Meu Diário
04/12/2016 00h55
AUTODESCOBRIMENTO (33) – O RESSENTIMENTO

            O ressentimento tem como causa raivas não extravasadas, ou liberadas, mas desniveladas com as forças que foram geradas. Também pode ser devido a experiências mal suportadas, de ter ficado constrangido em alguma circunstância social, por exemplo, e apontar alguém como o culpado.

            O ressentimento pode ficar inconscientemente cravado no centro psicológico do ser e se ramificar em expressões variadas. Possui a mesma qualidade perturbadora do ressentimento consciente e geralmente emerge como melancolia, frustração, desinteresse pela existência física com potencial risco suicida, e consolidar na mecânica cognitiva o sentimento de culpa.

            Os sentimentos que ficam agasalhados dentro do ressentido são a antipatia e uma animosidade crescente pelo alvo de suas queixas. Isso desenvolve uma área emocional perniciosa que é cultivada com satisfação.

            A razão dos acontecimentos perde a sua lógica dentro da mente do ressentido, que em forma encapsulada, com força destrutiva, tudo faz para trazer a negatividade em torno do seu alvo. Como essas emoções estão enraizadas na mente do ressentido, sem capacidade de sair para afetar o alvo, termina atingindo quem lhe deu origem, e fere o ser no qual se apoia, o ressentido.

            Essa bomba negativa na mente do ressentido, passa a ser o motor para doenças, a somatização dos venenos mentais, gerando tumores de origem desconhecida, transtornos neuróticos, e distúrbios gástricos, também de origem desconhecida.

            Devemos lembrar que a estrutura do universo é feita por vibrações e ondas originadas do Poder Criador. Deve haver equilíbrio e sintonia da mente e comportamento com os princípios dessa harmonia universal.

            Albert Einstein já dizia que “tudo é energia e isso é tudo o que há. Sintonize a frequência que você deseja e, inevitavelmente, essa é a realidade que você terá. Não tem como ser diferente. Isso não é filosofia. É física.”

            A importância da mente nesse contexto é a de ser a mantenedora das forças existenciais e exteriorizar seus conteúdos no emocional e no físico. Mas é preciso que haja a necessária vigilância e ação da vontade, com humildade, reconhecendo que somos imperfeitos e necessitados de ajuda moral.

            O indivíduo tem uma estrutura física e comportamental que obedece as estruturas psicológicas em diferentes níveis evolutivos. Os enganos, acontecimentos, reações inamistosas ou criação de simpatia e antipatia, são os responsáveis por essa estrutura hierárquica.

            A recuperação de uma condição de ressentimento exige segurança pessoal, harmonia interior, e autoestima. Essa condição é capaz de corrigir a ausência do auto amor, e o ressentimento como projeção da sombra psicológica.

            Lembrar que não podemos mudar o vento, mas podemos ajustar as velas do barco para chegar onde queremos.

            O controle da reação emocional pode ser feita ao se corrigir a sintonia mental e mudar a faixa do pensamento. Outra forma muito digna de controle de nossas reações e descarregar as tensões no trabalho, principalmente o voluntário, sem esperar recompensas, onde quer que exista o próximo necessitado.

            Lembrar que, ao controlar nossas reações, adquirimos mais poder.


Publicado por Sióstio de Lapa em 04/12/2016 às 00h55


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr