Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
03/09/2012 23h59
A VOZ DE DEUS

 

            Enquanto filho de Deus e discípulo de Jesus, aprendo a cada momento que meu relacionamento com Deus é constante, através da própria natureza. Tenho contato com Ele a qualquer instante, converso com Ele através da prece e escuto suas orientações através da meditação. Mas é esse contato direto com Ele através dos diversos aspectos da Natureza, o grande fator de aprendizagem e também de aferição dos conhecimentos e capacidade prática de exercê-los. O mais forte fator dessa aprendizagem é com os seres humanos, tantos os íntimos, quanto os próximos, quanto os distantes. Todos são os melhores representantes de Deus dentro na Natureza, tem os sentimentos, emoções, inteligência bem desenvolvidos e o livre arbítrio que é o bem mais precioso. Portanto fazer o bem ao semelhante é fazer o bem ao próprio Deus e por isso é a principal Lei e está associada ao próprio amor à Deus. Mas ao lado de fazermos o bem ou o mal ao semelhante, está também o fato de sermos alvo desse bem ou desse mal por parte deles. Tenho essa compreensão e cada vez mais procuro aprimorar minha capacidade de fazer o bem ao semelhante e compreender as lições que o semelhante me dirige. Geralmente são os reflexos do bem que pratico, mas algumas vezes esse bem não é tão bem entendido, pelo contrário, pode até parecer um mal para quem tem uma outra compreensão e dessa forma eu sou atingido de forma muito dura. Mas tenho a compreensão do porque isso acontece e justifico na consciência esses atos e procuro sempre manter o nível de amor por esses que me atacam dessa forma e procuro uma forma de levar à melhor compreensão dos atos que são praticados. Algumas vezes me deparo com pessoas que não tenho conhecimento e me advertem de forma dura para erros que estou praticando. Foi assim que aconteceu no estacionamento com o cachorrinho que sempre deixo correr por todas as áreas do condomínio, mesmo sabendo que existe uma convenção proibindo esses atos. Um dos moradores me advertiu com severidade do erro que eu estava cometendo, do abuso as normas do prédio. De repente o ego se inflama e quer reagir com agressividade e tentar desqualificar o meu interlocutor. Mas o meu espírito está atento, reconhece a verdade daquelas palavras, mesmo que sejam duras e que são ditas por um semelhante de Deus como eu também sou. O espírito força ao meu raciocínio animal que quer logo partir para o confronto, que ali esta a Voz de Deus, que o erro existe e eu tenho conhecimento, que devo aceitar a lição e corrigir o meu comportamento. É isso que eu pretendo fazer com quem está cometendo erros de outras espécies, também me portando como representante de Deus e sendo a sua voz, e portanto, por que não devo aceitar a mesma oferta de ensino proporcionada por um irmão? Mesmo que ele não tenha a delicadeza que eu possuo para dar minhas lições, mas também não existe um professor igual ao outro. Também serve como lição saber tolerar com paciência e compreensão essa forma de expressar o pensamento e as queixas. Agradeci ao queixoso a advertência que ele me fez, não com tanto carinho e sincero agradecimento como eu poderia ter feito, ainda saiu o agradecimento contaminado pelo incêndio que o Ego logo provocou na minha consciência. Agradeci também ao Pai a lição que Ele me proporcionou, a domesticar os meus instintos animais, a corrigir meus erros comportamentais, a domesticar o meu Ego, através da voz que Ele emprestou a um dos meus irmãos.

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em 03/09/2012 às 23h59
 
02/09/2012 02h13
PARA QUE O MUNDO?

            Dom Paulo Evaristo Arns dizia que “para o cristão, o mundo não existe para ser possuído, mas para ser descoberto, acolhido, transformado, compartilhado.”

            Existe o mundo externo e o interno, com referência ao nosso próprio ser. O mundo interno tem a prioridade de ser descoberto, acolhido, transformado e compartilhado. O passo seguinte é transferir as conquistas que fizermos no mundo íntimo para o mundo externo, o mundo dos relacionamentos humanos, principalmente.

            O divino mestre, Jesus Cristo, fez uma tarefa magnífica para essa compreensão com a divulgação teórica e prática do Evangelho. Já temos alunos magníficos, bem aplicados nessas lições evangélicas, como temos diversas personalidades, principalmente os santos, entre eles São Francisco e Santa Clara, ambos de Assis,  que abandonam ou deixam em segundo plano o mundo material e se dedicam aos valores espirituais. O interesse central é Deus, como criador de toda a Natureza se confundindo com ela e com o amor que a tudo inclui no processo de evolução constante.

            Eu tenho com clareza toda essa dinâmica evolutiva, já avancei bastante no trabalho espiritual com o mundo interno e agora assumo a ordem divina de partir para os relacionamentos e colocar no mundo externo as conquistas do mundo interno e assim colaborar para a estruturação do Reino de Deus. Muitas vezes sinto o peso dessa responsabilidade, quando a preguiça me domina, quando a gula se torna prioridade... vejo quanto sou ainda frágil e não compreendo porque Ele coloca em meus ombros tamanha responsabilidade. Nem mesmo na parte cognitiva que considero bem avançada no meu aparelho psíquico, eu consigo encontrar as palavras certas e sensibilizar minhas companheiras, principalmente, da necessidade fundamental, sine qua non, da transformação do mundo interno e de ter força suficiente para fazer com que essas transformações sejam expressas nas ações.

            Porisso peço com prioridade e urgência ao Pai, força, coragem e sabedoria para que eu possa colocar em prática à Sua vontade e espero ser atendido, pois muito mais do que a fé que Ele tem em mim, eu tenho muito mais fé nEle!

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em 02/09/2012 às 02h13
 
01/09/2012 01h48
SETEMBRO CHEGOU

            Tem um dito que fala, “Quando setembro vier”, querendo sinalizar a vinda de coisas boas após a saída de agosto, o mês considerado de desgosto. Preconceitos e superstições à parte, não consigo ver grandes prejuízos no mês de agosto que acaba de findar. Afinal foi dentro dele que surgiu a grande intuição de aproveitar o livro RENOVANDO ATITUDES do espírito Hammed, e colocar o meu pensamento de forma paralela.

Então setembro chegou!

Espero que minhas companheiras mais próximas consigam avançar na luta contra o egoísmo dentro dos relacionamentos, que o amor romântico seja completamente utilizado pelo amor incondicional, que o sentimento de fraternidade seja maior que a animosidade, que a desculpa dos erros seja maior que até mesmo as boas intenções equivocadas;

Espero que minhas companheiras mais distantes consigam ver, compreender e respeitar o que elas não tem condições de aceitar dentro de seus relacionamentos mais íntimos;

Espero que o Senhor da Seara me dê as forças necessárias para imprimir ritmo no jornadear da caravana do amor, coragem para enfrentar os obstáculos das intolerâncias e ignorâncias colocadas como pedras salientes no meio do caminho, e sabedoria para administrar os sentimentos internos e externos, inclusive de novos seres que surgem ávidos de aprender a amar de forma inclusiva;

Espero, enfim, que eu consiga cada vez mais o controle sobre esse veículo carnal que abriga o meu espírito e que serve de ferramenta para operacionalizar ações no mundo material; que essas ações representem sempre a vontade do Pai e que eu seja advertido e contido quando por ignorância, prepotência ou arrogância queira sair da sua senda em busca de prazeres apenas mundanos

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em 01/09/2012 às 01h48
 
31/08/2012 00h22
QUE QUERES QUE EU FAÇA?

            Era a pergunta que São Francisco fazia ao Pai. Desejava ser simples, humilde e irmão de toda a criatura. Louvava a natureza toda, o sol, as plantas, a água, as aves, os animais, o ser humano como sinais da presença divina e da bondade divina. Queria ser um instrumento nas Suas mãos para transmitir a Paz neste mundo cheio de guerras e semear o Bem onde há tanto ódio. Pedia iluminação para poder escolher o caminho que o Pai apontava para si, que pudesse descobrir qual era em sua vida, a Santíssima Vontade, mesmo que tivesse que tirar suas roupas em praça pública e despido como nasceu provocar o escândalo nas mentes preconceituosas.  

            Tenho também o mesmo dilema de São Francisco em minha consciência. Existem tantas opções na vida! Tenho o trabalho material que devo realizar para contribuir com o esforço coletivo; tenho o  trabalho espiritual que devo aprofundar e ficar mais próximo do Pai; tenho os relacionamentos afetivos que cobram espaço de romance, cuidados e atenção...

            Acredito que o Senhor já colocou na minha consciência o que quer que eu faça. Limpar o meu coração das mazelas do egoísmo e cultivar as virtudes associadas ao amor. Depois desse primeiro trabalho, quando o coração estiver sintonizado com o bem, passar para os relacionamentos interpessoais com o mesmo objetivo, de retirar as mazelas e cultivar as virtudes do relacionamento. Com a coragem de usar a verdade em todos os momentos, em todos os locais, em todos os relacionamentos, pode haver situações também de escândalos frente a cultura predominante. Assim como Francisco, espero ter bem clara na consciência a vontade que Deus, o que é que Ele quer que eu faça para servir como Seu instrumento, e assim poder superar as adversidades.

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em 31/08/2012 às 00h22
 
30/08/2012 00h59
TARDE TE AMEI

            Assim se expressou Santo Agostinho de Hipona com relação a Deus. “Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim, e do lado de fora eu te procurava! Disforme, eu me lançava sobre as belas formas das tuas criaturas. Comigo estavas, mas não eu contigo. Longe de Ti me retinham as Tuas criaturas, elas que não existiriam se em Ti não existissem. Tu me chamaste, e teu grito rompeu minha surdez. Fulguraste e brilhaste, e Tua luz afugentou a minha cegueira. Espargiste Tua fragrância e, respirando-a, por Ti suspirei. Eu Te saboreei e agora tenho fome e sede de Ti. Tu me tocaste, e agora vivo ardendo no desejo de Tua paz.”

            Essa expressão de Santo Agostinho mostra um fato que acontece com muitas pessoas, de ter vivido uma vida de prazeres carnais longe de Deus na juventude e depois da maturidade descobrir a importância de Deus. Comigo não foi diferente. Sempre eu respeitava a existência de Deus, mas na minha juventude não era algo tão presente como hoje. Estava muito mais envolvido com as exigências materiais. Hoje compreendo melhor a dimensão de Deus em minha vida e sei que Ele tem um projeto para cada um de nós de acordo com o potencial. Não tenho a força dos sentimentos de Santo Agostinho nesse reconhecimento de Deus presente em tudo ao redor. Gostaria até de sentir todo esse desejo, essa fragrância inebriante, essa fome de Deus. Essa sensibilidade de perceber o divino com tanta intensidade deve ter uma base genética que forma algo parecido com os hormônios onde muitos deles amadurecem determinado órgão e que irão funcionar na adolescência e vida adulta. Não acredito também que Deus exige tamanho êxtase de nós, mas que deve ser maravilhoso, isso sim, ter uma harmonia tão profunda com a natureza. Talvez com esses exemplos eu consiga aprender um pouco mais.

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em 30/08/2012 às 00h59
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