Meu Diário
28/05/2017 23h38
SOBRE OS BLACK BLOCKS

            O aluno do Evangelho tem sua fonte de orientações nas lições que Jesus deixou e que foi registrado por várias pessoas, inclusive os seus discípulos, quatro dos quais foram aceitos para ser contidos na Bíblia. Em tempo de batalha espiritual aguerrida, onde os enfrentamentos com prejuízos, feridos e até mortes acontecem nas ruas, com destruição do patrimônio público e privado, resta saber como devemos nos posicionar nesse tipo de batalha que estamos envolvidos, quer queiramos ou não.

            As informações que circulam na internet, que serve de arena para a disputa entre o bem e o mal, entre as ações éticas e aquelas consideradas perversas, chegam à nossa consciência e forçam uma tomada de posição. Quem está coerente com as lições do Evangelho, não pode se associar a nenhum partido dos que estão colocados em disputa do poder, pois usam, todos eles, ferramentas do mal, principalmente a mentira, a arma mais usada pelas forças do mal, das sombras.

            Irei colocar abaixo a transcrição de um texto que circula na internet sobre os Black Blocks, para que possamos avalia-lo com isenção, à luz do Evangelho.

            “Corre nas redes argumentos absurdos para justificar as ações de grupos criminosos que colocam em risco a vida de muitos inocentes úteis.

            Supondo que a premissa da intenção desses “heróis” esteja correta, pergunto: por que não agiram assim quando o Brasil, a Petrobrás, a FUNCEF, o BNDES e praticamente todas as instituições estavam sendo roubadas ostensivamente pelos governantes e parlamentares mafiosos vergonhosamente associados com a escória da política nacional e o empresariado que só existe à custa do dinheiro público e que sustenta há séculos a exploração do miseráveis?

            Porque não agiram enquanto milhares de oprimidos morriam no chão dos hospitais do SUS ou esperando uma consulta para tratar do câncer?

            Porque se omitiram enquanto o dinheiro público que ia para todo tipo de obra criminosa e desnecessária como nas olimpíadas deixava as escolas desabando Brasil afora comprometendo o futuro e a inserção social através da educação de uma geração de milhões? E sobre os bilhões dados a ditadores de países onde a Odebrecht fez a festa? E os bilhões para assentamentos, MST e a FUNAI para demarcações de terras indígenas porque não foram feitos? E as “cracolândias” Brasil afora que drenaram milhões e o número de drogados e traficantes aumentou vertiginosamente passando a criar áreas sem lei e sem a menor condição de vida digna encravada em cidades com orçamentos bilionários como São Paulo? E os bilhões torrados do FGTS e da Caixa para habitação e o problema de moradia só piorou? E os bilhões em desoneração fiscal a empresários bandidos, a não cobrança das dívidas bilionárias ao INSS, a não taxação de bancos e grandes fortunas prometidas por 20 anos? E os bilhões dados aos “empresários” das faculdades privadas com PRÓUNI e FIES em cursos inúteis iludindo os pobres com discurso falso de que agora eles tinham curso superior? E os bilhões distribuídos em programas de geração de emprego e renda desviados que produziram milhões de desempregados?

            A resposta é simples, se omitiram porque sindicatos, MST, FUNAI, entidades, partidos, instituições e movimentos sociais com milhares de cargos pendurados no dinheiro público se fartaram desse dinheiro roubado também e enquanto a grana fluía com a alegre anuência dos “intelectuais” de esquerda e inclusive de parte da imprensa e os grandes meios de comunicação contemplados com milhões, o ministério da cultura bancando shows e peças teatrais de artistas milionários e casamentos nababescos de celebridades e todo tipo de assalto ao dinheiro que devia ter transformado o Brasil num país justo foi usado para enriquecer essa corja que se une agora para escapar da Justiça a quem acusa de “atrapalhar a economia” enquanto eles arrastaram o país para a lama e continuam a manobrar com ajuda dos Tribunais Superiores para “mudar” de governo e continuar tudo igual!

            Não há desculpas para o Brasil estar nessa situação, nunca um governo teve tanto dinheiro por tanto tempo com tanto apoio parlamentar, da imprensa e os grandes grupos de comunicação, da opinião pública e da comunidade internacional.

            Não há perdão para o que fizeram com nosso país!”

            Observamos uma crítica ao comportamento dos chamados Black Blocks, mas o que são? A Enciclopédia Livre Wikipédia, tem registrado o seguinte:

            Black bloc (do inglês black, preto; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma ação tática de ação direta, de corte anarquista, empreendida por grupos de afinidade que se reúnem, mascarados e vestidos de preto, para protestar em manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Black bloc é basicamente uma estrutura efêmera, informal, não hierárquica e descentralizada. Unidos, seus integrantes pretendem adquirir força suficiente para confrontar as forças da ordem.

            A tática surgiu na Alemanha, nos anos 1980, como tática utilizada por autonomistas e anarquistas para defender os squats (ocupações) contra a ação da polícia e os ataques de grupos neonazistas. Posteriormente suas atividades ganharam atenção da mídia fora da Europa, durante as manifestações contra o encontro da OMC em Seattle, em 1999, quando grupos mascarados destruíram fachadas de lojas e escritórios do McDonald’s, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações de grandes empresas.

            À diferença do modus operandi de outros grupos anticapitalistas, os integrantes do black bloc realizam ataques diretos à propriedade privada, como forma de chamar a atenção para sua oposição ao que consideram símbolos do capitalismo – as corporações multinacionais e os governos que as apoiam.

            As roupas e máscaras pretas – que dão nome à tática e, por extensão, também aos grupos que delas se utilizam – tanto visam proteger a integridade física dos indivíduos quanto garantir seu anonimato, caracterizando-os, em conjunto, apenas como um único e imenso bloco.

            Podemos observar no primeiro bloco de informações a incoerência do black blocs brasileiros. Por que só agora se voltam com tanta violência, de forma orquestrada, contra um governo que até pouco tempo não era alvo de suas hostilidades?

            No segundo bloco de informações, observamos que a personalidade dos black blocs são mais sintonizados com as forças do mal, por agirem de forma mascarada, para não assumirem a responsabilidade do que estão dispostos a fazer, da destruição de bens públicos e privados, por tentarem a instalação do caos, por usarem a cor negra em suas vestes, a cor representativa do mal.

            Concluo que, os cristãos que observam com rigor as lições evangélicas não podem se aproximar ou concordar com tais ações. Não podemos julgar os irmãos que estão dentro dessas atividades destrutivas, pois este não é o nosso papel de juiz, mas sim esclarecer de forma clara, verdadeira, sem bandeiras ideológicas partidárias de esquerda ou de direita, qual o caminho que o Cristo nos ensinou, de paz, tolerância, compreensão e fé que a lei de Deus se cumprirá obrigatoriamente, quer seja ainda neste campo dimensional da matéria, ou inevitavelmente no campo dimensional do espírito.  


Publicado por Sióstio de Lapa em 28/05/2017 às 23h38


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr