Meu Diário
19/04/2024 00h01
ENTENDER O QUE O POVO DIZ

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



15 – Existe algum inconveniente no conceito moderno de “escuta”?



            Na perspectiva moderna de “escuta”, a Igreja deixa de ser a Mãe e Mestra que transmite os ensinamentos de Cristo pela voz de seus pastores (Quem vos ouve a vós, a mim me ouve – Lc 10,16), e se torna uma Igreja que escuta, dialoga e se questiona, sem hesitar em discutir verdades consideradas indiscutíveis. Diz o Vademecum: “Escutar é o primeiro passo, mas precisa de uma mente e de um coração abertos, sem preconceitos”. E acrescenta: “O primeiro passo para escutar é libertar a nossa mente e o nosso coração dos preconceitos e estereótipos”. Mais adiante, comemora: “O Processo Sinodal dá-nos a oportunidade de nos abrirmos à escuta de forma autêntica, sem recorrer a respostas prontas ou a julgamentos pré-formulados”.



            Deve-se notar que, no texto citado, o Cardeal Grech afirma que o discernimento de um bispo não consiste em verificar se o que o povo de Deus diz coincide com o que ensina a Revelação, mas o contrário: trata-se de entender o que o povo diz, e depois considera-lo como palavras do Espírito Santo.



            A Igreja Católica sempre ensinou o contrário. Tomando como base as verdades da fé conhecidas por meio da Revelação e da Tradição. Ela as aplicou à vida concreta, de acordo com as circunstancias de tempo e lugar, a fim de iluminar e guiar as almas à sua eterna salvação. O Sínodo sobre a sinodalidade tende a fazer o oposto: partir de situações concretas para elaborar uma política pastoral e uma disciplina adequada. Tal método pressupõe uma concepção “historicista”, que não parte da Verdade revelada, mas de uma situação histórica concreta à qual a Igreja deve se adaptar.



            A história mostra um repertório imenso de iniquidades praticadas pelo ser humano: guerras, fome, pestes, etc. Os ensinamentos do Cristo trouxeram uma nova forma de vida, de relacionamentos interpessoais, trazendo valor e dignidade à vida. Foram construídas cidades, hospitais, universidades e até estados com base nessa filosofia, mesmo que trouxesse em seu bojo as fragilidades humanas, de não conseguir promover um comportamento bem sintonizados, integralmente, com a proposta divina. Mas, enfim, foi uma injeção de harmonização para a humanidade em busca de um reino gerido pela verdade, fraternidade e justiça social, sem depender de guerras, conflitos ou revoluções.



            É este ensinamento que hoje a própria Igreja, contaminada pelo pensamento moderno, iluminista, reformador, pretende mudar radicalmente para fazer o oposto do que fazia antes, pela Tradição.



Como aceitar tal mudança, nós que estamos sintonizados com o Cristo? Essa Igreja que hoje está nesse avançado processo de transformação, de deterioração moral, pode mudar todos os seus princípios, mas nós, cristãos convictos, não podemos seguir, tal mãe desfigurada.



Publicado por Sióstio de Lapa em 19/04/2024 às 00h01
 
18/04/2024 00h01
ESCUTA DOS PASTORES

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



14 – Existe um sentido tradicional de “escuta” por parte dos pastores?



            Sim. Não há dúvida de que um bom pastor deve ouvir suas ovelhas para entender sua situação espiritual e suas aspirações. Entretanto, hoje a “escuta” significa a obrigação de estar em sintonia com as ovelhas. O critério de avaliação deixa de ser a Verdade revelada e a retidão de consciência, e passa a ser a aceitação das aspirações dos fiéis.



            Escutar para ensinar ou escutar para aprender? Esta é a encruzilhada que devemos escolher. Eu aprendi do mestre Jesus, através de todos os irmãos que escreveram, traduziram e ofereceram a oportunidade desse conhecimento. A minha consciência, amparada pela lógica, coerência e bom senso, reconheceu que o Caminho da Verdade revelada é a melhor forma de conduzir a minha evolução em direção a Vida eterna na intimidade com o Pai. Para fazer isso, tive que desalojar do meu coração todo egoísmo que tem o potencial de prejudicar o próximo. E mais ainda, tenho que inverter o caminho de minhas motivações de base egoísta, para ajudar ao meu próximo que está confuso ou hipnotizado pelas benesses de caminhos de portas largas, cheios de prazeres materiais, carnais, mas alicerçado em prejuízos individuais e coletivos ao próximo.



            Alcançando este nível de consciência, posso me considerar um tipo de pastor de pessoas que estão desgarradas deste Caminho estreito por não perceberem ainda o seu valor existencial. Para ajudar essas pessoas, devo entrar em contato, em comunicação, nos conhecermos mutuamente. Estou de posse de um conhecimento que considero importante para a vida de qualquer ser criado pelo Pai e que meu interlocutor ainda não teve a oportunidade de avaliar, vive num mundo materializado, sem a devida perspectiva espiritual, com valores de forte conteúdo egoísta chegando a margem da criminalidade. Como agora vou escutar essa pessoa com a intensão de aprender dela, de sintonizar com ela, de desprezar o que tanto venero aprendido pelo Cristo?



            Percebo assim um forte divisor, de água e óleo: os ensinamentos do Cristo e os ensinamentos do mundo. Quem é professor de quem dentro desse relacionamento? Para mim, sou eu, que estou de posse da Verdade revelada pelo Cristo e que tenho como missão “pescar” pessoas de boa índole, que não estão consolidados dentro do egoísmo, da mentira, das falsas narrativas. Por outro lado, eu vou ser alvo da tentativa de cooptação aos interesses mundanos, à vaidade, ao orgulho, ao poder, aos prazeres da carne. É este embate que vai definir quem vai ser professor de quem.



            Pelo que apresenta todo o processo de construção da sinodalidade com essa disposição de escutar o “povo de Deus”, isso aponta que a Igreja, através dos seus atuais líderes, capitulou aos desejos mundanos. Não é mais o Cristo que vai trazer as ovelhas ao redil do Pai, e sim as ovelhas, o “povo de Deus” que vai trazer os pastores ao mundo, à perdição.



Publicado por Sióstio de Lapa em 18/04/2024 às 00h01
 
17/04/2024 00h01
ESCUTA DOS FIÉIS

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



B – “Escuta”



13 – Por que se atribui um papel primordial à “escuta dos fiéis”?



            No Vademecum, a palavra escutar aparece 102 vezes. Refere-se à voz dos fiéis 83 vezes, mas somente 19 vezes à Palavra de Deus.



            Em entrevista publicada no site do Vaticano, o Cardeal Mario Grech declarou: “Ao ouvir o povo de Deus – é para isso que serve a consulta nas igrejas particulares – sabemos que podemos ouvir o que o Espírito está dizendo à Igreja. Isso não significa que é o povo de Deus que determina o caminho da Igreja. À função profética de todo o povo de Deus (incluindo os pastores) corresponde a tarefa de discernimento dos pastores: a partir do que o povo de Deus diz, os pastores devem captar o que o Espírito quer dizer à Igreja. Mas é a partir da escuta do povo de Deus que o discernimento deve começar”.



            Sabemos que a guerra espiritual que se desenvolve na Terra tem origem na dimensão espiritual, onde os principados e potestades se opõem à obra de Deus, de construir uma humanidade com potencial de livre arbítrio para se aproximar cada vez mais da essência divina, apesar de sua criação simples e ignorante.



            Dessa forma, a influência espiritual que sofremos aqui na Terra tem essas duas origens: divina, comandada pelo Arcanjo Miguel e principalmente pelo Mestre Jesus; revolucionária comandada desde as hostes celestiais pelo Querubim Lúcifer e pelos seus demônios espalhados espiritualmente na Terra.



            Jesus veio nos ensinar, a mando do Pai, os detalhes da vida espiritual desenvolvida na carne e a influencia que podemos receber dos espíritos, quer sejam bons ou maus de acordo com seus posicionamentos dentro do conflito espiritual.



            Como filho de Deus, obediente à missão recebida do Pai, Jesus sofreu tentações diversas e sofrimentos perversos, mas conduziu com maestria suas lições e principalmente seu comportamento, mostrando o Caminho da Verdade por onde deveríamos seguir em busca da Vida eterna na sintonia com o Pai. Assim, construiu uma hierarquia, originada pelo Pai, passando pelo Filho e entregue a Pedro, como primeiro Papa e primeiro a ouvir o Espírito Santo cujas intuições divinas deve passar por gotejamento até alcançar o coração animalizado da criatura humana e promover com apelo à lógica do seu livre arbítrio, a conversão à família universal do Reino de Deus. Este trabalho, assim organizado pelo divino Mestre, sofre oposição, desde o tempo que o Cristo esteve materializado no corpo de Jesus, entre nós.



            Agora fica a pergunta: a quem devemos escutar? Ao Espírito Santo de Deus, que chega até nós pelo gotejamento hierárquico por quem tem mais responsabilidade na moralidade divina, ou pela voz escutada pelo “povo de Deus”, cheios de seus pecados, confessáveis e inconfessáveis, arrependidos ou não? Claro, esse “povo de Deus” inclui os próprios pastores, afinal, foi essa voz revolucionária, essa “fumaça de Satanás” que entrou na igreja e hoje consegue hipnotizar até o Papa.



            Essa voz divina ou revolucionária está no meio de nós, materializada por pessoas que estão usando do livre arbítrio para as reproduzir por todos os meios e este livro que estamos refletindo neste momento é uma prova disso. Cabe a cada um de nós, usando da lógica, coerência e bom sendo, direcionar o comportamento para o caminho que melhor satisfaça nossa necessidade de evolução, considerando a ajuda que devemos ter com todos nossos irmãos que estão perdidos nesse emaranhado de falsas narrativas que são colocadas ao nosso juízo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 17/04/2024 às 00h01
 
16/04/2024 00h01
IMPLICAÇÕES DA SINODALIDADE

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



12 – Que implicações a sinodalidade terá na vida da Igreja?



            Essa escuta de toda a comunidade implica uma reformulação da autoridade na Igreja. De acordo com o Papa Francisco, é preciso inverter a estrutura piramidal da Igreja: “nesta Igreja, como numa pirâmide invertida, a vértice encontra-se abaixo da base”.



            Segundo o Cardeal Mario Grech, secretário do Sínodo, Francisco “forneceu um modelo vivo e estimulante da imagem da ‘pirâmide invertida’ da autoridade hierárquica (...)”. Como Amanda C. Osheim observa corretamente: “conceber a autoridade hierárquica como uma pirâmide invertida abate uma antiga concepção piramidal da Igreja, uma economia eclesial de gotejamento na qual o Espírito Santo era dado primeiro ao Papa e aos sacerdotes, depois ao clero e aos religiosos e, finalmente, aos fiéis (...). Essa pirâmide, na verdade, dividia a Igreja em Igreja docente (ecclesia docens) e Igreja discente (ecclesia discens). Ao inverter a pirâmide, a analogia de Francisco redefine a autoridade como dependente da aceitação, escuta e aprendizado de outros dentro da Igreja”.



            Essa reformulação da autoridade da Igreja, de índole democrática, permitiria “superar o flagelo do clericalismo”, porque supostamente “somos todos interdependentes uns dos outros e todos compartilhamos a mesma dignidade no meio do povo santo de Deus”.



            A matilha está se transfigurando em ovelhas, e esta argumentação denuncia seus objetivos. Claro, fica entendido que o lobo é predador da ovelha, depende dela... mas a ovelha? Depende do lobo para que? Reduzir o seu número? Então essa interdependência não está coerente. A não ser que fosse considerado como realidade todos pertencerem ao “povo santo de Deus”, onde os lobos estejam convertidos em ovelhas. Mas é isso que observamos? Onde o comportamento da própria Igreja está sendo redirecionado para respeitar a opinião de cada ser humano, que não precisa se procurar a conversão dos pagãos, dos egoístas, dos homens nascidos animais, feras, aos ensinamentos de Cristo, à família universal, à construção do Reino de Deus? Não, este “povo santo de Deus” que a sinodalidade quer respeitar com a mesma dignidade que cada um oferece nas suas ações, mesmo que não seja considerado a natureza dos seus frutos, quer sejam bons ou maus para a coletividade. Mas sim, deve ser respeitada, de forma democrática, a dignidade do “povo santo de Deus”, mesmo que estejamos vendo e sentindo a fragrância nefasta das suas más intenções enraizadas nos seus corações animalizados. Então essa pirâmide eclesial inspirada pelo Cristo, onde o Espírito Santo promove o gotejamento dos princípios morais, de forma hierárquica, compatíveis com a sintonia divina, deve ser invertida. A hierarquia maior deve ser exercida pela “matilha santa de Deus” mesma que esta ainda mantenha a pelugem das ovelhas, da obediência de quem respeita que sempre existe uma autoridade moral, que quanto maior mais está próxima de Deus.



Publicado por Sióstio de Lapa em 16/04/2024 às 00h01
 
15/04/2024 00h01
SINODALIDADE

            Para defender a Santa Igreja Católica é preciso saber como está se procedendo os ataques, quem são os atores e quais são as instâncias deliberativas no campo administrativo para que a demolição da Igreja como foi construída no passado, venha acontecer. Vejamos o que nos diz o Capítulo III do livro “O Processo Sinodal, uma caixa de Pandora – 100 perguntas e 100 respostas”.



10 – O que é “sinodalidade”



            De acordo com a Comissão Teológica Internacional, o termo “sinodalidade” foi inventado recentemente e constitui uma “nova linguagem”, que não se encontra nos documentos do Concílio Vaticano II ou no Código de Direito Canônico. Segundo a Comissão, no contexto de um novo modelo de Igreja “a sinodalidade (...) indica o específico modus vivendi et operandi da Igreja povo de Deus, que manifesta e realiza o ser comunhão concretamente, no caminhar juntos, no reunir-se em assembleia e no participar de todos os seus membros ativamente em sua missão evangelizadora”.



            De acordo com o Papa Francisco, “a sinodalidade expressa a natureza da Igreja, a sua forma, o seu estilo, a sua missão”. A sinodalidade é, portanto, uma “dimensão constitutiva da Igreja”.



            Esta é a nova Igreja que o Papa Francisco, atual expoente máximo da fumaça de Satanás que penetrou na Santa Igreja Católica Apostólica Romana, quer fazer a substituição. A sinodalidade (Povo de Deus) passa a ser a cabeça da Igreja e não mais Cristo (Filho de Deus). Se vamos aceitar isso, sim, a maioria que não consegue elaborar um juízo crítico, que não consegue formular uma dissonância cognitiva ou que estão mancomunados com o projeto das trevas. Mas tem uma minoria, dentro e fora da Santa Igreja Católica, que tem o Cristo como mestre e Deus como Pai, e quer sempre caminhar pelas veredas da verdade.



11 – O que busca a sinodalidade?



            A finalidade da sinodalidade seria de aumentar a participação e a corresponsabilidade de todos os fiéis na vida da Igreja. Conforme declarado no Vademecum para o Sínodo para a Sinodalidade, preparado pelo Secretariado do Sínodo, “o caminho da sinodalidade procura tomar decisões pastorais que reflitam ao máximo possível a vontade de Deus (...) para articular a voz do Povo de Deus que exprime a realidade da fé com base na experiência vivida. (...) A sinodalidade exige que os pastores escutem atentamente o rebanho confiado aos seus cuidados”.



            Os princípios da sinodalidade são colocados de forma positiva, aparentemente sintonizado com a vontade de Deus. Quem poderia criticar esses termos? “O caminho da sinodalidade procura tomar decisões pastorais que reflitam ao máximo possível a vontade de Deus”.



Mas logo em seguida vem outro caminho que não é aquele proposto pelo Cristo: “articular a voz do Povo de Deus que exprime a realidade da fé com base na experiência vivida”.  



            isso defende que é esse “Povo de Deus”, que somos nós, cheios de egoísmo, de falsas moralidades, de más intenções, característicos da natureza animal, de onde vem a realidade da fé com base na experiência que cada um vive.



            É esse rebanho de animais que estão confiados aos pastores para que permaneçam no redil do Pai, purificando o coração das maldades incrustadas desde o nascimento, é a esse rebanho que os pastores devem “escutar atentamente” e de preferência trocar os conselhos dados pelo Cristo por este coletivo (sinodalidade) vinda do rebanho.



            Se eu considero essa fala do Papa como verdade, vou entrar em dissonância cognitiva com o que Jesus ensinou. Prefiro manter em minha consciência o ensino do Cristo como verdade e a fala do Papa como falsa. Ficarei longe de dissonância cognitiva provocada pelo Papa e seus seguidores e sintonizado com o Pai, como o Cristo ensinou.



Publicado por Sióstio de Lapa em 15/04/2024 às 00h01



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Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr