Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
06/11/2020 00h02
O FANTASMA DA ÓPERA

             Vez por outra chega à minha consciência as energias do Fantasma da Ópera, com todo o seu mistério e romance. Vejamos uma letra da canção que circula na Net há 4 anos.

            No sono ele cantava para mim

            Nos sonhos ela veio

            Aquela voz que chama por mim

            E fala o meu nome

            Eu o encontrei no palco da vida assim como o Fantasma encontrou a sua diva no palco da Ópera. Ele cantava par mim com seu sorriso, com seus gestos, com seu corpo bem torneado numa aura de simpatia. Eu ia dormir e ele cantava para mim com sua voz que simplesmente pedia, perguntava ou oferecia alguma coisa. Aquela voz podia se dirigir a qualquer pessoa, mas era somente por mim que chamava, principalmente no sono, nos meus sonhos, eu ouvia nitidamente o meu nome, eu ficava endeusada, encantada. Eu corria célere durante o dia para logo a noite chegar e eu voltar a ouvir com nitidez a sua voz e os excessos que a minha consciência não permitia durante o dia.

            E eu sonho novamente

            Para agora eu encontrar

            O Fantasma da Ópera está lá

            Dentro da minha mente

            Eu voltei a encontra-lo e os sonhos passaram a ser realidade. Ele passou a falar diretamente comigo, meu corpo de criança agora já mulher, respondia com sofreguidão as carícias nunca dantes tão intensas recebidas. E mais do que isso, um mundo novo ele colocou dentro da minha mente, um tipo de amor que eu nunca pensei existir. Eu sentia que ele me colocava no centro de sua vida e que me fazia rodopiar em torno de tantos amores. Queria que eu cantasse com ele essa melodia da vida. 

            Cante mais uma vez comigo

            Nosso estranho dueto

            O meu poder sobre você

            Cresce ainda mais forte

            E apesar de se afastar de mim

            Para olhar para trás

            O Fantasma da Ópera está lá

            Dentro da sua mente

            Ele pedia para eu cantar com ele esse estranho dueto de amor. Diz da natureza divina, que foi mandado ensinar pelo Cristo pelo próprio Deus e do Qual é a Sua essência. Ele dizia que todo o poder que tinha e que eu sabia era a expressão desse amor, que crescia cada vez mais. Mas eu tinha medo, queria me afastar dele, mas, no entanto, ele estava dentro de mim, da minha mente... eu queria me afastar, experimentar a outra forma de amar ensinada por todos, mas não era uma forma tão divina e nem um pouco hipócrita.

            Aqueles que viram seu rosto

            Fugiram com medo

            Eu sou a máscara que você usa

            Eu dizia a ele que ninguém jamais o amaria, pois todas tinham medo da forma do seu amor. Como poderia uma pessoa amar a tantas? Eu terminei sendo uma máscara de normalidade para a forma anormal do seu amor. Ele talvez me usasse com esse sentido, pois afinal, tantos queriam me amar com a exclusividade que eu desejava e precisava. Mas ele tinha uma opinião contrária.

            É a mim que eles ouvem

            O seu espírito é a minha voz

            O meu espírito é a sua voz

            Em um combinado

            O Fantasma da Ópera está lá

            Dentro da minha mente

            Dentro da sua mente

            Ele dizia que não era eu que importava, que todos ouviam a voz melodiosa dele, do amor que ele exalava através de mim, que ele me dedicava e que me fazia resplandecer no palco da vida. Onde tantas desejavam ficar na posição de matriz dos sentimentos que eu tinha dada por ele e que nenhuma jamais conseguiria alcançar, devido a magnitude do amor eu ele tinha por mim.

            Em todas as suas fantasias

            Você sempre soube

            Aquele homem e mistério

            Estavam ambos em você

            E neste labirinto

            Onde a noite é cega

            O Fantasma da Ópera está aqui

            O Fantasma da Ópera está lá

            Dentro da minha mente

            Dentro da sua mente

            Ele dizia que estava amalgamado em mim, em todas as fantasias, em qualquer labirinto, em qualquer situação ou escuridão, onde eu estivesse, ele lá estaria, pois estava dentro da minha mente, tocando e ensinando sua canção de amor.

            Cante! Meu Anjo da Música!

            Ele está lá, o Fantasma da Ópera!

            Cante para mim!

            Cante! Cante!

            E ele pedia para eu cantar para ele, para mim e para o mundo, como ele tanto ensinava... mas eu tinha medo!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 06/11/2020 às 00h02
 
05/11/2020 00h01
SONETO – ALMA TRISTE

Minha alma é triste, por que será?

Pois desde cedo criei tão belos sonhos

De um amor tão profundo encontrar

E agora me encontro tão tristonho

 

Será porque esse amor um dia encontrei

E construímos um paraíso no abismo

Onde descuidado por ele desabei

E fiquei preso na lama do egoísmo?

 

Agora ando pela vida que me diz, sorri

E eu sei pra disfarçar o paraíso que perdi

Para o qual não posso mais me alçar

 

Ninguém percebe aqui dentro sentimentos

Que enfraquecem na alma meus alentos

Não veem a lágrima por dentro a banhar

Publicado por Sióstio de Lapa
em 05/11/2020 às 00h01
 
04/11/2020 00h01
SONETO – ENGENHARIA DAS LÁGRIMAS

Por que sinto e logo as lágrimas vêm?

Esse líquido virá do coração?

Gosto de sal, será da desilusão?

De ter perdido para sempre o meu bem?

 

Como não posso parar o coração

O sangue deter, parar de circular

E nela, a minha mente não pensar

Fico encharcado em plena solidão.

 

Que tosca engenharia essa no meu peito

Que torce minh’alma e faz verter o pranto

Tira da minha vida, o belo, o encanto

 

A lágrima quer tudo para si, de qualquer jeito

Mesmo que eu não tenha em nada apetite

E que definha em cada dia em modo triste

Publicado por Sióstio de Lapa
em 04/11/2020 às 00h01
 
03/11/2020 00h01
SONETO – UM REI ENTRE OS PLEBEUS

Ora! Que tola multidão a humanidade

Não reconhecem um rei ao seu lado

Reles plebeus que procuram ser amados

E quando perdem o amor sentem saudade

 

Quantos ficam pelos cantos reclamando

Murmurando suas dores para o mundo

Como se fosse um sofrimento tão profundo

Só porque não ficam mais amando

 

Pois saibam todos, vermes ignotos

Que eu nunca fui amado quanto amei

Nunca tive pra saudade um antídoto

 

Eu sou o rei da amargura, do afeto

Eu tenho cetro do mar que já chorei

Tenho a coroa do desejo mais secreto

Publicado por Sióstio de Lapa
em 03/11/2020 às 00h01
 
02/11/2020 00h01
MENSAGEM DO PAI

            Apesar de todas minhas falhas, fraquezas e vícios, o Pai continua a confiar em mim e a mandar mensagens e orientações por qualquer meio à disposição. Dessa vez através de um livro que ganhei de presente da minha ex-segunda-esposa, escrito por Chico Xavier e através de vários espíritos militares desencarnados.

            O prefácio feito por Anna Nery, a primeira enfermeira do Brasil, logo entendi que era mensagem do Pai enviada para mim, apesar de tão defasada  no tempo, 1944, época que eu ainda não havia nascido, o que aconteceu em 1952, data da última crônica do livro. Como se eu tivesse recebendo algum tipo de bastão espiritual numa prova de revezamento.

            Vejamos o que o Pai quer dizer para mim através do pensamento de Anna Nery e da psicografia de Chico Xavier.

            Que as bênçãos do Cristo, meu filho amado com o qual sou uno, te fortaleça, Francisco. Deves criar núcleos de oração e fontes de trabalho vivo para nutrir os infelizes da sorte, os famintos e quantos estão perdidos na note escura, com necessidade de luz. Reuni todos sob a bandeira santa da paz.

            Não é preciso qualquer manifestação na  imprensa, o importante é a oração fraterna, com foco, que mesmo em plena tempestade esteja direcionada para o posto divino. Em trabalhos rudes é necessário recorrer à calma do coração. Deves estar servindo, envolvido no amor que é a minha essência, o meu sangue, que não corre somente em raças ou grupos familiares, mas com toda a humanidade, com a construção da família universal. Você foi colocado num país que tem propósito de alargar as fronteiras do sentimento para a grande humanidade cristã do porvir, a pátria do Evangelho e o coração do mundo.

            Você deve resgatar os missionários humanos para assistir as almas infelizes onde quer que elas estejam, esquecendo ódios e todas as desventuras, para cada um poder sentir a minha essência, a minha presença dentro de si.

            Meu Filho precisa de discípulos fieis que estejam dispostos a penetrar  no campo das amarguras dos infelizes, dos perdidos na noite escura e que me rogam constantemente por auxílio. É preciso que os filhos mais iluminados não tardem nessas regiões mais desventuradas.

            Mas tenha cuidado, a inteligência desvirtuada tem alguma coisa de satânico, de infernal. As vozes da verdade escasseiam nos países mais civilizados. Caim continua no trono de sua dominação, trucidando todos os irmãos que se manifestam a favor da fraternidade universal.

            Não te digo isso para te atemorizar diante da luta, e sim para que intensifiquem as tuas orações a cada dia, para que não entres como tanto sábios no vórtice da destruição.

            Saibas que há muita diferença entre evolução intelectual e progresso cristão. Não podemos cultivar o raciocínio contra as leis que governam a vida, porque as leis se voltam contra quem as infringe, confundindo a razão pequenina e miserável.

            Infelizes as nações que acenderam os fogos do morticínio! Sobre elas caem as maldições proferidas contra as coletividades pacíficas. Assestados contra si próprias permanecem os canhões consagrados à destruição dos povos amantes da liberdade! Criaram cadeias para os próprios pulsos, algemaram as mãos no longo e doloroso cativeiro projetado para quantos amam o trabalho por amor ao serviço da criação de Deus! Grandes horas, estes momentos do mundo inteiro! Marcam solenemente no relógio da eternidade os desvarios da Terra!

            Como aqueles que acompanharam o Mestre divino, também lhe repito: orai sem parar! Convertei vossos esforços e vossos dias em orações vivas!

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/11/2020 às 00h01
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