Meu Diário
26/11/2016 00h59
PASSE MAGNÉTICO

            Uma das atividades mais frequentes e solicitadas nos centros espíritas é o passe, uma imposição das mãos que pode ser classificado em magnético ou espiritual. Magnético quando é repassada para o paciente apenas a energia do doador. Espiritual, quando a energia doada vem do doador encarnado, mas misturada com a de um ente espiritual.

            No estudo da noite do dia 22-11 foi abordado este tema e as diversas formas de aplicação do passe, sendo muitos deles inadequados segundo alguns colegas. Foram colocadas diversas maneiras de aplicação, longitudinal, dispersivo, etc.

            Parece que a forma de praticar o passe termina superando a sua essência, parecido com aquele jargão da “letra que mata a essência”; aqui seria, a técnica do passe que mata a sua essência.

            Sei, e todos concordam, que o importante é a qualidade do amor que a pessoa possui e a sua capacidade de doação sem esperar recompensa. Também entra no contexto da utilidade de tal expressão de amor, a expectativa que a pessoa desenvolve de se beneficiar de tal energia. Lembremos o caso da mulher que sofria de hemorragia e que somente ao tocar nas vestes do Mestre teve sua doença curada. Não precisou que Jesus fizesse nenhum tipo de imposição das mãos, nenhum gesto ou palavra em sua direção. Nem mesmo um olhar. Bastou a fé daquela mulher e o toque na fonte de onde emergia o amor para a cura ser efetuada.

            Dessa forma, as técnicas que são ensinadas, com os mais diversos formatos, servem apenas para entender como se dá o fenômeno e uma forma de potencia-lo, se entendendo as diversas energias que são absorvidas e geradas pelos diversos níveis de energias corporais que nós possuímos.

            Portanto, se quero ser eficiente na arte de curar, aprender a melhor técnica de aplicar o passe não parece ser a atitude mais pragmática e eficiente. A melhor forma de curar ou ajudar quem está a necessitar é a capacidade de doar o Amor, portanto tenho que aprender a melhor forma de cultivá-lo, de deixa-lo extravasar de minha pessoa, mesmo nos menores gestos e ações.

            Sei que essa não é uma tarefa fácil, mas Jesus deixou essa lição no seu próprio comportamento, Ele não precisou falar que seria assim, mas pelo fato de ver e ouvir o que ele estava fazendo, com olhos de ver e ouvidos de ouvir, é que podemos afirmar que será dessa forma.


Publicado por Sióstio de Lapa em 26/11/2016 às 00h59


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr