatíveis com a evolução espiritual; e, por outro lado, buscando adquirir virtudes próprias do homem novo, transformado, conquista da sinceridade, desejo, vontade e determinação de alcançar a meta espiritual.
Qual a forma de alcançar isso, o regulamento, a lei que devo seguir? A Lei do Amor, bem ensinada pelo Cristo, principalmente nos dois primeiros grandes aspectos: “Amar a Deus sobre todas as coisas”, pois em tudo está a energia divina, por todo o Universo, no macro e no micro cosmo, inclusive dentro de nós; e, segundo, “Amar ao próximo como a si mesmo”, pois o próximo é um simples reflexo do que eu sou, que reflete Deus da mesma forma que eu, pois tudo de bom ou de mal que eu possa fazer a ele, automaticamente se volta para mim mesmo.
Atingindo esse nível de consciência, armado com o Evangelho e tendo a Lei do Amor, a Lei de Deus dentro da minha consciência, estaremos prontos para construir novos relacionamentos mais coerentes com a vontade do Pai e capaz de formatar a Família Universal, e por conseguinte, o Reino de Deus
Sióstio de Lapa
Enviado por Sióstio de Lapa em 07/04/2018


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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr