Meu Diário
20/08/2023 06h54
TOLERÂNCIA EM MÃO DUPLA

            O relacionamento humano é uma das tarefas mais difícil que devemos aprender para burilar o nosso espírito.



            Este relacionamento se torna mais complicado quando a pessoa está mais próxima. Isso porque cada uma tem o seu projeto de vida, paradigmas racionais os quais são impossíveis conciliar todos os interesses, sentimentos, emoções, cognições.



            A pessoa mais próxima de nós é a companheira com a qual resolvemos conviver, dividir interesses de forma profunda, até a intimidade sexual com a geração de filhos. Essa pessoa deve estar tão integrada à nossa perspectiva de vida que possa ser considerada como uma só pessoa, uma só carne, como está previsto na Bíblia. Podemos prever que isso é impossível de acontecer sem a existência de conflitos.



O homem e a mulher têm interesses distintos com base na própria condição de gênero, macho e fêmea. O homem possui milhares de espermatozoides utilizados na relação sexual, enquanto a mulher possui apenas um óvulo, liberado a cada mês.



O homem está preparado para jogar sobre o leito fértil da mulher seus milhares de espermatozoides, a qualquer momento, com quantas estejam disponíveis, sem falar daquelas que ele consegue abusar pela força. Isso tem o objetivo biológico de garantir um sucesso reprodutivo para o homem, quando ele consegue lançar o máximo possível seus espermatozoides, pois levam a sua semente genética através do tempo.



A mulher não tem essa mesma estratégia do homem, pelo contrário. Ela possui apenas um óvulo que deve saber fecundar com aquele homem capaz de ficar ao seu lado e colaborar com a educação e subsistência do filho. Ela tem que saber discernir entre todos os apelos de sexo, qual aquele que se mostra mais competente social, psicológico e fisiologicamente.



Este é um grande conflito entre homem e mulher, que poucos sabem a origem, que nenhum homem age com depravação ou mulher que age com ciúme é por simples maldade. Os paradigmas de ambos estão determinados pela biologia.



Portanto, pequenos conflitos dentro do lar podem ser melhor tolerados, tanto por um quanto pelo outro, pois não possuem uma base biológica tão severa. Somente esse esforço de ambos é importante para a vida conjugal de forma harmônica. Não pode ser exigida a tolerância somente de uma parte, pois isso levará a desproporcionalidade no relacionamento e inevitavelmente surgem os ressentimentos que solapam a base do amor que um dia uniu a ambos.



Publicado por Sióstio de Lapa em 20/08/2023 às 06h54


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr