Meu Diário
13/11/2019 00h12
EU E JESUS

            Quando foi que conheci Jesus? Não sei dizer com precisão. Sei que, quando criança, estudava em colégio administrado por um padre, era escoteiro sob sua administração, e cheguei a ajudar nas missas e procissões. Era impossível não ter conhecido Jesus nessa época. Mas nada marcante vem à minha mente decorrente desse conhecimento.

            Aos 18 anos de idade, ao vir servir à Marinha na capital do meu estado, ficando longe da minha família que morava em Macau-RN, passei por sérias dificuldades de relacionamento. Sentia-me isolado, sem fazer grandes amizades. Procurei me refugiar numa igreja mais acessível, a Assembleia de Deus. Aceitei Jesus como meu Salvador, obedecendo aos rituais. Mas ainda nada significativo. O que eu procurava era me sentir acolhido por algum grupo.

            No entanto, notei que essa igreja evangélica como tantas outras, atacava os princípios científicos que eu dava tanto valor. A razão dizia que a igreja não estava coerente com a verdade. Afastei-me da igreja e um tempo sem acreditar em Deus, ou melhor, duvidava da sua existência. Foi quando encontrei um autor espiritual chamado Ramatis que falava do mundo espiritual com muita coerência. A partir dele conheci o trabalho de Alan Kardec, na codificação do mundo espiritual. Tive acesso às lições dos espíritos superiores dentro da melhor razoabilidade e apresentando Jesus como o modelo de ser humano, de espírito a ser seguido. Foi a partir daí que passei a conhecer verdadeiramente Jesus. Aprofundei o estudo na sua vida, nas suas lições e exemplos, e em tudo eu encontrava coerência e que devia seguir suas lições.

            Assim, me tornei o seu discípulo, passei a lhe respeitar como Mestre, como governador da Terra, como meu comandante na guerra espiritual na qual me considero engajado.

            Por tudo isso, considerando a realidade do mundo espiritual e sua simbiose com o mundo material, aprendi o contato direto e constante com Deus, uma das maiores lições do Mestre. Procuro seguir a lei do amor como ele ensinou, dentro dos relacionamentos, sabendo aplicar a misericórdia e a justiça, sob a luz da verdade.

            Estou sintonizado com o Mestre, obedecendo a sua hierarquia, sua condição de superioridade espiritual, procurando fazer a vontade do Pai dentro dos diversos trabalhos que surgem nos caminhos oferecidos.


Publicado por Sióstio de Lapa em 13/11/2019 às 00h12


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr