Meu Diário
25/02/2023 00h01
SOCIALISMO E COMUNISMO 7

Tendo oportunidade de ler a Carta Encíclica do Papa Leão XIII de 28-12-1878, e vendo a oportuna aplicação aos dias de hoje, resolvi dividi-la com meus leitores de forma fracionada.



EXORTAÇÃO AO EPISCOPADO



Prevenir as crianças.



33. Quanto a Vós, Veneráveis Irmãos, que reconheceis perfeitamente a origem e o carácter dos males que nos assolam por toda a parte, tratai com todas as veras e com todo o esforço do vosso espírito de espalhar e fazer penetrar profundamente nas, almas a doutrina católica. Esforçai-vos por que todos os cristãos acostumem seus filhos desde a mais tenra idade a amar a Deus e a respeitar a Sua santa vontade, a inclinarem-se perante a majestade dos príncipes e das leis, e refrear as paixões e a conservar escrupulosamente a ordem que Deus estabeleceu na sociedade civil e na sociedade doméstica.



Não apoiar o socialismo.



34. É necessário, além disto, que trabalheis para que os filhos da Igreja Católica não ousem, seja debaixo de que pretexto for filiar-se na seita abominável, nem a favorecer. E também que por ações nobres e pela honradez do seu comportamento mostrem como a sociedade humana seria feliz, se cada um dos seus membros brilhasse pela retidão dos seus atos e pelas suas virtudes.



Fomentar as associações de proletários sob a tutela da Igreja.



35. Finalmente, como se procuram sobretudo sectários na classe dos homens que exercem oficio, que alugam o seu trabalho e que, cansados da condição de trabalhadores, são muito facilmente seduzidos pela esperança das riquezas e pelas promessas de fortuna, parece oportuno sustentar as sociedades de artistas e operários, que, fundadas debaixo da proteção da Religião, ensinam a todos os associados que se contentem com a sua sorte e suportem o trabalho com paciência e os persuadam a que tenham uma vida sossegada e tranquila.



Confiança em Deus.



36. Favoreça os Nossos esforços e os Vossos, Veneráveis Irmãos, Aquele a quem somos obrigados a atribuir o princípio e o êxito de todo o bem. Aliás, nestes dias em que celebramos o Nascimento de Nosso Senhor, encontramos motivos de esperança de um socorro muito próximo. Efetivamente, esta nova salvação que Cristo recém-nascido trouxe ao mundo já envelhecido e quase decomposto pela enormidade de seus males, Ele nos ordena que a esperemos também; e aquela paz anunciada aos homens pelos Anjos, também prometeu que no-la dava. “A mão do Senhor não se retirou para não nos poder salvar, nem aos seus ouvidos se obstruíram para não nos poder ouvir” (Is 59,1). Nestes dias, pois, de feliz auspício, Nós vos desejamos a Vós, Veneráveis Irmãos, e a todos os fiéis das Vossas Igrejas, todas as felicidades e todas as alegrias; e Nós rogamos com instância Àquele que dá todos os bens — “para que de novo apareça aos homens a benignidade de Deus nosso Salvador” (Tito 3,4), que, depois de nos ter arrancado do poder do Nosso terrível inimigo, nos elevou à nobilíssima dignidade de filhos.



37. E a fim de que os Nossos votos sejam mais pronta e completamente realizados, juntai-Vos a Nós, Veneráveis Irmãos, para dirigir a Deus fervorosas orações; invocai também a proteção da bem-aventurada Virgem Maria, Imaculada desde a origem, e de S. José seu esposo, e dos bem-aventurados Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, em cuja intercessão temos a maior confiança. Entretanto, como penhor dos favores celestes, Nós Vos damos do fundo do coração, no Senhor, a Bênção Apostólica, a Vós, Veneráveis Irmãos, ao Vosso clero e a todos os povos fiéis.



Dada em Roma, junto de S. Pedro, aos 28 de dezembro de 1878, primeiro ano do Nosso Pontificado. Leão XIII Papa.



Excelente posição desse Papa, com discernimento, coragem e sabedoria, para reconhecer o verdadeiro inimigo de nossas almas, as quais tem o dever sagrado dado pelo Cristo de nos defender. Infelizmente, hoje, o inimigo obteve grandes avanços sobre a nossa tolerância apostólica e chega a se representar através do mais alto cargo eclesiástico. Mas, estamos na país previsto para ser a “Pátria do Evangelho e o coração do mundo”. Nós, mesmo sem cargos eclesiásticos, ou mesmo fora da Igreja Católica como eu, temos o dever como cristãos filhos de Deus, de lutar pelo Reino dos Céus que Jesus nos ensinou a construir dentro dos nossos corações e junto com nossos demais irmãos, traze-lo para a realidade material.



Publicado por Sióstio de Lapa em 25/02/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr