Meu Diário
29/10/2015 00h59
APRENDIZADO CONSTANTE

            Vou colocar neste texto o pensamento de Dalton/Andrea, estudiosos e aprendizes/professores de Curitiba-PR, que eles expressaram no livro “Fluxo de Pensamentos e Palavras de Poder”, permeados como o meu pensamento. Esta prática que vou fazer agora deve estar acontecendo continuamente em nossa mente. Os pensamentos que meu espírito constrói, que são influenciados pelos desejos e necessidades da carne, também devem estar constantemente misturados com os pensamentos de espíritos que sintonizam tanto com as aspirações do meu espírito, como pelos desejos da minha carne, mas principalmente por aqueles que desenvolvem um foco evolutivo semelhante ao meu.  

            Tenho bastante vivência intelectual nos meios e ambientes espiritualistas de diversas linhas de pensamentos evolutivos, tanto os presenciais quanto os virtuais.

            Creio que quem aprende só com os mestres, é muito limitado. Quem aprende só com os autores de renome editorial, também é muito limitado. Devo aprender com todos: com os livros, com os cursos, com os mestres, com os colegas, com os parentes, com as circunstâncias, com o próximo (perto ou distante), e ir além... aprender a aprender e aprender cada vez mais, num processo contínuo, limitado na matéria por nossos recursos biológicos e no espírito por nossa bagagem de conhecimentos.

            Aprender passa a ser tudo a todo instante, pois até o relacionamento mais íntimo com Deus passa pelo processo de aprendizagem, de reconhecimento da natureza desse Ser Superior.

            Aprender é arte, é ciência, é técnica, é jeito de exercitar a inteligência com flexibilidade, com jogo de cintura, de saber dar as mãos de ambos os lados: para ajudar, ser ajudado, servir, ensinar e... aprender! Posso chamar esse processo cognitivo com aplicação prática de “Inteligência Evolutiva”.

            Aprendo nem sempre pelo bem, mas pelo “mal” também, quando sinto que sou orgulhoso, vaidoso, arrogante... mas com o amadurecimento das percepções desses atos e suas consequências perniciosas, vejo que ainda tenho um coração animalizado, dominado pelo Behemot, que precisa ser domesticado, precisa aprender a ser comandado pelos interesses do espírito.

            Assim surgem as experiências de vida quando munidas com a intenção de autoconhecimento a fim de auto aprendizado e isso é o que provoca o amadurecimento da alma. Nisto todos somos iguais, a diferença está na boa vontade de aprender, na boa fé consigo e com os outros, na humildade em se reconhecer ignorante e necessidade da simplicidade, pois na simplicidade aprendo muito mais, nas mais diversas circunstâncias da vida.

            Se vou conversar com espiritualistas sobre otimismo e positividade, sobre amor e fraternidade, irei perceber que a maioria deles dirá que sim, que isso é positivo, que devemos seguir por esse caminho. Mas basta surgir um pequeno problema, uma doença, um fracasso financeiro, um assalto ou uma perda familiar, observarei que não é bem assim como esse fulano disse que deveria ser o nosso comportamento.

            É neste ponto que preciso fazer uma reflexão mais apurada, aprender com mais intensidade. A tendência que parece todos possuir é de ser positivos na casca, na superfície. Essa casquinha de positividade por fora é como uma pintura na aura, bem bonita e clarinha. Mas é muito fácil arranhar essa pintura e quando percebemos por dentro está tudo negro, doentio e negativo. Uns mais e outros menos, mas a maioria das pessoas se enquadram aqui, e eu também.   

            Procuro ser positivo, otimista, praticar o amor e a solidariedade. Quem percebe meus pensamentos, sentimentos e atitudes, percebe um aura limpa e bonita, mesmo sem ser médium, percebe pela inteligência e pela intuição. Porém quando sou atingido por alguma frustração ou ameaça, sinto que o lado negro tende a emergir de dentro de mim, mesmo que eu me esforce para que isso não seja visível. A quantidade de meu esforço nesse sentido e o sucesso que alcanço é que vai determinar a espessura dessa casca de positividade que me envolve. Sei que talvez eu nunca consiga me livrar desse conteúdo negro, dessa sombra (segundo Jung) que faz parte do meu ser, mas o meu processo evolutivo é ir desenvolvendo cada vez mais essa casca ou polpa de uma fruta. Ontem eu fui pitomba, com enorme caroço e pouca polpa, hoje talvez eu seja uma manga, com uma polpa mais considerável mas ainda com um caroço maior; amanhã deverei alcançar a condição de uma graviola, com polpa bem maior que os diversos caroços pretos; e bem mais distante, mas com certeza alcançarei, como uma banana, com polpa predominante e de caroços tão pequenos que são difíceis de visualização.    

            Quem se der ao trabalho de verificar o texto original dos autores, irá perceber que a essência é a mesma, mas com algumas pontuações que extrapola a forma de pensar deles, que talvez eles sejam até contrários, ou não. No final, a comparação com a polpa das frutas é totalmente minha, no que diz respeito ao trabalho de Dalton e Andrea. Não posso garantir que esse mérito da polpa das frutas como metodologia para ensinar aquilo que aprendi seja somente minha, pois sei que estou receptivo e sempre recebendo intuições de outras inteligências que comigo dividem o mesmo foco evolutivo.

            Este texto é mais uma prova do processo educativo que está ocorrendo frequentemente conosco, ao nosso redor, na nossa mente, nos nossos pensamentos, que criam convicções e participam do processo evolutivo, que apesar de individual, não deixa de ser coletivo.


Publicado por Sióstio de Lapa em 29/10/2015 às 00h59


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr