Meu Diário
25/12/2016 06h50
PRÍNCIPE DA PAZ

            Comemoramos hoje o nascimento do Príncipe da Paz, o Filho de Deus, o Rei do Universo. Jesus ensinou que devemos nos transformar intimamente para poder construir o Reino de Deus. Devemos limpar nossos corações e mentes dos resíduos do egoísmo próprio da condição animal, estrutura biológica pela qual nosso espírito entra nos bancos escolares (corpos biológicos) para aprender a controlar essas forças.

            Ao fazer assim, Jesus estava simplesmente educando as pessoas para assumirem a melhor forma de governo, a monarquia voltada para o bem comum. Aquele que queira ser o Monarca, deve ser aquele que está disposto a servir a todos. Esta foi a grande lição que ele deixou na última ceia, quando pegou a bacia com água e a toalha, e fez questão de lavar os pés dos seus discípulos. Ele, o Príncipe da Paz, filho do Rei do Universo, estava ali mostrando a importância de cuidar dos mais humildes, daqueles que precisam de apoio para a sua própria evolução.

O Rei precisa ter uma integridade física, moral e social para exercer com ética o seu mister. A nossa condição moral atual, tão próxima da animalidade, termina por degenerar as ações do Monarca em atitudes tirânicas, em prejuízo da coletividade, e por esse motivo o regime monárquico termina sendo mal visto. Mas o erro está dentro da nossa má-formação, da ignorância da Lei do Amor que é a maior força que deve reger os conflitos. Por esse motivo são criados outros sistemas como República, Democracia, Parlamentarismo, etc., para corrigir a incompetência que ainda possuímos de criarmos a Monarquia adequada, o Reino de Deus.

            Aqui no Brasil, após o período colonial, passamos pela experiência da Monarquia, de dois monarcas chamados Pedro, I e II. Esse nome que reverencia o substituto de Jesus após a sua morte do corpo físico, não seria uma preparação para tornar a nossa nação, a futura Pátria do Evangelho e Coração do Mundo? Mas, infelizmente o regime monárquico foi deposto por um golpe militar e introduziu o regime republicano. Esse regime de força que gerou os primeiros “presidentes da Espada”, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, subjugou a vontade do povo e tenta apagar da memória nacional os benefícios trazidos à nação brasileira no período imperial. Tenta mostrar com ironia as personalidade da casa Real desde a vinda de D. João VI ao Brasil, momento que foram colocados os principais pilares de uma nação.    

            Podemos perguntar a qualquer estudante, do primário ao universitário, sobre esse período imperial do Brasil, e todos, respondem com ironia, como um salto de qualidade que ocorreu no país ao passar da Monarquia para a República. Posso até me arriscar a colocar assim, pois eu mesmo, hoje professor universitário, até pouco tempo mantinha em minha mente, o regime imperial no Brasil, como um momento obscuro da nossa história. Vejo assim que a história que me foi ensinada na escola, não era uma verdadeira história. Assim como a política que praticamos no Brasil não é uma verdadeira política. Vivemos dentro da mentira, com ela sofremos, com ela nos degradamos, criamos miseráveis de ambos os lados, riqueza e pobreza extremas.

            Mais uma vez as lições do Cristo vem em nosso auxílio: “A Verdade vos libertará.” Pois, então, quero a verdade da história, o que aconteceu no período imperial, quais foram o motivo para o golpe militar ser dado e ser destituído o Imperador, sem a participação ou mesmo o conhecimento do povo. Quero que pessoas com verdadeira vocação política (fazer o bem a comunidade e não a si próprios) sejam candidatos (pessoa com uma vida imaculada, vestida de branco, cândido, sem mancha, para simbolizar sua pureza). Quero que o Reino de Deus seja instituído e que uma casa real voltada para a vontade dEle seja viabilizada para servir como moderador dos interesses animais, egoístas, políticos, econômicos e jurídicos, que com certeza irão nos perseguir por muito tempo.  


Publicado por Sióstio de Lapa em 25/12/2016 às 06h50


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr