Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/10/2017 23h59
SABEDORIA BUDISTA

            Encontrei na net enviado pelo site consciencial um texto assinado por Matt Valentine que fala em “12 joias da sabedoria budista que transformarão sua vida”, defendido ser um tesouro de sabedoria facilmente aplicável na vida cotidiana de pessoas de diversas origens, crenças e preferências. O leitor que me acompanha regularmente, poderia imaginar que após a oração do mês que fiz ontem, onde peço a Deus com prioridade que Ele me dê sabedoria, eu tenha ido em busca de tal. Mas confesso, não tinha nenhuma intenção de ir buscar textos sobre sabedoria em qualquer fonte.

            Eu já tinha visto o texto que menciono e o guardado para ser divulgado aqui. Tal não foi a minha surpresa ao notar que ele estava se encaixando justamente abaixo do texto de ontem. “Caiu a ficha”! percebi que Deus mais uma vez estava me dando antes mesmo de eu pedir. Portanto, eis o texto que não posso deixar de reproduzir aqui com essas observações iniciais.

            “Quando eu era pequeno, minha avó tinha uma pequena estátua verde do Buda. Não era uma estátua do Buda original, mas um daquele que é considerado Maitreya, o Buda “futuro”, em geral representado como um homem gorducho sentado, com se robe parcialmente aberto e frequentemente com miçangas no pescoço. Essa estátua, em particular, é uma imagem muito comum, com uma barriga protuberante revelando o umbigo.

            Minha avó sempre me dizia, “esfregue a barriga dele e você terá boa sorte!” Então, naturalmente, como criança, eu esfregava sua barriga sempre que podia. Era para esfregar especialmente seu umbigo, e me lembro de colocar meu dedo em seu pequeno umbigo e esfrega-lo fazendo um círculo ao seu redor, apesar do fato de que seu umbigo ter o diâmetro de uma fração de milímetro.

            Eu, como muitos outros ocidentais, cresci com uma imagem bem distorcida do budismo. Eu pensava que Buda era um deus, e que o budismo era apenas um monte de feitiços e superstições para quem estivesse tentando acumular riquezas e outras buscas equivocadas. E eu achava que a meditação era só para as pessoas que estavam interessadas em aprender levitação ou algo louco assim.

            Mas assim como muitos outros ocidentais, eu tinha lido muitas citações inspiradoras e provérbios sábios de Buda que pareciam me “atrair”, e que quase sempre soavam aquela campainha na cabeça tipo “Perfeito!” ou “Isso é tão verdadeiro!”.

            É por causa disso que, apesar de todos os meus preconceitos, permaneci interessado no budismo enquanto crescia, até um dia em que peguei um livro pra valer, parei de aderir aos preconceitos coletivos da consciência ocidental e comecei a aprender a partir da fonte verdadeira.

            O budismo guarda em si um tesouro de sabedoria, sem mencionar a sabedoria facilmente aplicável na vida cotidiana de pessoas de diversas origens, crenças e preferências.

            Thich Nhat Hanh disse que “o budismo é todo composto de elementos não-budistas”. E isso não poderia ser mais verdadeiro. Basicamente, o budismo é realmente apenas uma coleção de métodos e práticas para percebermos as realidades fundamentais desta vida e o caminho para a verdadeira paz e felicidade.

            Seja você budista, um colecionador de verdades universais ou só alguém interessado em encontrar meios práticos de melhorar sua vida, esta lista apresenta 12 poderosas e potencialmente transformadoras joias da sabedoria budista das quais você pode se beneficiar.

            A Sabedoria Budista

  1. Viva com compaixão. Compaixão é uma das qualidades mais reverenciadas no budismo, e ter grande compaixão é um sinal de um ser humano altamente realizado. Compaixão não apenas ajuda ao mundo em geral, e não tem a ver apenas com o fato de que isso é a coisa certa a fazer. Compaixão é buscar compreender aqueles que estão ao seu redor, pode transformar sua vida por várias razões. Em primeiro lugar, autocompaixão é um elemento crítico para você ficar em paz consigo mesmo. Ao aprender a perdoar a si mesmo e aceitar que você é humano, você pode curar feridas profundas e se recuperar de tempos difíceis. Em segundo lugar, nós podemos frequentemente nos torturar devido ao fato de que não compreendemos completamente o porquê de as pessoas fazerem certas coisas. Compaixão é compreender a bondade fundamental que há em todas as pessoas, e então tentar descobrir essa bondade fundamental em uma pessoa específica. Por causa disso, a compaixão ajuda você a superar a frequente angústia que experimentamos por não compreendermos as ações dos outros. Mas além disso, expressar compaixão é a genuína forma de se conectar aos outros com todo o seu coração, e o simples ato de se conectar dessa forma pode ser uma grande fonte de alegria para todos nós. As razões para praticar a compaixão são numerosas e poderosas. Busque viver de um modo no qual você trata todos que conhece como você trataria a si mesmo. Quando você começa a agir assim, isso parece ser totalmente impossível. Mas persevere e você sentirá todo o poder de viver com compaixão.
  2. Conecte-se com os outros e nutra essa conexão. No budismo, uma comunidade de praticantes é chamada de “sanga”. Uma sanga é uma comunidade de monges, monjas, homens e mulheres leigas que praticam juntos e em paz buscando a meta conjunta de realizar um maior despertar, não apenas para eles próprios, mas para todos os seres. A sanga é um conjunto que pode beneficiar em muito o nosso mundo. As pessoas se reúnem em grupos todo o tempo, mas em geral é com o propósito de criar uma riqueza monetária ou obter poder substancial, e raramente com o fim coletivo de atingir paz, felicidade e conquistar maior sabedoria. O conceito da sanga pode ser aplicado em sua vida de diversas formas. A sanga é em última instância apenas uma forma de enxergar a vida através das manifestações individuais da totalidade. Vivendo de uma forma em que você está plenamente consciente do poder de se conectar com outros, seja com uma só pessoa ou com um grupo de cem pessoas, você pode transformar sua vida de maneiras que multiplicarão dividendos por anos no futuro.
  3. Desperte. Um dos mais poderosos itens desta lista, o poder que vem de simplesmente viver de um modo em que você está completamente desperto para cada momento de sua vida não pode ser exagerada por mais que eu tente. Atenção plena, maior consciência, estar totalmente atento, chame do que quiser, isso muda cada faceta da sua vida de todas as formas. É simples assim. Esforce-se para viver plenamente desperto em cada instante de sua vida diária e você vencerá suas maiores batalhas pessoais, encontrará uma sensação enorme de paz e alegria e descobrirá as maiores lições que a vida pode lhe ensinar, tudo como resultado de estar totalmente atento ao presente momento.
  4. Viva profundamente. Viver profundamente, de um modo que você se torne plenamente consciente da preciosa natureza da vida, é começar a trilhar o caminho da verdadeira paz e felicidade. Por que? Porque viver desse jeito é gradualmente se tornar consciente da real natureza do mundo. Isso acontecerá essencialmente em “partes” do todo, tal como perceber sua interconexividade (você começa a ver como tudo está conectado a tudo o mais) e impermanência (você começa a ver como tudo está sempre mudando, constantemente morrendo apenas para renascer de outra forma). Essas percepções são o feijão com arroz do budismo e de toda prática espiritual. Essas “partes do todo” são fragmentos do despertar definitivo, formas de compreendermos o que não pode ser completamente compreendido em um sentido tradicional. Ao viver de um modo em que você busca perceber essas várias “qualidades da realidade última” você encontrará uma paz cada vez maior ao se conscientizar do natural caminho das coisas. Isso cultiva em nós a habilidade de saborear cada momento da vida, de achar paz mesmo nas atividades mais mundanas, assim como a habilidade de transformar nossas experiências negativas em algo ao mesmo tempo fortalecedor e curador.
  5. Mude a si mesmo, mude o mundo. Os budistas compreendem que você dificilmente pode ajudar os outros antes de ajudar a si mesmo. Mas isso não tem a ver com você ganhando poder ou riqueza antes de ajudar os outros, ou vivendo de uma forma em que pode ignorar os outros. Isso tem a ver principalmente com o fato de que estamos todos interconectados, de forma que ao ajudar a si mesmo você cria um exponencial afeito positivo no resto do mundo. Se você quer causar impacto no mundo, não se convença facilmente de que é “você ou eles”. Você não precisa se arrastar na lama para ajudar aqueles ao seu redor. Se ficar isso, dificultará e muito sua habilidade de criar impacto positivo. No nível mais profundo de entendimento, ao ajudar a si mesmo você ajuda a todos os outros porque não há uma separação entre “você” e “os outros”. Cuide de si mesmo e busque ser mais do que apenas uma ajuda: seja também um exemplo a seguir de como viver pelos outros. Dessa forma você criará ondas de exponencial possibilidade que inspirarão outras pessoas a fazer o mesmo.
  6. Aceite a morte. A morte é em geral um tabu na sociedade ocidental. Nós fazemos tudo o que podemos não apenas para evitar o tema, mas para fingirmos que ela sequer existe. Mas a verdade é que agir assim é algo desafortunado e de forma alguma nos faz ter vidas melhores. Tornar-se plenamente consciente de sua impermanência e compreender perfeitamente a natureza da morte e a sua relação com a interconectividade são duas coisas que nos ajudam a encontrar uma grande paz. No budismo, os estudantes de várias linhagens em um ou outro momento “meditam sobre o cadáver” (uma prática que se diz ter origem que remonta à época em que Buda estava vivo). Isso é exatamente o que parece. Eles meditam sobre a imagem de um cadáver lentamente se decompondo e imaginam o processo até o final, eventualmente resultando em uma profunda e plena percepção da verdadeira natureza da morte. Isso pode soar um pouco exagerado, mas a verdade é que se você vive sua vida inteira agindo como se você nunca fosse morrer ou ignorando sua própria impermanência, então você nunca será capaz de encontrar verdadeira paz em seu interior. Você não tem que necessariamente meditar sobre a imagem de um cadáver, mas simplesmente se abrir para a ideia da morte de modo que você não evite mais pensar a respeito dela (algo que você pode fazer inconscientemente, como a maioria de nós fazemos no ocidente) pode tornar-se uma grande fonte de paz, e ajudará você a apreciar muitas das alegrias da sua vida cotidiana. Uma verdadeira apreciação da vida nunca pode ser completamente atingida até você começar olhar de frente para sua própria impermanência. Mas uma vez em que fizer isso, o mundo se abrirá de uma forma nova e profunda.
  7. Sua comida é (muito) especial. A prática meditativa oferece a habilidade de transformar cada uma de nossas experiências na vida cotidiana, o que trato no meu livro Zen para a Vida Cotidiana, e a alimentação é uma dessas experiências diárias que é significativamente transformada, frequentemente de forma interessante e gratificante. A prática meditativa budista, particularmente a atenção plena e a contemplação, ajudam você a perceber a preciosa natureza da comida na sua mesa. De fato, como a alimentação desempenha um papel importante em nossas vidas, transformar nossa relação com a alimentação é transformar um aspecto chave de toda a nossa vida, tanto presente quanto futura. Ao contemplar a comida diante de nós, por exemplo, podemos perceber o vasto sistema de interconectividade que é nossa vida, e como nossa alimentação depende de numerosos fatores para transformar-se em nosso prato de jantar. Isso nos ajuda a aprofundar nossa relação com a alimentação, cultivando profundo sentimento de gratidão diante de cada refeição, e aprendendo a respeitar o delicado e premente equilíbrio que é a vida.
  8. Compreenda a natureza do doar-se. Doar-se é mais do que o ato de presentear no Natal ou fazer doações aos necessitados, é também o ato de doar os presentes que distribuímos a cada dia e que não vemos usualmente como presentes no fim das contas. Os budistas possuem uma profunda compreensão da natureza da doação, principalmente no sentido de que a vida é um constante jogo entre o ato de doar e de receber. Isso não só nos ajuda a encontrar a paz ao compreendermos o mundo ao nosso redor, mas também nos ajuda a perceber os incríveis presentes que todos temos dentro de nós e que podemos dar aos outros a cada momento, tais como compaixão e presença.
  9. Trabalhe para desarmar o ego. A forma mais fácil de resumir todas as práticas “espirituais” é esta: espiritualidade é o ato de perceber a natureza da realidade fundamental ou da essência do ser, e como resultado disso a prática espiritual é o ato de superar os obstáculos que nos impedem de ter essa percepção. E qual o primeiro obstáculo no nosso caminho? O ego. Para ser direto e claro, a razão pela qual o ego é o principal obstáculo na prática espiritual, ou simplesmente para a prática de encontrar a paz e felicidade verdadeiras (seja como for que você decida chamar, é tudo a mesma coisa), é porque sua função principal é afastar você da essência do seu ser, convencendo você de que você é um eu separado dos demais. O processo de desarmar o ego pode levar tempo, e é algo que persiste com a gente, entrelaçado com a gente, por anos. Mas é infinitamente recompensador e ao mesmo tempo necessário, se queremos viver da melhor maneira possível.
  10. Remova os 3 venenos. A vida é cheia de vícios, coisas que tentam nos prender de forma prejudicial e que portanto nos impedem de cultivar a paz, a alegria e as maiores realizações de nossas vidas. entre eles, os 3 venenos são alguns dos mais poderosos. Os 3 venenos são: apego, ódio e ignorância. Juntos, esses 3 venenos são responsáveis pela maior parte do sofrimento que vivenciamos coletivamente. É perfeitamente normal ser afetado por esses venenos ao longo da vida, então não se culpe por se deixar levar por eles. Ao invés disso, simplesmente aceite que eles são algo que você vivencia e comece a trabalhar para removê-los da sua vida. Isso pode levar tempo, mas é um aspecto central no caminho para conquistar verdadeira paz e felicidade.
  11. Viva corretamente. Todos nós deveríamos nos esforçar e viver nossas vidas de um modo que seja mais “consciente” ou atento. Essa ideia em geral significa não se envolver com coisas prejudiciais como armas, drogas e atividades que machucam outras pessoas, mas na verdade é mais profundo do que isso. Há dois aspectos principais nisso: conduza sua vida fazendo coisas que não inibam sua habilidade de conquistar a paz, e conduza sua vida fazendo coisas que não inibam a habilidade de outras pessoas conquistarem a paz. Enfrentar esse desafio pode levar algumas pessoas a situações interessantes, e como Thich Nhat Hanh diz, esse é um esforço coletivo mais do que que um esforço individual (o açougueiro não é um açougueiro apenas porque decidiu ser, mas porque há uma demanda por carne que precisa se empacotada e tornar-se disponível para ser comprada nos supermercados), mas você deve tentar o seu melhor. Seguir esse ensinamento de viver corretamente pode ajudar você a perceber o efeito prejudicial de que o seu próprio trabalho está produzindo em você mesmo, e isso o conduzirá a uma solução que pode resultar em uma mudança tremendamente positiva em sua vida, como um todo. Mas só você pode decidir se uma mudança precisa acontecer. Qualquer que seja o caso, tente o quanto possível viver por meio de uma atividade que promova a paz e a felicidade para você e para aqueles que estão ao seu redor.
  12. Vivenciei o desapego. Esse é um ponto difícil de colocar em poucas palavras, mas é algo profundo que sinto ser imensamente benéfico mencionar de qualquer forma. Vivenciar o desapego em um sentido budista não significa abandonar seus amigos e família e viver sozinho pelo resto de sua vida, vivendo de maneira que você não se apegue a nenhum desses vínculos. O desapego significa viver de uma forma em que você existe no fluxo natural da vida, em geral vivendo a típica vida moderna, construindo uma família, seguindo uma carreira, etc., enquanto ao mesmo tempo não está apegado a nenhuma dessas coisas. Simplesmente significa viver de um modo em que você está atento e aceita a impermanência de todas as coisas da vida e está sempre consciente desse fato. É perfeitamente normal para estudantes do Zen no Japão, uma vez concluído o seu treinamento, que troquem suas vestimentas e “voltem ao mundo”, por assim dizer. E isso ocorre porque, quando atingiram esse nível de consciência, percebem a beleza de todas as coisas e são compelidos a viver totalmente integrados a todas as belezas e maravilhas desta vida. A partir desse ponto, eles podem realmente “viver plenamente”, ao mesmo tempo em que não se apegam a nenhuma dessas coisas. Mantenha em mente que isso não significa parar de ter emoções. Ao contrário, essas emoções são bem-vindas e esperadas, e são plenamente experienciadas com atenção plena no momento do seu impacto. Mas esse é simplesmente o curso natural das coisas. Uma vez que essas emoções passam, porém, e quando não temos formações ou obstruções mentais para bloquear nosso caminho, um processo natural de cura passa a atuar, curando as feridas e permitindo que continuemos a viver em paz e alegria, ao invés de nos deixar arrastar para a escuridão.

Esforce-se para viver de modo livre, totalmente atento às maravilhas da vida e bem no meio dessas maravilhas, ao mesmo tempo em que se não apega a nenhuma delas. Fazer isso é vivenciar a maior alegria que a vida tem a nos oferecer.”

Publicado por Sióstio de Lapa
em 02/10/2017 às 23h59
 
01/10/2017 06h34
ORAÇÃO OUTUBRO 2017

            Senhor, meu Pai...

            Por que te peço tanto a sabedoria e energia necessárias para fazer a Tua vontade e não a minha, mas não consigo obter? Parece que continuo sempre a fazer o que é mais conveniente para mim, com pouca inteligência, com pouca energia?

            O tempo passa, vejo os caminhos que Tu colocas à minha disposição, caminhos certos e errados, que eu tenho que saber discernir com sabedoria, mas os meus instintos se adiantam e não sei se a Tua vontade continua em prioridade dentro de minhas ações.

            Este mês completarei 65 anos, entro oficialmente na terceira idade. Já estou na fase de decaimento no gráfico da vida, já desço a montanha da vitalidade, os hormônios caem, o vigor decresce, a memória falha... é a deterioração biológica provocada inevitavelmente pelo tempo... e a minha missão?

            Sei que já estou praticando algumas lições que absorvi do Mestre Jesus, que estou empenhado em fazer o que surge na minha consciência como a vontade do Pai, mas sei que estou ainda muito aquém do meu potencial, dos talentos que recebi de Deus.

Onde está a falha em tudo isso, Pai? Entendo que esteja em mim mesmo, por falta de sabedoria para discriminar com mais eficiência o certo do errado, das oportunidades que chegam; e falta de coragem para implementar aquelas que chegam ao meu consciente e que não encontro motivações ou energias para implementá-las. Não sei como fazer para resolver o problema, por isso peço Tua ajuda, meu Pai...

Mas, será que estou pedindo o que não devo? Será que não devo desenvolver minhas forças por mim mesmo? Então, Pai, só em ter em mim essa dúvida, isso é prova de ignorância daquilo que eu deveria saber. Sei que não posso me envergonhar disso, pois vejo nos livros sagrados o exemplo do filho do rei Davi, Salomão, ambos tão queridos pelo Senhor, demonstrando erros primários e falta de sabedoria, que foram perdoados e atendidos pelo Senhor.

Por isso, Pai, como em Justiça tem os casos de precedência que atendem às novas demandas parecidas, utilizo desse recurso para renovar o meu pedido a Vós: dai-me Sabedoria!  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/10/2017 às 06h34
 
30/09/2017 20h37
FALA DO GUARDIÃO

            Depois da fala de Mauá, ele cedeu a palavra a um dos guardiões escalados para falar. O homem corpulento, vestido de um traje que lembrava uma farda militar de gala, assumiu o lugar do antigo visconde e deu prosseguimento à apresentação do relatório de atividades dos guardiões após saudações sucintas.

            - Os resultados da metodologia de reeducação ou de impacto sobre os grupos-alvo de nossa intervenção, conforme descrito pelo amigo Mauá, serão sentidos e percebidos ao longo dos anos, caros companheiros, notadamente a partir de 2013 e de 2014, mas, principalmente de 2015 em diante, de acordo com o calendário local – principiou o guardião, adicionando a ressalva final por causa da presença extraterrestre.

            O ambiente pareceu se modificar por completo assim que o guardião assumiu a palavra. Em vez de uma simples projeção, como ocorria quando Mauá falava, agora imagens, sensações, emoções e cada detalhe de seu pensamento eram irradiados diretamente sobre a mente dos presentes. Todos percebiam cheiros, cores, temperatura; enfim, tinham a impressão de estar participando vividamente dos cenários e das situações que o agente de segurança planetária compunha e descrevia.

            - Nosso projeto inclui usar até mesmo certos partidários da oposição, aqueles rebeldes por natureza, que, embora sirvam às sombras, conservam alguma disposição boa em si. Para tanto, será necessário investir fortemente nesse pouco de bem, nesse 1% de vontade de acertar, ainda que sua intenção mais profunda seja outra. Quero dizer é que há contingente apreciável de agentes das trevas encastelados em Brasília, em Caracas e em outros locais, desde representantes do povo até empresários, passando pelos que vestem toga. Estes fazem papel duplo: dizem-se ser a favor da justiça, mas têm o passado tão comprometido que acabam por se vender, prestando um desserviço à nação onde atuam. Tentaremos acessar a consciência até mesmo desses homens e romper o cordão de isolamento mental instalado por seus manipuladores invisíveis. De alguma maneira, das trevas é preciso tirar ao menos uma réstia de luz.

            - E se, porventura, esses homens públicos usados pelos agentes do bem voltarem, depois, a servir às forças de oposição ao Cristo cósmico? – perguntou um dos seres de outros mundos, bastante preocupado com a situação terrena, tão logo pediu licença para interromper.

            - Todos responderão à justiça sideral, cada qual a seu tempo, conforme a lei divina que rege as escolhas e as consequências que eles acarretam. Contudo, é preciso considerar que espíritos da categoria de Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi e Chico Xavier, entre outros exemplos, dificilmente conseguirão comover, com seus discursos, homens imersos nas trevas mais profundas, absortos em pensamentos de corrupção, conquista de poder e satisfação das piores ambições. Refiro-me, sobretudo, aqueles que, voluntariamente, tornaram-se aliados dos senhores da escuridão, como são os casos de Chávez, Maduro, Fidel e Raul Castro, Silva e sua cria política, além de Cristina Kirchner, Evo Morales e outros sócios do plano de destruição que desencadearam contra os princípios que defendemos em nome do Cordeiro.

            Esses personagens todos, cada um representa uma das cabeças da hidra; metaforicamente, morre um, e nasce outro no lugar. Trata-se de uma figura mitológica que ilustra bem a seguinte realidade: o pensamento fundador do poder político antagônico a tudo que se chama de Deus e a tudo que sintetiza as ideias cristãs assume características diferentes de acordo com a região onde se alastra, mas manifesta invariavelmente a tenacidade de seu fundamentalismo político pseudorreligioso e de sua origem comum.

            Voltando ao ponto que motivou o questionamento, é importante esclarecer: para enfrentar pessoas do calibre daquelas que já se venderam e são largamente manipuladas por inteligências sombrias, não há como prescindir de quem está do mesmo lado do front que o adversário, porém tornou-se rival do grupo mais perigoso, ainda que em caráter temporário. Até porque os homens que se consideram impolutos e bem-resolvidos são “espiritualizados” demais, estão ocupados apenas rezando, combatendo entre si e contra nós próprios, pois a metodologia dos guardiões difere por completo do que estabeleceram como correto. Uma coisa é clara: nós não ficaremos sem atuar, omissos, só porque, em determinado meio, não há quem preencha os requisitos morais que muitos árbitros da realidade extrafísica julgam indispensáveis para que se aja em sintonia conosco. Na verdade, a política divina é muito mais misericordiosa do que muitos de seus porta-estandartes, pois ela não impõe barreiras à ação da justiça em razão de pudores e caprichos – o que, ademais, seria uma crueldade tremenda com quem se veria à mercê da injustiça.

            Assim sendo – e dirijo-me agora, principalmente, aos amigos guardiões -, vamos usar indivíduos que guardam características em comum com aqueles fantoches das sombras. Somente quem está no mesmo nível ou é daquela estirpe poderá fazer frente a homens com tamanho grau de corruptibilidade, dissimulação e frieza, exímios enganadores que são. Em paralelo, nossos agentes encarnados, projetados por meio do desdobramento, agirão lado a lado conosco a fim de enfrentarmos as forças opositoras, que farão de tudo para se agarrar ao poder indefinidamente.

            Certa tensão pairava no ar, mas os planos foram claramente delineados ali. Aos soldados do astral, não era dada muita margem para escrúpulos. Enfrentar as forças das trevas, tendo-se em vista a realidade terrena, exigia despir-se do receio de “sujar as mãos” – evidentemente, sem se comprometer nem perder de vista o objetivo. Em última análise, pautar-se por um idealismo utópico contribui para a proliferação do mal, e os guardiões tratam é de coibi-la.

            A política do anticristo fora descrita como a hidra de Lerna. À semelhança de um polvo gigante, seus tentáculos se alastravam pela América Latina e pelo mundo, tendo cada qual uma cabeça atuando em cada país, em cada região. A ação de muitos homens maus poderia resultar em bem quando eles disputassem entre si, como adversários em busca do poder. De modo análogo, cidadãos bons ou que se dizem do bem seriam plenamente capazes de ser úteis às forças e à filosofia do mal quando medissem com leviandade as consequências das bandeiras defendidas, quando relutassem em examinar as coisas com maior profundidade e em confrontar suas concepções com os postulados da política do Cordeiro. Era preciso se valer de pessoas mesmo de índole até certo ponto má, mas cujas ações pudessem redundar em benefício para o ser humano, tal era uma realidade inescapável. Além do mais, talvez o bem que os homens maus fariam, mesmo com intenções escusas, pudesse ser uma de suas últimas oportunidades de fazê-lo. Cabia lembrar o que ensina a política divina: “E, se alguém der mesmo que apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, (...) não perderá a sua recompensa.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/09/2017 às 20h37
 
29/09/2017 23h58
VISCONDE DE MAUÁ

            No livro “A Quadrilha – foro de São Paulo”, de Ângelo Inácio/Robson Pinheiro, existe um texto do Visconde de Mauá (Irineu Evangelista, conhecido como Barão de Mauá), referente a atual situação brasileira que merece ser reproduzido.

            Diante das investidas dos seres da escuridão, de suas artimanhas e dos estratagemas para disseminar a sua filosofia no mundo, os guardiões não se intimidam. Existe um plano em andamento, que nossos amigos da justiça e da segurança planetária desenvolveram para enfrentar os arquitetos da destruição de povos e nações. Abordaremos principalmente a América Latina, que é o foco de nossa reunião neste momento, caros representantes de outras terras do espaço – os espíritos ali, incluindo Mauá, conviviam boamente com a realidade dos seres das estrelas, de modo que a presença dessas inteligências do cosmo não era nada difícil de entender ou aceitar. – Antes, porém, faz-se necessário um esclarecimento, pois há aqui, conosco, espíritos da Terra corporificados, ainda que em processo de dissociação da personalidade, isto é, projetados em nossa dimensão. Refiro-me ao fato de que, neste conflito, não lidamos exclusivamente com seres humanos encarnados e com sua política. Convém que essa questão fique bem clara, senão corremos o risco de restringir o escopo da discussão ao aspecto estritamente terrestre ou material, que nada mais é do que mero reflexo ou consequência da política dos entes sombrios das dimensões próximas da Crosta.

            Considerando que grande parte dos seres que engendram a política no submundo terrestre veio das comunidades aqui representadas pelos visitantes das estrelas – falou, dirigindo-se aos seres do espaço -, entendemos seu interesse ao que concerne as estruturas de poder que hoje disputam lugar em nosso globo. De nossa parte, como sabemos que conhecem muito melhor a forma de pensar, a visão de mundo e a psicologia dos imigrantes de seus respectivos orbes, temos enorme necessidade de sua ajuda, mesmo no caso dos que vieram para a Terra há milênios. Isso ocorre porque, embora para nós este seja um período dilatado, para a maioria de vocês equivaleria a algumas de nossas semanas, devido a diferença no cômputo do tempo.

            Depois de uma breve pausa, talvez para que os presentes no pavilhão pudessem ver as imagens tridimensionais e holográficas transmitidas pelo sistema instalado pelos guardiões, Mauá continuou:

Estamos num imenso laboratório de dimensões globais. Aqui, tem-se feito um grande investimento nas experiências realizadas, as quais trazem os espíritos da Terra ao centro, mas envolvem todos aqueles que para aqui imigraram, de outras paragens siderais. Nessa perspectiva, o julgamento de certo ou errado perde importância; todavia, trabalhamos para assegurar que, no exercício do livre arbítrio, a criatura terrestre, entre atitudes e arbitrariedades, não ultrapasse o limite estabelecido pela lei soberana que tudo governa.

Nesse contexto, a política desenvolvida em nosso planeta, entendida como administração das nações, como exercício do governo, muitas vezes não corresponde a ações que redundem em progresso, ou seja, não concorre para o avanço das sociedades. Tal resultado se verifica até mesmo quando ela é defendida por parcela expressiva da população, apesar de haver, em regra, muita gente bem intencionada. Há muita coisa em jogo e demasiada disputa de poder por trás da política humana. Sobretudo os mais jovens, em todos os países, por não poderem contar com a memória histórica, conquanto muita gente mais vivida também a tenha, tendem a engajar-se nos movimentos que julgam, de forma quase inocente, ser capazes de solucionar os desafios da realidade contemporânea. No país ao qual permaneço vinculado até hoje, por força da tradição espiritual e dos compromissos do passado, o panorama que descrevo é patente.

Sendo assim, ante o avanço das forças das sombras, ante os processos graves de obsessão que dinamizam as relações entre encarnados e desencarnados – apesar de não serem percebidas pela maioria dos irmãos da dimensão física -, cabe formular certas perguntas. Tanto nossos agentes encarnados quanto os demais homens que esperam uma intervenção do Alto poderiam indagar: que têm feito os guardiões para deter o avanço dessa infecção que se alastra pelo organismo do Brasil e da Venezuela, em particular, e do mundo, de maneira geral? Quais ações os emissários da justiça têm preparado ou realizado visando interferir beneficamente, embora sem tomar partido, nas disputas políticas humanas, como os próprios homens fazem?

Neste nosso encontro, pretendemos deixar claro aos diletos amigos de vários sítios dimensionais aqui representados que não estamos de braços cruzados. Não obstante, convém lembrar aspectos da mais alta importância. Se, da parte das sombras, a intervenção reiteradamente despreza os limites da liberdade humana valendo-se de expedientes tais como a imposição, o constrangimento da vontade, a manipulação e até a mera insistência desrespeitosa, os guardiões, por outro lado, agem segundo parâmetros opostos e adotam conduta diferente daquela que, sintomaticamente, caracteriza as forças rebeldes à política do Cordeiro.

Respirando um pouco, de maneira a conceder um pequeno intervalo para a plateia avaliar o alcance de suas palavras, Mauá, em seguida, procurou sintetizar as ações dos guardiões. Objetivava traçar um panorama do que estava me curso nos bastidores da vida com i intuito de, na medida do possível, estabelecer o equilíbrio de forças no grande conflito a que o mundo terrestre assistia.

Recordemos, espíritos da Terra, principalmente aqueles com alguma espécie de ligação cultural ao cristianismo. Lembremo-nos de certas concepções e referências do livro “Apocalipse”, incluído no cânone sagrado dos cristãos, quando nos fala sobre os 144 mil eleitos, número que, naturalmente, tomaremos como figura de linguagem. Nunca, amigos, nunca os verdadeiramente bons, os eleitos para auxiliar na transformação do mundo foram apresentados como a maioria ou, nem sequer, em grande número. Geralmente, o responsável por grandes transformações é um núcleo pequeno, exatamente como sugere o texto: a ação decisiva de um grupo diminuto em relação ao restante do mundo. Apesar disso, muitos, de todas as nações da Terra, de todas as tribos, línguas e países do mundo são chamados constantemente a participar do processo de limpeza, de equilíbrio das forças do bem.

            Entretanto, não esperem deparar com pessoas irrepreensíveis, completamente “resolvidas” ou capazes de exibir um passado impoluto, tampouco um presente ilibado. Nada de se iludirem quanto à chance de encontrarem representantes isentos de erros. Não importa a área em que atuem – política, religião, ciências, negócios etc. -: sejam homens públicos, sejam cidadãos comuns; estejam em qualquer posição da escala socioeconômica e cultural. Quem poderia ostentar uma história pessoal inteiramente livre de máculas, desprovida de atos mesquinhos, de conluios que comprometeram o progresso ou de elos com ideias, políticas e atitudes das quais não se envergonhe ou se arrependa? Como consequência, os guardiões nunca esperam contar com quem não erra, com santos, com indivíduos honestíssimos em máximo grau ou com homens de bem que não tenham sombras internas a enfrentar e aspectos a superar no que tange aos comportamentos e à moral.

Dessa forma – acentuou suas palavras -, o objetivo dos emissários da justiça sideral não é selecionar pessoas irrepreensíveis; acima de tudo, buscam acentuar o lado bom de cada um, apelar às sementes um dia plantadas no coração dos homens que o mundo, frequentemente, considera maus. Partindo da premissa de que, segundo a visão espiritual, ninguém é somente mau ou somente bom, os guardiões investem nos homens mais comuns, naqueles que praticam erros, mas que, ao menos em certa medida, aspiram ao acerto. Dão ênfase ao lado bom e às tendências boas de quem queira agir corretamente, apesar dos enganos e dos tropeços que, porventura, cometa e a despeito do juízo que encarnados façam acerca do indivíduo em questão, tanto quanto da metodologia empregada pelos sentinelas. A palavra de ordem é realçar e estimular 100% dos recursos proveitosos que acharmos na alma humana, ainda que apenas um mínimo incipiente esteja disponível. Mesmo que, em dado momento, o sujeito tome atitudes equivocadas, aproveitaremos aquilo que oferece em matéria de intuição e de inclinações positivas, pouco importa se de caráter temporário, tão logo se mostre apto a ajudar e a impedir que o mal se alastre.

Quero encerrar discorrendo a respeito de uma providência especial que está em curso durante o tempo em que nos reunimos – enfatizou Mauá enquanto indicava as imagens que exibiam espíritos familiares e anjos de guarda recrutados por sentinelas do bem para atuarem sobre seus tutelados vivendo no plano físico.

Temos promovido a reaproximação de espíritos familiares e de espíritos comuns com os ocupantes de cargos na política e nas esferas do poder, durante o sono destes, desde que, algum dia, tenham exercido influência positiva sobre tais encarnados, que lhes são caros. Governantes e ditadores, autoridades e poderosos que incitam ou praticam atos de corrupção, em todos os âmbitos da vida humana; pessoas comuns que exercem cargos públicos; líderes que detêm uma posição de destaque em qualquer comunidade, grupo social, partido político, movimento social e todo tipo de instituição; indivíduos dotados de carisma e, portanto, capazes de persuadir grande número de pessoas. Se o papel desempenhado por tais cidadãos apresenta qualquer possibilidade de regeneração e de renovação, lá estão os sentinelas do bem a lhes envolverem.

Numa operação complexa e ambiciosa, em grau ainda mais alto do que já sucede naturalmente no cotidiano dos terráqueos, vemos os guardiões em ação – nesse caso, aliás, com o predomínio das guardiãs -, convocando familiares, pais, avós e amigos de confiança daqueles cuja função acarreta impacto sobre as massas. A partir de então, esses encontros, reencontros e sessões reeducativas, realizadas ao longo do sono dos encarnados em foco, têm por objetivo acentuar as inspirações positivas não apenas por meio da persuasão. Ao empregarem também forte componente emotivo e emocional, levando em conta o papel importante da ascendência moral, os eventos deixam a impressão necessária para que, em vigília, a memória de cada um induza a se porem em prática as recomendações discutidas. Esse trabalho tem crescido largamente nos últimos cinco anos, embora não haja grandes expectativas quanto aos resultados em curto prazo, pois não convém alimentar ilusões a respeito do comportamento humano.

Trata-se, sobretudo, de uma obra de semeadura e perseverança. Estimulamos os encarnados a se manifestarem no tempo apropriado; conversamos com eles, procurando mostrar as implicações de suas atitudes na vida social da nação, mas também no contexto da própria vida espiritual, cm ênfase nas consequências que as escolhas pessoais acarretam ao longo do tempo, numa espécie de projeção futura a partir do que decidem fazer no presente.

No Brasil, por exemplo, as guardiãs têm promovido encontros dessa espécie com magistrados das cortes superiores e demais agentes do Poder Judiciário, além de procuradores, que, antes de serem autoridades, como sabemos, são gente como outra qualquer, são espíritos imortais. No Executivo e no Legislativo, governadores, deputados, senadores, ministros, e até secretários de estado, conquanto ofereçam o mínimo de abertura, independentemente de suas inclinações político-partidárias, tornam-se alvos preferenciais da operação neste momento. Afinal, é hora de explorar o máximo do potencial, instigar ao máximo a vontade de ajudar a transformar, elementos latentes em boa parte das pessoas, porém ofuscado pelo Maya, a grande ilusão da vida física, e pelas teias da corrupção e do poder mais tentadoras em certos segmentos da sociedade. 

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 29/09/2017 às 23h58
 
28/09/2017 11h19
ALCOÓLICOS ANÔNIMOS E ESPIRITUALIDADE

            Um dos principais pilares do tratamento proposto em Alcoólicos Anônimos está dentro dos 12 passos. Entre esses passos, podemos citar o segundo como um apoio que pode estar presente em qualquer momento da vida do alcoólico: Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.

            O alcoólico está doente de uma das maiores funções mentais superiores, a Vontade. No desenvolvimento da doença, é criada a necessidade orgânica e psicológica do uso do álcool. Essa necessidade se expressa nas funções mentais como desejo pelo consumo do álcool, às vezes tão forte que caracteriza a compulsão.

            A pessoa percebe que sua vida está ingovernável, se guia pelos desejos, pela compulsão, pela obsessão mental. Isso leva a condição de desespero, por perceber que tudo está sendo destruído ao seu redor: família, trabalho, amigos, biologia, moral...

            Alguns se recusam a acreditar em Deus, outros não conseguem acreditar e ainda outros acreditam na existência de Deus, mas de forma alguma confiam que Ele possa realizar este milagre da sua recuperação. Sentem que estão no fundo do poço, sem saída, mas não encontram uma solução.

Nesse estágio, mesmo a pessoa tendo decidido não mais beber, o desejo sempre vence a vontade e a recaída se torna uma frequente. Essa sensação de impotência que o alcoólico passa a perceber, de não dominar a sua vida através do exercício do livre arbítrio e da vontade, pode levar ao suicídio, e estudos mostram que até 18% podem ter essa causa.

            O desenvolvimento da fé em um Poder Superior, qualquer que seja o nome que seja dado de acordo com tal ou qual religião, tem o potencial de devolver o controle da Vontade ao alcoólico, que significa devolver a sanidade, aplacar a obsessão.

            Esta é a importância deste passo, fazer o alcoólico sentir a existência do Poder Superior em sua vida, que Ele está presente em qualquer momento ou circunstâncias, que pode senti-Lo na Natureza ou no relacionamento com o próximo, e que Ele pode ajudá-lo no controle da vontade, na restituição da sanidade mental.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/09/2017 às 11h19
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