Meu Diário
04/07/2017 09h54
JEJUM E SINTONIA COM DEUS

            Quando nos voltamos para Deus e decidimos colocar os nossos corpos, nossas vidas à serviço de Sua vontade, precisamos de um contato constante com Ele. Muitas vezes as atribulações da vida material cria uma espécie de barulho mental que obnubila essa comunicação com o Criador.

            Embora estejamos envolvidos em tantos conflitos ao redor do planeta, que favorecem a perda da sintonia com o Pai, Ele tem colocado à nossa disposição meios mais fáceis de perceber a Sua vontade. Também podemos favorecer essa comunicação, assumindo algumas atitudes como o jejum, que é uma prática que nos coloca em mais intimidade com Deus.

            A mais fascinante experiência que podemos ter nessa nossa fase atual de humanidade na Terra, é ser considerado um instrumento nas mãos de Deus, pois dessa forma Ele executa muitas das suas obras maravilhosas.

            Quando buscamos Deus com jejum e oração, não mudamos a mente de Deus, mas a nossa. O jejum nos faz mais aptos para receber, do que faz Deus mais pronto a conceder.

            Temos exemplos vívidos do poder que advém do jejum na vida de homens como Moisés que jejuou 40 dias (Êxodos 34:28), Esdras – 3 dias (Esdras 10:6), Elias – 40 dias (1 Reis 19:8), Daniel - 21 dias (Daniel 10:3), Paulo – 3 dias (Atos 9:9), e o próprio Cristo – 40 dias (Lucas 4:2). Quando essas pessoas passavam dias sem se alimentarem, ou noites gastas em oração, voltavam desses períodos mais fortalecidos do que antes, mais dispostos do que se tivessem gasto essas horas dormindo. Podemos dizer que eram verdadeiramente sustentados pelo poder divino. Ainda não atingi essa condição, apesar da prática do jejum que estou sempre fazendo. Certamente ainda me falta a fé suficiente para entrar na sintonia com o Pai, mas não desistirei. Procurarei compreender cada vez mais os objetivos do jejum na intenção de aproximação com Deus, e dessa forma encontrei as seguintes orientações.

            1º) Ter a mente desimpedida da sobrecarga que o processo digestivo exige, facilita a comunhão, a meditação e a reflexão com Deus. Não posso simplesmente parar de comer e esperar que tudo aconteça. A minha mente deve estar voltada para essa aproximação e a oração é um forte atrativo para isso.

            2º) Mostrar a Deus e provar a mim mesmo que aquilo que peço, ou a vitória que almejo, é realmente de suma importância para mim. Muitas vezes não sei exatamente o que pedir, às vezes não sei nem como iniciar a conversação com o Pai. Esse período de jejum a mente fica mais aberta, vigil, ouço com mais clareza o coração e certamente a voz de Deus.

            3º) Devo separar um momento do dia que me desligue do trivial, do rotineiro, do material e me coloque numa atmosfera espiritual mais intensa.

            4º) Serve para que eu adquira uma disciplina espiritual, um maior controle sobre meus desejos e vontade. Quando eu domino meu apetite, assumo um domínio saudável sobre a minha vontade e a coloco em submissão à vontade Divina.

            5º) concedo ao sistema digestivo uma pausa para descanso. Muitas enfermidades podem ser evitadas e até curadas, com um período saudável de abstenção de alimentos.

            6º) Acima de tudo, não posso esquecer, devo me colocar num íntimo e intensivo contato com Deus. Quando perturbado pela tentação, quando com necessidade de vencer um pecado habitual, quando diante de uma grande provação, uma grande dúvida, confusão mental, nada se torna mais efetivo do que a aproximação com o Pai.

            7º) Devo obedecer ao tempo que o meu organismo já se adaptou para essa prática, pois tem pessoas que não conseguem fazer um dia de jejum, e eu já consigo fazer três dias seguidos sem maiores repercussões fisiológicas. Não serei tão radical como imaginava no início que deveria ser. Posso comer frutas, sucos ou pequenas porções de alimentos leves que não sobrecarreguem o organismo, contanto que eu esteja exercendo o pleno exercício do controle dos desejos através da vontade direcionada para a sintonia com o Criador.

            É importante lembrar que a forma e a duração do jejum só podem ser estabelecidos pela própria pessoa, sem jamais ser legislado e imposto pelos outros. Também não é preciso que seja anunciado publicamente por palavras, nem por um rosto abatido e triste, pois esta é uma experiência particular entre o Pai e o filho. Sendo assim, o jejum deve trazer alegria, confiança e entusiasmo na vida daquele que participa desta experiência maravilhosa com o seu Criador (Mateus 6: 16-18).


Publicado por Sióstio de Lapa em 04/07/2017 às 09h54


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr