Meu Diário
06/05/2017 01h42
SÃO LONGUINHO E DOM PEDRO II

            Existem muitas informações que se complementam na narrativa espiritual de que o Brasil foi destinado para ser o coração do mundo e a pátria do Evangelho. A mais recente informação que recebi neste assunto, foi relato de que São Longuinho era o espírito que animava o corpo de Dom Pedro II, imperador do Brasil.

            São longuinho era um soldado romano, na época chamado Longinus, nome que significa “lança”. Era de baixa estatura e por causa disso conseguia ver tudo que se passava por baixo das mesas. Com isso ele achava vários pertences das pessoas e sempre devolvia os achados para seus donos. Daí surgiu sua fama de bom soldado e de sempre encontrar as coisas perdidas. Foi um dos soldados destacados para acompanharem o castigo, a crucificação e a morte de Jesus.

            Ele tinha um problema ocular no qual dificultava sua visão, e para que ninguém soubesse do seu problema de visão, e nem colocá-lo para fora do exército romano, ele procurava lutar com destreza, tinha força e velocidade em sua lança. Foi perto de se aposentar que foi para Jerusalém para designar seu último serviço como comandante de guarda.

            Durante o percurso do calvário Longinus escutou alguns homens do Sinédrio comentar que os joelhos de Jesus deveriam ser quebrados, pois, as profecias diziam que o Messias não teria nenhum osso quebrado (Salmo 34:20 – Êxodo 12:46), e também pelo fato de que ao pôr do sol iria iniciar-se o Shabat, para que os corpos dos condenados não profanassem o dia santo, assim os seus joelhos deveriam serem quebrados para apressar a morte e para que a profecia não fosse cumprida. Longinus escutando tal conversa ficou indignado com tal perversidade articulada contra um homem humilde, já com o corpo abatido, e sem ter realizado nenhuma reclamação ou revolta estando em tal situação.

             Então, no momento de quebrarem os joelhos dos crucificados, Longinus vai até Jesus, e assim para comprovar-lhe o óbito sem a necessidade dos seus joelhos serem quebrados como queria o Sinédrio, perfurou-lhe o corpo com uma lança. O líquido saído do corpo de Jesus bateu nos olhos de Longinus, curando-o instantaneamente da sua grave doença ocular, e isso sensibilizou a sua alma, pois atribui-se a ele as palavras: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus.” Depois desse fato Longinus converteu-se e abandonou o exército romano.

            Após abandonar o exército romano por causa de sua conversão, Longinus fugiu para Cesaréia, mas foi descoberto e denunciado a Pôncio Pilatos. No processo foi acusado de desertor e condenado a pena de morte. Se ele renunciasse a sua fé em Jesus Cristo seria perdoado. Mas, ele se manteve firme e não renegou Jesus. Por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. Depois, foi decapitado.

            São Longuinho foi canonizado pelo Papa Silvestre II, no ano 999. O processo de canonização já tinha caminhado bastante, porém vários documentos ficaram perdidos ao longo dos anos. Então, o Papa pediu a intercessão do próprio São Longuinho para que o ajudasse a encontrar os documentos perdidos. E aconteceu que, pouco tempo depois, os documentos foram encontrados e a canonização aconteceu.

            Depois dessa vida, Longinus reencarnou várias vezes, a última sendo o imperador Dom Pedro II.

            Definitivamente proclamada a independência do Brasil, o guia espiritual do Brasil, Ismael, leva a Jesus o relato de todas as conquistas verificadas, solicitando o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a organização política e social do Brasil.

            Recebendo as confidências de Ismael, que apelava para a sua intervenção misericordiosa, considerou o Senhor a necessidade de polarizar as atividades do Brasil num centro de exemplos e de virtudes, para modelo geral de todos. Assim, Jesus chamou Longinus à sua presença, e falou com bondade:

            Longinus, entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como o coração do mundo. Minha assistência tem velado constantemente pelos seus destinos e, inspirado a Ismael e seus companheiros do infinito, para evitar a pilhagem das nações ricas e poderosas para não fragmentar o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, logicamente, a presença contínua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral. Bem sabes que os povos tem a sua maioridade, como os indivíduos, e se bem não os percam de vista os gênios tutelares do mundo espiritual, faz-se necessário se lhes conceda toda liberdade de ação, a fim de aferirmos o aproveitamento das lições que lhe foram prodigalizadas. Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do Evangelho?

            Senhor, respondeu Longinus, num misto de expectativa e refletida esperança – bem conheceis o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdades sublimes, na face triste da Terra. Muitas existências de dor tenho voluntariamente experimentado, para gravar no íntimo do meu espírito a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no Calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência, que sufocavam, naquele tempo, a minha alma. Assim, é com alegria, Senhor, que receberei vossa incumbência para trabalhar na terra generosa, onde se encontra a árvore magnânima da vossa misericórdia. Seja qual for o gênero de serviço que me forem confiados, acolherei as vossas determinações como um sagrado ministério.

            Assim, foi iniciado o compromisso de São Longuinho com Jesus, após intervenção de Ismael, para administrar o Brasil no papel do imperador Dom Pedro II.


Publicado por Sióstio de Lapa em 06/05/2017 às 01h42


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr