Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
13/06/2020 23h40
VINHA DE LUZ 7 – AOS DISCÍPULOS

            Ser discípulo do Cristo, tanto hoje quanto nos primórdios do cristianismo, parece ser algo muito fora da cultura onde estamos inseridos. Para os judeus parecia um escândalo, como alguém de origem plebeia, um simples carpinteiro poderia ser o Messias prometido, o filho de Deus como ele dizia? Para os gregos e demais gentios, parecia uma loucura, pregar a divindade de uma pessoa que morreu crucificado no meio de dois ladrões e que teve o mistério de ressuscitar de entre os mortos. 

A vida moderna, com suas realidades pragmáticas, termina fazendo algo paradoxal, criando comunidades religiosas do Cristianismo, pregando a grandeza dos princípios ensinados por Jesus nas próprias ações diárias da maioria dos indivíduos.

O homem que se internou pela oratória vibrante dos discursos, sem atos correspondentes à elevação da palavra, expõe-se, cada vez mais, ao ridículo e à negação.

Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas. E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de palácios egoísticos à base do magnetismo pessoal e psicólogos que ensinam publicamente a sutil exploração das massas.

É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade, revelando em suas obras isoladas a experiência divina dAquele que preferiu a crucificação ao pacto com o mal.

Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado. Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário das ideias comodistas.

Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que despertava nos ânimos dos gregos.

Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o continuador do Mestre, transmitindo-lhe o ensinamento com o verbo santificado pelas ações testemunhais.

Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos. O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza. O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução envenenada demorar-se-á com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo, seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.

Mesmo que no mundo ainda encontremos a prevalência do mal sobre o bem, sabemos que o ritmo da evolução é no sentido do fortalecimento do bem, e nós, discípulos do Cristo, gingados como loucos pela massa egoísta, somos o sal da terra, o reflexo da luz que recebemos do Messias.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/06/2020 às 23h40
 
12/06/2020 23h59
VINHA DE LUZ 6 – MULTIDÕES

            Não tinha atentado ainda para uma atitude frente à multidão. Pensava no povo, de forma genérica. Não deixa de ter um bom paralelo. Mas quando Jesus diz: “tenho compaixão da multidão” (Marcos, 8:2), de repente o termo adquire um sentido maior. Os espíritos verdadeiramente educados, que sabem das leis de Deus e procuram cumpri-la, se percebe como criatura no meio de tantas outras criaturas, humanas ou não, e sentem o sentido da fraternidade com todos, com a multidão. 

            Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis espirituais. Estão mais voltados para suas necessidades individuais, cumprindo com rigor o imperativo biológico da sobrevivência, da lei do mais forte. Geralmente, dentro das possibilidades terrestres, meramente instruído na cultura do mundo, o homem esquiva-se da massa comum, ao invés de ajuda-la. Em outras circunstâncias, se aproxima da massa com falsas promessas para que depois de eleito possa desviar os recursos coletivos para os seus bolsos ou de seus amigos e familiares. Explora-lhe as paixões, mantém-lhe a ignorância e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traça leis para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermínio, em que deva concorrer com os mais elevados tributos de sangue. O sacerdócio organizado, quase sempre, impõe-lhe sombras, enquanto a filosofia e a ciência lhe oferecem sorrisos escarnecedores.

Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos amigos e adversários em legiões. Vejamos o que acontece hoje no mundo e principalmente no Brasil, com a pandemia do COVID-19 que nos aflige. Governantes sem nenhum pudor praticam decretos abusivos, contra a liberdade da massa, proíbem medicamentos que podem resolver o problema e trazer a cura precoce dos doentes. Não importa a quantidade de mortos em suas consciências, parece que eles não possuem, pois é na consciência que está a lei de Deus. 

Acima de todas as possibilidades humanas, entretanto, a multidão dispõe do Amigo Divino. Jesus prossegue trabalhando, como governador da Terra tem como objetivo deixar fluir a lei de evolução para todos, inclusive para o planeta. E aqueles renitentes no mal, que não querem ouvir nem obedecer a voz do Cordeiro de Deus, esses serão obrigados a deixarem este planeta e continuarem suas existências em orbes mais primitivos, mais adequados aos seus padrões vibratórios.

Ele, que passou no Planeta entre pescadores e proletários, aleijados e cegos, velhos cansados e mães aflitas, volta-se para a turba sofredora e alimenta-lhe a esperança, como naquele momento da multiplicação dos pães.

Lembro que sou parte integrante dessa multidão terrestre, e que tenho necessidades como qualquer um dos meus irmãos. Se eu não puder ajudar, por meios materiais e espirituais a quem mais necessita, não posso prejudicar a ninguém, quer esteja próximo ou mais distante.

O Senhor observa o que faço. Não devo roubar o pão da vida de ninguém; pelo contrário, devo procurar multiplicá-lo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/06/2020 às 23h59
 
11/06/2020 23h28
ASCENDÊNCIA MORAL DE JESUS

             O livro “A Marca da Besta”, de autoria de Ângelo Inácio através do médium Robson Pinheiro, nos traz importantes informações sobre as providências que estão sendo realizadas no mundo espiritual com respeito ao que se passa conosco, aqui no plano físico. É preciso que tenhamos esse conhecimento para que possamos refletir com mais eficiência.

            - Gostaria de ouvir algo sobre a ascendência moral de Jesus, conforme muitos espíritos mais esclarecidos nos relatam. Como entender que somente ele tem o poder de interferir no sistema de vida dos chamados daimons?

            Jamar pareceu meditar um pouco antes da resposta; por certo, hauria inspiração a fim de organizar os pensamentos em torno de um tema de muitas e complexas implicações.

            - A resposta não é tão simples assim, exigindo um pouco de reflexão sobre aquilo que costumamos denominar ascendência moral ou espiritual. Quando, em épocas que se perdem na eternidade, um novo centro evolutivo se formava por meio da atração de elementos dispersos nos espaços, um novo sol ou um novo berço de almas, a consciência cósmica que, mais tarde, viria ser conhecida como Jesus Cristo, reuniu em torno de si os fluidos espalhados pela amplidão. Empregando forças sobre-humanas, liberou energias mentais que provocavam a união de partículas e moléculas, dando origem a extensa nebulosa. Era a nebulosa solar. O senhor do sistema, o Cordeiro divino, irradiou seu poder mental de nível superior e agregou partículas de poeira cósmica dispersas nos espaços intermúndios. Seu magnetismo divino arrastou as moléculas e demais vestígios de antigas estrelas, que se extinguiram e formaram uma composição de elementos que posteriormente constituiria a nebulosa e os mundos nascentes.

            “Outras consciências ali se reuniram com ele, no intuito de cada uma dar o sopro de vida que definiria, pelos milênios a seguir, o tipo de vida e as dimensões energéticas do sistema que forjavam.

            “Segundo consta nas tradições do mundo espiritual, na borda externa da formidável corona que se formara havia pequenos núcleos que se desprenderam por efeito da enorme pressão interna, do derrame de energia consciencial efetuada pelos arquitetos cósmicos. Eles sabiam que a matéria interestelar não suportaria a incomparável força de suas mentes sábias e explodiria, de tal sorte que os pequemos núcleos seriam lançados na amplidão e originariam a família cósmica, berço de futuras civilizações.

            “Uma dessas consciências iluminadas, pairando num tipo de existência inconcebível ainda hoje, incumbiu-se de semear as mônadas divinas ainda quando a nebulosa se encontrava em formação. Eram embriões cósmicos, que deveriam forjar suas potências já no nascimento do sistema e, ali, em algum globo oriundo da explosão, seriam congregados, integrando a comunidade de almas em germe ou o germe da vida que, mais tarde, receberia a luz da razão e a conquista da espiritualidade.

            “Reza a tradição do mundo oculto que tais inteligências se reuniam exatamente no centro da nebulosa, local onde as forças titânicas da natureza, em plena expansão, circulavam e irradiavam em torno e sob o comando consciente das inteligências cósmicas que, bilhões de anos depois, seriam chamadas de arcanjos, cristos ou orientadores evolutivos de humanidades. 

            “Novos surtos de progresso foram suscitados e estimulados, sempre sob o comando dessas consciências siderais, seres cósmicos cuja dimensão em que viviam e vivem escapa à compreensão dos humanos da atualidade. 

            “Os historiadores do invisível contam que algumas expressões da civilização foram aparecendo, em diversos recantos do mundo Terra. Povos nasceram e morreram; experiências se sucederam em diversos ramos do tronco humano. Em inúmeras ocasiões, foram enxertados na experiência terrestre novos seres de outros orbes, mais experientes, que as descrições frequentemente confundem com deuses e os aclamam heróis. Tudo isso se passou sob os cuidados do Cristo Cósmico, aquele que mais tarde seria reconhecido nos recantos humildes da Galileia como Jesus de Nazaré. 

            “Desde essas épocas, cujos registros não se encontram nos compêndios da história terrestre, o Cristo tem aconchegado os milhões de espíritos que vêm para a Terra em processo educativo. Uma vez que Ele é a luz do princípio e aquele que albergou as almas falidas nesse mundo em gestação, somente Ele, e mais nenhum outro – nem santos nem heróis, nem mestres nem médiuns -, detém a força moral capaz de enfrentar e conduzir as mesmas almas rebeldes que conhecemos como dragões, as quais um dia Ele próprio recebeu em seus braços, no mundo chamado Terra.  

            Esta informação coloca a magnitude do ser espiritual que é Jesus, muito distante de nós, mas que tem a humildade de dizer que nós podemos fazer o que Ele faz e muito mais. Isso, considerando o momento atual, é impossível! Mas, acredito que o Cristo estava falando de forma simbólica, colocando o nosso potencial e obrigatoriedade de seguir a lei da evolução condicionada ao tempo. Assim, considerando o tempo e a evolução, podemos compreender que ao passar pelo tempo de experiências que o Cristo passou, e indo além, podemos fazer o que Ele faz agora e muito mais, com o tempo extra que possamos considerar. 

            Por enquanto, esses espíritos renitentes no mal e também antigos, não se dobrarão frente à nossa vontade, pois eles contam com muito mais experiências e inteligências em função disso. Essa autoridade intelectiva desses seres das sombras consegue eliminar nossa ação de conduzir o Bem, pois ainda não possuímos autoridade moral suficiente. 

            Deixemos com o Cristo essa responsabilidade e basta a nós que reconheçamos a verdade e não nos deixemos iludir pelas falsas narrativas.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/06/2020 às 23h28
 
10/06/2020 00h01
NÃO POSSO RESPIRAR (II)

            Vejamos se conseguimos respirar com essa câmara de gás ideológica que o Frei Betto que nos jogar.

“Não posso respirar” quando vejo a democracia asfixiada; a Polícia Militar proteger neofascistas e atacar quem defende a democracia; o presidente mais interessado em liberar armas e munições que recursos para combater a pandemia; o ministério da Educação dirigido por um semianalfabeto que ameaça reprisar a “noite dos cristais” dos nazistas, proclama odiar povos indígenas e propõe prender os “vagabundos” do Supremo Tribunal Federal.

A democracia foi asfixiada porque elegemos um presidente sem precisar de conchavos com corruptos e da mídia interesseira? Acusa o presidente de fascista, mas não explica o que é fascismo... será porque a razão irá mostrar que estão acusando daquilo que eles são? E porque somente podem ter armas são os bandidos e aqueles que querem implantar uma ditadura? Os cidadãos de bem não tem condições morais de possuir armas? Sou cristão, e sigo a lição de Jesus, ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes... essa prudência, implica em ter uma arma num mundo tão cheio de peçonha. O Frei não consegue ver os recursos liberados para conter a pandemia? Ou quer com suas palavras esconder a Verdade? Talvez ele também não queira que o Ministério da Educação procure acabar com a miséria da ignorância que a esquerda deixou no país... Também a população está vendo como foi formado o atual STF, consegue explicações de tanta decisão contrária aos interesses do povo e a favor dos bandidos de colarinho branco, com o apoio dos “politicamente corretos”.

“Não posso respirar” ao ver os comandantes das Forças Armadas calados diante de um presidente destemperado que não esconde ter como prioridade de governo a sua proteção e a de seus filhos, todos suspeitos de graves crimes e cumplicidade com assassinos profissionais.

O Frei respirava melhor quando via o país sendo surrupiado pelos corruptos dos partidos progressistas, quando nosso patrimônio servia para encher as contas bancárias dos amigos do poder, quando nossas empresas e caixas de previdências eram assaltadas metodicamente, quando nossos recursos financeiros iam bancar graciosamente as ideologias de países de igual conduta perniciosa... e os militares não faziam nada. O presidente é destemperado quando revela com vigor as tentativas da Mentira, dos boatos, das tentativas de assassinato de reputação, já que falhou a tentativa de assassinato físico e até hoje a ética do Frei não vai atrás dessa Verdade? Por que a Justiça está manietada, não consegue mostrar a Verdade por trás de tantos assassinatos ocorridos no país? De tanta riqueza surgida de hora para outra? Por que a ética “politicamente correta” não vai atrás disso? 

“Não posso respirar” diante da inércia dos partidos ditos progressistas, enquanto a sociedade civil se mobiliza em contundentes manifestos de indignação e pela defesa da democracia.

       “Não posso respirar” diante desse empresariado que, de olho nos lucros e indiferente às vítimas da pandemia, pressiona para a abertura imediata de seus negócios, enquanto os leitos hospitalares estão lotados e covas rasas se multiplicam nos cemitérios quais gengivas desdentadas de Tânatos. 

       “Não posso respirar” quando, no Brasil e nos EUA, cidadãos são agredidos, presos, torturados e assassinados pelo “crime” de serem negros e, portanto, “suspeitos”. Falta-me ar ao ver João Pedro, um garoto de 14 anos, perder a vida dentro de casa ao levar um tiro de fuzil pelas costas, enquanto brincava com amigos. Ou entregadores de encomendas serem assassinados por policiais que nos consideram imbecis ao tentar justificar a morte de tantos civis desarmados.

       “Não posso respirar” ao pensar que o bárbaro crime cometido contra George Floyd se repete todos os dias e permanecem impunes por não haver ali uma câmera capaz de flagrar assassinatos semelhantes. Ou ao ver Trump, do alto de sua arrogância, reagir aos protestos antirracistas ameaçando calar os manifestantes com o indiciamento deles como terroristas e a intervenção de tropas do exército.

       Como oxigenar minha cidadania, meu espírito democrático, minha tolerância, ao me ver cercado por mimólogos da Ku Klux Klan; generais improvisados em ministros da Saúde em plena tragédia sanitária; manifestantes infringirem, impunes, a lei de segurança nacional; e a Bolsa de Valores subir, enquanto milhares de caixões baixam nas tumbas que recebem as vítimas da pandemia? 

       Preciso respirar! Não deixar que sufoquem a sociedade civil, a mídia, a liberdade de expressão, a arte, os direitos civis, o futuro dessa geração condenada a viver esse presente nefasto.

        Respiro, apesar de tudo, quando leio o que o estilista Marc Jacobs postou no Instagram depois de ter uma de suas lojas destruída pelos protestos em Los Angeles: “Nunca deixe que eles te convençam que vidro quebrado ou saque é violência. Fome é violência. Morar na rua é violência. Guerra é violência. Jogar bomba nas pessoas é violência. Racismo é violência. Supremacia branca é violência. Nenhum cuidado de saúde é violência. Pobreza é violência. Contaminar fontes de água para obter lucro é violência. Uma propriedade pode ser recuperada, vidas não. “

       Faço meus os versos de Cora Coralina: quero “mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros”. 

Frei Betto é escritor, autor do romance histórico “Minas de Ouro” (Rocco), entre outros livros. Site: www.freibetto.org Twitter: @freibetto

            Eis, enfim todo o texto. Não irei rebater ponto a ponto, isso tornaria por demais extenso, e quero deixar a oportunidade para meus leitores fazerem essa reflexão, fazendo a crítica racional, comprometida com a Verdade, com a realidade que estão percebendo. Não quero passar a ideia que esteja cometendo o mesmo crime que o Frei parece estar cometendo, de forjar narrativas para esconder a Verdade. O meu processo de esclarecimento pode ainda ter resquícios de ignorância e agradeço se algum dos meus leitores descobrir incoerências com a Verdade e me advertir. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/06/2020 às 00h01
 
09/06/2020 23h59
NÃO POSSO RESPIRAR (I)

            Encontrei esse texto na net, escrito por um dos ícones do “politicamente correto”, o Frei Betto, ligado à igreja católica da Teologia da Libertação. Texto cheio de palavras bonitas, citações, que levam nossa mente se engajar nessas ideias politicamente corretas. Já estive bem engajado nessas ideias, já cheguei a ser filiado, militante e candidato por partidos de esquerda. Mas gostaria de conversar com o Frei Betto agora, não mais aquele jovem recém-saído da adolescência, cheio de ideologia na cabeça e pouca experiência na mente. Vejamos o texto e minhas reflexões mais amadurecidas com o tempo...

“NÃO POSSO RESPIRAR”

            Frei Betto

Foram as últimas palavras de George Floyd: “Não posso respirar”. Eu também. Não consigo respirar neste Brasil (des)governado por  militares que ameaçam as instituições democráticas e exaltam o golpe de Estado de 1964, que implantou 21 anos de ditadura; elogiam torturadores e milicianos; acertam o “toma lá, dá cá” com notórios corruptos do Centrão; plagiam ostensivamente os nazistas; manipulam símbolos judaicos; tramam, em reuniões ministeriais, agir ao arrepio da lei; proferem palavrões em reuniões oficiais, como se estivessem num antro de facínoras; debocham de quem observa os protocolos de prevenção à pandemia e saem às ruas, indiferentes aos 30 mil mortos e suas famílias, como a celebrar tamanha letalidade.

            Quando comparo minha forma de respirar nos 21 anos de governo militar, com os anos de governo das esquerdas, vejo que é muito mais difícil respirar hoje do que ontem. Ontem eu namorava com uma moça nas Rocas, as vezes cochilava em seus braços e ia para minha casa no bairro das Quintas, a pé, atravessando o bairro da Cidade Alta e do Alecrim, cerca de 6 km pela madrugada, sem medo de encontrar um bandido... nunca encontrei. Hoje, nem precisa escurecer, os bandidos atacam à luz do dia, os cidadãos vivem trancados dentro de suas casas, muros altos com serpentinas, cercas elétricas, cães de guarda e mesmo assim ainda são assaltados e perdem a vida quando saem dos seus condomínios ou mesmo caminham com seus celulares. Onde e quando é mais difícil de respirar?

            Sim, as instituições democráticas foram desrespeitadas pelos militares em 64 quando assumiram o poder sem o voto popular. Acreditei nisso por muito tempo! Pois esses ideológicos do politicamente correto, da Teologia da Libertação, não tinha interesse de dizer a verdade. Que existia uma ação orquestrada por ideologias externas, soviéticas, cubanas, comunistas, para a implantação de uma Ditadura do Proletariado em nosso país. Foi o próprio povo, as famílias, os cristãos, que foram às ruas e pediram a intervenção militar sem tempo para esperar pelo voto. Foram esses militares que se postaram corajosamente contra os grupos de terroristas de ideologia externa, que ameaçavam a população e as instituições com suas granadas, rifles e carros-bombas. Pior de tudo, atacavam a nossa inocência com as falsas narrativas, colocando os mocinhos no lugar dos vilões e vice-versa. Jovens, como eu na época, eram as vítimas perfeitas. Passei a considerar esses militares patriotas como vilões, que pegavam vítimas inocentes e as torturavam pelo prazer de ver o sofrimento no rosto angelical deles. A minha mente não conseguia penetrar nas razoes porque os militares faziam isso, sofria um bloqueio racional promovido por textos aparentemente cristãos e éticos que pessoas como o Frei Betto escreviam. Jamais imaginava que esses militares se esforçavam para identificar esses bandidos, que usavam todas as técnicas das guerrilhas e terrorismo, assaltos a bancos, prisão de representantes públicos eleitos pelo povo, procuravam obter informações para prevenir inúmeras mortes de inocentes que os “politicamente corretos” causavam.

            Hoje, querem voltar as mesmas narrativas tendenciosas do passado. Esquecem que nós estamos dentro de um processo de evolução conduzido pelo próprio Cristo, que é o próprio Caminho, Verdade e Vida. Pois foi essa Verdade que fez eu perceber a realidade. Quando eu elegi o Lula para presidente em 2002, acreditando nas falsas narrativas, e logo em seguida o escândalo do Mensalão mostrava que era a Mentira que estava no poder, procurei ver com mais atenção o que estava acontecendo com meu país. Não li nenhum texto do Frei Betto e companheiros explicando a corrupção que grassava em nosso país, corroendo as instituições, degenerando á ética e os valores cristãos. Pelo contrário, os “politicamente corretos” continuavam se organizando em cartilhas de gênero, em usar os recursos da nação de forma imoral para benefícios pessoais e de seus grupos ideológicos, aqui e ao redor do mundo. Foi quando nós percebemos uma voz isolada a bradar pela Verdade, como Batista no deserto. Foi aí que a Verdade nos abriu os olhos e elegemos Jair Bolsonaro como o nosso digno representante. Ele se mostrou e continua se mostrando a altura da Verdade e do nosso respeito, sofreu facada que quase lhe tira a vida, e as sombras que ocultam a Verdade até hoje impede que isso seja esclarecido. Os textos do Frei Betto e seus associados não procuram esclarecer essa verdade... por que?    

            Mas vamos continuar a conversar sobre essas narrativas mais tarde... é interessante, quando estamos de posse da Verdade, essas atitudes de falseamento ideológico parecem tão pueris que achamos incrível como alguém possa crer nelas percebendo a realidade ao nosso redor. Mas para isso precisa de educação, e talvez por isso deixaram o nosso país arrasado em matéria de educação para o povo, que facilmente vai à rua atraídos por pão e mortadela.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/06/2020 às 23h59
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