Meu Diário
17/04/2023 00h01
A FÁBULA DA FLORESTA

            Encontrei esta fábula circulando nas redes sociais, muito inteligente, representando bem a realidade que estamos vivendo, nós, os animais que compõem essa fauna.



            Assim que criou os animais, Deus os colocou todos juntos numa floresta.



            Para não interferir na administração da floresta Deus disse que eles democraticamente votassem em quem deveria administrar a floresta. Antes quem administrava a floresta eram os corvos porem cansados de tanto desmandos as onças se rebelaram e durante 20 anos foram elas que tomaram conta da floresta e de todos os animais com garras de aço.



            Terminado esses 20 anos, as onças depois de tantas críticas, entregaram para quem quisesse governar. Inicialmente seria uma raposa velha, mas por um problema de saúde morreu e o chacal assumiu o seu lugar. Depois disso vieram outros animais. Uma hiena que dizia que iria caçar os animais marajás, etc.



A cada eleição o rato concorria, mas não ganhava nada até que um dia ganhou pela insistência, prometendo transformar a floresta no melhor lugar do mundo. Durante 8 anos o rato fez da floresta o que bem quis e só roubou a comida dos outros animais. Afinal, a natureza do rato era essa mesma.



Não podendo mais ser o chefe, colocou a anta no seu lugar, mas a anta só fazia besteiras. No segundo mandato a anta foi tirada antes do tempo e o morcego assumiu por dois anos. Acusado por todos os roubos e comprovado que havia roubado, o rato foi preso. Mas a vida do rato não era tão ruim. Vez por outra recebia a visita da galinha que tinha um cérebro pequeno e servia mesmo para abate.



Vieram novas eleições. Os animas cansados de tantos anos de roubalheira votaram no leão que ganhou de lavada. Assumiu a floresta para descontentamento dos jumentos, burros, pacas e hienas que ainda apoiavam cegamente o rato, mesmo sabendo o que ele havia roubado. É que o rato durante a sua gestão, dava caroços para esses animais enquanto os frutos mesmo iam para seus amiguinhos, ratos também.



O leão começou a mudar a floresta, a comida não desaparecia, muitas modificações foram feitas e a floresta avançava, mas isso causava descontentamento nos outros ratos que armaram uma armadilha contra o leão.



Pediram aos abutres que dessem um jeito de inocentar o rato e assim eles fizeram.



O rato saiu da gaiola dizendo que era o animal mais santo da floresta. Os jumentos, os burros, as mulas, as pacas e os veados fizeram uma grande festa. Enquanto o leão governava, os abutres faziam de tudo para atrapalha-lo. Interferiam em cada decisão, mas para isso usava um veado que a toda hora entrava com algum pedido absurdo.



O leão não queria não queria ferir as leis da floresta, mas algumas decisões foram tomadas para impedir o avanço dos ratos. O leão consultou as onças, os patos e os pássaros sobre a possibilidade de intervir. Mas infelizmente as onças não eram mais as mesmas de antes. Haviam se transformado em gatinhos medrosos. Os patos até tentaram, mas sozinhos não podiam fazer nada. Já os pássaros, que lástima, não havia entre eles um líder que tivesse a coragem de uma águia e não passavam de pombos daqueles que cagam tudo, não cantam e só enchem o saco.



O líder das aves era um avestruz que enterrou a cabeça num buraco no chão. Deixaram o leão sozinho. Enquanto isso, os canários cantores e os pavões, acostumados a vida fácil e a receberem alimentos de graça faziam propaganda contra o leão, ajudados pelos papagaios.



Novas eleições vieram e os abutres deram um jeitinho de manipular o resultado. O rato foi eleito o rei da floresta novamente, e ai de quem falasse alguma coisa. Um dos abutres mandava prender na mesma hora. Instalou-se uma ditadura na floresta para tristeza e indignação da maioria da fauna, com exceção dos burros, antas, mulas, piranhas, ratos, papagaios, corvos, serpentes, abutres e pacas.



O leão triste foi para uma floresta distante, enquanto isso o rato voltou a roubar como nunca. Colocou todos os animais que haviam colaborado com ele na sua administração, e esses eram os que mais faziam besteiras. Por exemplo, para tomar conta da justiça colocou um porco acostumado com os ambientes mais enlameados. Na cultura colocou a gralha e na economia colocou o jumento



Assim a floresta começou a desandar. Os animais aos poucos foram padecendo de tristeza enquanto a floresta era devastada pelo que havia de pior na fauna.



Mas Deus olhando com tristeza tudo isso, disse que um dia o leão haveria de voltar mais forte, ira rugir mais forte, a floresta vai reagir e cada um dos animais que ajudou a destruir a minha criação vai pagar caro por isso, inclusive os que te traíram ou se acovardaram.



Que aminha justiça seja feita e não a dos abutres. Todos os animais se animaram, porque Deus é Deus. Se não for o leão será o tigre que é o guardião de São Paulo, que é um grande amigo de Deus.



Publicado por Sióstio de Lapa em 17/04/2023 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr