Meu Diário
17/02/2015 00h59
A FORÇA DA NATUREZA

            Fui ao encontro do grupo do Novo Paganismo que estavam se reunindo no Cine São José, em Campina Grande-PB. A palestra que deveria ser seguida de uma prática, estava sendo feita por Claudiney Prieto, um estudioso e praticante dessa antiga religião, residente em São Paulo.

            Ele iniciou a palestra falando do poder psíquico que todos nós possuímos enquanto filhos da Natureza e da estrutura trina do ser: físico, mental/emocional e espiritual. Falou dos sete chacras que representam os principais vórtices de captação e distribuição de energia do universo para o corpo. O nosso psiquismo pode captar os estímulos através dos cinco canais sensoriais, como é comum ser observado, e também pela capacidade de captar as energias mais sutis, que não impressionam os órgãos dos sentidos. Tudo isso pode ser observado porque tudo faz parte da Natureza e devemos apenas aprender e desenvolver os canais que já possuímos para a percepção dessas energias sutis.   

            São essas práticas do grupo da Wicca ligadas ao coração da Terra que evocam no nosso psiquismo a força da Natureza que reside dentro de nós. A primeira prática foi para passar as mãos abertas, depois de friccionadas pelas áreas frontais dos sete chacras e procurar perceber onde existem alterações de calor, frio ou formigamento frente a cada um dos vórtices. Todos os praticantes perceberam algum tipo de alteração como previsto em chacras diferenciados. O teste seguinte era mais complexo, pois era para uma pessoa colocar a mão direita sobre a mão esquerda outra pessoa e tentar visualizar e descrever simultaneamente fatos da vida da pessoa. todos também tiveram algum nível de sucesso, incluindo a mim e a meu parceiro.

            A outra prática foi realizada na parte da tarde. Consistia de uma dança onde os participantes foram agrupados de acordo com a natureza do signo: terra, fogo, ar e água. Fiquei no grupo de ar, devido meu signo ser Libra. Cada pessoa devia se movimentar reproduzindo a natureza do seu signo ao som rítmico de um tambor que dava as coordenadas de rapidez ou lentidão. A terra teria assim movimentos pesados enquanto o ar teria movimentos suaves, livres. Depois todos iam se agrupando lentamente ao redor de um tapete com diversos instrumentos musicais e apetrechos de ligação do ser com a Terra. A terra iniciou no centro, seguida pelo fogo que dançava em torno, depois a água e por fim o ar. Ficavam todos dançando de forma concêntrica e cada vez mais rápidos.

            Consegui uma boa sintonia dos movimentos do meu corpo com a natureza do meu signo e as energias fluíam pelo corpo de forma muito agradável. Minha companheira E não conseguiu suportar a pressão e desabou num pranto sem justificativas. Foi necessário o instrutor chegar próximo dela, abraçá-la e acolher aquela intensa emoção.

            Saímos para jantar e em seguida ir ao auditório do SESC onde iria ser realizado um teatro, “O rapto de Perséfone” e depois teria uma mesa redonda com o tema de religiões antigas. Também estava previsto uma dança espiral na área externa, numa pracinha, que serve segundo os povos antigos para trazer chuva, mas meus companheiros se mostravam cansados e resolvemos voltar para o hotel.

            Terminamos o dia cansados, pois tivemos muitas atividades e a cama estava nos esperando.


Publicado por Sióstio de Lapa em 17/02/2015 às 00h59


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr