Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/05/2023 00h01
MISSÃO A CUMPRIR

            Todos temos uma missão a cumprir, uma divida a pagar, uma lição a ensinar. Mesmo que não tenhamos consciência desse compromisso. Então podemos viver assim, despreocupados com a vida, crescendo, reproduzindo, morrendo...



            Passei a maior parte da minha despreocupado quanto a essa questão, de ter uma missão à cumprir. Pensava de forma automática que a minha missão se resumia a isso, apenas o que a natureza motivava a seguir de forma instintiva: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer.



            A maioria das pessoas cumprem essa programação, do nascimento à morte, sem despertar a consciência que existe uma missão que extrapola essa motivação instintiva e que é de alto significado para a existência de um ser vivo e racional, capaz de levantar as perguntas básicas, de onde vim, para onde vou.



            A inteligência é o recurso mais importante da nossa consciência para a descoberta de coisas importantes, e que apenas a captação dos estímulos da natureza pelos cinco sentidos não é suficiente para considera-los dessa forma, que é algo importante para a nossa vida.



            Então, acompanhei a maioria, passei a juventude, a maturidade, motivado pelos instintos, mesmo que procurasse agir com ética dentro de qualquer relacionamento que eu me envolvesse. Mas não alcançava uma missão clara, além de minha evolução biológica, familiar e social.



            Ao me aprofundar lentamente nos estudos espirituais, considerando que vivemos no intercâmbio do mundo espiritual para o material, e vice-versa, chegou a minha consciência que esta etapa de vida que cumpro agora no mundo material, é simplesmente uma oportunidade que todos possuímos de estudar e aprender valores espirituais acima dos valores materiais.



            Acredito que a demora que eu tive para ter essa reflexão foi devido a lentidão que minha inteligência tenha de funcionar. Foi percebendo isso que coloquei nos momentos de minhas orações o pedido para que o Pai me forneça uma inteligência rápida. Além de sabedoria para ter o discernimento do certo e errado, e também a coragem para colocar em prática tudo aquilo que aprendi.



            E qual minha missão a cumprir? Depois de conhecer melhor a missão que Jesus veio nos trazer, procurei aprender para praticar e ensinar ao próximo, que considero meu irmão da família espiritual gerado por Deus, o Criador. Assim, amando o próximo como a mim mesmo estarei construindo a família universal que passa a ser prioridade frente a família nuclear que para mim era o foco. Agindo dessa maneira, termino por não me associar integralmente a nenhum grupo ou ideologia, procuro manter com a máxima consistência esta lição do Cristo, assim não me considero membro titular de nenhuma igreja, e procuro encarar o meu corpo como o templo de Deus, fazendo a Sua vontade de acordo com o meu potencial. Esta é a minha grande missão a longo prazo, e que desenvolvo a cada minuto da minha vida: me aproximar cada vez mais o Pai eterno.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/05/2023 às 00h01
 
11/05/2023 00h01
A PAZ E A ESPADA

            Ellen Gould White (1827 – 1915) foi uma autora americana e cofundador da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Publicou o livro “Love Under Fire” que originou “O Grande Conflito – uma saga milenar e seu final surpreendente”, traduzido por Cecília Eller Nascimento em 2022, tendo a 61a. reimpressão da 1a. edição em 2023, cujo exemplar gratuito chegou em minhas mãos em 25-04-2023, durante uma reunião da Associação Cristã de Moradores e Amigos da Praia do Meio (AMA-PM). Aborda entre diferentes temas, um aparentemente contraditório que colocarei aqui um trecho de como está escrito no livro.



            Quando os cristãos concordaram em se unir aos parcialmente convertidos do paganismo, Satanás celebrou. Então os inspirou a perseguir aqueles que permanecessem fiéis a Deus. Quando os cristãos apóstatas (afastamento total e definitivo do cristianismo) se uniram a seus companheiros semipagãos, travaram batalha contra as características mais essenciais dos ensinos de Cristo. Era necessária uma luta ferrenha para permanecer firme contra os enganos e males introduzidos na Igreja. A Igreja não aceitava mais a Bíblia como padrão de fé. Chamava a doutrina da liberdade religiosa de heresia e condenava aqueles que defendiam esse ensino.



            Após um longo conflito, os fiéis perceberam que a separação era absolutamente necessária. Não ousavam tolerar erros que seriam fatais às suas almas e colocariam em risco a fé de seus filhos e netos. Sentiam que a paz custaria caro demais se precisassem comprá-la sacrificando princípios. Se pudessem obter unidade somente comprometendo a fé, então que houvesse divergência e até mesmo guerra.



            Os primeiros cristãos eram pessoas verdadeiramente distintas. Pequenos em número, sem riquezas, posições ou títulos de honra, eram odiados pelos ímpios, assim como Caim odiava Abel (Gn 4:1-10). Dos dias de Cristo até hoje, Seus discípulos fiéis têm despertado ódio e oposição da parte daqueles que amam o pecado.



            Então como o Evangelho pode ser chamado uma mensagem de paz? (At 10:36). Anjos cantaram sobre as planícies de Belém: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens (de boa vontade) aos quais Ele concede o Seu favor” (Lc 2:14). Parece haver uma contradição entre essa declaração profética e as palavras de Cristo: “Não pensem que vim trazer paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10:34). Se compreendidas de maneira correta, as duas estão em perfeita harmonia. O Evangelho é uma mensagem de paz. A religião de Cristo, se aceita e obedecida, espalharia paz e felicidade por toda a Terra. Era a missão de Jesus nos reconciliar com Deus e uns com os outros. No entanto, a maior parte do mundo está sob o controle de Satanás, o mais amargo inimigo de Cristo. O Evangelho apresenta princípios de vida completamente opostos aos hábitos e desejos das pessoas, e elas se levantam contra essa mensagem. Odeiam a pureza que condena o pecado e perseguem aqueles que proclamam suas santas prerrogativas. É nesse sentido que o Evangelho é chamado de espada.



            Muitos que são fracos na fé estão prontos a perder a confiança em Deus porque ele permite que os maus prosperem, ao passo que os melhores e mais puros são atormentados por seu poder cruel. Como Aquele que é justo, misericordioso e infinito em poder tolera tamanha injustiça? Deus nos deixou evidências suficientes de Seu amor. Não devemos duvidar de Sua bondade por sermos incapazes de entender Suas obras. O Salvador disse: “Lembrem-se das palavras que Eu lhes disse: nenhum escravo é maior é maior do que o seu senhor. Se Me perseguiram, também perseguirão vocês” (Jo 15:20). Aqueles que são chamados a suportar tortura e martírio estão apenas seguindo os passos do amado Filho de Deus.



            Os justos são colocados na fornalha da aflição para que sejam purificados, seu exemplo convença os outros da realidade da fé e da piedade, e sua vida coerente condene os ímpios e incrédulos. Deus permite que os maus prosperem e revelem o ódio que sentem pelo Senhor para que todos possam reconhecer Sua justiça e misericórdia quando Ele os destruir por completo. Deus punirá cada ato de crueldade contra Seus fiéis como se tivesse sido praticado contra o próprio Cristo.



             



            Paulo declara: “Todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3:12). Então por que a perseguição parece estar adormecida? O único motivo é que a Igreja se conformou ao padrão do mundo e, por isso, não desperta oposição. A religião em nossos dias não é a fé pura e santa de Cristo e de Seus apóstolos. Como as pessoas são indiferentes às verdades da Palavra de Deus, como há tão pouca espiritualidade vital dentro da Igreja, o cristianismo é popular no mundo. É só haver um reavivamento da fé da Igreja primitiva que os fogos da perseguição serão acesos novamente.



Coloquei entre parênteses uma pequena explicação de alguns termos que para meus leitores pouco familiarizados com os textos cristãos venham entender melhor. Quanto a conteúdo que foi apresentado, combina perfeitamente com o que penso, só que escrito com mais clareza e embasamento. Aconselho a leitura desse livro por todos de bom coração e que desejam seguir os ensinamentos do Cristo, sem medo da perseguição e sofrimento que irão servir para burilar a nossa alma.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/05/2023 às 00h01
 
10/05/2023 00h01
MALDIÇÃO SOBRE A TERRA

            Lendo o livro bíblico de Levítico, encontrei um título “Maldições para os desobedientes”, que vai no capítulo 26, do versículo 14 ao 45, que achei fazer alguma conexão com o que estamos vivenciando atualmente no planeta, e que diz o seguinte:



Maldições para os desobedientes



            14 Porém se vós me não ouvirdes, e não executardes todos os meus mandamentos; 15 se vós vos dedignardes (desdenhar) de observar as minhas leis, e desprezardes as minhas ordenações, de sorte que não façais o que por mim foi prescrito, e torneis írrito (que fica sem efeito) o meu pacto; 16 eis aqui de que maneira me haverei eu também convosco. Castigar-vos-ei bem depressa com a indigência, com um ardor, que vos seque os olhos, e vos consuma. Em vão semeareis o vosso grão, porque ele será destruído por vossos inimigos. 17 Eu porei sobre vós o olho da minha ira: vós caireis diante dos vossos inimigos, e vivereis sujeitos aos que vos aborrecem, e fugireis sem ninguém vos perseguir.



            18 Se ainda depois disto me não obedecerdes, eu vos castigarei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados; 19 quebrarei a dureza da vossa soberba, e farei que o céu seja para vós de ferro (sem chuvas), e a terra de bronze (estéril). 20 Todos os vossos trabalhos serão baldados: a terra não produzirá os seus frutos; nem as árvores darão os seus pomos.



            21 Se ainda assim vos opuserdes a mim, e não quiserdes ouvir-me, eu multiplicarei sete vezes mais as vossas pragas, por causa dos vossos pecados. 22 Mandarei contra vós as feras do campo, que vós consumam a vós, e aos vossos gados; que vos reduzam a um pequeno número, e que tornem os vossos caminhos uns desertos.



            23 Se vós ainda depois disto não quiserdes tomar o ensino, mas continuardes a andar contra mim; 24 também eu andarei contra vós, e vos ferirei sete vezes mais, por causa dos vossos pecados. 25 Eu farei vir sobre vós a espada, que vós castigará, como violadores do meu pacto. E quando vós vos refugiardes nas cidades, mandarei eu que a peste se ponha no meio de vós, e vós sereis entregues nas mãos de vossos inimigos, 26 depois de eu ter quebrado o vosso cajado, que é o pão, em forma que dez mulheres cozam o pão num só forno, e o distribuam por peso, e vós comendo-o não fiqueis satisfeitos.



            27 Se até depois disto ainda não me ouvirdes, mas teimardes a andar contra mim; 28 também eu andarei contra vós. Eu oporei o meu furor ao vosso, e vos castigarei com sete novas pragas, por causa dos vossos pecados, 29 até o ponto de vos reduzir a comer a carne de vossos filhos, e de vossas filhas. 30 Eu destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas as vossas estátuas. Vós caireis entre as ruínas dos vossos ídolos, e a minha alma vos terá em tal abominação, 31 que eu converterei as vossas cidades em ermos; farei dos vossos santuários uns desertos, e não tornarei a receber mais de vós o suavíssimo cheiro. 32 Eu assolarei o vosso país; reduzi-lo-ei a ser o espanto dos vossos mesmo inimigos, quando estes se fizerem senhores, e habitarem. 33 Eu vos espalharei pelas nações; desembainharei a espada atrás de vós; o vosso país ficará deserto, e as vossas casas demolidas. 34 Então agradarão à terra os dias do seu descanso, por todo o tempo que ela estiver deserta. 35 Quando vos estiverdes numa terra inimiga, ela descansará, e ela achará o seu repouso, estando só, e desamparada; pois que ela o não achou nos vossos dias de sábado, quando vós a habitáveis.



            36 Quanto aos que dentre vós restarem, eu ferirei os seus corações de pavor no meio de seus inimigos; o ruído de uma folha, que voa, os fara tremer; eles fugirão, como se vissem uma espada; eles cairão sem ninguém os perseguir; 37 cairão cada um deles em cima de seus irmãos, como se fugissem da batalha. Nenhum de vós poderá resistir a vossos inimigos. 38 Vós perecereis no meio das nações, e morrereis numa terra inimiga. 39 Se dentre estes ficarem ainda alguns, eles se mirrarão entre as suas iniquidades na terra de seus inimigos; e eles serão oprimidos de aflições, por causa dos pecados dos seus pais, e dos seus.



            40 Até que confessem as suas iniquidades, e a de seus maiores, pelas quais violaram as minhas ordenações, e andaram contra mim. 41 Eu pois também andarei contra eles, e os farei ir para uma terra inimiga, até que sua alma incircuncidada se envergonhe. Então é que eles orarão pelas suas impiedades. 42 Eu me lembrarei do concerto que fiz com Jacó, Isaac e Abraão. Eu me lembrarei também da terra, 43 que sendo deixada por eles, terá complacência com os dias de sábado, levando gosto a achar-se só, e desamparada por causa deles. Eles, porém, rogarão pelos seus pecados, por terem rejeitado as minhas ordenações, e desprezado as minhas leis. 44 Assim quando eles ainda estavam numa terra inimiga, eu os não rejeitei de todo, nem os desprezei de sorte, que os deixasse perecer inteiramente, e tornasse vão o pacto, que com eles tinha feito. Porque eu sou o Senhor seu Deus, 45 e eu me lembrarei deste antigo pacto, que fiz com eles, quando os tirei do Egito à vista das nações, para eu ser o seu Deus.



            Estas são as ordenações, preceitos e leis, que o Senhor deu por Moisés sobre o monte Sinai, entre ele, e os filhos de Israel.



            Este texto faz parte do livro que apresenta as ordenações, preceitos e leis que o Senhor deu para Moisés repassar aos israelitas recém-saídos do jugo do Egito. Com a vinda de Jesus o conceito de Deus foi ampliado e a sua cobertura se fez para o mundo todos, todos compreendidos como filhos de Deus e que todos podem ajudar na construção do Reino dos Céus. A missão de Jesus consistia em ensinar a humanidade este caminho da verdade para aqueles que o reconhecerem como divino passarem a construir a família universal em direção à vida eterna. Acontece que a doutrina do Cristo foi boicotada por dentro e por fora. Movimentos revolucionários conseguiram colocar suas ideologias ditas progressistas e modernas, usando as mesmas palavras de ordem defendidas pelo cristianismo, como Liberdade, Igualdade e Fraternidade dentro da opinião pública, e até de igrejas, como a forma melhor e mais rápida para a construção de um mundo melhor decapitando literal e radicalmente os opositores de qualquer nível social. É esta ideologia modernista e progressista dentro do socialismo e comunismo que procura a criação de um poder global contrário aos princípios do Cristo (Anticristo) e que avança no mundo. Parece que estamos saindo da esfera do Deus Pai ensinado pelo Cristo, para o Deus dos Exércitos que ensinava a Moisés. Alguns dados pelo mundo mostram que estamos mais enquadrados no velho testamento: na Venezuela já se come a carne dos filhos (considerando os pets como tais) – v.29; na Síria, em Alepo, o ruído de uma folha que cai faz tremer pelo medo de uma bomba – v.36; no Brasil o país está assolado pelos inimigos que se fizeram senhores e amordaçaram a verdade – v.32 e no mundo as pragas se multiplicam sete vezes mais – v.21.   



            Mas o Cristo nos prometeu, que mesmo que a Santa Igreja seja bombardeada, que o Anticristo chegue a reinar, os poderes do mal jamais poderão se perpetuar. Que fiquemos alerta ao chamado do Mestre e cada um de nós, cristãos, assumamos nossas posições para revertemos a situação e voltarmos à construção do Reino de Deus.



            Ave Cristo!


Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/05/2023 às 00h01
 
09/05/2023 00h01
DEIXEM-ME ENVELHECER

            Achei legal este texto do poeta Mário Quintana que reproduziram com música e divulgaram nas redes sociais. Compartilho aqui com meus leitores que me acompanham nesta nossa última jornada...



DEIXEM-ME ENVELHECER



             Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças, sem a obrigação de parecer jovem e ser bonito para alguém.



            Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou, um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada.



            Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança, amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam.



            Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento, com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão.



            Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir, ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos.



            Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos, sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência.



            Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas, nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.



            Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas, ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido.



            Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida, acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim.



            Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver, ter a serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida.



            Fazer somente o que gosto, com a sensação de liberdade, quero saber envelhecer, ser um velho consciente e feliz!



            Acredito que eu esteja entrando nesta última fase da vida que o poeta descreve com tanta sensibilidade. Ainda acredito que estou cumprindo a minha missão e que não terei essa graça do poeta, de parar e olhar que ela já foi cumprida. Acredito que enquanto eu respirar e viver com capacidade de discernimento entre o bem e o mal, estarei na luta, interna ou externa, individual ou coletiva, para divulgar e aplicar os ensinamentos do Cristo ao meu redor, onde eu estiver, com quem eu me relacionar.



            Portanto, colocarei o último verso, da minha autoria, coroando os sentimentos do digníssimo Mário Quintana com os meus...



            Quero envelhecer com a sabedoria e inteligência que pedi a Deus, e ter a coragem de cumprir a minha missão até o último suspiro.



            Ave Cristo!


Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/05/2023 às 00h01
 
08/05/2023 00h01
CONFRONTO EGO X EU

            É importante conhecer a relação que existe entre o Ego e o Eu na arena mental. O Ego é a instância psicológica responsável pela integridade e reprodução dos nossos corpos biológicos. É representado na Bíblia por um monstro, citado no livro de Jó, como o Behemoth. Podemos representa-lo como um monstro de sete cabeças, os sete pecados capitais. O Eu, pode ser considerado o Espírito, o agente imortal que utiliza o corpo como ferramenta para evoluir ao longo das existências.



            A arena mental está montada no cérebro, o órgão biológico que recebemos pela genética dos nossos pais. Assim, as virtudes e os defeitos que eles possuem podem passar na forma de traços psicológicos para nossas sensações e comportamentos.



            Vamos considerar um cérebro feminino que recebeu dos pais os traços de hiperatividade e bipolaridade, que necessita de ajuste químico através de fármacos. Além disso, registra na memória os traumas, abandonos e todo tipo de sensações negativas provenientes dos seus mais diferentes tipos de relacionamentos que influenciam no seu emocional.



            O Ego é estimulado pelo instinto para a busca de parceiro reprodutivo e para isso libera um grande prazer na sua obtenção e manutenção desse parceiro. A mulher deve ter um cuidado extra com essa motivação, pois dentro da cultura é a mais fragilizada pelos preconceitos sociais.



            Após os devidos cuidados iniciais, a mulher desenvolve um desejo por um parceiro que se mostrou interessado, antecipadamente. Apesar da diferença de idade a mulher entra na relação afetiva mais íntima, sexual, com bons resultados imediatos. Porém o parceiro, mais imaturo, logo mostra que tem outros interesses e se afasta da relação. A mulher que tinha gerado uma expectativa, logo cai num vazio que desperta a baixa autoestima com a sensação do abandono, que já era um fantasma do passado. Os traços psicológicos de hiperatividade e principalmente de depressão passam a transbordar para a arena mental. O Eu não consegue administrar o tumulto mental e reconhece a depressão, a necessidade de ajustar a medicação que estava usando pra controlar. Ao mesmo tempo recebe instruções, na forma de psicoterapia breve, sobre a responsabilidade do Espírito/Eu no controle das emoções desordenadas. O sentimento de culpa e de vingança devem ser evitados. O ajuste medicamentoso foi feito.



            Agora, resta saber como são gerados os sentimentos e emoções a partir do ajuste químico e do alerta psicológico.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/05/2023 às 00h01
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