Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/02/2017 01h03
MENSAGEM DE ANTARES

            Esta mensagem que reproduzo aqui e se encontra na “rede”, foi recebida na Casa da Luz em 11-01-17 com o remetente indicando que vinha de Antares, a estrela mais brilhante da constelação de Escorpião e era considerada uma das “guardiãs” do céu, segundo os persas.

            Venho de Antares para lhes comunicar que as conjunções astrais/galácticas estão favoráveis a seu planeta.

            A sombra que vem gerando escuridão será dissolvida muito em breve.

            O polo negativo, por mais que não seja aparente a vocês humanos, está sendo revertido para o positivo com muita rapidez.

            Grandes transformações estão por vir e vocês serão muito beneficiados com elas.

            Mudanças estruturais serão realizadas e seu planeta se alinhará e tomará o rumo que lhe foi destinado.

            Muitos desencarnes em massa ocorrerão este ano, pois com a mudança energética, ficarão neste plano os seres que vibram a positividade necessária para sustentar a nova frequência.

            Não se abatam com o sofrimento que os desencarnes em massa geram, pois como sabem, vocês tem uma visão limitada do plano divino, enxergam só uma pequena fração dos fenômenos que ocorrem no universo.

            A ajuda está sempre à postos pra amparar os desencarnados que fazem a passagem nestes momentos de transição. Como sabem, aquilo que às vezes é encarado por vocês como algo ruim, como a morte, por exemplo, pode, na realidade, representar uma libertação e mudança de patamar.

            Ter a noção de que vocês devem colocar as coisas em perspectiva, levando-se em conta que vocês não enxergam o todo, lhes ajudará a não sentir o sofrimento que a maioria dos humanos sente. Enxergar o seu pequeno tamanho lhes dará humildade para confiar no plano superior, mesmo que vocês não o entendam. Continuem o seu trabalho de expansão da luz e de acordar aqueles que ainda estão dormindo.

            As mensagens devem ser repassadas a todos aqueles que vocês achem que precisa ouvi-las. O trabalho de espalhar o bem e a luz está sempre nas mãos de vocês, nunca se esqueçam disso. Não se acanhem, não tenham medo, não duvidem. Vocês estão à altura da tarefa, por isso estão fazendo o trabalho. Como já foi dito a vocês, ninguém recebe fardo maior do que aquele que pode suportar. Trabalhem de forma incessante e séria. As recompensas para o planeta e raça humana estão guardadas para serem entregues no momento oportuno.

            Fiquem como sempre na paz e na certeza de que o plano divino será cumprido e que vocês são importantes trabalhadores e canais para que isso aconteça.

            Um fraterno abraço de seus irmãos de Antares.

            --------

            Acordem para o futuro, ele já está aqui.

            Como vocês já foram avisados diversas vezes, as mudanças já estão em andamento e elas serão acentuadas no decorrer deste ano. Mais do que nunca, a fé robusta, como disse a irmã, será necessária.

            O mundo precisará muito de uma corrente positiva e voltada para as mudanças para melhor.

            O desespero e a desilusão não tem mais espaço.

            Está na hora dos que ainda tem dúvidas, transformarem as suas mentes e corações para ostentar uma fé robusta e inequívoca de que o melhor é o futuro do planeta.

            O combate a negatividade e aos representantes da baixa energia deve ser o foco de cada indivíduo. Lembrem-se de que vocês não estão sozinhos nesta luta, estamos e estaremos sempre ao seu lado e os guiando quando for necessário. Permaneçam na paz.

            Um fraterno abraço aos irmãos desta casa.  

            Uma mensagem de otimismo e de motivação para a implementação no trabalho do Bem para superar o avanço do Mal. Lembrando que temos uma destinação divina e que não podemos nos perder em desvios egoístas.

            Fico mais motivado em implementar o trabalho cristão que já realizado, apesar dos cuidados extras que deverei ter.

            É uma mensagem mais condizente com os dias atuais, pois aceita a invasão das sombras e que necessitamos potencializar a nossa luz para fazermos o contraponto.

            Mesmo assim, vai no caminho oposto do que meus instintos defendem, de me armar suficientemente para atacar o mal com a autodefesa, mesmo que isso destrua o meu opressor. Mas vou raciocinar na sintonia com luz e ver se é possível eu me manter pacífico frente a uma condição selvagem, onde em cada esquina pode estar de tocaia uma fera, que não posso sair de casa para embarcar no meu carro em segurança, pois de repente pode surgir alguém que me rende e faz comigo o que queira.

            Tempos difíceis, principalmente os cristãos, que devem amar a si próprios com prioridade, para poder amar ao próximo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/02/2017 às 01h03
 
17/02/2017 00h53
SATHYA SAI BABA

            O mundo espiritual também se manifesta nestes tempos difíceis que estamos vivendo, onde nossa civilização encontra a barbárie, que ficamos colocados dentro da selva de Pedra. Reproduzo abaixo um comentário de Sathya Sai Baba que circula na internet:

            Não há maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora. Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar por uma lâmpada de 100W, verá uma desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que havia no local.

            A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que leem estas afirmações as considerem loucura.

            Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.

            A nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.

            Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não veem uma doença que possa ser diagnosticada. Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos, angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora está sendo visto para ser limpo.

            Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem, assistam TV. Não imagine que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.

            Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específico – apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.

            Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade; assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento da violência irracional nos últimos anos.

            Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.

            Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo.

Que estes acontecimentos não o deixem assustado, por não saber do que se trata.   

            Como o autor estava prevendo, fiquei confuso com essa afirmativa de que o aumento de luz provoca a melhor percepção do mal que já existia entre nós. Parece que esse mal que exista em potencial, de repente se manifesta de forma grosseira, e isso não significa uma evolução espiritual que esteja ocorrendo entre nós. Pode ser que nós tenhamos assim a consciência do mal que todos nós possuímos dentro de nós, e em alguns com maior intensidade do que outros. Não é a questão de maior luz entre nós que nos habilitou para essa percepção. O medo que pode nos roubar o sono, porque determinada fera humana pode invadir a minha casa, me pegar desarmado e fazer como queira as suas atrocidades, não irá ser afastada essa possibilidade com a simples leitura de um livro. O meu instinto de preservação começa a forçar a minha consciência de que eu devo tomar providências para a minha proteção, e isso me aproximam cada vez mais da fera que eu quero evitar. Por mais luz que o Cristo jogou sobre nós há mais de 2000 anos, mesmo assim os instintos perversos de muitos ao nosso lado, continuam a se mostrar absolutos.

            Aceito que cada um de nós pode escolher a realidade na qual viver, mas corremos um sério risco de perder a nossa capacidade de sucesso reprodutivo, se escolhermos ser cordeirinhos no meio de tantas feras. Parece que quanto mais luz nós tenhamos para oferecer, mais visíveis e frágeis apareceremos para essa sanha assassina. É o que temos visto com ataques violentos em templos religiosos, com o sacrifício inocente de seus pastores.

            Parece mais que uma onda de sombras esteja nos atingindo do que uma onda de luz. Portanto sou tentado a discordar do excelso Mestre quando ele diz que isso que ocorre agora entre nós não é maldade. Talvez ele esteja pensando em outro contexto.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/02/2017 às 00h53
 
15/02/2017 11h12
NA SELVA: UM DILEMA CRISTÃO

            Eu não irei para uma selva infestada de feras. Precisaria ir armado para me defender de um muito provável ataque, mas não tenho nenhum interesse em mata-las. Se quero vê-las de mais perto, eu contrataria um guia motorizado para entrar em locais com a segurança de não ser atacado.

            Mas, quando se trata da selva de pedra, onde tenho minha residência e as feras são tão inteligentes quando eu, que usam armas modernas civilizadas e crueldade animal, eu, enquanto cristão, desarmado, e preparado para dar a outra face, a dar o resto dos meus bens quando assaltado, a caminhar mais uma milha quando obrigado a caminhar uma, fico numa posição parecida com aquela dos primeiros cristãos, quando iam para o circo romano para serem queimados ou trucidados pelas feras, sem reação, cantando louvores ao Pai.

            Será que eu tenho a coragem de fazer isso? A tendência é que eu me proteja dentro e fora de casa, que adquira até uma arma para me defender e defender minha família. Mas, o assaltante, assassino, também não faz parte da minha família universal? Não quero ser filho de Deus, reconhecido por querer fazer Sua vontade? Como penso em destruir meu irmão, mesmo que seja em legítima defesa?

            Esta é uma situação que abre perspectiva para uma profunda reflexão. Seguindo a lógica, a coerência dos meus interesses pessoais com a Vontade de Deus, qual o caminho mais correto que eu deverei escolher? Seguir literalmente os exemplos dos primeiros cristãos e ser mais um cordeirinho pronto para ser sacrificado em nome de Deus, em nome da fé? Ou me armar e proteger a minha individualidade, a sobrevivência do meu corpo, mesmo que para isso eu tenha que matar o assassino que também quer me matar?

            Na primeira hipótese, eu serei sacrificado e deixarei a minha família sem a minha ajuda, o meu apoio, a minha proteção. Se todos seguirem a minha orientação, também serão mais cordeirinhos prontos para o abate. Alimentaremos as feras sanguinárias, cruéis. Deixaremos apenas o exemplo cristão para os que ficarem. Não seria uma espécie de suicídio? As feras irão se converter com esses exemplos?

            Na segunda hipótese, eu defenderia minha vida até o extremo de ter que matar o meu agressor em legítima defesa. Estaria preservando a minha vida, cuidando da vitalidade do meu corpo, da mesma forma que eu faço quando evito o uso de drogas ou qualquer excesso que prejudique minha saúde. Não estaria facilitando a morte do meu corpo, mesmo involuntariamente, e ser considerado um suicida como sabemos que acontece essa interpretação no mundo espiritual. Esse assassino que dessa forma foi eliminado por mim, não iria ameaçar mais ninguém, eu teria feito uma caridade indireta a alguém, estaria dentro dos critérios do Amor Incondicional.

            Este é o clímax dessa reflexão: como devo me comportar como praticante do Amor Incondicional? Devo ter o mesmo comportamento com a fera da selva de pedra, com minha família, com os cordeirinhos, comigo mesmo?

            Vou recorrer à principal lição que Jesus nos deixou e que resume toda a lei: “Amar a Deus sobre todas coisas e amar ao próximo como a si mesmo”. A primeira parte se refere ao amor divino ao qual procuro ser fiel e cada vez mais eficiente; a segunda parte se refere ao amor dentro dos relacionamentos, e antes de amar ao próximo eu tenho que amar a mim mesmo. Este é um ponto que parece levar ao egoísmo, mas a sabedoria da lição está no fato de que tenho que respeitar e amar ao meu espírito e ao corpo que o abriga nesta atual vivência. É o meu corpo instrumentalizado pelo meu espírito, que segundo o meu livre arbítrio, a minha vontade, irá tentar fazer a vontade de Deus, ser instrumento do Pai. Então, se um assassino, movido pelo egoísmo, está decidido a acabar com a minha vida corporal, eu terei que me submeter e deixar isso acontecer? Interromper minha trajetória de obedecer à vontade de Deus? Será a vontade de Deus que eu seja trucidado pelas feras para servir de exemplo cristão? Mas o Cristo falou que eu devo amar com prioridade a mim mesmo para poder amar ao próximo. Portanto, a minha dúvida deve ser dissipada pela lição que o Mestre deixou, pois Ele foi o enviado de Deus, especial, para nos deixar essas lições.

            Conclusão, como cristão, devo preservar minha vida com prioridade para poder servir à vontade do Senhor, e se uma fera quiser me destruir, e se não houver outra alternativa pacífica, tenho que a destruir.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/02/2017 às 11h12
 
14/02/2017 01h00
SELVA DE PEDRA

            Como estamos vivendo dentro de uma Selva de Pedra, desarmados, e cheia de feras inteligentes, predatórias, encontrei na net um texto com uma série de cuidados que cada cidadão deve ter para preservar os seus bens e sua vida, que considero importante reproduzir:

            Saindo aqui de uma palestra no prédio sobre segurança urbana para um indivíduo desarmado, apresentada por um agente da polícia federal, aprendi bastante e gostaria de compartilhar com vocês... Hoje Fortaleza tem 10 homicídios/dia. As estatísticas mostram que para sobrevivermos, 90% é prevenção, 5% é reação e 5% é sorte. Então vamos lá...

  1. Fumê/insufilm é questão de segurança pessoal (se o bandido não sabe o que se passa dentro do carro, ele pensa duas vezes em abordá-lo);
  2. Observar sempre quando tiver em baixa velocidade e for parar. Por exemplo, em semáforo. Parar longe para ter espaço e tempo pra acelerar se acontecer algo suspeito ou ter tempo para pensar em alguma reação. Tá vendo que o sinal vai fechar, fique lá atrás se preparando. Os primeiros são os primeiros alvos;
  3. Uso de celular dentro do carro pra ver FB/WA é pedir para ser assaltado. Se for ser abordado ainda leva um susto e tem chance de morrer;
  4. Ao chegar em casa sempre esperar no meio da rua em paralelo ao portão até abrir completo para entrar, para ter zona de escape;
  5. Em troca de tiros não é para deitar no chão. Um tiro no chão à 20 graus a bala segue rente ao chão. Deve buscar abrigo, ficar de cócoras. Se tiver algum objeto disponível, mesmo que a bala o atravesse o utilize para o impacto da bala em você;
  6. O bandido sempre faz a seleção da vítima mais fácil;
  7. Caminhando na rua de encontro a alguém suspeito, dar meia volta, correr e gritar hahahaha, kkkkkkkkk. Isso mesmo. Se de carro e conseguir retorno, volte, não se arrisque;
  8. Nunca ficar em um carro estacionado! Nunca!
  9. Não deixe nada dentro do carro estacionado, à vista. Deixe no porta-malas;
  10. Se o carro tiver uma pane, tranque-o e abandone-o. pode inclusive esconder-se a uma certa distância. Lembre-se: carro não é abrigo, é um alvo;
  11. Observar se alguém lhe observa, da sua rotina do dia a dia;
  12. Não ponha adesivos de identificação no carro;
  13. Entrou no carro estacionado em qualquer lugar? Saia imediatamente. Depois põe cinto, pega algo, batom, arruma as crianças, etc. em lugar seguro;
  14. Se alguém lhe segue de carro não dê abertura lateral para o carro lhe ultrapassar. Se você está à frente quem dar a direção é você. Se deixar ele passar ele lhe tranca e assalta.
  15. Se for abordado peça calma somente uma vez e mantenha-se o mais calmo que conseguir;
  16. Evite dar bobeira. Estar em lugares estranhos em horários inadequados. Sacar dinheiro à noite em bancos, etc. Se puder deixar para depois, não se exponha achando que não acontece com você!
  17. Se tiver que levar um tiro, que seja no meio da rua ou no estacionamento. Melhor do que num lugar deserto porque eles vão nos matar. Se quiser ir ao banco, vai. Se de lá quiser ir pra outro canto pense em reação!!! Decisão de reação é bastante pessoal e somente nessa ocasião!
  18. Se o bandido quiser alguma coisa avise que vai pegar. Com movimentos leves, pegue e dê. Não deixe ele pensar em entrar no seu carro nem mande ele pegar nada. Obedeça;
  19. Olhar nos olhos pra sentir se o cara estar drogado, mas não encarar. Se sentir que está, cuidado redobrado, o risco é muito maior;
  20. Reparar sempre nas mãos; e
  21. Deixem de ser curiosos. Viu alguma coisa suspeita? Vá embora!!!

Bom final de semana! E cuidado! Vivemos na selva! Isto mesmo!

Observação: estas DICAS DE SEGURANÇA começaram a circular aqui em Salvador. Como em todo lugar, se vive em meio a bandidagem, mesmo disso e deles querendo a maior distância. ENVIO E PEÇO QUE REPASSE. Muito obrigada!

            Não poderia ficar mais clara a nossa condição de estarmos vivendo na selva, cercado de feras por todos os lados. Não podemos desconsiderar essas dicas como se nada fosse acontecer conosco. Somos os cordeirinhos dentro dessa selva, desarmados, bem ou mal nutridos, mas prontos para sermos predados. Precisamos, nós, cordeirinhos, sermos solidários uns com os outros, como a amiga que enviou as dicas. Nossos amigos espirituais também podem nos ajudar, mas não devemos deixar de fazer a nossa parte.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/02/2017 às 01h00
 
13/02/2017 11h22
BEM VINDO À SELVA

            Li um texto do jornalista Alexandre Garcia sobre o caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, disponível na net com o título: “Espírito Santo nada”, que me inspirou fazer este diário, neste fatídico dia 13, associado ao azar e que lembra o partido que facilitou toda essa confusão e violência que estamos vivendo. O texto é o seguinte:

            As imagens dos saques no Espírito Santo, praticados por bandidos ainda não profissionais, chocam mas não surpreendem. Não precisa ser adivinho para perceber que acabaríamos assim, sem lei e sem ordem. Fica bem claro que aqueles ladrões são os que elegem seus semelhantes ladrões. Hipócritas que chamam os políticos de ladrões quando eles próprios, eleitores, são os ladrões primeiros a continuar, pelo exemplo aos filhos, a formar gerações de ladrões que só se contém quando a polícia está de olho. Sem polícia, eles soltam sua selvageria latente, essa mesma já saída de pais que nunca disseram não, jovens que foram formados na permissividade preguiçosa de pais e mães – adultos com a irresponsável e infantil paternidade carente de amor dos filhos e não exigente de respeito.

            Cruel e já espalhada pelo país tropical, essa selvageria saqueia ônibus e caminhões tombados nas estradas, ainda com feridos à espera de socorro. Falar em respeito aos mortos, em respeito à lei, em respeito à ordem, em direito dos outros é recebido hoje como uma bobagem anacrônica. Gerações que foram educadas sem limites para as liberdades, tendo como objetivo o prazer e a satisfação dos desejos de consumo – seja um tênis, um boné ou um carro, um relógio. Para isso, vale tudo, já que o ego é o centro do mundo. Não há limites na lei ou no direito alheio para a realização de suas ficções. E a mídia mostra que a estética é um valor superior à ética.

            Viver virou apenas um jogo. “Perdeu” – comemora o assaltante ao arrancar o celular de alguém. O governo tirou o direito de defesa e não defende ninguém. O vale-tudo nos transforma numa bagunça e que já nos acostumamos, no trânsito, no lixo, no mau cheiro, na corrupção, nos impostos sem serviços, nas escolas abandonadas, nos professores malformados, nos profissionais-amadores, no improviso, na falta de planejamento, no descumprimento de horário, na palavra descumprida, na banalização de 160 homicídios por dia e quase outro tanto de matança no trânsito. Perdemos todos. E começou em casa, como já demonstrei no artigo anterior.

            Vi também o povo aplaudindo o Batalhão de Infantaria saindo do quartel em socorro aos cidadãos ilhados em suas casas. Já havia visto isso em 1964, com ainda mais aplausos, mas aquela solução não é a de hoje. Hoje vai ser preciso convencer as pessoas de que agir dentro da lei e da ética é a melhor é a melhor forma de viver bem, em segurança, com direitos garantidos. Não é utopia. Ali no Uruguai ou no Chile é assim; não precisamos ir para o hemisfério norte. A vida fica fácil dentro da lei e da ordem. O que acontece no Espírito Santo já nem é mais um alerta, porque já passamos do ponto de retorno. Agora vai demorar gerações, até que se recupere a família que foi jogada na sarjeta.

            Esta frase que coloquei em negrito é o que justiça o título deste meu texto. Já passamos do ponto de retorno, da civilização para a selva. Agora, vamos refletir um pouco. Caso parecido aconteceu em 1964, como o autor lembra, sob os aplausos do povo. Mas diz que aquela solução não é a de hoje. Diz que vai ser preciso convencer as pessoas de que agir dentro da lei e da ética é a melhor forma de viver bem. Concordo, mas se já vivemos dentro da selva, com as escolas destroçadas materialmente e cooptadas ideologicamente, com nossos dirigentes sendo eleitos democraticamente pela massa selvagem, que desde o ato de votar já exige privilégios e que são atendidos antes ou depois do mandato ser alcançado por um selvagem igual a ela, mesmo que de colarinho branco, como isso vai ser possível? Eu me considero um pacifista, cristão, filho de Deus. Nunca usei armas nem dentro nem fora de casa. Mas hoje me sinto como um cordeirinho andando por essa selva de pedra, observado pelas feras em cada esquina, sem nada para me defender. Afinal, quando vamos para a selva real, não levamos algum tipo de arma para nos proteger das feras? E o que diferencia as feras da selva real, das feras da selva de pedra? Apenas a inteligência mais sofisticada, e isso as torna mais perigosas que as feras da selva real. Agora, eu penso seriamente em sair da minha casa fortificada com cerca elétrica, câmeras, grades e cães, no meu carro, blindado e com película, e com “uma arma ao meu alcance”. Irei dirigir controlando o fechamento do sinal para não ficar com o carro parado e incapaz de uma fuga rápida. Sou agora um cidadão que luta pela sobrevivência em dois planos, um no trabalho para garantir minhas necessidades e da minha família, e noutro na atenção e prudência para eu não perder a própria vida por uma emboscada da fera da selva de pedra.

            Sinto que se eu permanecer nessa situação, a tendência é que eu me torne uma fera também, capaz de matar o meu semelhante, mesmo que seja em legítima defesa. Os pastores, juízes ou parlamentares não conseguem trazer de volta a civilização. Não seria plausível tentar de novo com os militares? Trocar a volta da minha segurança pelo direito de votar? Eu não me incomodaria, pois sinto que o meu voto até agora está alimentando a selvageria. Prefiro ser um cordeirinho guardado pela força das armas, do que ser mais uma fera na selva de pedra.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 13/02/2017 às 11h22
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