Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
18/01/2017 10h32
TRANSMUTAÇÃO DA MENTE

            Sabemos que o nosso corpo biológico sofre os efeitos evolutivos no tempo de acordo com as características do ambiente, como foi devidamente descoberto por Darwin, nos seus trabalhos sob a origem das espécies. Na espécie humana o cérebro é o órgão mais importante, do ponto de vista da cognição, percepção, compreensão e juízo crítico da realidade. A mente é a superestrutura extra material que extrapola os limites materiais, formata o pensamento e passa a operar sem limites de velocidade, tempo ou espaço. Surge acima dessas estruturas materiais e abstratas uma outra entidade com o papel de vigilância, controle, supervisão e decisão: a consciência.

            Dessa forma, na experiência interior do homem, a mente encontra-se vinculada a matéria. Caso não se liberte dessa condição, a mente vinculada assim à matéria, não pode sobreviver ao falecimento dos órgãos, ao perecimento mortal, material. Para conseguirmos sobreviver é preciso seguir as lições de Jesus, que veio nos mostrar o caminho espiritual, capaz de vencer essa morte física. Deve ser feita uma espécie de transmutação nessa mente de origem biológica, mortal, com os recursos da vontade humana para esse ajustamento, compreensão e aceitação do espiritual.

            Dirigindo nosso intelecto para as lições da Verdade trazidas pelo Mestre Jesus, para adquirimos a Vida eterna, a consciência passa gradualmente a aceitar Deus, e finalmente deixa-se guiar por Ele.

            Essa evolução da mente humana, a partir da associação material até a união com o espírito, resulta na transmutação das fases, potencialmente espirituais, da mente mortal, nas realidades moronciais da alma imortal.

            É importante a compreensão dessa condição moroncial ou anímica da nossa alma, que significa que foi criada pela mente material, essa como produto da evolução estudada por Darwin, e também pelo Monitor Divino, um fragmento de Deus, ensinado por Jesus, que nos acompanha a partir do momento em que começamos a distinguir o certo e o errado em nossas decisões. Desse momento em diante exerceremos, com a ajuda dos Espíritos Santos que procuram fazer a vontade de Deus, o Livre Arbítrio que nos faz co-criadores de realidades com a Trindade Suprema: Pai, Filhos mais perfeitos, e Espíritos Santos que fazem a vontade de Deus. Isso vai desenvolvendo uma alma de crescente beleza, em decorrência das opções que fazemos em cada ocasião. As mentes normais começam este processo entre os quatro e seis anos de idade, período assemelhável ao conceito cristão de “idade da razão”.

            A substância da alma que vamos construindo ao amadurecer é justamente a morôncia, atávica, intermediária entre a matéria e o espírito. Neste estágio do nosso desenvolvimento permanecemos com forte ligação com a matéria, um atavismo enraizado nas profundidades do subconsciente e inconsciente. Com o aprendizado das leis espirituais, com o aperfeiçoamento do comportamento, iremos adquirindo um grau de pureza que nos aproxima cada vez mais do Criador.

            A mente mortal se for subserviente à matéria, está destinada a tornar-se cada vez mais material, e consequentemente, a sofrer a extinção pela morte do corpo físico. A mente transmutada e entregue ao espírito está destinada a tornar-se cada vez mais espiritual e, finalmente, realizar a unificação com o espírito divino, que é sobrevivente e que é o guia, para desse modo conseguir a existência eterna, como Jesus ensinou e exemplificou: “Eu venci a morte!”.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/01/2017 às 10h32
 
17/01/2017 07h42
OFENSIVA DO MAL

            No último fim de semana fomos testemunha de uma ofensiva do mal na penitenciária de Alcaçuz, município de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte. Alguns presos avançaram sobre outros presos, divididos em facções, e deram uma demonstração de barbárie, de carnificina. Lembrei então de uma entrevista fictícia feita por Arnaldo Jabor, em 2007, que foi ar pela Rádio CBN, e que voltou a circular na internet. É puramente fictício, apenas mais uma crônica do Arnaldo Jabor. A entrevista não é verdadeira, mas a sua essência impregna a nossa realidade. Pois vejamos, essa espécie de 3x4 da ofensiva do mal.

            Íntegra da imaginária entrevista de Marcola – Estamos todos no inferno

            - Entrevistador: Você é do PCC?

            - Marcola: Mais que isso, sou um sinal de novos tempos. Era pobre e invisível... Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias... A solução que nunca vinha... Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou verba para nós? Só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto... Leio Dante na prisão...

            - E: Mas... a solução seria...

            - M: Solução? Não há mais solução, cara... A própria ideia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear vão roubar até o PCC...) e do Judiciário que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do País, teria de haver comunicação e inteligência entre policiais municipais, estaduais, e federais (fazer até “conference calls” entre presídios...) E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria uma mudança psicossocial profunda na estrutura política do País. Ou seja: é impossível. Não há solução.

            - E: Você não tem medo de morrer?

            - M: Vocês é que tem medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... mas eu posso mandar matar vocês lá fora... somos homens-bomba. na favela tem 100 mil homens bomba... estamos no centro do “Insolúvel”, mesmo... vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, num ataque do coração... A morte para nós o “presunto” diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam de em “luta de classes”, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Há há... vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Sou inteligente. Leio, li 3 mil livros e leio Dante... mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto deste País. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien, escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a m*** com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação de espécie social, são fungos de um grande erro sujo.

            - E: O que mudou nas periferias?

            - M: Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem 40 milhões de dólares como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “micro-ondas”... há, há... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Lutamos em terreno próprio. Vocês em terra estranha. Não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Somos bem armados. Vocês vão de “três oitão”. Estamos no ataque. Vocês na defesa. Vocês tem mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformaram em superstars do crime. Fazemos vocês de palhaços. Somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora; somos globais. Não nos esquecemos de vocês; são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.

            - E: Mas o que devemos fazer?

            - M: Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O País está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a Guerra”. Não há perspectivas de êxito... Somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguetes antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Prá acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha” daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?

            - E: Mas... não haveria solução?

            - M: Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma auto crítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do “Insolúvel”. Só que nós vivemos dele e vocês... não tem saída. Só a m***. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por que? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogni speranza voi che entrate”! Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno!

            Essa é a situação que estamos vivenciando... o inferno explodindo dentro das penitenciárias e com ameaça de levar o caos a toda a sociedade. Como o Exército do Bem pode fazer o enfrentamento em situação perversa tão difundida em todos os meios sociais, desde o campo político, jurídico, econômico e até no religioso?

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/01/2017 às 07h42
 
16/01/2017 09h38
EXPERIMENTANDO DEUS

            Ampliei o meu conceito de Deus ao ler o livro “Urântia” no item que fala em “conhecer Deus por três fenômenos experimentais: o primeiro é a capacidade intelectual para conhecer Deus – a consciência de Deus. Hoje vejo com certa perplexidade o fato de existir pessoas inteligentes, críticas, bondosas, e mesmo assim, não adquiriram essa consciência de Deus. Tenho um amigo, desde a infância, e que sempre fortalecemos nossa amizade, apesar do pouco tempo que passamos juntos. Este amigo não aceita a existência de Deus e se mostra tão perplexo por eu ser crente, quanto eu perplexo por ele ser ateu. Eu tenho a sensação de segurança, de ser orientado a cada momento de minha vida, por saber que o meu Pai cuida de mim e torce para que eu não cometa tantos erros na vida. Mas, e o meu amigo? Eu não vejo ele desesperado, é uma pessoa serena, fraterna e justa. Mas, é órfão do mesmo Pai que me protege. Além de amigo, eu o considero como um irmão. Ele é o meu amigo, tem um comportamento fraterno comigo, mas não aceita o mesmo Pai que nos criou. Que situação!

            Fico às vezes pensando... se por acaso eu estivesse, quando criança, viajando com minha mãe num cruzeiro marítimo, se houvesse um naufrágio e somente eu e minha mãe conseguíssemos alcançar uma ilha deserta. Nesta situação nós iriamos lutar pela sobrevivência até o dia que nos resgatassem. Se essa situação perdurasse durante 10 anos, vamos imaginar, onde somente a minha mãe fosse responsável por minha educação. Ela teria condições de me ensinar, vamos supor, dos 5 aos 15 anos de idade. Conseguiu me alfabetizar e ensinar aquilo que ela sabia, uma educação à nível de segundo grau. Mas não procurou falar da minha origem biológica.

            Depois de passados os 10 anos nós éramos resgatados e começaria a ser indagado sobre a existência do meu pai. Como eu não havia sido educado sobre isso, seria muito provável eu negar peremptoriamente, pois no meu mundo racional só existia a figura da minha mãe e todo o universo que ela conseguiu transmitir para mim. Como a experiência dela com o meu pai não estava boa no momento do acidente que nos deixou isolado do mundo, era como se essa figura não fosse necessária, um mito.

Dessa forma, eu não podia acreditar que cada uma daquelas pessoas que me interrogavam, que cada uma delas tinha um pai, uma figura de amparo, proteção e encaminhamento na vida. Eu não poderia acreditar que existisse um ser que fosse capaz de colocar sementes ne ventre de outra pessoa e que a partir disso um filho nascesse. E que esse semeador fosse capaz de me orientar nas diversas circunstancias que a cada dia a vida traz para cada um, e que devemos fazer a opção mais adequada possível.

            Eu passei a reconhecer e efemeridade do tempo de minha vida e então achei mais coerente a existência de um mundo transcendental onde existe a matriz da vida que emerge quando necessária no mundo material, sobre a batuta do Pai universal.

            Terminei acreditando com toda a convicção na existência deste Pai transcendental, que tudo criou, que tudo mantém, sustenta e organiza até os dias atuais, mesmo que meus sentidos orgânicos não consigam identificar a Sua presença, mas o meu racional consegue vê-Lo em todos os aspectos da Natureza que Ele criou e se confunde com Ele. Da mesma forma que, aquele jovem, que nunca foi educado sobre a existência de um pai biológico, termina por se convencer, ao ver tantos filhos com seus pais biológicos... e por que somente ele deveria ser diferente?

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em 16/01/2017 às 09h38
 
16/01/2017 00h31
O NOME DO PAI UNIVERSAL

            Encontrei no livro de “Urântia” uma explicação sobre o nome do Pai Universal que atende muito bem à minha cognição e coerência. Pois vejamos como é:

            O Pai Universal nunca impõe qualquer forma de reconhecimento arbitrário, de adoração formal, ou de serviço escravizador às criaturas inteligentes e dotadas de vontade dos universos. Os habitantes evolucionários dos mundos do tempo e do espaço, por si mesmos, devem – nos seus corações – reconhecer, amar e voluntariamente adorá-Lo. O Criador recusa-Se a exercer coação de submissão sobre os livres arbítrios espirituais das suas criaturas materiais. A dedicação afetuosa da vontade humana, de fazer a vontade do Pai, é a dádiva mais bem escolhida que o homem pode oferecer a Deus; de fato, uma consagração assim da sua vontade de criatura constitui a única dádiva possível de valor verdadeiro, do homem, ao Pai do Paraiso. Em Deus, o homem vive, move-se e tem o seu ser; não há nada que o homem possa dar a Deus, a não ser a escolha de ater-se à vontade do Pai; e uma decisão como essa, efetivada pelas criaturas volitivas inteligentes dos universos, na realidade, constitui a verdadeira adoração, que satisfaz muito plenamente ao Pai Criador, em cuja natureza o amor é preponderante.

            Quando realmente vos houverdes tornado conscientes de Deus, após descobrirdes verdadeiramente a majestade do Criador e houverdes experimentado e compreendido a presença do controlador divino, que em vós reside, então, segundo o vosso esclarecimento e de acordo como a maneira e o método pelo qual os Filhos divinos revelam Deus, vos encontrareis um nome para o Pai Universal que expresse adequadamente o vosso conceito da Primeira Grande Fonte e Centro. E assim, em mundos diferentes e em vários universos, o Criador torna-se conhecido por inúmeros nomes, e todos significam a mesma coisa, pelo sentido do relacionamento dos filhos com Ele; em palavras e símbolos, todavia, cada nome representa um grau, uma profundidade da Sua entronização nos corações das Suas criaturas de um determinado reino.

Estou bastante confortável com a denominação de Pai que dou ao Criador e tenho a convicção que vivo dentro dEle, como um peixinho, em determinado lugar que Ele me colocou, mas que posso com o uso da vontade me dirigir para qualquer localidade desse grande aquário da Terra. Contanto que, onde eu estiver, faça a sua vontade, tal qual aquele peixinho chamado Cascudo que colocamos dentro dos aquários para ele fazer a limpeza dos vidros. Procuro reduzir os meus defeitos e aperfeiçoar minhas virtudes, pois sei que isso me leva a aproximar-me dEle, ao mesmo tempo que procuro fazer a Sua vontade, de construir o Reino dos Céus iniciando pela família ampliada em direção a família universal.

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em 16/01/2017 às 00h31
 
14/01/2017 01h03
HISTÓRICO DE UMA VIDA (11) – SESSENTA ANOS

            Chegou o dia 20-10-2012. Completei 60 anos. O dobro da idade que Jesus tinha quando iniciou o seu ministério. Logo fiz a correlação. Eu também me considero filho de Deus, mas com um nível espiritual bem menor que o de Jesus. Se Ele iniciou o seu ministério com a idade de 30 anos, nada mais justo do que eu iniciar com o dobro da idade dele, 60 anos. Se o Mestre fez todo o trabalho que precisava fazer em três anos, eu irei precisar do dobro ou talvez de mais anos, para me sentir satisfeito com a quantidade e qualidade do trabalho realizado.

            As pessoas ao meu lado sugeriram uma festa tradicional, como eu nunca havia feito antes. Talvez já fosse intuição dos espíritos santos para que a festa marcasse esse momento de início da missão, que em Jesus aconteceu logo após Ele ter sido batizado por João e ter enfrentado as tentações no deserto por 40 dias.

            Combinei com a festa e convidei todas as pessoas significativas para estarem presentes, incluindo pacientes que no momento estavam mais perto de mim. Alguns detalhes não foram projetados, como fazer uma biografia da minha vida e expor no momento aos presentes. Felizmente, um amigo que estava presente percebeu a falha, pediu a palavra, e disse no microfone algo da minha biografia que ele conhecia. Eu estava mais preocupado em firmar nesse momento as diretrizes do meu comportamento, baseado no Sermão da Montanha, que fiz questão de ler e interpretar associando aos meus paradigmas. Também foi importante a oração de São Francisco, que foi cantada no momento e que oferece as diretrizes do meu comportamento.

            Todos os meus filhos estavam presentes, com exceção de Andreia e Eric; todas as minhas companheiras estavam presentes, com exceção de Sônia. Todos os meus irmãos estavam presentes, tantos os de pai e mãe, quanto os maternos. A festa foi animada por uma banda que cantava as músicas dos anos 60, coincidindo com a decoração do ambiente.

            Sei que faltaram algumas pessoas significativas, umas porque não puderam vir por diversos motivos, e outras porque não consegui tempo suficiente para lembrar e fazer o convite.

            Depois de tudo concluído fiquei a refletir sobre a festa mundana que foi realizada, mas com o embasamento espiritual que consegui colocar dentro dela. A missão que Deus me deu para construir a família ampliada e possibilitar a construção da família universal e consequentemente do Reino dos Céus, estava ainda longe de ser realizada. A festa mostrou que o que existe na realidade é apenas um embrião desse trabalho e que está instalado principalmente na minha mente. Qualquer companheira, qualquer pessoa que se sinta mais próxima de mim, pode até concordar com a coerência fraterna que esse tipo de comportamento que desenvolvo esteja do amor incondicional. Mas não conseguem ter a força de suportar o meu afastamento físico eventual, de perceber que estou devotando tempo com outra pessoa. Logo surge a raiva, ressentimento e o impulso à agressividade, até mesmo comigo que sempre sou tão explícito quanto a essa questão.

            Tenho outras ações no campo espiritual a desenvolver, como por exemplo, as ações dentro da comunitária através de uma associação com espírito cristão. Também posso contribuir na educação dos outros e da minha própria, com leituras constante para aperfeiçoar e ampliar cada vez mais o meu conteúdo cognitivo.

            Portanto, considero este momento da festa o início oficial de minha missão, mesmo que não tenha a mesma intensidade e repercussão daquela iniciada por Jesus, que chegou a dividir o calendário da história da humanidade, antes e depois do Cristo.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 14/01/2017 às 01h03
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