Meu Diário
12/04/2023 00h01
IDENTIDADE NAS PROVAÇÕES

            Qual a melhor forma para Deus saber quem na verdade somos? Sei que Ele pode sondar nossos corações, ver nossas boas ou más intenções, mas Ele sabe também que possuímos o livre arbítrio que Ele mesmo criou com o objetivo de sermos autônomos, independentes. Ele sabe que não pode influenciar ou anular a vontade da pessoa, anulando o livre arbítrio.



Portanto, tem que ser encontrada outra estratégia que impeça o livre arbítrio humano de criar uma máscara nos relacionamentos de qualquer natureza, até mesmo para impedir a visão do Pai sobre a verdade que somos.



            O livre arbítrio é o passaporte de nossa autonomia. Deus nos deu para que atingíssemos o objetivo que Ele queria, nos desenvolver com independência, sem ser um mero robô em Suas mãos divinas.



            Existe apenas uma forma de Deus saber quem realmente somos, sem quebrar nossa autonomia dada pelo livre arbítrio. Consiste em colocar a pessoa sob provação, sob um teste de decisão, onde ela decide perder algo valioso para não perder princípios espirituais que os liguem a Deus.



            Assim foi com Abraão e Jó, que mostraram a Deus o valor que tinham em sua fé, que chegava ao nível de sacrificar o próprio filho único ou perder a saúde e todos os bens, respectivamente.



            Isso podemos considerar como uma forma rude de confirmar nossas reais intenções, mas que pode ser usada por Deus até os dias atuais. Mas isso pode ser feito de forma menos dramática, porém com a mesma eficiência.



            Consiste em Deus observar no que fazemos diariamente para tornar possível a aquisição de bens materiais, biológicos e bens espirituais. Qual é a prioridade que colocamos em cada um deles, se estão todos subordinados à vontade do Pai, que emerge da nossa consciência.



            Devido o nosso grau de maturidade espiritual, podemos fazer coisas certas ou erradas, mas à medida que evoluímos, iremos descobrir onde erramos ou acertamos no cumprimento da vontade de Deus, se essa é a nossa intenção original.



            Chegamos a desenvolver no processo evolutivo, a aplicação cada vez mais próxima de nossas intenções dentro da realidade.



            Lembro de sérias decisões que tomei na fase de imaturidade espiritual, mas já estava seguindo intuitivamente as leis de Deus em minha consciência.



            Abri a exclusividade do amor que existia no juramento do meu casamento, mas sempre deixei os instintos sexuais em segundo plano, e até os cuidados com os filhos ficaram também em segundo plano, considerando a vontade de Deus e as conveniências e preconceitos dos relacionamentos.



            Por mais que eu parecesse e até fosse julgado como uma espécie de pária social dentro da cultura local, nunca me senti divorciado da vontade do Pai. Esta foi uma das minhas provas dentro das provações.



Publicado por Sióstio de Lapa em 12/04/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr