Desde que eu mudei meus paradigmas comportamentais e elegi o Amor Incondicional como lei maior na minha vida, usando a bússola comportamental que o Cristo ensinou, de fazer ao próximo aquilo que desejo ser feito comigo, me transformei num tipo de carrasco que leva sofrimento psicológico intenso as pessoas que aceitam a minha convivência e intimidade. Chegam a dizer que eu posso ser um ótimo pai ou filho, mas um péssimo marido. Concordo com elas, e por isso não aceito a condição de marido, de ser casado com quem quer que seja.
A primeira e única mulher que foi vítima deste meu comportamento, foi a minha primeira esposa, pois ela não sabia no que eu ia me transformar. Confessei a ela o que tinha acontecido com a minha consciência, ela tentou ainda conviver comigo, mas não conseguiu seguir junto até o fim de nossas vidas, como era a proposta inicial.
Depois disso, qualquer mulher que se aproximava e que tinha o potencial de intimidades sexuais que poderia partir para uma convivência, eu dizia antecipadamente todo o meu perfil psicológico e comportamental atual. E que não poderia mudar em favor de ninguém, pois eu considerava isso como um compromisso meu com Deus, e assim estaria acima de qualquer outro interesse.
Houve ainda uma segunda tentativa com o casamento, com uma pessoa que sabia dos meus paradigmas atuais. Tentou e também desistiu, me expulsou de casa com violência, apesar de toda a minha honestidade em falar tudo que acontecia comigo, e que estava disposto a sair de casa na harmonia, se assim ela decidisse. Mas, preferiu se sentir traída, junto com o nosso filho, e tomou essa atitude violenta e desarmônica no final.
Percebi que o casamento não poderia entrar mais nas perspectivas de meus futuros relacionamentos, mesmo que a pessoa dissesse que aceitaria os meus paradigmas.
Estou convivendo com outra pessoa que, da mesma forma, conhece tudo sobre mim. Fiz questão de explicar a forma completa do meu pensamento e que não haveria possibilidade de mudança de nenhuma maneira, desde o início. Mesmo assim, pela força da paixão, ela decidiu enfrentar as dificuldades da convivência, e imaginar que a fase de envelhecimento que estou entrando iria destruir a força dos instintos que motivam para liberdade de agir dentro do amor inclusivo, com todas aquelas mulheres que sintonizam e não tragam prejuízo para a lei do amor incondicional, pelo contrário, a favoreça. Nem a União Estável, uma condição jurídica fora do casamento que ela deseja alcançar, eu posso concordar, pois não vejo nela uma estabilidade emocional com os fatos da minha vida, que ela já conhece. A cada fato de meu relacionamento íntimo com outra pessoa é motivo para grande sofrimento, quebra da harmonia e que ameaça a continuidade da nossa convivência.
Neste contexto, a única forma de manter a convivência com o mínimo de estresse e que não ameasse a harmonia no relacionamento, é transformar o relacionamento em amizade ao invés de conjugal. Acredito que fazendo esse ajuste com honestidade, me vendo como um amigo na convivência, atenue suficientemente o sentimento de “traição” que possa sentir quando souber do meu envolvimento com outras mulheres. Talvez assim consigamos alcançar a estabilidade emocional que justifique a União Estável que ela tanto deseja. O problema é: será que ela tem condições psicológicas de conviver comigo como amigo... ou pai, devido a diferença de nossas idades?
Da minha parte não sentirei dificuldades maiores com esse ajuste, pois minha intenção, dentro dos meus paradigmas, é fazer feliz e harmônica a pessoa próxima de mim, e quem estará mais próxima de mim, além de mim mesmo, que a minha companheira?
Mas, tudo está na permissão de Deus que aponta os caminhos ao nosso alcance e nós devemos escolher aquele mais apropriado para nos sentirmos harmônicos e principalmente, sentir que está fazendo a Sua vontade.
Neste dia que fui correr na praia a maré estava baixa. Quando estava chegando na proximidade do Forte dos Reis Magos, uma das principais atrações turísticas de Natal, minha cidade, encontrei vindo em minha direção uma pessoa caminhando sozinha, sem camisa, meio desconfiado. Ao passar por mim, imaginei que poderia ser um assaltante e me pegar pelas costas e anunciar o assalto com olho no meu relógio. Não é uma peça valiosa, mas quem sabe o que passa na cabeça de quem tem más intenções?
O que eu faria se tal acontecesse? Fiquei imaginando... eu poderia me virar rapidamente e de surpresa para ele e conseguir desarma-lo. Isso é, se ele tivesse alguma arma consigo, talvez uma faca. Arma de fogo não teria, pois eu teria notado, já que ele caminhava somente de calção.
Esta foi minha ação de coragem dentro da imaginação. Não é que isso seja de todo inócuo, não cause nenhum efeito fisiológico ou emocional. Fica sempre a preocupação do que é imaginado se tornar realidade. Observei até mesmo um policial gorducho que talvez prestasse serviço no Forte, a se aproximar das pedras que contém o mar. Bem que ele poderia atuar num possível combate com o possível assaltante. E talvez ele confundisse quem seria o autor do ataque, pois talvez só percebesse a minha reação de defesa, e partisse em defesa do “assaltante”.
Fui correndo até perto do muro do Forte e fiz o retorno ainda correndo indo dessa vez na proximidade dos manguezais. Foi aí que surgiu na minha imaginação o segundo ato desse meu dia de corrida. Vinha em minha direção outra pessoa, esta bem mais nutrida que a primeira, um corpo de que frequenta academia. Vinha também de calção e a camisa sobre o ombro. Na minha imaginação veio novamente a cena do assalto, que é o crime mais comum, principalmente em quem corre sozinho na praia com um relógio no pulso. Dessa vez, a estratégia de surpreender o possível segundo assaltante com uma virada brusca do corpo não daria certo, pois este tem um físico maior que o meu. Caso ele fosse um assaltante e disposto a trabalhar neste horário, eu estaria frito. Mas notei no seu jeito de caminhar e olhar, não um aspecto desconfiado, ameaçador. Este caminhava com certa displicência, olhando a natureza e jogando a camisa de um lado ao outro sobre os ombros. Não percebi ameaça, pelo contrário, era um ar amistoso, quase sorridente. Pela forma de andar associei ao sexo feminino e, portanto, poderia ser um homossexual a procura de algum parceiro. Bem que eu não sou nenhum modelo masculino de despertar tanto desejo carnal, mas quem está na carência talvez não possa escolher demasiado. Enquanto eu cruzava com ele, o medo de sofrer um ataque em busca de um bem material mudou. Agora passei a temer por um assédio mais vigoroso a minha integridade moral. Pior é que, quando o primeiro suspeito ficou para trás, surgiram outros dois à minha frente, com o mesmo perfil homossexual. Minha imaginação se recusava a entrar em sintonia com outras formas de pensamento, de realização construtiva em outras áreas de oportunidades. Teimava em ficar circulando em várias formas de sedução que eu poderia ser abusado por homossexuais, por pessoas que eu não tinha o menor interesse ou desejo sexual, que parecia habitar com tanta desenvoltura e quantidade naquela praia.
Deixo aqui esta crônica com pitadas de humor escrachado, já que não posso classifica-lo em humor negro. Agradeço a minha imaginação por não ter entrado por caminhos abstratos mais doloridos para a consciência.
O Espírito da Verdade, representando a Santíssima Trindade, já chegou, conforme o previsto por Jesus no Evangelho de João, 16,12-15: “Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu para vos anunciar. Tudo que o Pai tem é meu. Por isso, eu vos disse que ele receberá do que é meu para vos anunciar.”
Um só Deus em três pessoas é uma forma didática de apresentar os atributos do Criador: Pai de toda a criação; Filho que pode se manifestar encarnado em qualquer pessoa sintonizada com o Divino e que consegue fazer a vontade do Pai mesmo com o sacrifício da própria carne, sofrendo dores no lugar do prazer, como demonstrou Jesus; e na condição de Espírito na sua forma mais pura, Espírito da Verdade.
Quando o fenômeno das “mesas girantes” chamara a atenção de todo o mundo, os próprios espíritos que o promovia responderam a Allan Kardec (O Livro dos Espíritos) sobre as verdades do mundo espiritual. Entre esses espíritos estava o Espírito da Verdade, como coordenador. Podemos assim confirmar a sua vinda pela nossa capacidade de raciocínio, lógica e coerência, evitando dogmas e preconceitos.
O nosso principal instrumento hoje, a fé raciocinada, é o mecanismo que nos habilita com mais firmeza no reconhecimento da Verdade e na convicção de fazer o que é necessário para que se cumpra a vontade do Pai.
O Antigo Testamento não tem essa perspectiva da Trindade em um só Deus. Foi Jesus que abriu essa perspectiva, mostrando que todos nós podemos ser o Filho, desde que honesta e convictamente estejamos sintonizados com Deus.
Jesus é visto como a Sabedoria de Deus, e em Provérbios 8,22-31 lemos o que foi escrito sob a inspiração de Deus: “O Senhor me gerou no início de suas obras, antes de ter feito coisa alguma, no princípio; desde a eternidade fui designada, desde os tempos antigos, antes que a Terra fosse feita. Ainda não havia abismos, e eu já fora concebida, quando ainda não havia os mananciais das águas: antes que fossem plantadas as montanhas, antes das colinas, eu fui dada à luz. Ele ainda não havia feito a terra e os campos, nem os primeiros elementos do orbe terrestre. Quando preparava os céus, ali eu estava, quando, por uma lei inviolável, delimitava os abismos; quando firmava as nuvens lá no alto e as fontes do abismo mostravam sua violência; quando fixava ao mar os seus termos, para que as águas não transgredissem sua ordem, e lançava os fundamentos da Terra, eu estava ao seu lado como mestre de obras; eu era seu encanto, dia após dia, brincando todo o tempo, na sua presença, brincando na superfície da Terra e alegrando-me em estar com os filhos dos homens.”
Assim, podemos associar Jesus à Sabedoria que Deus criou como “mestre de obras” na geração de todas as suas ações, mas entendendo que todos nós, inclusive Jesus, fomos criados como espíritos simples e ignorantes, e que pelos nossos próprios esforços e convicções podemos chegar ao nível de sintonia tão alto com o Pai que nos confundimos com Ele. E isso todos nós podemos alcançar, depende da nossa capacidade de entendimento e de convicção em fazer a vontade de Deus.
Mais uma vez um sonho tomou conta da minha noite. Considero como um combate entre o Behemoth que Deus criou dentro de nós para proteger e preservar nosso corpo físico e o Espírito que representa a fagulha divina soprada pelo Criador para fazermos a Sua vontade aqui no mundo material. Mas, do que se trata?
Perdi muitas informações do sonho, pois estou digitando com quase 24 horas de atraso. Mas o foco central é sobre E. uma colega de trabalho. Ela é muito simpática, prestativa e competente nas suas atribuições dentro do hospital. Também é muito jovem. O Behemoth quer possuí-la sexualmente, como geralmente acontece com a maioria das mulheres. O Espírito censura esse desejo, pois vai prejudicar a jovem que merece um companheiro, um marido, uma vida digna e não ser uma amante nas mãos de alguém que pode se impor pela condição social.
Nesse sonho eu estava na comunidade em que ela mora, uma praia pouco frequentada. Sua casinha simples, de frente para o mar, não tinha nenhum recurso especial, pelo contrário, bastante necessitada. Cheguei perto da casa com a intenção de falar com ela. Vi sentada na frente da casa uma senhora que imaginei ser a mãe dela. Como eu iria me apresentar? Diria que ela trabalhava comigo e que eu era o seu chefe? E qual era o meu interesse em ir até sua casa, naquele lugar ermo e empobrecido? Não era por nenhum motivo romântico, pois eu já era comprometido, já morava com minha companheira, não havia entre nós nenhuma relação afetiva se desenvolvendo.
Acredito que o cenário do sonho se desenvolvendo naquele local, com uma pessoa que o Behemoth desejava, só podia ser uma construção do próprio Behemoth que tem gerencia sobre o corpo, que administra as principais funções para a preservação do corpo, gerando todos os prazeres para que o comportamento necessário a esta sobrevivência se realize, inclusive o ato sexual que é a forma da preservação do indivíduo além da morte do corpo físico, da qual ninguém pode escapar.
Mas, o Behemoth pode ser o gerente do corpo, viabilizando todos os recursos biológicos e psicológicos para viabilizar o que ele acha importante na preservação do corpo, não importando que para conseguir isso tenha que prejudicar o próximo. Porém, o Espírito, que tem a responsabilidade de administrar o corpo, oferecido a ele para evoluir no seu progresso moral, deve seguir a lei moral.
O cenário do sonho estava pronto para a cena do sexo que o Behemoth desejava, mas foi tolhido pelo controle moral do Espírito. Durante todo o sonho eu não tive contato com a cobiçada E.
Ao acordar conclui logo que o Espírito entrou em combate com o Behemoth e ganhou totalmente a parada. Fiquei com orgulho do Espírito pois mostrou a sua força, mesmo dentro de um cenário onírico, e que tudo que fosse realizado nesse momento não era de conhecimento de ninguém e muito menos de causar o prejuízo.
A conversa do viajante ao passado, Jasão, major da USAF (Força Aérea Norte-Americana), segundo J.J.Benitez em seu livro “Cavalo de Troia 9” traz um ensinamento do mestre Jesus que merece ser conhecido.
- O azul – esclareceu – aparece sempre por cima do homem e por baixo de Deus, do Infinito, da Eternidade e da Unidade. O azul sustenta tudo. Compreendes agora quando te digo que o Pai fala também por meio do azul? O azul é o símbolo do amor porque aproxima. O azul une e faz que dois seja um. Sabes o que representa a cor azul? O amor (o azul) une o Pai e o Espírito, a grande força. O amor (o azul) sustenta tudo. O amor (o azul) une o que está em cima e o que permanece embaixo. O azul, o amor, não tem que ser compreendido, tem que ser sentido. Não temas. Deus, o Pai, é o primeiro a lançar mãos dos símbolos. Eles foram imaginados pela divindade para contribuir com o desenvolvimento espiritual do homem. Os símbolos são os degraus pelos quais desce a Divindade. Não temas, querido mensageiro; que não te assustem. Observa-os como outra semeadura do Pai. Eles te pegarão pela mão e te aproximará dEle. Eles te abrirão um horizonte que negam a razão. Eles, os símbolos, ampliarão tua consciência e te darão medida do que não tem medida. Sim, a consciência, essa lenta e progressiva corrida para ti mesmo. Recordas? O trabalho da alma. Sim, a finalidade do símbolo é criar consciência nas criaturas materiais. Consciência do inefável. Deixa a razão de lado. Ela não te serve na viagem da intuição. A razão se desfaz quando pretende analisar e fragmentar o símbolo. Eu te disse: eles, os símbolos, levam diretamente às profundezas da Divindade. Eles afastam e aproximam, conforme o caso. Eles te aproximarão dEle e te afastarão de ti. Eles são uma ponte, mas só poderás cruza-la de mãos dadas com a intuição. Pressente-os. Só assim serão símbolos vivos. Se o símbolo não te transmitir, é porque está por nascer. Os símbolos, acima de tudo, estão aí para que o pressintas a Ele. É uma forma de te dizer: “Ei, menino!”. Os símbolos te levarão além das palavras. Te conduzirão onde desejar o Espírito, tua Centelha. O símbolo remete para além de sim mesmo, para um além inapreensível, obscuramente pressentido, que nenhuma palavra poderia expressar de forma satisfatória. Veja a arte. Ela se alimenta do símbolo. E voltamos à imaginação, à necessidade de sonhar acordado, a busca da pérola do sonho. O que pensas que havia antes da criação? Imaginação. Antes da matéria estava o pensamento, o símbolo por excelência. Tudo existia antes de ser, na mente do Pai. Tudo que puderes imaginar, já foi. Deves usar a imaginação para ser como Ele. A imaginação é o único caminho. Quanto mais cresceres nesse sentido, quanto mais imaginares, quanto mais sonhares, quanto mais te empenhares na busca da pérola, menos precisarás da realidade. Gostarias de viver outra realidade? Pois imagina, sonha acordado, e esta realidade que agora te cerca se diluirá. O Reino do Pai é outra realidade. Vim ao mundo para recordar isso. Prepara-te imaginando, então. Utiliza os símbolos. Ele os deixa cair intencionalmente. Não analises. Sente. Estás aqui para experimentar a vida e o tempo. Deus quer que penses, sim, mas, especialmente, que sintas. Os símbolos te ajudarão a decifrar as escuridões da vida. Eles revelam velando, e velam desvelando. Eles são a explosão do Um para o Todo. Eles são a porta do reino que estou te oferecendo. E depois, quando abandonares a matéria, tu serás um símbolo. Os símbolos nos ajudam a iluminar o destino. São a chave que abre a mente para o desconhecido. Ele, o Pai, deixa cair os símbolos intencionalmente.
Parece que, ao seguir essas orientações Cristo, iremos entrar num mundo esquizofrênico, como eu costumo diagnosticar meus pacientes que vivem em outra realidade... talvez a patologia se justifique por eles não compreenderem o que sofrem como uma complexa simbologia que lhe inunda a mente.