Meu Diário
05/12/2016 09h43
PALAVRAS DE DEUS

            Interessante... Cada vez mais um Ente abstrato, que antes eu duvidava de Sua existência, se desenvolve progressivamente na minha cognição, lógica e coerência. Aceito agora a Sua existência em tudo na Natureza, ao meu redor, dentro de mim. O único local que pertence exclusivamente a mim é o meu livre arbítrio. Aceito que Ele é o meu Criador, e, portanto, meu Pai transcendental, e tudo que Ele criou passa a ser meus irmãos, até uma simples ameba no fundo do mar. Mas sempre com o respeito à hierarquia consciencial. O ser humano que está próximo a mim é a representação mais próxima que tenho de Deus, com a exclusão de mim mesmo.

            Nos últimos dias vinha me sentindo incomodado, as minhas ações benfeitoras estavam sendo criticadas, talvez com razão, e eu não encontrava argumentos para sair desse tipo de “sinuca de bico”. Foi aí que senti a presença de Deus dando o empurrão que eu precisava.

            Uma pessoa à qual estou ligado por laços de gratidão, procurou-me expondo a extrema necessidade de ajuda para a própria subsistência. Logo, a minha responsabilidade de ajudar veio à tona, não poderia ficar omisso. Já tinha ajudado tanta gente antes, até quem eu não conhecia pessoalmente; tinha criado mecanismos de trabalho em vários níveis, então, tudo isso deveria ser levado em consideração para se encontrar a melhor resolução.  

            A primeira providência que imaginei e comecei a colocar em prática, foi elaborar o texto que eu precisava fazer para lembrar aqueles que foram beneficiados na forma de empréstimo, que retornassem com os valores mesmo sem juros, quando devidamente sanadas as suas dificuldades, se sentissem em condições, não esquecessem desse compromisso, para que o caixa de ajuda ao próximo esteja sempre abastecido.

            O retorno dos valores emprestados poderia servir agora para atender essa pessoa que no momento está em situação crítica e precisa urgentemente da ajuda fraterna. Além disso, quais os recursos que possuo no momento para atender essa urgência, além de indicar os órgãos públicos que fazem assistência nessa área? O que posso contar através de mim e das pessoas mais próximas? Será isso um teste para a aplicação prática da Família Universal? Vamos ver o que consigo listar...

  1. As lojas do Shopping do Artesanato Mãos de Arte;
  2. O Flat da Redinha, apesar de pertencer agora à minha filha;
  3. Os trabalhos de vendas por catálogo, entre eles a Polishop;
  4. Um idoso, colega médico, que precisa de acompanhante;
  5. Um trabalho remunerado dentro da AMA-PM/Projeto Foco de Luz;
  6. A lanchonete de Navegante;
  7. O sítio em Ceará-Mirim que está em vias de compra; e
  8. Dama de companhia para a própria Edinólia.

Apesar desses itens listados que contam com a participação e boa vontade das pessoas que estão mais próximas de mim, tem o que posso fazer com meus próprios recursos, exclusivamente. Lembro que a cerca de 10 anos investi aproximadamente 10 mil reais para a abertura de uma lanchonete para a filha de um mulher que ajudava muito o meu primo e a sua mãe. A motivação para essa ajuda foi o “laço de gratidão”, mas sei que muito facilitado pelo desejo sexual que havia por trás, mesmo que por questão de coerência espiritual eu não o realizasse nesse momento. Agora, essa pessoa que pede ajuda, teve uma aproximação muito maior, pois era a esposa e sofreu na pele até quando pôde, todos os efeitos da doença que ele era portador. Porém não sinto a mesma disposição de ajudar, apesar de nunca ter negado auxílio quando ela procura. Acontece assim porque falta o apelo sexual? Mas a consciência, onde está inscrita a Lei de Deus, não pode permitir dois pesos e duas medidas.

Entendo que as palavras de Deus estão escritas em cada um desses recursos que Ele proporcionou que existissem e agora ao articular um no outro vejo o que Ele quer me dizer e dar demonstração de como deve ser a construção do Seu reino.


Publicado por Sióstio de Lapa em 05/12/2016 às 09h43


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr