Meu Diário
04/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (1) – SOCIEDADE FABIANA

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            No início do século 20 o Império Britânico era a maior potência do planeta. No seu auge dominava cerca de 458 milhões de pessoas, um quarto da população do mundo na época e abrangeu 24% da área total da Terra.



            Todo movimento político que surgisse em seu território seria capaz de influenciar toda a civilização.



            Em 1893 foi fundada na Inglaterra a Sociedade Fabiana.



            O Principal objetivo da Sociedade Fabiana era uma evolução da sociedade em direção ao socialismo (Deividi Pansera – Professor de Matemática e Filosofia).



            Uma outra forma de implementação das mesmas ideias de Marx, de Engels, mas agora com um novo método. (Clístenes Hafner Fernandes – Professor do “Instituto Hugo de São Vítor).



            O socialismo Fabiano nada mais é do que uma revolução cultural e uma instauração do socialismo não pela via armada, uma revolução que tome o poder do Estado, como no modelo clássico do marxismo, mas por meio da inoculação gradual dessas ideias de modo que as pessoas fossem mudando o modo de pensamento. (Victor Sales Pinheiro – Professor na UFPA)



            O nome inspirado no general romano, Quinto Fábio Máximo (275 – 203 AC), conhecido como “Aquele que Adia” (Alex Catharino – Escritor e Editor)



            Ele tinha uma ideia de tomada de poder, em relação ao inimigo, não confrontando ele de forma direta, acintosa. (Guilherme Almeida, Professor de História)



            Você cansa o inimigo, torna o combate exaustivo e assim você vence a guerra. eles adotaram isso como estratégia da sua própria ação.



            Quando a sociedade Fabiana foi fundada em 1893, eles buscaram logo um brasão. Na arte heráldica há sempre um desejo de expressar através de imagens e símbolos os objetivos daquela família, daquela instituição, daquele lugar. (Rafael Tonon – Historiador)



            Eles começaram primeiro com um brasão que era um lobo em pele de cordeiro, para simbolizar as ideias que os fabianos estavam propondo. Isso ficou muito evidente na época e rapidamente foi substituído, por mostrar de maneira muito escancarada e até escrachada, quais eram os objetivos dessa sociedade.



            Então eles adotaram um novo símbolo, que é uma tartaruga, que simboliza o caráter lento, mas perseverante.



            Estamos vivendo sempre dentro de guerras, mesmo que algumas tenham outras características, que não se ouçam o troar dos canhões ou o sangue derramado no enfrentamento com o adversário.



            Assim é a nova guerra desenvolvida pelo socialismo Fabiano. Seus membros entram dentro da cultura das sociedades em que eles querem tomar o poder e lentamente vão cooptando pessoas de boa índole, iludidas por frases de efeito que evocam princípios igualitários de justiça e liberdade, mas que por trás desses rótulos está a intenção inversa do que alardeiam.



            Lembro que fui vítima dessa guerra. O meu imaginário passou a aceitar determinados eventos da história, não devidamente apresentados, como a Revolução Francesa, frequentando bancos escolares desde a infância até a maturidade. Fui vítima de lobos em pele de cordeiro, que usam o método da tartaruga para alcançar o poder, muito bem representado nos dois brasões que foram criados. O primeiro, por ser mais honesto, teve que ser substituído pelo segundo, para melhor nos enganar.



Publicado por Sióstio de Lapa em 04/09/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr