Meu Diário
30/01/2023 00h01
TEOLOGIA DO REINO 2

            Continuava o Cristo a explicar aos apóstolos confusos com as críticas dos rudes, sobre a natureza da Sua missão:



            “E quem vos disse que o meu evangelho é destinado apenas aos escravos e debilitados? E vós, meus apóstolos escolhidos, acaso pareceis débeis? Será que João tem a aparência de fraco? Vós já presenciastes a mim sendo escravizado pelo medo?  A verdade é que os pobres e oprimidos desta geração têm o evangelho pregado a eles. As religiões deste mundo têm negligenciado os pobres, mas o meu Pai não tem preferência por ninguém. Além disso, os pobres desta época são os primeiros a dar atenção ao chamado de arrependimento e de aceitação da filiação. O evangelho do Reino deve ser pregado a todos os homens – judeus e gentios, gregos e romanos, ricos e pobres, livres e escravos – e igualmente aos jovens e velhos, aos homens e às mulheres.



            “Porque o meu Pai é um Deus de amor e júbilo, na prática da misericórdia, não vos impregneis da ideia de que o serviço do Reino deverá ser facilidade monótona. A ascenção ao Paraíso é a aventura suprema de todos os tempos, é a árdua realização da eternidade. O serviço do Reino, na Terra, apelará para toda a virilidade corajosa que vós e vossos colaboradores possam reunir. Muitos de vós sereis levados à morte, por causa da vossa lealdade ao evangelho desse Reino. Fácil é morrer na frente da batalha, onde vossa coragem é fortalecida pela presença dos vossos camaradas na luta; mas uma forma mais elevada e mais profunda de coragem e devoção humana é necessária ao sacrificardes a vida, calmamente e a sós, pelo amor de uma verdade guardada no relicário do coração mortal.



            “Hoje, os descrentes podem escarnecer de vós, por causa da pregação de um evangelho de não-resistência e de vidas sem violência, mas vós sois os primeiros voluntários de uma longa linha de crentes sinceros no evangelho deste Reino e irão maravilhar toda a humanidade pela sua devoção heroica a esses ensinamentos. Nenhum exército do mundo jamais demonstrou mais coragem e bravura do que as que serão mostradas por vós e pelos vossos sucessores leais, que se espalharão por todo o mundo proclamando as boas-novas – a paternidade de Deus e a irmandade entre os homens. A coragem da carne á a forma mais baixa de bravura. A bravura da mente é um tipo mais elevado de coragem humana; e o tipo mais elevado e supremo de bravura é a lealdade sem concessões às convicções esclarecidas das realidades espirituais profundas. E essa coragem constitui-se no heroísmo do homem sabedor de Deus. E vós sois, todos, homens conhecedores de Deus, na verdade sois os companheiros pessoais do Filho do Homem”.



            Entrei em profunda reflexão quando Jesus disse: “E vós, meus apóstolos escolhidos, acaso pareceis débeis?”. Se eu sigo com a mesma compreensão do início, de ser um dos 13o. apóstolos que se encontram espalhados por toda a Terra, em todos os séculos, locais e circunstâncias, então tenho que compreender que estou dentro deste grande exército do Cristo. Sou chamado para cumprir a meta de ascender ao Paraíso contribuindo para levar comigo tantos quantos forem sensibilizados por minhas palavras e ações inspiradas pelo evangelho. Para cumprir a tarefa tenho que mostrar a coragem e bravura que tantos dos meus antecessores já demonstraram, seguindo o exemplo do próprio Cristo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 30/01/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr