Meu Diário
07/03/2012 01h02
A CIÊNCIA DE AMAR

            Durante o estudo espiritual que faço todas as quintas feiras, dentro da temática da ciência de amar que foi abordada, uma frase me chamou muito a atenção: “quando o amor não sabe dividir-se, a felicidade não consegue multiplicar-se”. Logo pensei no Reino de Deus onde todos saberão dividir o amor desde a mais tenra idade; pensei também que para atingirmos esse patamar do ponto egoístico onde nos encontramos, o primeiro passo é valorizar a família ampliada, onde o amor não-exclusivo prevalece sobre o exclusivo. Vejo que a família nuclear que prevalece na sociedade é totalmente apoiada no egoísmo dos seus membros e que contagia a sociedade. É quase impossível aceitar a divisão do amor dentro de uma estrutura assim exclusivista. Interessante, todos os livros sagrados apontam nessa direção, de uma forma ou outra: o amor incondicional, a divisão do amor, a distribuição do amor... no entanto na prática prevalece o insulamento do amor, o pertencimento individual, o ciúme da partilha. Até quando nossos olhos lerão esses textos sagrados sem os compreender na essência? Até quando o amor servirá apenas como moeda de troca, um amor condicional? A ciência de amar começa com a tabuada de saber dividir para alcançar a multiplicação. É o paradoxo que Jesus já apontava: quem perder a sua vida por mim, conquistará a vida eterna; quem dividir os amores que tem, receberá de volta a felicidade!


Publicado por Sióstio de Lapa em 07/03/2012 às 01h02


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr