Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
12/11/2020 00h10
O PRECURSOR

            João Batista tinha uma missão: ser o precursor de Jesus. Aquele que vinha do Pai com a missão de ensinar para nós a forma correta de amar, incondicionalmente, sem colocar dentro do Amor qualquer natureza mercadológica, de troca de favores. Esta seria a condição para que cada pessoa agindo assim, limpasse seu coração e se tornasse apto a ser um cidadão do Reino de Deus, iniciando pela formação da família universal, onde todos se considerassem verdadeiramente como irmãos. Sabemos que tanto João Batista como Jesus Cristo cumpriram a contento suas missões, dentro de uma sociedade mergulhada na barbárie do egoísmo, que não reconheceram suas missões divinas e ambos foram trucidados brutalmente.

            O mundo continua dominado pelo egoísmo, mesmo que não tenha as características animalesca de antes. Hoje temos um pouco das tinturas do cristianismo a dar uma aparência mais humana dentro da sociedade. Mas continuamos com a necessidade de evoluir para a prática da família universal e a construção do Reino de Deus dentro da comunidade. A forma de amar incondicionalmente continua pouco entendida e pouquíssimo praticada por quem chega a compreender. Talvez, e parece uma certeza, que necessitamos mais uma vez de um precursor para criar uma maquete circunscrita da família universal para que Deus envie um novo filho mais evoluído, um novo ou o mesmo Cristo, para colocar em prática o amor incondicional em todo o planeta.

            Como seria reconhecido esse novo precursor? Teria as mesmas características de João Batista? Seria dado à profundas meditações, sintonizado com a natureza, com os animais, amante da verdade e da justiça, com a mente mergulhada em profundos pensamentos da prática do amor? Terá a consciência de trazer para a humanidade a forma de trilhar o caminho já ensinado pelo Mestre?

            Havia uma relação próxima de Jesus com seu precursor. Jesus sabia que toda preparação útil e generosa no mundo é preciosa e que ele já estava com Deus. Sabia que o Pai deseja de todos os seus filhos uma exemplificação que seja boa. Ele escolheu a melhor escola, pediu que José o admitisse na carpintaria para acompanhar seus trabalhos, como se quisesse ensinar que a melhor escola para Deus é o lar e o esforço próprio. 

            O conjunto Jesus-João é como se fosse a combinação Amor-Verdade para a conquista do mundo. João começou sua tarefa de preparação do caminho à Verdade, precedendo o trabalho divino do Amor realizado por Jesus. João era a Verdade, que na sua tarefa de aperfeiçoamento, dilacera e magoa, deixando-se levar aos sacrifícios extremos. É como se a Verdade recebesse um bloco de mármore puro e lhe trabalhasse as asperezas para que a obra do Amor surja em sua pureza divina.

            João Batista foi a voz clamante no deserto, operário da primeira hora. Ele é o símbolo rude da Verdade que arranca as mais fortes raízes do mundo, para que o Reino de Deus prevaleça nos corações.

            Devemos ter essa disciplina com a Verdade, desfazendo as sombras do caminho, para que surja a espontaneidade do Amor. Este é o primeiro sinal do cristão ativo, em guerra com as próprias imperfeições do seu mundo interior, a fim de estabelecer em si mesmo o santuário de sua realização com o Cristo. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/11/2020 às 00h10
 
11/11/2020 00h08
O ANTICRISTO DE SIGNORELLI

    Como citado pelo bispo Barron nos textos anteriores, fui em busca do anticristo de Signorelli para ver que contribuições traz para nós. Vejamos a partir do quadro feito por ele.

O Anticristo de Signorelli

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Este fascinante afresco foi pintado pelo artista renascentista Luca Signorelli, entre 1499 e 1502, na capela da Madona de San Brizio, Catedral italiana de Orvieto. O nome pelo qual esta obra é internacionalmente conhecida pode traduzir-se para qualquer coisa como: “sermão e façanhas do anticristo”. Muitos críticos de arte consideram que esta deve ter sido, na perspetiva do autor, a obra mais importante da sua carreira, pelo facto se ter incluído também a ele próprio nesta pintura mural, retratando-se como observador.
No interior da capela de San Brizio, Luca Signorelli interpreta várias cenas interessantes do Apocalipse de São João, seguindo uma hermenêutica mais ou menos tradicional na tradição cristã. A riqueza artística desta obra é tal que precisaríamos de várias horas de observação, de cima de uma escada móvel, para tentarmos descodificar todos os seus pormenores aí representados. Por agora, centremo-nos apenas nas cenas principais.

Mapa das principais cenas representadas. 

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1. O Anticristo
É um falso Cristo que, de cima de um pedestal, prega as palavras ditadas pelo demónio. A sua falsa doutrina atraiu a maior parte da humanidade, homens e mulheres de várias raças, idades e classes sociais. No grande grupo de seguidores do anticristo, está também incluída a Igreja institucional, representada pela mulher (6) e pelo frade que se encontra junto dela, indiferentes aos cristãos que estão a ser martirizados mesmo junto de si (5B).
O Anticristo tem todo o ouro a seus pés, ele é dono das riquezas mundanas, o centro gravitação dos fluxos do tesouro.
A sua falsa doutrina disseminou-se por todo o lado, as pessoas da multidão que se encontram debaixo da sua influência não estão todas a olhar para o mesmo ponto, eles interagem virados em várias direções, mas, ao mesmo tempo, mantêm-se ligados a uma matriz comum cujo núcleo é o Anticristo. Por outro lado, a presença física do Anticristo não se cinge apenas a um único lugar ou a instituição. Num primeiro plano do quadro, ele apresenta-se como o homem bondoso, aprazível, sedutor, a quem as pessoas seguem de livre vontade (1), mas depois aparece noutro plano, à frente do Templo para ser adorado, decretando a morte daqueles que recusaram segui-lo (5A).
2. O Falso Profeta
O Falso Profeta cai do alto sobre aqueles que o esperavam. Luca Signorelli representou-o como sendo o grande castigo lançado pela espada do Anjo de Deus sobre a humanidade, trazendo a desgraça e a morte consigo. Quando a humanidade, insatisfeita com a Verdade revelada, impenitente e orgulhosa, ousa pedir a Deus uma nova doutrina que vá ao encontro dos seus desejos e prazeres mundanos, que pior castigo poderia cair sobre eles senão pastores que predicam o que essas pessoas querem ouvir? É um castigo espiritual, acompanhado de violento sofrimento físico, visível nas expressões dos atormentados.
3. O Templo sitiado
O Templo foi invadido e tomado por homens aramados, num contexto de tumultos e violência, próprios de uma invasão ou revolução de larga escala com mais soldados a caminho.
É difícil impedir que esta imagem nos traga à memória a fachada principal e a balaustrada da Basílica de São Pedro, apesar de a sua construção ter sido concluída apenas em 1626, mais de um século depois da obra de Signorelli.

Basílica de São Pedro, vista de Santo Ângelo
 

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4. A Igreja verdadeira
O que resta da verdadeira Igreja de Cristo é um pequeno grupo coeso, que se mantém agarrado aos livros, às escrituras, à tradição. Rejeitaram os ensinamentos do Anticristo para se posicionarem junto de um pastor que predica a Verdade de sempre.
5. Martírio
Muitos cristãos verdadeiros, por não aderirem à falsa doutrina (5B) nem prestarem culto à besta (5A), são martirizados.
6. A mulher adultera
A Igreja institucional, representada pela mulher, que deveria ser a esposa fiel de Cristo, atraiçoa-O. O artista representou-a como alguém que se vende, que se prostitui, aceitando moedas de um mercador. Ela também aderiu ao sermão do Anticristo, encontrando-se debaixo do seu domínio.
7. Falsos milagres
As pessoas ficam maravilhadas com o milagre aparentemente realizado.
8. Luca Signorelli e Fra Angelico
Crê-se que estas duas figuras sejam Luca Signorelli e o monge dominicano Fra Angelico. O primeiro é o autor da obra, e o segundo é um dos artistas que o precederam nas pinturas murais da Capela da Madona de San Brizio. Fra Angelico, também conhecido por Beato Angelico, é considerado padroeiro dos artistas, tendo sido beatificado, em 1982, durante o pontificado de João Paulo II.
Esta obra de Signorelli insere-se num conjunto de vários frescos da capela da Madona de San Brizio que interpretam cenas do Apocalipse e do Juízo Final.
    Uma boa representação do mundo influenciado pelo Anticristo. Na aparência lembra o Cristo, nos resultados os frutos do demônio. Eis a forma de como identificar a influencia do Cristo e do Anticristo que já se confrontam entre nós. Como considerar positivas atividades iníquas praticadas, tipo corrupção, e eleger tais pessoas a cargos públicos? Já são as ondas de hipnose do Anticristo chegando às mentes menos críticas ou submissas? 

 

 

 

 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/11/2020 às 00h08
 
10/11/2020 00h08
OPINIÃO DO BISPO ROBERT BARRON

            Achei interessante puxar aqui para nossa reflexão o texto publicado em 13-08-2018, na revista IHU ON-LINE, do bispo auxiliar de Los Angeles, Robert Barron, fundador do blog Word on Fire. Vejamos:

Quando eu estava na escola, o demônio nos foi apresentado como um mito, um artifício literário, uma maneira simbólica de sinalizar a presença do mal no mundo. Admito internalizar essa visão e, em grande parte, perder meu senso sobre o diabo como uma pessoa espiritual real. O que abalou meu agnosticismo em relação ao maligno foi o escândalo de abuso sexual clerical dos anos noventa e os primeiros anos do século XXI.

Digo isso porque aquela terrível crise pareceu muito pensada, muito bem coordenada, para ser simplesmente o resultado do acaso ou da perversa escolha humana. O diabo é caracterizado como "o inimigo da raça humana" e particularmente o inimigo da Igreja. Desafio qualquer um a propor uma estratégia mais devastadora para atacar o corpo místico de Cristo do que o abuso de crianças e jovens por padres. Esse pecado teve inúmeras vítimas diretas, é claro, mas também enfraqueceu financeiramente a Igreja, minou as vocações, levou as pessoas a perder a confiança no cristianismo, comprometeu dramaticamente as tentativas de evangelização, etc., etc. Foi uma obra-prima diabólica.

            O bispo Barron um pouco de sua evolução consciencial e muito da sua perspectiva de entender o transcendental, de Deus e do Diabo. Mostra a estratégia de Deus de colocar no mundo uma instituição inspirada nos ensinamentos do Cristo, a Igreja Católica, e todo esforço que o Diabo tem realizado, desde a Campanha das Cruzadas, Santa Inquisição, até o abuso de crianças.

Em algum momento no início do século XXI, eu estava participando de uma conferência e me vi vagando mais ou menos sozinho na área onde grupos e organizações tinham seus estandes. Cheguei a uma das mesas e uma mulher disse: “Você é o pe. Barron, não é? ”Respondi afirmativamente, e ela continuou: “Você está fazendo um bom trabalho para a Igreja, mas isso significa que o diabo quer impedi-lo. E você sabe, ele é muito mais esperto do que você e muito mais poderoso”. Eu acho que acabei resmungando qualquer coisa para ela naquele momento, mas ela estava certa, e eu sabia disso. Tudo isso voltou para mim depois da catástrofe do arcebispo McCarrick. São Paulo nos advertiu que nós lutamos, não contra carne e sangue, mas contra “poderes e principados”. Consequentemente, a principal obra da Igreja neste momento devastador deveria ser a oração, a invocação consciente e insistente de Cristo e dos santos.

Quando se pretende fazer um trabalho para Deus, dentro ou fora de qualquer igreja, o Diabo logo nos reconhece como adversário, pois nos mostramos como amigo do seu inimigo. Certamente ele irá nos dar uma pequena demonstração do seu grande poder sobre nós, simples mortais, criados simples e ignorantes, num grande esforço para adquirir sabedoria. Sofreremos pressões de todos os lados, principalmente das pessoas mais próximas afetivamente de nós, e que não têm tão boa sintonia com Deus ou que são atacadas onde mostram mais fragilidades. Temos, pelo menos, de reconhecer que estamos envolvidos numa luta espiritual, que não lutamos contra carne e sangue que envolve os prazeres e temores do corpo, e sim contra poderes e principados que não querem nossa evolução para perto do Reino de Deus. 

Posso até ouvir as pessoas dizendo: “Então o bispo Barron está culpando o demônio por tudo”. Não mesmo. O diabo trabalha através da tentação, sugestão e insinuação - e ele não realiza nada sem a nossa cooperação. Se você quiser ver este princípio ilustrado, procure a imagem do Anticristo de Luca Signorelli na Catedral de Orvieto.

Este é um grande insight de nossa condição humana dentro desta batalha espiritual. Deus e o Diabo não estão se digladiando diretamente e sim através de nós. Deus atua através da intuição, da verdade, do amor; o Diabo atua através da tentação, da sugestão, da insinuação. Com quem nosso psiquismo irá sintonizar, aí se encontra o nosso Pai, nosso Mestre, nossos irmãos... se Deus ou o Diabo, se o Cristo ou o anticristo, se as ovelhas ou os bodes. 

Como saber se estamos ao lado de Deus como desejamos? Basta procurar os sinais do Amor, que é a essência de Deus dentro de nós: harmonia, tolerância, paciência, perdão, solidariedade, trabalho, justiça, verdade, liberdade... tudo que fugir a esses sentimentos e virtudes mostra que o Amor está bloqueado de alguma forma e o Diabo pode se insinuar na nossa mente como aconteceu com Eva no Paraíso e continua acontecendo conosco a cada instante. Por isso o nosso Mestre Jesus advertiu: orai e vigiai a cada momento, pois a cada momento sofremos tentações, sugestões e insinuações.    

Publicado por Sióstio de Lapa
em 10/11/2020 às 00h08
 
09/11/2020 00h07
A CONFUSÃO Mc CARRICK

            As denúncias trazidas pelo Arcebispo Viganò quanto a contaminação da Igreja Católica pelo pensamento esquerdista, comunista, em detrimento das lições do Mestre Jesus, traz o interesse em ver o que aconteceu com um dos nomes citados pelo Arcebispo e consequentemente, ver a opinião de outra pessoa. Vejamos um artigo publicado pela revista IHU ON-LINE em 13-08-2018.

"A principal obra da Igreja neste momento devastador deveria ser a oração, a invocação consciente e insistente de Cristo e dos santos" escreve Robert Barron, bispo auxiliar de Los Angeles, em artigo publicado por Word on Fire, 09-08-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

O Bispo Robert Barron é fundador do blog Word on Fire e Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Los Angeles. Ele também é diretor do premiado documentário Catholicism sobre a Fé Católica, que foi ao ar pelo canal americano PBS.

Eis o artigo.

Quando eu estava na escola, o demônio nos foi apresentado como um mito, um artifício literário, uma maneira simbólica de sinalizar a presença do mal no mundo. Admito internalizar essa visão e, em grande parte, perder meu senso sobre o diabo como uma pessoa espiritual real. O que abalou meu agnosticismo em relação ao maligno foi o escândalo de abuso sexual clerical dos anos noventa e os primeiros anos do século XXI.

Digo isso porque aquela terrível crise pareceu muito pensada, muito bem coordenada, para ser simplesmente o resultado do acaso ou da perversa escolha humana. O diabo é caracterizado como "o inimigo da raça humana" e particularmente o inimigo da Igreja. Desafio qualquer um a propor uma estratégia mais devastadora para atacar o corpo místico de Cristo do que o abuso de crianças e jovens por padres. Esse pecado teve inúmeras vítimas diretas, é claro, mas também enfraqueceu financeiramente a Igreja, minou as vocações, levou as pessoas a perder a confiança no cristianismo, comprometeu dramaticamente as tentativas de evangelização, etc., etc. Foi uma obra-prima diabólica.

Em algum momento no início do século XXI, eu estava participando de uma conferência e me vi vagando mais ou menos sozinho na área onde grupos e organizações tinham seus estandes.

Cheguei a uma das mesas e a mulher disse: “Você é o pe. Barron, não é? ”Respondi afirmativamente, e ela continuou: “Você está fazendo um bom trabalho para a Igreja, mas isso significa que o diabo quer impedi-lo. E você sabe, ele é muito mais esperto do que você e muito mais poderoso”. Eu acho que acabei resmungando qualquer coisa para ela naquele momento, mas ela estava certa, e eu sabia disso. Tudo isso voltou para mim depois da catástrofe do arcebispo McCarrick. São Paulo nos advertiu que nós lutamos, não contra carne e sangue, mas contra “poderes e principados”. Consequentemente, a principal obra da Igreja neste momento devastador deveria ser a oração, a invocação consciente e insistente de Cristo e dos santos.

Posso até ouvir as pessoas dizendo: “Então o bispo Barron está culpando o demônio por tudo”. Não mesmo. O diabo trabalha através da tentação, sugestão e insinuação - e ele não realiza nada sem a nossa cooperação. Se você quiser ver este princípio ilustrado, procure a imagem do Anticristo de Luca Signorelli na Catedral de Orvieto. Você verá o que quero dizer. O arcebispo McCarrick fez coisas más assim como aqueles que as possibilitaram. E nós temos que chegar a um consenso sobre esses pecados.

Antes de abordar a questão de como fazer isso, permita-me dizer algumas palavras sobre as estratégias inúteis que estão sendo usadas. Um primeiro é o bode expiatório indiscriminado. O grande filósofo René Girard ensina que quando comunidades entram em crise, as pessoas normalmente começam a procurar desesperadamente alguém ou algum grupo para culpar. Na catarse dessa acusação indiscriminada, eles encontram uma espécie de liberação, uma paz substituta. “Todos os bispos devem renunciar!” “O sacerdócio é um esgoto de imoralidade!” “Os seminários são todos corruptos!”. Como digo, essas afirmações podem ser em algum nível satisfatórias de um ponto de vista emocional, mas são profundamente injustas e conduzem a um problema que não é menor que o anterior.

A segunda estratégia negativa é a “equitação de cavalos” ideológicos. Assim, muitos comentaristas - de esquerda, centro e direita - concordaram em dizer que a verdadeira causa do desastre de McCarrick é: ignorar Humanae vitae, o celibato sacerdotal, a homossexualidade desenfreada na Igreja, os maus tratos aos homossexuais, a revolução sexual, etc... Você escolhe. Lembre-se, não estou dizendo, de modo algum, que essas considerações não sejam importantes e que algumas das sugestões não tenham mérito real. Mas estou dizendo que causa são estes assuntos que nós temos debatido por décadas e que certamente não admitiremos facilmente uma decisão, equivale agora a uma distração.

Então, o que deve ser feito? A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, sigla em inglês) não tem autoridade jurídica ou canônica para disciplinar os bispos. E mesmo que tentasse lançar uma investigação, ela tem, no momento, muito pouca credibilidade. Só o Papa tem poderes jurídicos e disciplinares em relação aos bispos. Por isso, eu sugeriria (como um auxiliar secundário) que os bispos dos Estados Unidos - todos nós - solicitem ao Santo Padre que forme uma equipe composta, na maior parte, de fiéis católicos leigos qualificados em investigação forense, e que dê a eles acesso a toda a documentação relevante e registros financeiros. Sua tarefa deveria ser determinar como o arcebispo McCarrick conseguiu, apesar de sua ampla reputação de iniquidade, subir nas hierarquias e continuar, em seus anos de aposentadoria, a atuar como um embaixador itinerante da Igreja e exercer uma influência desproporcional sobre a nomeação de bispos.

Eles deveriam perguntar a versão eclesiástica da famosa pergunta do senador Howard Baker: “O que os responsáveis sabiam e quando ficaram sabendo?”.

Somente depois que esses assuntos forem resolvidos, saberemos quais devem ser os próximos passos.

Enquanto isso, e acima de tudo, devemos pedir aos poderes celestes que lutem conosco e por nós. Eu sugiro especialmente chamar aquele que esmaga a cabeça da serpente.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 09/11/2020 às 00h07
 
08/11/2020 00h07
CARTA ABERTA – VIGANÒ X TRUMP

            Mais uma vez colocamos o pensamento do Arcebispo Viganò através de uma carta aberta que ele manda para o presidente Donald Trump. Vejamos. 

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

DONALD J. TRUMP

Domingo, 25 de outubro de 2020

Solenidade de cristo rei

Sr. presidente,

Permita-me dirigir-me a vocês nesta hora em que o destino do mundo inteiro está sendo ameaçado por uma conspiração global contra Deus e a humanidade. 

Escrevo-lhe como Arcebispo, como Sucessor dos Apóstolos, como ex-Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América. Estou escrevendo para você em meio ao silêncio das autoridades civis e religiosas. Aceite estas minhas palavras como a “voz do que clama no deserto” (Jo 1, 23).

Como eu disse quando escrevi minha carta para você em junho, este momento histórico vê as forças do Mal alinhadas em uma batalha sem quartel contra as forças do Bem; forças do mal que parecem poderosas e organizadas ao se oporem aos filhos da Luz, que estão desorientados e desorganizados, abandonados por seus líderes temporais e espirituais.

Sentimos diariamente os ataques que se multiplicam daqueles que querem destruir as próprias bases da sociedade: a família natural, o respeito pela vida humana, o amor à pátria, a liberdade de educação e negócios. 

Vemos chefes de nações e líderes religiosos favorecendo este suicídio da cultura ocidental e de sua alma cristã, enquanto os direitos fundamentais dos cidadãos e crentes são negados em nome de uma emergência de saúde que está se revelando cada vez mais plenamente como um instrumento para o estabelecimento de uma tirania desumana sem rosto.

Um plano global chamado Grande Reinicialização está em andamento. 

Seu arquiteto é uma elite global que quer subjugar toda a humanidade, impondo medidas coercitivas para limitar drasticamente as liberdades individuais e de populações inteiras. 

Em várias nações este plano já foi aprovado e financiado; em outros, ainda está em um estágio inicial. Por trás dos líderes mundiais, cúmplices e executores desse projeto infernal, estão personagens inescrupulosos que financiam o Fórum Econômico Mundial e o Evento 201, promovendo sua agenda.

O objetivo da Grande Reinicialização é a imposição de uma ditadura da saúde visando a imposição de medidas liberticidas, escondidas por trás de promessas tentadoras de garantia de uma renda universal e cancelamento de dívidas individuais. 

O preço dessas concessões do Fundo Monetário Internacional será a renúncia à propriedade privada e adesão a um programa de vacinação contra Covid-19 e Covid-21 promovido por Bill Gates com a colaboração dos principais grupos farmacêuticos. 

Além dos enormes interesses econômicos que motivam os promotores do Grande Reinício, a imposição da vacinação será acompanhada da exigência de passaporte de saúde e carteira de identidade digital, com o consequente rastreamento de contato da população de todo o mundo.  

Senhor Presidente, imagino que o senhor já saiba que em alguns países o Great Reset será ativado entre o final deste ano e o primeiro trimestre de 2021.

Para tanto, estão previstos novos bloqueios, que serão oficialmente justificados por um suposta segunda e terceira ondas da pandemia. Você está bem ciente dos meios que foram empregados para semear o pânico e legitimar as limitações draconianas das liberdades individuais, provocando astutamente uma crise econômica mundial. Nas intenções de seus arquitetos, esta crise servirá para tornar irreversível o recurso das nações à Grande Restauração, dando assim o golpe final a um mundo cuja existência e própria memória desejam cancelar completamente. Mas este mundo, Sr. Presidente, inclui pessoas, afeições, instituições, fé, cultura, tradições e ideais:

Muitas pessoas – como bem sabemos – incomodam-se com esta referência ao embate entre o Bem e o Mal e ao uso de conotações “apocalípticas”, que segundo eles exasperam os espíritos e acirram as divisões. 

Não é de se surpreender que o inimigo esteja furioso por ser descoberto justamente quando acredita que alcançou a cidadela que pretende conquistar sem ser perturbado. 

O que é surpreendente, porém, é que não haja ninguém para soar o alarme. 

A reação do estado profundo para aqueles que denunciam seu plano é quebrada e incoerente, mas compreensível. Justamente quando a cumplicidade da grande mídia conseguiu fazer a transição para a Nova Ordem Mundial quase indolor e despercebida, todos os tipos de enganos, escândalos e crimes estão vindo à tona.

Até poucos meses atrás, era fácil difamar como “teóricos da conspiração” aqueles que denunciavam esses planos terríveis, que agora vemos sendo executados nos mínimos detalhes. 

Ninguém, até fevereiro passado, teria pensado que, em todas as nossas cidades, os cidadãos seriam presos simplesmente por querer andar na rua, respirar, querer manter o negócio aberto, querer ir à igreja no domingo. 

Mas agora está acontecendo em todo o mundo, até mesmo na Itália de cartão-postal que muitos americanos consideram um pequeno país encantado, com seus monumentos antigos, suas igrejas, suas cidades encantadoras, suas aldeias características. 

E enquanto os políticos estão barricados dentro de seus palácios, promulgando decretos como os sátrapas persas, os negócios estão falindo, as lojas fechando e as pessoas são impedidas de viver, viajar, trabalhar e orando. 

As desastrosas consequências psicológicas dessa operação já se manifestam, a começar pelos suicídios de empresários desesperados e de nossos filhos, segregados de amigos e colegas de classe, mandados acompanhar suas aulas sentados em casa sozinhos diante de um computador.

Na Sagrada Escritura, São Paulo fala-nos “daquele que se opõe” à manifestação do mistério da iniquidade, o kathákon (2Ts 2, 6-7). 

Na esfera religiosa, esse obstáculo ao mal é a Igreja, e em particular o papado; na esfera política, são aqueles que impedem o estabelecimento da Nova Ordem Mundial. 

Como já ficou claro, quem ocupa a Cátedra de Pedro traiu seu papel desde o início para defender e promover a ideologia globalista, apoiando a agenda da Igreja profunda, que o escolheu em suas fileiras.

Senhor presidente, o senhor afirmou claramente que deseja defender a nação – Uma nação sob Deus, liberdades fundamentais e valores não negociáveis que são negados e contra os quais se lutam hoje. É você, caro presidente, que é “aquele que se opõe” ao estado profundo, o ataque final dos filhos das trevas.

Por isso, é necessário que todas as pessoas de bem sejam persuadidas da importância epocal da iminente eleição: não tanto por causa deste ou daquele programa político, mas pela inspiração geral de sua ação que melhor personifica – – neste contexto histórico particular – aquele mundo, nosso mundo, que eles querem cancelar por meio do bloqueio. O vosso adversário é também o nosso adversário: é o Inimigo do género humano, aquele que é “homicida desde o princípio” (Jo 8,44).

Ao seu redor estão reunidos com fé e coragem aqueles que o consideram a guarnição final contra a ditadura mundial. 

A alternativa é votar em uma pessoa que é manipulada pelo estado profundo, gravemente comprometida por escândalos e corrupção, que fará aos Estados Unidos o que Jorge Mario Bergoglio está fazendo à Igreja, o primeiro-ministro Conte à Itália, o presidente Macron à França, O primeiro-ministro Sanchez para a Espanha e assim por diante. 

A natureza chantagista de Joe Biden – assim como a dos prelados do “círculo mágico” do Vaticano – o exporá a ser usado sem escrúpulos, permitindo que poderes ilegítimos interfiram tanto na política doméstica quanto no equilíbrio internacional. É claro que quem o manipula já tem alguém pior do que ele pronto, com quem o substituirá assim que surgir a oportunidade.

E, no entanto, em meio a esse quadro sombrio, esse avanço aparentemente imparável do “Inimigo Invisível”, surge um elemento de esperança. 

O adversário não sabe amar e não entende que não basta garantir uma renda universal ou cancelar hipotecas para subjugar as massas e convencê-las a serem marcadas como gado. 

Este povo, que por muito tempo suportou os abusos de um poder odioso e tirânico, está redescobrindo que tem alma; é entender que não está disposto a trocar sua liberdade pela homogeneização e cancelamento de sua identidade; está começando a compreender o valor dos laços familiares e sociais, dos laços de fé e da cultura que unem as pessoas honestas. Esta Grande Reconfiguração está fadada ao fracasso porque quem a planejou não entende que ainda há pessoas dispostas a ir às ruas em defesa de seus direitos, de proteção de seus entes queridos, de futuro para seus filhos e netos. 

A desumanidade niveladora do projeto globalista se despedaçará miseravelmente em face da oposição firme e corajosa dos filhos da luz. 

O inimigo tem Satanás ao seu lado, Aquele que só sabe odiar. Mas, do nosso lado, temos o Senhor Todo-Poderoso, o Deus dos exércitos dispostos para a batalha, e a Santíssima Virgem, que esmagará a cabeça da antiga Serpente. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8:31). A desumanidade niveladora do projeto globalista se despedaçará miseravelmente em face da oposição firme e corajosa dos filhos da luz. 

O inimigo tem Satanás ao seu lado, Aquele que só sabe odiar. 

Mas, do nosso lado, temos o Senhor Todo-Poderoso, o Deus dos exércitos dispostos para a batalha, e a Santíssima Virgem, que esmagará a cabeça da antiga Serpente. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8:31). 

A desumanidade niveladora do projeto globalista se despedaçará miseravelmente em face da oposição firme e corajosa dos filhos da luz. O inimigo tem Satanás ao seu lado, Aquele que só sabe odiar. Mas, do nosso lado, temos o Senhor Todo-Poderoso, o Deus dos exércitos dispostos para a batalha, e a Santíssima Virgem, que esmagará a cabeça da antiga Serpente. 

            “SE DEUS É POR NÓS, QUEM SERÁ CONTRA NÓS?” (ROM 8:31).

Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/11/2020 às 00h07
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