Meu Diário
18/08/2023 12h10
A BARCA DO CRISTO

            Considero dentro da lógica todos os ensinamentos sobre o pluralismo religioso, de que todas são falsas, mas que tem uma verdadeira, para justificar as falsas. Caso não existisse uma verdadeira, estava implícito que todas seriam propostas a serem investigadas e não todas tidas como corretas, pois iria implicar em incoerência. Como cada uma das religiões são consideradas por seus fiéis como a verdadeira, então a proposta de serem consideradas como hipóteses a serem investigadas estar fora de interesse. Então, se torna de interesse o método 1,2,3,4,5 para avaliar as diversas crenças e se encontrar aquela que melhor se harmonize com a lógica e coerência. Nesse sentido, a igreja católica que defende o cristianismo há 2000 anos, mostra uma forte coerência e consistência lógica, adaptada a realidade e de relevância existencial.

Acontece que do seio da igreja católica surge dissidência que parte para a formação de novas igrejas com novas orientações de método, mas sempre procurando seguir as lições de Jesus.

Aqui fica a minha dúvida: essas novas igrejas que surgem do seio da igreja católicas, divergentes no método, mas coerentes com o ensino de Jesus, não podem ser consideradas cristãs e que também buscam o caminho da salvação ensinado pelo Cristo na formação do Reino de Deus?

Para adaptar os meus paradigmas internos às novas informações externas, procuro entender a Igreja Católica com a grande Barca do Cristo que navega pelos mares do mundo tentando ensinar sobre a nossa paternidade universal, da nossa responsabilidade em agirmos fraternalmente com todos, formando a família universal e consequentemente o Reino de Deus.

Acontece que em algumas situações surgem demandas de consciências onde o nosso racional aponta para outro caminho que o método da Igreja Católica não suporta. Avalio que a grande barca de Deus neste momento, necessita que pequenas barcas se desprendam dela para cumprir determinada tarefa onde a barca maior não possa ir. É como se eu estivesse na grande Barca, em plena guerra espiritual, e que essa barca precisasse de comandos para entrar no território inimigo.

Não é que, se eu me afastasse da Barca deixasse de ser cristão, pelo contrário, fazendo assim eu iria usar meus talentos de forma mais eficaz do que se ficasse dentro da grande Barca.

Argumento desta forma porque sai da grande barca da Igreja Católica, pois senti o chamado para tratar dos meus irmãos que estão no mundo espiritual, que se relacionam conosco de forma positiva ou negativa e que muitos precisam de ajuda através dos médiuns, Então, entrei no pequeno bote do espiritismo para atuar como discípulo do Cristo junto aos irmãos encarnados e desencarnados, o que eu não podia fazer de forma tão precisa na Igreja Católica, como eu faço dentro dos princípios da doutrina espírita.

 Enfim, hoje eu me considero afinado com a doutrina espírita, mas com profundo respeito pela Igreja Católica fundada pelo Cristo e que faz o combate diuturnamente as forças das trevas. Por isso me tornei um aluno neste curso, compro livros do Centro Dom Bosco, apoio trabalho do Instituto Plinio Correia e admiro o Padre Paulo Ricardo e o Frei Tiago de São José. Estou aprendendo agora coisas que não aprendi nos meus 70 anos de existência e pretendo ter energias suficientes para ser um bom soldado combatente ao lado dos meus irmãos cristãos, dentro ou fora da grande Barca.

Ave Cristo!    


Publicado por Sióstio de Lapa em 18/08/2023 às 12h10


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr