Meu Diário
08/09/2022 00h01
GUERRA DO IMAGINÁRIO (5) – G. K. CHESTERTON

            Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.



            Um escritor com senso de humor único e inteligência aguçada e que faria os homens se reconectarem com a realidade. Seria chamado de apóstolo do senso comum.



            O nome dele é Gilbert Keith Chesterton (1874 – 1936). É um desses raros gênios que teve naturalidade com a sabedoria. Ele é o profeta do senso comum porque é justamente esse resgate que ele faz, resgate das pessoas simples, das pessoas cotidianas. É isso o que se observa em grande parte da sua obra. Um homem que mostra a importância da alegria de modo tal que inflamou corações de gigantes na posteridade.



            Estamos falando de guerra do imaginário e Chesterton conseguiu ensinar como é que você trabalha esse imaginário. Não adianta você defender uma fé, tem que ser com uma palavra que seja viva. Chesterton dá um nome a isso. Chama de imaginação moral. É uma imaginação que possui um objetivo, que ensina valores, que transmite ideias, que mostra a virtude como um objetivo a ser alcançado.



            As primeiras recordações de Chesterton era de seu pai brincando com um teatro de marionetes, ou lendo histórias de Contos de Fadas na hora de dormir.



            Chesterton nasceu em Londres em 1874, tem a oportunidade de crescer em uma família cujo pai era um artista. Tinha uma infância muito feliz, e ele era muito grato por essa infância.



            A primeira memória que ele tem da infância é de uma casinha de madeira. Era um menino um soldadinho de três polegadas com uma coroa. Ele disse que foi a primeira visão que ele teve do mundo.



            Sabemos de Chesterton, do grande impacto dos contos de fadas em sua vida, em sua filosofia. E isso é uma consequência dele ter sido apresentado aos Contos de Fadas por seu pai.



            Esse momento da vida do Chesterton foi muito importante para construir toda o imaginário cristão dele. Anos depois Chesterton falou que essas experiências lhe ajudaram a fazer s coisas corretas desde o começo da vida.



            Na adolescência Chesterton fundou o Clube Juvenil de Debates. Nas reuniões, temas literários e políticos eram debatidos de forma apaixonada.



            Durante esse período Chesterton tanto defendia Deus como os ideais comunistas. Aos 19 anos ele ingressou na Escola de Belas Artes.



            Diferentemente de seus amigos, que foram para as Universidades de Oxford ou de Cambridge, Chesterton foi para a Escola de Belas Artes Slade, que era parte da Universidade de Londres. Então, ele estava em uma escola de arte, no início da década de 1890.



            O otimista, jovem, Chesterton, ao entrar para a Escola de Belas Artes, acaba se tornando relativamente, um pessimista, cínico. É aí que vem aquela descrição que ele faz daqueles mais baixos níveis de hierarquia moral que ele já teve.



            Sobre a década de 1890, é que era o período da decadência inglesa. Então, era um movimento radicalmente relativista, e de certa forma hedonista em termos de moralidade, avant garde, no sentido ruim da palavra.



            Na sua autobiografia, ele intitulou capítulo “como ser um lunático”. Ele fala que nesse período ele foi submetido e seduzido pela ilusão que é um fenômeno do Impressionismo (século XIX).



            Ele foi atraído para esse mundo, radicalmente pessimista, que é próximo do desespero existencial. Ele relata em um de seus ensaios, sobre uma amizade que ele tinha com alguém que ele chamava de “diabolista”. Em outras palavras, um adorador do diabo.



            Para ele foi um choque de realidade, foi demais para ele, começa a se enojar daquilo.



            Somos muitas vezes influenciados fortemente pelo meio ambiente e formamos nossos paradigmas devido a essas influencias, que podem estar afastadas da verdade. Se nossas intenções são fiéis à verdade, jamais iremos nos contaminar e dirigir nosso comportamento sempre em sintonia com a mentira. No dia que a verdade surgir, e ela sempre surge, teremos coragem suficiente, vinda do âmago da nossa alma, para corrigir nossos paradigmas e entrar nos caminhos corretos.



            É isso que está acontecendo com Chesterton e certamente acontece com todos nós que têm boas intenções em na alma.



            Certamente o mal irá perdendo espaço cada vez mais no processo evolutivo, nós iremos nos aperfeiçoar com a justiça e virtudes que iremos conquistar e o próprio planeta também participará deste processo evolutivo, se transformando no próximo passo em Planeta e Regeneração, onde o amor prevalece sobre o mal.



Publicado por Sióstio de Lapa em 08/09/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr