Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
29/06/2014 03h42
VIAGEM A ASSU

            Como já estava planejado há um ano, ontem viajei para Assu com meus irmãos, para a casa dos pais de N., que fica dentro de um sítio há 20 km da cidade. Ficou combinado que eu iria com minha companheira S., já que este ano ela tem prioridade nas viagens que eu fizer fora de Natal, como no ano passado foi M.. Como S. adoeceu e não pôde vir, pensei ainda em convidar M. junto com A. para virem comigo. Porém, como elas se mostraram também adoentadas na noite anterior, e como notei que M. ficou muito ressentida pelo fato de eu ter lhe convidado para assistir o jogo do Brasil x Camarões de última hora, achei melhor não arriscar outra contrariedade. Foi comigo na condição de companheira fraterna, apenas E.            

            A viagem foi realizada dentro da tranquilidade, com um pequeno transtorno, o carro de C. dirigido por F, bateu no meio fio e estragou o pneu sendo necessário parar e trocá-lo. Paramos no comércio da cidade por cerca de uma hora. Fomos direto para o sítio e fizemos logo o almoço, pois estava na hora de começar o jogo Brasil x Chile que assistimos de 13 as 17h.

Interessante o meu estado de ânimo quanto a torcer pela seleção brasileira. Como sei dos inúmeros atos de corrupção praticado pela elite política do país, vejo que uma vitória do Brasil é como se tivesse dando aval a esse tipo de comportamento tão nocivo aos brasileiros. Apesar ainda de notar que a seleção não tem o brilho de seleções de copas do mundo passadas.

            O placar final foi resolvido nos pênaltis passando o Brasil adiante depois de muito sacrifício. Fomos jogar baralho logo em seguida e só paramos para o jantar. Depois foi acesa a fogueira em homenagem a São Pedro e sentamos em roda para conversar. O tema da conversa terminou em volta dos abusos que são cometidos pelos dirigentes políticos quanto ao nível de corrupção. Não fizemos leitura evangélica.

            Logo após, fomos todos para o hotel Oásis por volta das 21 horas, onde havíamos feito uma reserva para nós, quinze pessoas, ficar hospedado até o dia seguinte.

            Chamo a atenção do carinho que fomos recebidos por nossos anfitriões no sítio, e a notícia que S. me deu de que a sua doença que impediu a sua vinda é um possível quadro de dengue e que ela estava assustada com a situação.

            Fico triste com uma situação dessas, pois na construção da família ampliada que eu procuro fazer, todos devem agir com fraternidade, como se realmente fossem irmãos de uma qualidade bem diferenciada. No entanto eu vejo minhas principais companheiras se digladiando no meio de sentimentos inferiores de egoísmo, ciúme e intolerância, incapacitando a ajuda fraterna de uma com a outra quando, por exemplo, circunstâncias como esta volte a acontecer e eu não possa estar perto.

É como se elas tivessem por dentro de suas convicções a esperança de conviver exclusivamente comigo, fato que elas sabem que a ideologia a qual eu sou fiel é aquela do Amor Incondicional e que constrói a familiar de forma ampliada, com o amor inclusivo, que acolhe todas na forma de solidariedade e fraternidade.

            Sinto-me incapacitado de resolver essa situação e já deixei a solução nas “mãos de Deus”, pois como esse caminho que procuro seguir entendo como sendo a vontade dEle, então nada mais justo que Ele resolva essa questão.

            Enquanto isso procuro seguir fazendo o melhor que posso, tolerando, perdoando e refletindo o Amor que recebo do Pai a cada dia.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/06/2014 às 03h42
 
28/06/2014 00h01
FOCO DE LUZ (10)

            A reunião do Projeto Foco de Luz foi retomada no dia 26-06-14 após os jogos da copa ocorridos em Natal. A reunião foi realizada na Central de Artesanato da Praia do Meio, coordenado por Ezequiel, do Departamento de Esportes, junto com Ozineide, administradora do empreendimento.

            Estavam presentes na reunião as seguintes pessoas: Ozineide (8706-7079), Damares, Radha, Edinólia, Ana Paula, Ezequiel, Nivaldo, Severino, Paulo, Francisco, e Davi.

            Inicialmente do explicado para Ozineide, nossa anfitriã, qual o objetivo da nossa visita. Expliquei que eu sou professor da UFRN e que criei um projeto de Extensão Universitária intitulado Foco de Luz, com o objetivo de auxiliar a comunidade no combate à violência. Em seguida percebemos a necessidade de reativermos a Associação de Moradores e Amigos da Praia do Meio como forma de fortalecer a comunidade junto aos órgãos públicos e opinião pública.

            Em seguida foi feito o informe de que o presidente do CONEM, delegado Magnus Barreto foi contatado e combinado uma reunião com o departamento de esportes na próxima semana. Em seguida passamos a discutir o objetivo dessa reunião nas dependências do Shopping Central do Artesanato para discutimos a questão do comércio no bairro da Praia do Meio. Ozineide colocou sua experiência negativa com a falta de participação dos interessados que não se envolvem para resolverem os problemas da comunidade.

            Como a reunião foi organizada para discutir a questão do comércio, combinamos que seria feito um convite através da Associação dos Moradores, com o apoio do projeto Foco de Luz, para ser entregue a cada comerciante da Praia do Meio. O convite será elaborado em nome da Associação, na sede do Projeto Foco de Luz, no Departamento de Medicina Clínica, no HUOL. Ezequiel se voluntariou para entregar um convite a cada comerciante, com data marcada para o dia 24-07-14, no Shopping do Artesanato Mãos de Arte, que deverá ser confirmado. Nesta reunião ampla serão levantados todos os problemas identificados pelos comerciantes e construir uma pauta de resoluções. Ficou indicado o nome de Ozineide para representar o Departamento Comercial da Associação em caráter temporário, até a realização das eleições, que deverá ocorrer no início do próximo ano.

            Foi ressaltado também a importância de ser fortalecido o quadro de associados com o pagamento regular da taxa mínima de 5,00 reais. Esse valor será revertido sempre em benefício da comunidade, principalmente com a confecção de um jornal que será entregue especificamente a cada sócio e a cada comerciante patrocinador.

            Na próxima semana, quinta feira, em nossa reunião regular, convidaremos as autoridades da Segurança Pública para ficarmos cientes das estratégias de proteção ao cidadão e em que ponto a Associação pode interagir simbioticamente nesse trabalho.

            Foi listado o nome das seguintes autoridades para serem convidados para essa reunião que deverá ser realizada no auditório do Centro de Artesanato Pâmpano, no próximo dia 03-07-14: Magnus Barreto (presidente do CONEN), Coronel Araujo (Comandante do policiamento), Coronel Alves (Comandante do policiamento turístico), e o Delegado do Bairro.

            Por volta das 20:30h foi encerrada a reunião, todos em círculo fazendo a oração do Pai Nosso, puxado por Ozineide. Depois fizemos as fotos para o registro da atividade, e todos ficaram cientes da próxima reunião do Auditório do Pâmpano com o objetivo de discutir a segurança.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/06/2014 às 00h01
 
27/06/2014 00h01
AMOR E FIDELIDADE

            O Amor é a energia mais forte do Universo, que cria os mundos, os seres, e os harmonizam num processo evolutivo sintonizados com o tempo.

            A Fidelidade é uma direção dos pensamentos e de comportamentos que devemos seguir coerente com a Verdade que nos liberta dos erros da ignorância.

            Sei que estou na Terra convivendo com diversas mentalidades e cada uma possui determinada porção da Verdade. Algumas verdades destoam de outras e isso significa que deve ser feito ajustes no pensamento em direção a Verdade essencial. Sei que muita gente já adquiriu porção da Verdade muito maior que aquela que conquistei, porém imagino que a maioria das pessoas ao meu redor talvez nem saibam dessa Verdade.

            Reconheço dentro da minha consciência a vontade de Deus que deseja ser expressa por meu comportamento na direção da construção do Seu Reino. O amor que tenho a Ele motiva a realização desse serviço com fidelidade. Não devo desviar dele por outros motivos, geralmente pessoais, de prazeres corporais, de compromissos materiais.

            Da mesma forma que eu penso, eu sei que cada pessoa tem o direito de pensar e de identificar na sua consciência o que Deus quer de si. E fazendo isso deve ser fiel também a essa vontade de Deus. A partir daí podemos observar diferenças marcantes que levam a incompatibilidade de pensamento, sentimento e comportamento. Mesmo existindo uma só Verdade, o caminho para chegar a ela pode ser variado. Cada um pode seguir uma vereda e de igual forma chegar a Verdade essencial.

            Observamos isso no exemplo do Cristo. Ele chegou à Terra com uma missão bem clara, que começou a exercer aos 30 anos de idade. A Sua missão era ensinar sobre o mundo espiritual, da nossa filiação com Deus, da capacidade que temos de ser uno com Ele, de comunicar sempre com Ele através da oração e de preparar o Seu Reino aqui na Terra. Tudo isso através da aplicação do Amor Incondicional.

Ele fez contato mais íntimo com os doze apóstolos e mostrou a eles que a Sua verdade era mais importante ou mais correta que a deles, e por isso eles passaram a segui-Lo, passaram a ser fiel a Verdade que Jesus ensinava. Podemos observar que a personalidade da pessoa fica em segundo plano, mesmo que essa personalidade seja a de Jesus. O mais importante é a Verdade que Ele prega, pois se Ele não for fiel a essa mensagem, Ele perde a força da coerência. Assim, sou fiel a uma Verdade que acredito como correta, não a pessoa A, B, ou C. As pessoas enquanto aspecto físico perdem suas importâncias; o importante é o grau de consciência, fiel a determinado aspecto bem mais próximo da Verdade essencial. Os corpos são apenas instrumentos operacionais das forças que se dirigem ou não à essa Verdade.

            Assim, dentro dessa perspectiva, adquiri a consciência do caminho que devo seguir, de construir a família ampliada como uma aproximação da família universal que deverá compor o Reino de Deus. Muitas pessoas se aproximam de mim e todas tem dentro de seus conceitos a formação da família nuclear. Caso queiram seguir esse caminho da família nuclear, sabem que estão num caminho diferente do meu, não podem caminhar juntos comigo, pelo meu caminho. Podemos caminhar em direção a Verdade Essencial, a Deus, por esses caminhos diferentes, podemos fazer trabalhos profissionais, comunitários, sem problemas. Podemos ser amigos, vizinhos, confidentes, sem problemas. Nós temos o mesmo foco final, uma ética que nos leva a Deus. Agora a caminhada íntima só pode ser feita por quem comungue o mesmo ideal, que seja fiel a mesma ideia.

            É minha responsabilidade esclarecer para cada pessoa que se aproxime de mim com desejos de caminhar por minha estrada, saber com detalhes como é que ela está projetada, como será o caminhar, em que destino eu quero chegar. A pessoa interessada deve avaliar com honestidade se vale a pena deixar de lado o que antes defendia como certo, sua instrução familiar, escolar e cultural para aceitar a verdade do que eu digo. É o caso de trocar a verdade dela por minha verdade. Esse é o momento crucial. Essa permuta deve ser feita com toda avaliação possível, dos riscos e benefícios, da coerência ou não, da coragem ou não de mudar dentro de uma cultura adversa. Os aspectos culturais, corporais, instintivos, românticos, todos devem ficar em segundo plano. A ideia diferente é que está sendo posta em avaliação, de sua aceitação ou não. A aceitação da ideia nova implica em ser fiel a ela, não importa em que circunstância, perto ou longe, alegre ou triste, só ou acompanhado.

            A ideia da construção da família ampliada passa a ser o caminho, a verdade imediata a ser seguida sem tergiversações, sem murmurações. Não é que a pessoa seja fiel a mim, é fiel a uma ideia que pode em alguns momentos ser até contrários aos meus interesses pessoais. Como por exemplo, se uma das minhas companheiras se associar a outro companheiro que comungue das mesmas ideias. Essa situação reforça a ideia da família ampliada, mas destoa dos meus interesses pessoais, machistas, preconceituosos, exclusivistas... Mas isso é secundário, não afeta o meu sentimento de Amor; o que importa é a ideia da qual eu sou fiel como qualquer uma de minhas companheiras deve ser, em qualquer circunstância.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/06/2014 às 00h01
 
26/06/2014 07h18
AMAR E SERVIR

            Outro trecho do Evangelho levanta dúvida na minha mente, mas logo em seguida uma certa compreensão da sabedoria de Jesus. Ele diz:

            “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: apascenta os meus cordeiros. (...) Simão, filho de João, amas-me? – e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas”.

            Essa pergunta repetida que Jesus faz a Simão, que Ele passou a chamar de Pedro, para mim soa como desnecessária e até impertinente, justificando a reação de Pedro. Seria então Jesus inseguro ou impertinente como minha lógica tenta classificar?

            Mas, analisando com mais profundidade a questão, vejo que Ele não faz a pergunta isolada, segue a ela um pedido imperativo: apascenta minhas ovelhas!

            Jesus sabia antecipadamente que muitos iriam entender a Sua mensagem, mas logo cairiam no esquecimento voltando aos padrões egoístas anteriores. Era necessário alguém que lembrasse as lições do Mestre e os compromissos assumidos pelas ovelhas. Pedro seria essa pessoa com essa responsabilidade. Então, Ele teria que reforçar na mente do dedicado pescador essa responsabilidade. Para fazer isso era necessário trazer à tona a motivação principal, lembrar a Pedro do motivo pelo qual ele O seguia: o Amor. Pedro O reconhecia como verdadeiro profeta, filho de Deus e que ensinava a Lei do Amor identificado com o Pai. Por isso Pedro O amava e estava aprendendo a refletir este mesmo Amor entre as pessoas do seu convívio. Jesus sabia que Pedro era honesto, apesar de impulsivo. Sabia que ele O amava por reconhecer nEle essas características divinas, mas sabia que ele poderia esquecer todas essas lições quando o Mestre não se encontrasse mais na vida material. Era importante associar o sentimento de Amor que ele possuía com o serviço necessário de reativar e levar à frente Sua mensagem no futuro. Pedro, com sua mente rústica, logo pensou como eu, ficou irritado e descontente com tanta insistência em saber de um sentimento que o Mestre já devia conhecer nele. Não fez a devida conexão com o pedido imperativo, “apascenta as minhas ovelhas” que o levaria a um serviço pelo resto da vida. Porém a lição ficou armazenada no seu inconsciente e no futuro Pedro se via cada vez mais cumprindo esse serviço que Jesus tão bem soube impregnar em sua mente, o amar com o servir. O cumprimento dessa lição por parte de Pedro justificou a criação da Igreja cristã que persiste até hoje em seus diversos formatos.

            Trago as implicações dessa lição do Mestre Jesus para os dias atuais. Vejo que sou uma das ovelhas apascentadas pelos prepostos Pedro a pedido de Jesus. Com o estudo aprofundado dessas lições evangélicas e tantas outras existentes no planeta ditadas por outros filhos de Deus em diversas culturas, adquiri a consciência que não podemos apenas viver para comer, crescer, reproduzir e morrer. Isso é o que faz todas as famílias nucleares dentro de uma existência de prioridade material. Adquiri a consciência de que devo ser um dos construtores do Reino de Deus, como Jesus anunciou. Percebi ao longo do tempo a vontade do Pai para que eu seguisse o caminho da construção de uma família ampliada, no começo de forma inconsciente, mas sempre coerente com a Sua Lei do Amor Incondicional. Hoje, em plena maturidade, vejo todos os detalhes, desvios e empecilhos do caminho. Cabe agora a minha consciência fazer o trabalho necessário que está colocado à minha frente em tantos campos de atuação. Não precisa o Pai perguntar se eu O amo, Ele sabe que sim. Também sabe que eu aprendi com o Mestre Jesus que amar implica em servir, e quem queira ser o primeiro no Reino, deve ser capaz de servir a todos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/06/2014 às 07h18
 
25/06/2014 12h35
FERMENTO DO MUNDO

            O mundo foi criado a partir do Big-bang, como afirma a ciência em sua principal hipótese sobre a origem do Universo. A partir dessa explosão inicial a matéria criada passou a se expandir e continua assim até o presente momento. Átomos, moléculas, células e a vida foram formados nesse processo evolutivo. Hoje observamos a vida consciente desenvolvida na Terra, planeta que faz parte dos bilhões que são estimados existirem. Os mecanismos necessários para a formação e perpetuação da vida biológica estão centrados em sua própria organização fisiológica que no organismo humano chega a atingir cerca de 100 trilhões de células. Cada um dos seres assim formados nessa escalada evolutiva, procuram ter o máximo de sucesso reprodutivo como forma de sobrevivência da espécie.

            Por outro lado, quanto mais a inteligência evolui e domina os mecanismos da Natureza, provocando desvios ou estimulando processos, ocorre um risco cada vez maior de prejuízos ou destruição, local ou global, se apenas os princípios materialistas do pensamento estiverem em ação. Assim, quando o pensamento atinge esse grau de maturidade capaz de provocar danos na própria Natureza, emerge da consciência o sentimento de um Criador para tudo, cheio de Amor e harmonia. Reconhecemos a nossa filiação a essa entidade Criadora e entendemos que devemos fazer a Sua vontade, que é cheia de Amor e harmonia. Esse entendimento vai de encontro aos instintos materialistas sempre associados ao egoísmo. Passamos a observar o mundo de forma diferente, que a energia Criadora se processa com mais fidedignidade em outro plano da vida, o plano espiritual. Chegamos a conclusão de que devemos viver neste mundo material, observando todas as necessidades do corpo material, na sua manutenção da vida individual e conservação da espécie, mas obedecendo com prioridade a Lei do Amor que está associado ao Criador no plano espiritual.

            Foi isso que Jesus veio nos ensinar, a Lei do Amor e nossa filiação a Deus, nosso Pai eterno. Quando aprendemos essa lição e passamos a praticá-la, deixamos de obedecer com prioridade às leis do mundo material para obedecer a Lei do mundo espiritual. Por isso o mundo, representado por aquelas pessoas que se mantêm presas nos princípios materiais, passam a nos odiar. Não pertencemos mais ao mundo material, assim como Jesus, que foi torturado e crucificado como prova da aplicação desse ódio. Mas não temos escolha. A nossa consciência já aponta para a certeza da Verdade que o Cristo nos ensinou e que não podemos mais negar. Devemos ter a coragem de confirmar essa Verdade em qualquer lugar ou momento, como fez os primeiros cristãos nas arenas romanas.

            Na condição de cristão que me considero, sei que devo levar adiante a missão de Jesus no mundo. Essa escolha que fiz, muitos outros já fizeram e ainda fazem. A sensação de não pertencer a este mundo leva muitos a formarem comunidades cristãs isoladas, conventos, mosteiros, chegam alguns a se isolar e não exercer influência na sociedade. Não podemos cair nesse erro, pois a ideia do Cristo é que sejamos o fermento do mundo novo, da criação do Reino de Deus. Não podemos fazer isso de forma isolada. Temos que estar junto no mundo material, ensinar sobre o mundo espiritual e da sua prevalência na vida, e com o nosso exemplo ajudar na formação da sociedade mais adequada à Lei do Amor.

            Entendendo dessa forma é que não entrei em nenhum mosteiro ou algo semelhante, nem ao menos numa religião definida. Prefiro manter minha consciência livre para decidir sobre o melhor caminho para fazer a vontade de Deus dentro de minhas convicções e possibilidades.

            Isso não me deixa imune a raiva e ódio que as pessoas que ainda estão associadas ao egoísmo do mundo material possam desenvolver por mim, por maior que seja a proximidade, por qualquer que seja o motivo. Mas sei que fazendo assim, estou servindo de fermento para o novo mundo, mesmo que ninguém ao meu redor perceba dessa forma, mas a minha consciência associada à vontade do Pai assim considera.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/06/2014 às 12h35
Página 769 de 950