Meu Diário
13/10/2022 00h01
BALA CULTURAL

            Fiz um apelo ontem à Nossa Senhora Aparecida, através do texto do Padre João Medeiros Filho, sobre o risco que corremos no mundo, principalmente no Brasil, decorrente do avanço das pautas comunistas e socialistas.



            As estratégias do velho comunismo em trocar balas e canhões por contaminação cultural das mentes humanas, consegue deslocar com base nas mentiras, das omissões e das falsas narrativas, a ideologia cristã que começava a se fortalecer na Europa e a ser exportada para o resto do mundo, inclusive no Brasil, recém descoberto e com a égide de uma Santa Missa.



            Todos nós que somos cristãos e livres das amarras da mentira e dos interesses do Egoísmo, sabemos da existência milenar da Guerra Espiritual entre o Bem/Verdade e Mal/Ignorância e que devemos estar engajados no exército do Cristo, não só com rezas ou louvores, mas com ações devidamente sintonizadas com a vontade do Pai.



            Com esta compreensão, devo me aproximar dos ensinamentos que o Mestre Jesus nos legou e que muitos já seguem com firmeza e fidedignidade, mesmo com sacrifícios materiais e até ameaças da própria vida.



            Estou dentro de um círculo familiar e de amizades, mas não dentro dos combatentes do exército do Cristo. Na família e nas amizades eu consigo ver pessoas que defendem os interesses do inimigo declarado do Cristo, e, portanto, não é meu companheiro de batalha. Sendo mais rigoroso ainda na interpretação das palavras do Cristo, essas pessoas não fazem parte nem da Família Universal, pois o Mestre falou que só pertenciam a esta Família aqueles que fizessem a vontade do Pai. E quem está se comportando ao lado de quem ataca o cristianismo, ou fica omisso, em cima do muro, não é quente nem frio, não está fazendo a vontade do Pai.



            Há uma frase atribuída ao revolucionário sul-americano, Che Guevara, que eu usava em minhas camisas quando adolescente: “Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura”. Nessa época eu acreditava no que as escolas ensinavam seguindo a cartilha da Guerra Cultural. Acreditava como um ato heroico em benefício da humanidade, a Revolução Francesa, a Revolução Russa, a valentia e boas intenções dos revolucionários. Até que a conduta mentirosa de um deles no poder e colocado com o meu voto (Lula do PT), me fez abrir os olhos e focar em outras direções. Consegui perceber que mesmo senso cristão, eu estava atuando, ensinando e militando em partidos de esquerda, que tinham um histórico anticristão e que nada da verdade me era ensinado. Descobri o fio da meada por conta própria e fui desenvolvendo. Descobri a Igreja Católica Apostólica Romana como o quartel-general do exército do Cristo na Terra; descobri pessoas e instituições que perceberam a Verdade, o Caminho que o Cristo ensinou para nos levar a Família Universal e à Vida eterna.



            Aquele ídolo revolucionário que eu levava com orgulho na camisa, agora sei que era uma pessoa sanguinária, impiedosa, que fuzilava sem qualquer constrangimento os adversários ou mesmo pessoas que não queria colaborar com suas ideias. Como aquela frase era colocada para pessoas como eu e que faziam a construção de uma idolatria? E frases como essas existem centenas, atribuídas a eles e outros revolucionários por todo o mundo. Essas são as balas da Revolução Cultural, que não matam o corpo, mas pervertem a mente. É mais eficiente que uma bala real que mata o corpo. Essa bala cultural perverte a mente da pessoa humana e a transforma, sem ela querer ou perceber, num soldado que defende uma ideologia contrária aos seus princípios de humanidade, de solidariedade.



            Essa frase revolucionária, eu imaginava cobrir o Che Guevara e eu achava que podia me cobrir também. Eu também poderia ser duro, mas sem perder a ternura. Mas como conciliar o comportamento dele, de matar tantas pessoas, iria se equiparar ao meu de ser compassivo, ser solidário e amante da paz? Eu jamais faria isso que ele fazia, pois não possuo a mesma índole que ele. E outra coisa... a Verdade chegando à minha consciência desmancha os efeitos hipnóticos de algo errado que eu esteja fazendo acreditando que seja o correto. É o princípio da hipnose.



A Verdade serve de antídoto para as balas culturais que conseguem afetar nosso cérebro, desde que a pessoa não tenha a índole egoísta de prejudicar a terceiros, e nesse caso a pessoa se torna um fiel soldado do outro lado. A bala cultural simplesmente despertou nela os caminhos que ela já procurava.



            Mas essa frase gera intuitivamente uma aplicação prática em defesa do Bem. Serve também ao seguimento dos ensinamentos de Jesus, quando Ele disse que não veio trazer a paz, e sim a espada. Pode parecer contraditório, o Príncipe da Paz, o Embaixador do Amor, dizer que veio trazer a espada. Mas essa espada no meio da família e dos amigos tem um significado simbólico, pois a Guerra Espiritual está ao nosso redor.



            Se eu estou dentro da Guerra Espiritual, como combatente ao lado do Cristo, e dentre os meus parentes ou amigos tem pessoas que combatem ou que ajudam o outro lado, isso gera conflitos, levanta a espada. Nesse caso devo ter firmeza para me afastar dessas pessoas para não ficar brandindo essa espada que o Cristo advertiu e me aproximar dos companheiros que estão dentro da Batalha, pois é lá no meio deles que está o Cristo.



            O máximo que posso fazer é jogar a Verdade tal qual a reconheci e me curou da cegueira, para ver se acontece o efeito de antídoto contra a bala cultural que todos estão atingidos.



Publicado por Sióstio de Lapa em 13/10/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr