Meu Diário
13/10/2017 00h39
DIMENSÕES DA VERDADE (19) – TERAPÊUTICA ESPÍRITA

            Podemos viver dentro de um turbilhão mental, como se estivéssemos dentro de areia movediça das atrações fáceis. Quanto mais nos mexemos mais nos aprofundamos. Essas atrações fáceis podem ser representadas por drogas, prostituição, suborno, etc.

            Não podemos perder o equilíbrio ou a responsabilidade moral dentro dessas facilidades. Temo que meditar bastante sobre onde estamos, o que nos sucede, as tentações, e com toda energia desenvolver o vigor moral.

            A meditação é uma ótima ferramenta para examinar nossos atos e obter benefícios: traz harmonia para nossas vidas; melhora a atenção e a memória; equilibra as emoções; aumenta a imunidade; reduz o estresse e a depressão; regula a taxa cardíaca; aumenta a felicidade. Assim, a meditação é um dínamo poderoso em nossas vidas.

            A postura completa e tradicional para se meditar compreende sete pontos: a boca relaxada com a ponta da língua encostando entre o céu da boca e os dentes de cima; o queixo formando um ângulo reto com o pescoço; as mãos no mudra da meditação, uma mão repousa sobre a outra com as palmas para cima; o olhar fixo e relaxado, olhando para baixo; os ombros afastados; coluna vertebral ereta; as pernas cruzadas na base adamantina, o pé esquerdo sobre a coxa direita, depois o pé direito sobre a coxa esquerda. São condições mais apropriadas para a prática da meditação, mas cada pessoa pode desenvolver mais tarde uma postura mais personalizada.

            A meditação tem o poder de anular as sombras e pesadelos de nossas vidas, de aumentar a produtividade, evitar insucessos e erros constantes. A meditação é uma amiga fiel que corrige com bondade e esclarece com humildade.

            Quando estamos dispostos a falar com Deus na oração, sempre existe os dois momentos importantes e que devem ser conjugados: a oração propriamente dita, quando falamos o que queremos ao Pai, um pedido, agradecimento, um louvor..., e em seguida o momento de silêncio interno que é a meditação, onde estamos prontos para ouvir o que o Pai quer nos dizer.

            Algumas vezes sofremos porque acreditamos que estamos em solidão, mas, meditemos! Verificaremos que existem outros corações mais solitários ao nosso lado. Devemos agir, nos levantar, visita-los e mostrar a mensagem evangélica que sabemos tanto bem fazer aos nossos corações.

            O escritor Paulo Coelho escreveu que: “Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.” Portanto, nós que estamos com Deus no coração, jamais estaremos sozinhos, por isolados que pareçamos estar frente ao mundo.

            Podemos também nos considerar enfermos e alquebrados (que caminham curvados, vergados, por motivo de doença, fadiga ou velhice; que demonstra cansaço, abatido), caminhando sem arrimo... Meditemos! Encontraremos próximo de nós, sofrendo maiores tormentos, contemplando em ti a felicidade que dizes não existir. Precisamos agir e nos dirigir a eles e oferecer a fraternidade que sabemos ser a vontade do Criador.

            Também podemos imaginar que temos falta de sorte naquilo que fazemos, pensando em tantos sortudos ao nosso lado, conquistando o muito com o pouco que fazem. Meditemos! Enxergaremos corações vencidos que nos invejam o sorriso e a fortuna que afirmamos não ter. Então, devemos agir, levar até eles a compreensão que já temos do Evangelho.

            Quando falta sorte, tem que sobrar atitude. O azar morre de medo de pessoas determinadas.

            Quando meditamos com profundidade, veremos que a Terra é um imenso hospital de almas mais sofredoras que nós, que com os recursos terapêuticos do Evangelho,,. poderás operar a favor delas. Constataremos a máxima evangélica que diz: “Mais se dará aquele que mais der” – Parábola dos Talentos.

            Ao ajudarmos, nos sentiremos também ajudados!

            É bom praticarmos sempre em nossas vidas, em casa, para nós próprios, “um pequeno curso de Cristianismo Redivivo”: conceder palavras de alento; frequentar templos espirituais; evitar obsessão de pensamentos; despertar para a vida espiritual dentro de nós; orar para pedir força e sabedoria; meditar para agir com acerto.

            Meditar no Bem é começar a fruir do Bem desde agora mesmo.


Publicado por Sióstio de Lapa em 13/10/2017 às 00h39


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr