Meu Diário
25/10/2022 00h01
TEMPLÁRIOS – RIQUEZA E PROBLEMAS

            Fazendo reflexão sobre o conteúdo dos Templários apresentado pela Brasil Paralelo, coloco aqui para nossas considerações atuais.



Além do símbolo, a pobreza dos Cavaleiros Templários também foi causa de muita riqueza e de muitos problemas. A Ordem cresceu a ponto de superar o poder do Rei. As doações recebidas não ficavam com os cavaleiros, mas sim com a administração da própria Ordem. Com o passar dos anos, a riqueza acumulada superava o tesouro dos reinos da época.



Quando as guerras contra o Islã (religião articulada pelo Alcorão, texto considerado como a palavra literal de Deus e pelos ensinamentos de Maomé, considerado o último profeta de Deus. Um adepto do Islã é chamado muçulmano) se tornaram menos frequentes, muitos Templários começaram a se dedicar à atividade mercantil financeira.



Os Cavaleiros Templários foram os precursores do sistema usado pelos bancos até hoje. O depósito e saque por meio das Letras de Câmbio. Antes da viagem que ia da Europa para Jerusalém, os peregrinos deixavam a quantia de dinheiro guardada com os Templários. Viajavam com mais segurança e retiravam o dinheiro em Jerusalém, apresentando a Letra de Câmbio.



Com o objetivo de libertar Jerusalém do jugo muçulmano em 1095, a primeira Cruzada foi decretada. Os Cavaleiros Templários tiveram um papel importante nessa guerra que marcou o início da reconquista do Ocidente.



Quarenta e nove anos depois, o Papa Eugênio III convocou uma nova Cruzada para defender a Terra Santa. Os muçulmanos tinham tomado o Condado de Edessa.



O apelo do Papa não foi atendido. Foi necessário que São Bernardo de Claraval convocasse os fiéis.



A segunda Cruzada aconteceu, mas foi um fracasso. Os cristãos perderam para o líder muçulmano chamado Nur ar adin (Noradine).



Após a primeira Cruzada, muitos guerreiros deixaram a Terra Santa e voltaram para casa. Havia mais invasores que cristãos defendendo o território. Os muçulmanos tinham vantagem numérica, estavam melhor localizados no território.



Além disso, o custo de pertencer à Ordem dos Templários era alto. Cada cavaleiro custeava a própria viagem, armadura, armas e até seus cavalos.



Outro fator que desequilibrou a balança foi a presença de Saladino que uniu muçulmanos que lutavam entre si. Agrupados, tiveram mais força contra os cristãos.



Alguns anos mais tarde, em 1186, o confronto entre as tropas de cristãos e muçulmanos era inevitável na cidade de Jerusalém. Saladino estava expandindo o seu domínio. O chefe dos cristãos aconselhou o Rei aguardar que o exército inimigo se desgastasse no deserto. O monarca fez diferente. Decidiu atacar Jerusalém. Foi novamente perdida para os muçulmanos.



A riqueza é um atributo que pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal. Porém, a tendência maior é que seja usada para o mal, pois geralmente na fonte da sua origem está o egoísmo que proporciona o acúmulo de bens em detrimento do próximo. Não é o caso dos Templários, que tinham o voto de pobreza e acumularam sua riqueza por doações de pessoas que se sentiam protegidos. Muito ao contrário dos novos donos da riqueza atuais, que construíram suas riquezas com o lucro dos bens que construíram para a venda à população, agora usa esse capital para afrontar a própria população na tentativa de construção de uma Nova Ordem Mundial, a eleição de um dirigente global frontalmente contrário ao Cristo, e por isso chamado de Anticristo. Esta é a nossa atual batalha no momento onde o Anticristo está emergindo dentro da humanidade, e certamente o renascimento dos Pobres Cavaleiros de Cristo será de muita utilidade. Agora não mais para garantir a peregrinação do fiéis à Jerusalém, mas para garantir a peregrinação dos fiéis no Caminho da Verdade em direção à Vida eterna ao lado do Pai.



Publicado por Sióstio de Lapa em 25/10/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr