Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
26/08/2015 13h30
PRESENTE

            A cada dia temos a oportunidade de viver dentro de uma natureza rica de opções, de beleza, de oportunidades. Surgem relacionamentos, sentimentos e também emoções negativas que tendem a anular tudo que o Pai nos oferece. É importante citar que essas emoções negativas, como raiva, ódio, intolerância, ciúme, etc., são todas produzidas por nossos interesses egoístas. Quando nos permitimos mergulhar nessas emoções nefastas, perdemos de viver o presente que o Pai nos oferta.

            Tem um texto de Nelson Freitas, que ele defendeu num programa de televisão, que mostra com poesia o valor do tempo e que procuro reproduzir abaixo:

            “Imagine se você tivesse depositado em sua conta de banco, todos os dias, 86.400 reais, e que você deveria gastar ao longo do dia, porque no final do dia essa conta iria ser zerada e no dia seguinte você teria mais 86.400 reais depositados.

            Todos nós somos clientes desse banco que se chama tempo. Deus nos dá 86.400 segundos para serem vividos da melhor maneira possível. Amando, aprendendo, ensinando, caindo, levantando, vivendo! E para saber o valor de um ano, você pergunta a um garoto que repetiu de ano; para saber o valor de um mês você pergunta a uma mulher que teve um filho prematuro; de um dia, as pessoas que têm tarefas árduas para fazerem nesse dia; para saber o valor de uma hora, você pergunta aos amantes que não veem a hora de se encontrarem; para saber o valor de um minuto, pergunte a quem perdeu o avião; de um segundo a quem conseguiu evitar um acidente de trânsito; para saber o valor de um milionésimo de segundo, pergunte a um atleta que ganhou medalha de prata nas Olimpíadas.

            Por isso não desperdice seu tempo! Ele é o seu bem mais precioso, que é com ele que você vai compartir com as pessoas que você mais ama... seus filhos, suas esposas, seus maridos, suas mulheres, seus avós... A gente só se dá conta quando a gente perde... Eu tinha tanto beijo para dar, eu tinha tanto abraço... A gente tem que viver o agora. Não adianta a gente pensar que lá no futuro, que lá no éden, no Jardim do Éden, eu vou pegar 300 virgens quando eu morrer... O importante é o agora, o ontem é história, o amanhã um mistério, e o hoje é uma dádiva.

            O presente é de Deus!

            Esta é uma ótima reflexão, pois muitas vezes perdemos tempo precioso com questões tão pequenas, sem avaliarmos o prejuízo que estamos causando aos recursos de vida que o Pai diariamente nos fornece.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/08/2015 às 13h30
 
25/08/2015 07h54
MERGULHADO NAS ONDAS

            Tal como existem as ondas do mar que representam um imenso aglutinado de água, existem também ao nosso redor um aglutinado de energias com ondas que não podemos perceber com os nossos receptores orgânicos, mas que podemos sentir e ser influenciados materialmente, comportalmente por elas, e ser por elas intuídos no coração.

            Essas ondas energéticas nas quais estamos mergulhados podem ser de duas naturezas: divina ou mundana. Das energias divinas eu falei ontem neste diário. São as virtudes originadas do Criador, cheias de justiça e harmonia e que favorecem a fraternidade entre os seres e com elas a humanidade pode construir o Reino de Deus. As energias mundanas são originadas dos trilhões de células que cada ser humano possui e que lutam dentro da natureza material pela sobrevivência biológica. São os vícios e defeitos de caráter que impregna o caráter da pessoa e o distancia cada vez mais da energia divina, interfere com o processo de evolução espiritual, mesmo que aparentemente favoreça o processo de evolução material.

            Sempre procuro estar sintonizado com as ondas divinas, mesmo sabendo dos meus inúmeros defeitos e que atrapalham esse meu desiderato. Porém ontem, entrei numa marola de ondas mundanas e que mesmo mantendo a sintonia com as ondas divinas, fui totalmente envolvido por ondas contrárias as virtudes. Eram ondas carregadas de egoísmo, intolerância, ciúme, raiva, exclusivismo... Procurei manter a minha sintonia com as ondas do amor, tolerância, paz, compreensão, fraternidade... Procurei manter sob controle as minhas próprias ondas negativas de vícios e defeitos.  

            Assim passei a maior parte do dia dentro desse imbróglio e mesmo que eu não tenha sido nocauteado, que tenha perdido a minha sintonia com o divino, sinto que me afastei um pouco do Pai, simplesmente por ter sentido com mais intensidade essas energias negativas em volta da minha alma. Não consegui fazer a publicação do texto de ontem, não consegui ir hoje à hidroginástica, os pensamentos estão desarrumados para a condução comportamental do dia de hoje.

            Como fazer o retorno à proximidade do Pai? A oração, o trabalho, o jejum, são formas que tenho para construir isso. Mas, parece que fiquei contaminado por essas energias negativas tal qual Adão ficou ao comer com sua parceira a fruta proibida. Não é que eu tenha ingerido qualquer “fruta proibida”, minha consciência não me acusa de nenhum ato ilícito frente a Lei de Deus. Pelo contrário, fiz tudo de acordo com a Lei dEle, disso tenho certeza, mas o envolvimento das ondas negativas chegaram perto, muito perto da minha alma. Talvez no fim desse dia eu tenha perdido a minha capacidade de compaixão pela fraqueza do próximo e tenha reagindo de forma presunçosa, orgulhosa, vaidosa... talvez seja esse “senão” que está me deixando no momento acabrunhado, com sensação de derrota. Talvez seja essa “porcaria consciencial” decorrente da luta entre o bem e o mal que está manchando toda minha “veste nupcial” pela qual eu deveria estar de frente ao Pai.

            Bom, tudo que foi feito, foi feito, está no passado. Mesmo que sobre mim repercuta os efeitos posteriores da minha incipiente sabedoria, dos atos que fiz ou deixei de fazer ontem, devo recebê-los hoje como frutos do que semeei ontem. Então sei o que devo fazer hoje, com oração, trabalho e jejum, até voltar a sintonia consciencial com o Pai. A minha primeira oração ao Pai é pedir para Ele forças e sabedoria para eu colocar em prática as ações que serão necessária para a minha limpeza consciencial e voltar sem vergonha ao Seu aconchego.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 25/08/2015 às 07h54
 
24/08/2015 23h59
ENERGIAS DO SENHOR

            O Senhor, Deus, Divino, Criador de tudo o que existe, já existiu e um dia virá a existir, se manifesta constantemente em tudo, em todos... É a energia primordial com inteligência inerente à Sua própria natureza incriada e indestrutível, com Leis inabaláveis formando tudo a todo instante com a essência primária e harmônica do Amor, e seguindo a trilha por ela determinada das leis da evolução em todas as dimensões, material, espiritual e tantas outras que um dia viremos a conhecer e as que jamais teremos acessibilidade consciencial.

            Mesmo que em nosso processo evolutivo individual entremos por equívoco em desvios morais, apesar de grande inteligência, chegando ao nível de “poderosos” magos negros, sempre teremos chance de perceber os erros cometidos e voltar à trilha evolutiva coerente com a vontade do Criador.

            Todos esses desvios nos quais podemos cair durante a nossa jornada, se dá por causa do livre arbítrio alcançado pela consciência. É um salto qualitativo importantíssimo, pois é o fator que servirá de motor (ou não) para a aproximação da energia consciencial com a energia divina.

            O livre arbítrio passa a ser o instrumento da consciência inteligente e responsável pelos seus atos, capaz de reconhecer a lei do carma, da responsabilidade da semeadura e da inevitabilidade da colheita.

            A capacidade de reconhecer as duas dimensões, material e espiritual, onde a primeira serve de escola, de campo de estágio à consciência individual, e que esta nossa consciência reside pela eternidade na segunda, na forma de espírito que se prepara para a perfeição, para ser incluso na energia Divina.

            A nossa condição de ser espiritual momentaneamente encarnado na dimensão material, serve a esse propósito. O objetivo de educação, de reconhecer que as forças materiais, biológicas principalmente, devem ser reconhecidas e devidamente adestradas para funcionarem dentro das leis do Criador, mesmo que aparentemente vá de encontro aos interesses imediatistas, da sobrevivência biológica. Essa forte ilusão é quem mantém até o momento o homem preso aos interesses egoístas de sua sobrevivência animal, ignorando muitas vezes a existência do mundo espiritual, de um Criador e da observância de Suas leis.

            Para nos ajudar nesse processo de ignorância no qual a maioria da humanidade está mergulhada, Deus envia professores avançados em todas as partes do mundo para nos ensinar, as vezes com o sacrifício da sua própria existência material. Um desses professores, o mais capacitado segundo informações obtidas do próprio mundo material, foi Jesus de Nazaré. Passou três anos divulgando suas lições entre nós e deixou lições a ser seguidas, e até hoje, com o seu auxílio do plano espiritual para onde ele voltou.

            Ele ensina que as Energias Conscientes do Senhor, são as virtudes dos Céus, em todas as dimensões. Elas são como um imenso exército que se aproximam ao receber ordens do seu comando divino, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes à focos de luz que podem se ampliar cada vez mais, vem iluminar caminhos e apontar desvios aqueles que caminham cegos pela ignorância.

            É chegado o tempo para nós encarnados na Terra, portadores de consideráveis instruções científicas e tecnológicas, de restabelecer todas as coisas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos, justiçar os criminosos e glorificar os justos.  

            As grandes energias do Céu ressoam como sons de trombetas aos ouvidos daqueles que já se tornam capacitados, e as vozes dos espíritos mais elevados, tanto no campo material quanto no campo espiritual, se associam a esse coro. Todos nós, homens e mulheres, capazes de pensar com inteligência, que conhecem as lições de Cristo e de outros avatares da humanidade, estamos convidados para o divino concerto.

            Cada um deve pegar o seu instrumento, quer seja uma profissão, quer seja uma devoção, e tornar uníssonas nossas ações, e que, como um hino sagrado elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

            Poderíamos até, se limpássemos nossos corações e apurássemos os nossos ouvidos, ouvir essas Energias Conscienciais do Senhor a dizer: “Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos juntos de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai que está em tudo – Senhor! Senhor!... e poderei entrar no Reino dos Céus.”

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/08/2015 às 23h59
 
23/08/2015 22h42
PREPARAI O CAMINHO

            Mais uma vez o profeta Isaías parece falar pra mim, no capítulo 62 do seu livro:

            10. Passai, passai pelas portas, preparai o caminho ao povo! Abri, abri a estrada, retirai dela as pedras! Alçai o estandarte para convocar os povos.

            Por que imagino que essa seja uma mensagem de Isaías para mim? Porque aconteceu fatos no Hospital psiquiátrico onde trabalho, divulgados no grupo whatsapp no qual também estou incluso, que merecia uma intervenção da minha parte.

            Uma técnica de enfermagem levou sua irmã alcoólica para ser internada e como não faz parte do procedimento adotado atualmente no Hospital, foi dado o encaminhado para o procedimento que deve ser seguido e aconteceu o seguinte envio de mensagens:

            - A técnica de enfermagem J trouxe uma irmã para atendimento com intenção de interná-la neste serviço. A paciente encontra-se alcoolizada, fez uso de grande quantidade de bebida hoje. Encaminhei a UPA porém J não aceitou a conduta e disse que ia permanecer com a irmã no hospital até conseguir internação com outro médico. Funcionários informaram que ela adentrou o hospital com a irmã, em direção as enfermarias, dizendo que aguardaria no repouso.

            - Essa técnica é funcionária do hospital? Está em serviço?

            - Não sei onde elas estão agora. Ontem a paciente chegou a desmaiar após ingerir grande quantidade de álcool. É funcionária do Hospital, mas não está de serviço, veio acompanhando a irmã.

            - Falei com a diretora. Ela está na sala da direção. Se quiser dar uma ligada lá e explicar a ela... Já liguei pra ela e passei a situação. Ok?

            - Isso já aconteceu outras vezes com familiares de outros funcionários também, inclusive com complicações clínicas. Eles tem grande resistência quando recomendamos tratamento em outro local.

            - Ok, G! Obrigada. Pois é... Complicado isso!

            - No final do plantão ela me procurou pedindo o encaminhamento para desintoxicação na UPA.

            - Então ela rasgou o que eu tinha dado!

            - Foi devidamente encaminhada.

            - É fogo, viu?

            - Não sei. Quando ela chegou falando do caso, disse que já estava sabendo que a decisão do hospital era não admitir ninguém intoxicado.

            - Acabou esta história de ofender de graça. Justiça neles, só assim vão ver quanto custa difamar um profissional.

            Abaixo dessa última mensagem tinha uma Nota Pública de Retratação de familiares de um paciente atendido em outro hospital que desacatou o médico sem justificativas, que não é bem o caso que aconteceu conosco. Mas achei conveniente colocar minha reflexão sobre o caso, pois se tornava pertinente.

            - Estamos desprotegidos quanto a saúde mental na comunidade, principalmente os alcoólicos. Fazem a desintoxicação nas UPAs e voltam para casa... Fazem acompanhamentos nos CAPs e voltam para casa... A maioria não consegue abstinência dessa forma, e isso quando conseguem ir até o serviço, e também conseguem ser atendidos. Quem trabalha no HJM sabe que somos um oásis, que podemos mesmo salvar a vida e a dignidade desses pacientes. Eu mesmo autorizei a internação de um alcoólico deteriorado física, mental e socialmente, foi encontrado caído nos becos de Ceará-Mirim. Estamos fazendo a sua recuperação, o que nenhum serviço extra-hospitalar pode fazer, contando com o apoio de toda nossa equipe, principalmente da enfermagem, principalmente da técnica de enfermagem J, que se desdobram em levá-lo para comer, higienização, necessidades fisiológicas, etc. Ela vê e participa desse esforço de recuperação de um paciente alcoólico, até fora de nossas atuais atribuições. Entendo o desespero dela querendo uma ajuda parecida para a irmã... Entendo a posição dos colegas no cumprimento das atribuições... O que pode nos salvar nesses momentos que não estão previstos nos cadernos acadêmicos? Somente a compaixão pela dor do próximo e a nossa consciência fará o resto. Muita luz a todos!

            Depois dessa ocorrência fico pensando se não é o momento de reunir as pessoas que se sentem desamparadas com seus pacientes, sem ter a quem recorrer, para fazer uma espécie de cooperativa onde pacientes, familiares e profissionais se harmonizem em torno do bem comum... Sempre tendo em foco as lições evangélicas. Talvez seja difícil aplicar tal projeto num meio materialista, altamente competitivo, onde muitas vezes a vaidade supera a compaixão. Mas na leitura do segundo livro que tenho na lida diária,        Fontes Franciscanas e Clareanas”, veio a resposta para essa indagação.

            Dizia assim, na Legenda Maior de São Francisco, por São Boaventura, no ítem 9, quando fala da procura de Francisco ao Papa Inocêncio III para que ele autorizasse as regras da sua ordem:

            E depois que chegou à Cúria Romana e foi introduzido até à presença do sumo pontífice, expôs o seu propósito, pedindo humildemente que lhe fosse aprovada a supradita regra de vida. E o Vigário de Cristo, o senhor Inocêncio III, homem realmente famoso pela sabedoria, vendo no homem de Deus a admiranda pureza e simplicidade de ânimo, a firmeza de propósito e o inflamado fervor de santa vontade, inclinou-se interiormente a conceder piedoso assentimento ao que lhe suplicava. No entanto, adiou realizar o que o pobrezinho de Cristo postulava, pelo fato que a alguns cardeais parecia tratar-se de algo novo e rigoroso acima das forças humanas. Estava, porém, presente entre os cardeais um homem venerando, o senhor João de São Paulo, bispo de Sabina, amante de toda santidade e auxílio dos pobres de Cristo; ele, inflamado pelo Espírito divino, disse ao sumo pontífice e a seus irmãos cardeais: “Se rejeitarmos o pedido deste pobre como muito rigoroso e novo, quando ele pede apenas que lhe seja confirmada uma forma de vida evangélica, devemos cuidar para não ofendermos o Evangelho de Cristo. Pois, se alguém diz que dentro da observância da perfeição evangélica e do voto está contido algo novo ou irracional ou impossível de se observar, está provado que blasfema contra Cristo, autor do Evangelho.”  Tendo sido proferidas estas palavras, o sucessor do Apóstolo Pedro, voltando-se ao pobre de Cristo, disse: “Reza, filho, a Cristo para que ele nos mostre através ti a sua vontade, para que, sendo ela conhecida com mais certeza, anuamos mais seguramente aos teus piedosos desejos”.

            Tudo isso mostra caminhos que o Pai vai disponibilizando para quem tem olhos pra ver e ouvidos para ouvir; quem já tem uma boa ideia do caminho a seguir... Por isso continuo a ver em tudo mensagens cifradas que o Pai me envia e que depende de mim decifrá-las e segui-las, como assim é a minha intenção.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/08/2015 às 22h42
 
22/08/2015 22h40
MENSAGEM PARA JESUS

            Acredito que Jesus, na sua maturidade espiritual, ou talvez antes, ao ler o capítulo 61 do Profeta Isaías, tenha se identificado na mensagem como aquele que fala no texto:

  1. O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a Boa Nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade;
  2. Proclamar um ano de graças da parte do Senhor, e um dia de vingança de nosso Deus; consolar todos os aflitos,
  3. Dar-lhes um diadema em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de vestidos de luto, cânticos de glória em lugar de desespero, plantadas pelo Senhor para sua glória.
  4. Reconstruirão as ruínas antigas, reerguerão as relíquias do passado, restaurarão as cidades destruídas, repararão as devastações seculares;
  5. Virão estrangeiros apascentar vosso gado miúdo, gente de fora vos servirá de lavradores e vinhateiros;
  6. A vós chamar-vos-ão sacerdotes do Senhor, de ministros de nosso Deus sereis qualificados. Vós vos alimentarei com as riquezas das nações, e brilhareis com sua opulência.
  7. Já que tiveram parte dupla de vergonha e tiveram como quinhão opróbrios e escarros, receberão em sua terra parte dupla de herança, e a alegria deles será eterna.
  8. Porque eu, o Senhor, amo a equidade, e detesto o fruto da rapina; por isso vou dar-lhes fielmente sua recompensa, e concluir com eles uma aliança eterna.
  9. Sua raça tornar-se-á célebre entre as nações, e sua descendência entre os povos: todos, vendo-os, reconhecerão que são a abençoada raça do Senhor.
  10. Com grande alegria eu me rejubilarei no Senhor e meu coração exultará de alegria em meu Deus, porque me fez revestir as vestimentas da salvação. Envolveu-me com o manto de justiça, como um neo-esposo cinge o turbante, como uma jovem esposa se enfeita com suas joias.
  11. Porque, quão certo o sol faz germinar seus grãos e um jardim faz brotar suas sementes, o Senhor Deus fará germinar a justiça e a glória diante de todas as nações.

Acredito que a essência do que foi escrito nesse texto tenha sido por inspiração divina, mas contém muito da vaidade e orgulho bairrista, certamente da mente humana de Isaías. A mente de Jesus não estava tão sintonizada com essas influências, apesar de sua educação ter sido feita no meio dessa gente. Talvez o período dos 13 aos 30 anos quando pouco se sabe o que Jesus fazia, talvez ele tenha tido oportunidade de educação em culturas mais universalistas, então podia aceitar a inspiração divina que vinha da mensagem mas não o conteúdo patriótico. Infelizmente ele não podia ser muito ostensivo nessa separação, pois o pouco que ele conseguiu separar já foi o suficiente para despertar tamanho ódio que levou-o a morte pelo suplício.

Eu tenho mais liberdade de fazer uma leitura livre desses textos e fazer a separação do que serve ao caminho que o Senhor reservou para mim e o que serve aos interesses anímicos de quem registrou a mensagem.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 22/08/2015 às 22h40
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