Tem um ditado que diz, fulano de tal está com a “pá virada”, que segundo o nosso folclorista e principal estudioso potiguar, significa alguém que pode fazer alguma coisa, mas que está deitado ou mantido na ociosidade sem fazer o que seu instrumento carnal tem como missão. É como se fosse uma pá emborcada, virada, que não está em funcionamento. Eu não conhecia o sentido desse termo, e somente nesta semana, fazendo resgate dos documentários de Câmara Cascudo para comercializar na Loja Mãos de Arte, foi que prestei atenção, e vi que isso poderia também se aplicar a mim, pois tenho muita tarefa designada pelo Pai, mas não estou fazendo a contento. Sei que estou sendo rigoroso, pois muito já estou fazendo, mas a consciência continua acusando que mais poderia ser feito. E talvez esse ditado venha como um precursor de ordens severas do Pai, um pouco mais adiante.
Costumo dizer que quero ser um instrumento do Pai para fazer a Sua vontade, em detrimento da minha. Querer é uma coisa, ser é outra muito diferente. Raramente as coisas andam juntas. Sei que já iniciei muitas tarefas que são da vontade do Pai, que me sacrifico em algumas delas e isso é prova de que não é a minha vontade e sim a dEle.
Agora, se a minha ferramenta de servir a Deus está virada, e se isso atende aos desejos do meu corpo, e se meu corpo ainda exerce forte poder sobre o meu livre arbítrio, o meu comportamento, então a minha fala de querer servir a Deus começa a parecer hipocrisia.
Tenho que vigiar esse aspecto, pois se prometo ser ou fazer alguma coisa, sabendo de antemão que não poderei fazer, está caracterizada a hipocrisia. Como fazer para evitar isso? Reconhecer as dificuldades, os vícios e defeitos que todos nós possuímos. Ao reconhecer, não prometer ao Pai algo que não posso cumprir.
A tarefa que é posta à minha frente, neste momento, é desvirar minha ferramenta, adaptar o meu corpo ao trabalho extra, aquele que se torna necessário para que eu atinja o nível de cidadão do Reino de Deus.
As duas lojas no Shopping de artesanato Mãos de Arte começam a funcionar no novo espaço do andar térreo, com a mesma meta de oferecer aos turistas que vem à Natal, exclusivamente a arte e a cultura do Rio Grande do Norte.
Fui à Banca da Sétima Arte, na Cidade Alta, onde são produzidos em DVDs os filmes e documentários clássicos, mas não encontrei muitos trabalhos dentro desta meta. Consegui comprar apenas dois títulos, mas acredito que essa Banca possa ser uma ótima parceira. Vou procurar falar com o proprietário e ver a possibilidade dele fazer uma busca ativa nos arquivos que fala sobre as diversas personalidades do Estado e colocar esse material em nossa loja, como ele coloca na dele, uma espécie de consignação.
Também fiquei a refletir, posso fazer uma pesquisa na net e fazer o trabalho amador sobre essas diversas personalidades, gravar em DVD e comercializar.
Acredito que exista uma grande fonte de trabalho na net, no levantamento dessas informações e que pode ser mais aprofundado, caso possa envolver o Departamento de Comunicação da UFRN para entrevistar essas personalidades ou os seus familiares. Também pode ser investigado os arquivos desse Departamento, pois existe ações já desenvolvidas no sentido de gravar a memória desses personagens. Estas é a loja da Cultura.
A loja da arte tem o foco de colocar o artesanato que é feito em cada município do Estado. A ideia é que o turista ao entrar na loja possa perceber todo o tipo de artesanato feito no Estado, qual a região a que pertence e quais as suas principais personalidades.
As duas lojas se completam, cada uma com suas características. Pode ser que algum produto fora desse foco regional possa ser oferecido, mas sempre terá um caráter de exceção, e com uma devida justificativa.
Sei que esse trabalho para pegar ritmo vai gastar um determinado tempo, que implica na capacitação dos vendedores entenderem a ideia e ter condições de passar a mensagem devida a quem procura.
O material de divulgação que deve ser feito, tem que abordar com ênfase essas questões regionais, com a possibilidade de ser construído pelo menos dois banners, para ser colocado um na frente do Shopping e outro na frente da loja.
O equipamento de DVD deve ser instalado e ficar sempre em funcionamento, passando os documentários das personalidades da época, que, com certeza, por ter foco na cultura, será Câmara Cascudo o mais divulgado e apresentado.
É interessante que a passagem constante desses documentários fará parte da capacitação cultural dos vendedores.
O material de divulgação também deverá ser distribuído mensalmente nos hotéis da cidade. Os meio de comunicação também devem ser alimentados com as informações pertinentes ao trabalho da loja. As revistas de informações turísticas e que são distribuídas gratuitamente dentro do setor, também devem ser contatas tanto para receber os exemplares para distribuir aos turistas, quanto veicular matérias de interesse da loja.
Em 14-09-16, as 19h, na Escola Estadual Padre Monte, ocorreu mais uma reunião do Projeto Foco de Luz e AMA-PM com a presença das seguintes pessoas: 01. Paulo; 02. Medeiros; 03. Silvana; 04. Nivaldo; 05. Marisa; 06. Ronaldo; 07. Rusa; 08. Ana Paula; 09. Juliano; 10. Edinólia; 11. Francisco; 12. Eleika (vereadora); 13. Juliana (assessora); 14. Netinha; 15. João Maria; 16. Marquinho (candidato); 17. Rogério; e 18. Jaqueline. Durante a conversa livre nos trinta minutos iniciais, chegou a vereador Eleika acompanhada de usa assessora, e colocou logo a sua forma de trabalho, enfatizando o trabalho na educação e se comprometendo em ajudar na problemática da Escola Olda Marinho para servir a comunidade, como está previsto na lei. Também informa que cumpriu o que prometeu na campanha passada e doou todo o seu salário como vereadora às instituições de caridade da cidade, conforme está registrado no cartório. Ao iniciar o horário previsto para a reunião foi lido o preâmbulo espiritual com o título “Negócios”, uma fala de Jesus registrada por Lucas em 2:49. Em seguida foi lida a ata da reunião anterior que foi aprovada por todos sem correções. Francisco explica, devido a visita de vereadora e de candidato a vereador, como é feito o trabalho do Projeto Foco de Luz e como foi a necessidade de ser criada a AMA-PM, como forma de envolver com mais objetividade as demandas da comunidade. Paulo informa da norma de conduta que rege o comportamento dos associados e que é respeitado qualquer candidato de qualquer partido político, ou membro de qualquer igreja, sem no entanto se associar a qualquer uma delas. O interesse de cada associado e da Associação é trazer benefícios para seus moradores, e principalmente as crianças, seguindo a orientação evangélica do Mestre Jesus. Medeiros explica o trabalho desenvolvido pelos Curumins e que necessita do apoio da Escola Olda Marinho para a realização de aulas, de reuniões e demais atividades, e por isso espera contar com o empenho da prof. e vereadora Eleika. Nivaldo faz um histórico das atividades desenvolvidas na Escola Olda Marinho e que por insatisfação de funcionário subalterno foi provocada uma reunião que culminou no Conselho Escolar junto com a diretoria da escola decidir pela interrupção dos trabalhos comunitários com a justificativa de falta de vigilância. Rusa reforça as explicações de Nivaldo enfatizando que a escola deve continuar prestando o apoio aos projetos desenvolvidos pela comunidade, nos diversos cursos que já estão sendo feitos e inclusive com a introdução do balé. Marquinhos, candidato a vereador no segmento dos comerciários, colocou a sua proposta de trabalho caso venha a ser eleito. Edinólia levantou o assunto dos Curumins não ter participado do desfile de 7 de setembro, apesar de todo esforço feito, inclusive financeiro, mas como não havia mais tempo de se entrar nesse assunto, ficou para ser discutido na próxima reunião. As 20h30m a professora e vereadora Eleika aceitou a sugestão de falar ao Pai em oração, em nome do grupo reunido, foi feito a foto coletiva e degustado a sopa levada por Netinha.
Fico impressionado como me sinto conduzido por Deus nas mais diversas circunstâncias, até mesmo nas situações mais simples. Não é bem “conduzido por Deus”, pois eu não sigo impassivelmente uma orientação que Ele dá, nem mesmo Ele dá uma única opção. Ele coloca diversos caminhos à minha frente, alguns completamente distantes de Sua natureza, eu é quem tenho que decidir por qual caminho seguir, qual decisão tomar, e tenho que acertar qual a melhor opção que melhor sintoniza com a vontade dEle. Ele pode até dar alguns “toques” de qual é a mais importante, tenta evitar que eu entre em caminhos perigosos para a destruição do meu corpo ou perdição da minha alma. Porém, jamais Ele me empurrará para um caminho que eu não quero ir. Por isso é tão importante nos momentos de orações, que pode ser a qualquer hora, voltarmos o pensamento para Ele e pedir a ajuda necessária.
Hoje, por exemplo, fiquei dentro de um conflito que inadvertidamente me coloquei. Confirmei que iria para um evento do AA e não lembrei que teria uma plenária no meu departamento no mesmo dia e horário. Quando observei a coincidência, e olhando a programação do evento, vi que não estava com atividade na mesa, entrei em contato com o organizador para ser dispensado. Mas notei nele o constrangimento de dispensar um participante em cima da hora tendo negado a várias pessoas essa inscrição. Fiquei no conflito, pois na plenária do departamento, apesar de ser uma atividade obrigatória, eu teria oportunidade de dar andamento ao Programa de Apadrinhamento que iniciamos na plenária anterior. Mas, se eu ficasse na plenária deixaria de cumprir a minha promessa de participar do evento do AA. INSTALOU-SE O CONFLITO!
Como não tive a intensão de entrar nesse conflito, e como estou sempre querendo agir sintonizado com a vontade de Deus, logo imaginei que essa circunstância era mais uma vez o Pai colocando caminhos para que eu decidisse da melhor forma possível. Então, fui logo cedo para o departamento, o local da plenária, preparado para sair no horário do evento do AA, caso não houvesse nenhuma exigência para a minha permanência. Colocava assim as oportunidades para que Deus, se não quisesse que eu fosse para o evento, apresentasse algum obstáculo. A questão do apadrinhamento eu poderia ver em outra ocasião.
Assim aconteceu, não houve nenhuma exigência para a minha permanência na plenária, justifiquei a minha ausência e fui para o evento.
Cheguei pontualmente no início das palestras, recebi a pasta preparada para cada participante, e comecei a observar o que tinha ao meu redor. Vi logo dois aspectos importantes para as minhas atividades atuais: primeiro, na pasta havia uma relação de grupos de AA de todo o estado, incluindo três grupos em Ceará Mirim. Percebi logo a utilidade dessa informação, pois estou tentando trabalhar com quatro alcoólicos em Ceará Mirim, já falei com os familiares para organizarmos uma reunião com eles e discutir o assunto, mas até agora não aconteceu. Olhando os endereços da relação dos grupos de AA, refleti que é mais fácil fazer o convite para uma reunião já estruturada como estas.
Segundo, o local do evento do AA ficava próximo da banca de reprodução de DVDs antigos e clássicos, filmes de toda natureza, inclusive de material de autores do Rio Grande do Norte. Como estou reabrindo a loja de “Arte e Cultura Potiguar” no Shopping Mãos de Arte, ali encontraria um bom material para comercializar, dentro das características da loja.
Avaliando tudo isso, percebi que Deus me proporcionou ficar dentro de um contexto produtivo para a realização de meus atuais projetos, tanto no trabalho como na assistência, mas sempre com o foco principal na evolução espiritual.
Então vi a importância do conflito gerado, as alternativas que surgiram, as compreensões dos motivos dentro dos relacionamentos.
Este foi um conflito resolvido dentro da melhor condução comportamental, sintonizado com a vontade de Deus. Porém, existiu outra situação conflituosa que acredito não tomei a conduta devida. Participei de uma festa de aniversário, criticada desde o início por todos os parentes, inclusive eu, que aceitava as críticas como corretas, pois não se ajustava as lições evangélicas que eu queria ensinar. Eu podia ter ajudado no que fosse possível aos organizadores, mas devia ter ficado com meus irmãos e amigos jogando baralho, uma forma de lazer que sempre estamos praticando quando temos oportunidade. Não poderia ter ficado nesse aniversário, pois essa minha atitude reforçaria o inconveniente evangélico que estava sendo executado, mesmo que isso parecesse politicamente incorreto, como foi essa a minha desculpa para ficar. Os princípios evangélicos deviam ter tido a prioridade. O lazer com o baralho que não tinha restrição evangélica, era a atitude mais correta. Mas como isso não foi feito, foi gerada desarmonia no núcleo da alma, e uma simples resposta a sugestão do meu irmão, gerou em mim uma tempestade desarmoniosa. Usei argumentos verdadeiros, mas com raiva e com sentimento de vingança, capaz de desestruturar o psiquismo de quem fosse o alvo. Deixei de observar, pelo menos nesses momentos, a aplicação do amor conforme Paulo ensinou. A desarmonia aumentou e com ela o nível de estresse, prejudicando o bem estar pessoal e a qualidade de vida.
Felizmente temos um Pai que sempre está disposto a perdoar nossas falhas, e principalmente daqueles que procuram fazer a sua vontade, seguindo o roteiro evangélico que o Seu filho nos ensinou.
Ao ler a abertura da revista Ultimato de set-out/2016, feita por E. César, e baseada em Ez 13.10, fiquei confuso com a opinião do autor num determinado trecho:
Como se pode dizer que o Brasil vai bem se “a Lava Jato ameaça transformar o país numa imensa jaula onde todos ficaremos presos e difamados” (Carlos Heitor Cony)? Se o Jornal The New York Times sugere que o Brasil deve ganhar medalha de ouro em corrupção, e o ministro de nosso Supremo Tribunal Federal diz que a corrupção se tornou “uma espantosa regra”?
Então, o problema da corrupção é devido aos investigadores e juiz da Lava Jato? Então, todos, inclusive eu, ficaremos presos e difamados? Então, devemos receber com orgulho essa medalha de ouro da corrupção? Então, devemos acatar como certa a espantosa regra da corrupção?
Acredito que a intenção dos autores não era responder afirmativamente a essas indagações, mas foi muito infeliz na primeira, pois todos os brasileiros não correm o risco de serem presos e difamados numa imensa jaula. Tenho certeza que eu, e acredito que os autores também não correm esse risco. Acredito que tenha sido apenas uma frase mal elaborada. Poderia ter sido escrita assim: “Como se pode dizer que o Brasil vai bem, se os corruptos em cargos de poder ameaçam paralisar a Lava Jato que tenta moralizar o país?
Assim poderíamos ter uma melhor compreensão do texto e reforçar a frase final:
Por causa dessa mensagem sem cabimento, o povo não deu ouvidos às vozes de Isaías, Jeremias, Ezequiel e outros. Então, a guerra, a fome, e a doença deram cabo deles!
Afinal, era isso que Ezequiel queria advertir contra os falsos profetas que usam a mentira em seus discursos e que sempre levam a guerra, a fome e a doença ao povo que acreditam neles, e não percebem o enriquecimento ilícito que eles promovem para si, seus familiares e amigos.