Meu Diário
26/01/2012 15h39
ANIVERSÁRIO

            Sou um tanto displicente quanto a decorar datas significativas, principalmente dos relacionamentos afetivos, dia dos namorados, de aniversários, de casamento, dia das mães, dos pais, dos avós... e por aí vai. Por paradoxal que pareça, a data de aniversário que está mais fixada na minha mente é justamente da pessoa que não deseja nem conversar comigo. Sei das razões dela e sei também das minhas. É uma incompatibilidade de paradigmas de vida, que em pessoas civilizadas devem sinalizar sim, para um afastamento de um companheirismo, mas jamais da perda da amizade. Principalmente quando na base do relacionamento inicial houve um profundo amor. Amor esse que para mim continua incólume, sem o peso da paixão, claro, mas puro o suficiente para querer o se u bem, desejar que ela seja feliz qualquer quer seja o caminho que ela deseja seguir. Então, por que eu também não tenho o direito de seguir o meu caminho sem nenhuma demonstração de raiva, ódio ou ressentimento, se tudo o que acontecia era colocado de forma clara? Bom, não vou entrar nesse raciocínio, não cabe aqui tão profundas lucubrações. Quero deixar apenas bem claro o paradoxo da minha mente. Não esquecer o aniversário dessa pessoa enquanto as outras que demonstram talvez um amor maior que o dela por mim, eu não consigo guardar com tanta facilidade. Mas são respostas que só quem pode dar é o coração e às vezes ele não conecta bem com a razão para as palavras suficientes para o esclarecimento surgirem. Fixa então aqui a minha perplexidade!


Publicado por Sióstio de Lapa em 26/01/2012 às 15h39
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