Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/12/2016 00h59
HISTÓRICO DE UMA VIDA (06) – CONJUNTURA MÍSTICA

            No dia do meu nascimento, 20 de outubro, é considerado o dia da Voga. Significa a moda, uma mania passageira, algo que está em destaque, uma música, por exemplo. Pode ser um ritmo demonstrado ou contido em quaisquer ações. Na Marinha, corresponde ao ritmado das remadas. Indivíduo que, sentado na parte traseira das embarcações, marca o ritmo da remada daqueles que o acompanham. É portanto uma ação de vogar, de divulgar, de estar na moda. O significado de Vogar passa a ser impelido por velas ou remos, navegar com braços fortes.

            Esse é um indicativo da minha missão de colocar o Amor Incondicional na moda, navegar com ele com ritmo e braço firme, marcar o passo das remadas daqueles que passam a compreender a importância da navegação da vida nesse sentido como forma da melhor aproximação de Deus conforme o Cristo nos ensinou.  

Do ponto de vista astrológico estou situado no signo de Libra, na cúspide Libra-Escorpião, tendo o Ar como símbolo alquimístico, dentre os outros três elementos (água, terra, fogo) com os quais compõe o planeta Terra. O espírito da natureza do Ar é o Silfo.

Silfos ou Sílfides são seres mitológicos da tradição ocidental. Silfos ao contrário das Fadas são masculinos. O termo provém de Paracelso, que os descreve como elementais que reinam no Ar, nos ventos, tanto que são fadas, fadas do vento, assemelhando-se às vezes a anjos. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para cima, cortado por um traço na horizontal

O Ar é considerado um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo, Cristianismo e Wicca. Muitos rituais religiosos são realizados na presença de um símbolo desse elemento. Seja em forma de incenso, ou mesmo representado simplesmente por uma pena.

Segundo outras crenças, acredita-se que o Ar tenha alguns poderes especiais. Na religião Wicca o Ar é tido como um dos símbolos do Grande Deus, assim como o incenso e as penas. O Ar corresponde ao Tattwa (Vibração do éter; círculo esotérico da comunhão do pensamento) Waju (Vayú), e é simbolizado pelo círculo azul esverdeado. Responsável pelo equilíbrio (neutralização) entre os efeitos passivo e ativo do fogo e da água. Como um intermediário, o princípio do Ar herda do fogo o calor, e da água a umidade. Essas características conferem ao princípio aéreo, também duas polaridades: a positiva (de doação da vida) e a negativa (exterminadora).

Na astrologia sendo o elemento mais ligado ao espiritual, normalmente seus nativos são equilibrados, e possuem grande inteligência. Os nativos do Ar valorizam a harmonia, justiça e a beleza. Preferem sonhar um mundo ideal do que buscar a realidade.

Corresponde a minha realidade, sonho com o mundo ideal do Reino de Deus, ensinado pelo Mestre Jesus, mas procuro colocá-lo na prática, mesmo com toda a dificuldade que sinto ao redor em função disso.

As pessoas nascidas sob o signo de Ar são espertas e pensam rápido, lidando com o abstrato e o incerto muito bem. Se você estiver com alguma dúvida ou dilema, são eles quem você deve procurar, já que adoram analisar, ponderar e chegar a resultados. São ótimos amigos e sabem se colocar no lugar dos outros, tendo, assim, uma perspectiva e uma visão de mundo adaptáveis e misericordiosas.

Todos esses itens se encaixam na minha personalidade, com observações quanto o pensamento, pois pode ser rápido, mas como investiga com detalhe os prós e os contras, termina por ser lento na decisão.

Signos do Ar, como Libra, são muito comunicativos e curiosos, apreciam a companhia das pessoas e o conhecimento e informações que elas trazem. O mundo para esses signos é um lugar maravilhoso e cheio de coisas novas a serem descobertas.

Mas não se iludam com a aparente calma destas pessoas. Elas podem ser leves como uma brisa ou violentos e intempestíveis como um tornado, depende de como você lida com eles. Eles podem ser muito tranquilos, mas uma vez ofendidos ou contrariados, seu equilíbrio se quebra e eles partem para o ataque.

O signo de Balança sob o qual nasci é regido por Vênus, responsável pelo equilíbrio, beleza e justiça, e preza a harmonia. Embora não goste de tomar decisões e iniciativas, o libriano adora dar bons conselhos para os outros, e é capaz de se dar bem com todos os signos, devido a paciência na hora de ouvir e ajudar os outros. Os nativos deste signo são belos, inteligentes e gostam de alguma atividade artística, sendo leitura, música, pintura ou desenho, e são dedicados e talentosos no que pretendem. Possuem um humor estável, muito positivo. Alegres, adoram viver o prazer de uma forma geral. Nem sempre os esportes o atraem, são amantes e não atletas. Se impressionam muito com a beleza exterior das pessoas, e isso pode ser bom ou ruim, dependendo do valor que derem a isso. Libra sempre se encontra onde a beleza está. Librianos mais maduros psicologicamente conseguem se encantar mais com a beleza interior das pessoas, porque esta não é transitória. Possuem sorte em todos os períodos da vida, mas muitas vezes se desequilibram e perdem a alegria e extroversão que normalmente possuem.

Esta extroversão não é o comum em mim, sou mais ligado na introversão. Nos períodos de desequilíbrio, prefiro o silêncio e o afastamento das pessoas, mas quando retorno ao bom humor, sou alegre, prestativo, conselheiro e agradável.

Os librianos se sentem bem em ambientes limpos e bonitos, são um tanto ambiciosos, persuasivos e valorizam muito a justiça. São inteligentes e possuem um bom raciocínio, mas não se destacam muito nesse campo, porque apenas absorvem muito bem o que aprendem. Se destacam mais no campo do amor e amizades. Gostam de lidar com pessoas, tendem a ser românticos, expressando seus sentimentos através de músicas, poesias, etc.

As pessoas nascidas no vigésimo dia do mês são regidas pelo número 2 (2+0 = 2) e pela Lua. Costumam ser impressionáveis e imaginativas e facilmente magoam-se com críticas ou falta de atenção dos outros. Também podem ofender-se e irritar-se com facilidade. Nascidos sob a influência da Lua, Vênus (regente de Libra) e Plutão (regente de Escorpião), as pessoas de 20 de outubro frequentemente têm uma forte atração pela repulsa e por prazeres sensuais.

No Taro, a vigésima carta dos Arcanos Maiores mostra O Julgamento, no qual as pessoas são incitadas a deixar para trás as considerações materiais e a buscar maior espiritualidade, uma imagem particularmente relevante para os nascidos em 20 de outubro. A carta mostrando um anjo que toca trombeta, significa que um novo dia, de prestação de contas, está surgindo. É uma carta que desafia ir além do nosso ego e que permite vislumbrar o infinito. O perigo é que a trombeta atraia apenas os arautos da exaltação e da intoxicação, a perda de equilíbrio e a indulgência em orgias envolvendo os instintos mais básicos.  

Estas são as características transcendentais, místicas, esotéricas, escritas nas estrelas, que ganhei do Criador no dia do meu nascimento

Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/12/2016 às 00h59
 
19/12/2016 00h59
ESPIRITUALIDADE

            A festa natalina que promovemos no dia anterior, foi um exemplo da dificuldade que possuímos no exercício da nossa espiritualidade. Mesmo que as religiões em seus diversos templos e formatos tendem a nos ajudar a expressar essa espiritualidade, mesmo assim a nossa natureza animal ainda fortemente subjugada pelas motivações atávicas, nos deixa muito longe daquilo que o padre Pierre Teilhard de Chardin escreveu no seu texto comparativo da espiritualidade com a religião:

            “A religião não é apenas uma, são centenas; a espiritualidade é apenas uma.

            A religião é para os que dormem; a espiritualidade é para os que estão despertos.

            A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados; a espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz interior.

            A religião tem um conjunto de regras dogmáticas; a espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

            A religião ameaça e amedronta; a espiritualidade lhe dá paz interior.

            A religião fala de pecado e de culpa; a espiritualidade lhe diz: “aprenda com o erro”...

            A religião reprime tudo, te faz falso; a espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

            A religião não é Deus; a espiritualidade é Tudo, portanto é Deus.

            A religião inventa; a espiritualidade descobre.

            A religião não indaga nem questiona; a espiritualidade questiona tudo.

            A religião é humana, é uma organização com regras; a espiritualidade é divina, sem regras.

            A religião é causa de divisões; a espiritualidade é causa de União.

            A religião lhe busca para que acredite; a espiritualidade você tem que busca-la.

            A religião segue os preceitos de um livro sagrado; a espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

            A religião se alimenta do medo; a espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

            A religião vai viver no pensamento; a espiritualidade vai viver na Consciência.

            A religião se ocupa com fazer; a espiritualidade se ocupa com Ser.

            A religião alimenta o ego; a espiritualidade nos faz Transcender.

            A religião nos faz renunciar ao mundo; a espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

            A religião é adoração; a espiritualidade é meditação.

            A religião sonha com a glória e com o paraíso; a espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

            A religião vive no passado e no futuro; a espiritualidade vive no presente.

            A religião enclausura nossa memória; a espiritualidade liberta nossa consciência.

            A religião crê na vida eterna; a espiritualidade nos faz conscientes da vida eterna.

            A religião promete para depois da morte; a espiritualidade é encontrar Deus em Nosso interior durante a vida.

            Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana...”

             Concordo com todos os itens elaborados pelo sábio padre, e poderia até enriquecer com mais um item que sinto que estou seguindo e que está muito mais ligado à espiritualidade do que à religião:

            “A religião nos ensina a seguir um caminho estudado e predeterminado por outros; a espiritualidade nos ensina a seguir a voz da nossa Consciência onde se encontra instalada a Lei de Deus.”

            Esta é bem parecida com o terceiro item do padre Teilhard de Chardin, mas tem um sentido mais pragmático.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/12/2016 às 00h59
 
18/12/2016 00h59
UMA FESTA NATALINA - REALIDADE

A festa natalina da comunidade da Praia do Meio, promovida pela AMA-PM e Projeto Foco de Luz nesta data, era para ter início a partir das 17h com uma missa a ser celebrada pelo Diácono Márcio, na Capela de Santana.

Cheguei do trabalho que tenho todo sábado em Caicó, já era 17h40m, pensava que já estava terminando a missa. Grande engano! Quando cheguei na Capela, vi apenas as crianças que iriam participar da caminhada, sentadas nos bancos da frente, inclusive com o casal que estava vestindo roupas da época e que representavam José e Maria, pais de Jesus. Entrei na sala reservada ao padre e encontrei o diácono que dizia que não tinha começado ainda por não ter chegado ninguém da Associação.

Telefonamos para o presidente da AMA-PM, pois o carro de som também não estava no local enquanto o diácono iniciava a missa. O burro para fazer parte da caminhada foi conseguido na SEMSUR, mas não houve transporte para trazê-lo para a comunidade. A missa foi iniciada e procedida de forma mais rápida, afinal estávamos com quase uma hora de atraso.

A caminhada teve início com a maioria de crianças, conduzidos na frente pelo casal, “José e Maria”. Eu seguia na retaguarda, na locução do carro de som, explicando as pessoas o que significava essa pequena caminhada, com um fundo musical das músicas religiosas de Roberto Carlos.

Logo percebi que não havia batedores nem orientadores da STTU para orientar o fluxo de carros. Tive que deixar o microfone e correr rapidamente para o cruzamento para, mesmo sem roupa apropriada, tentar parar o fluxo de carros.

Continuamos a caminhada, agora pelo caminho mais curto, queríamos chegar logo e a rota mais longa anteriormente traçada, parecia agora mais insegura. Os moradores do trajeto original também não haviam sido sensibilizados com as portas adesivadas como havíamos programado nas reuniões.

Chegamos no local do evento, na Praça Maria Cerzideira e observamos que na tenda que iria servir ao presépio estava sendo montado o som que havia sido alugado. As cadeiras e mesas haviam sido colocadas na rua acima do palco e não na rua abaixo do palco como havíamos programado. Após a maioria dos presentes terem reconhecido que o local era inconveniente, as mesas e cadeiras foram recolocadas na rua abaixo. Como o palco não foi conseguido, usamos o palco natural da própria praça, apesar do pequeno espaço que ela oferecia.

Começamos então as atividades de palco, inicialmente com a apresentação das crianças da capela que haviam treinado alguns números musicais. Logo depois se apresentaram as crianças da escola de música do prof. Sued seguido por dois cantores da igreja evangélica, Marcos e Nunes. Anunciamos os nomes dos diversos vereadores e candidatos que nos visitaram durante o ano (como os vereadores eleitos Ubaldo, Eleika, Nei Lopes Jr, Albert Dickson e todos os outros candidatos que se mostraram dispostos a ajudar a comunidade), assim como as diversas pessoas que colaboraram com o evento através de doações ou do próprio trabalho (como Ezequiel, Sued, Nivaldo, Netinha, Edinólia, Rogério, Jaqueline, Damares, Daniel, e tantos outros citados na ocasião).

As 22h como estava previsto, o material do jantar foi trazido para a distribuição com a ajuda dos jovens Curumins que estavam presentes sob a coordenação do comandante Medeiros. Os jovens mais graduados do grupo pré-militar dos Curumins, receberam das mãos do comandante e da direção da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, uma rosa vermelha simbolizando o amor do Cristo e da comunidade pelo trabalho que eles realizam.

Foram distribuídas duas cestas básicas doadas pelo vereador eleito Nei Lopes Júnior, através da sua equipe que se fez presente. Foi entregue cada uma a mãe mais idosa e a mãe mais jovem presentes ao evento. No momento foi lembrado do trabalho útil do pai do vereador, deputado federal Nei Lopes, ao ser responsável pelo Crédito Educativo, um programa federal que proporcionou ao atual coordenador do Projeto Foco de Luz concluir o seu curso de medicina.

Durante o jantar ainda tivemos alguns números musicais feito pelos dois cantores da igreja evangélica e dos alunos da escola de música. Fizemos o sorteio de brindes de algumas camisas da AMA-PM que estavam guardadas aos sócios presentes. Também foi feito entrega de brindes as pessoas que respondiam corretamente algumas questões referentes ao Evangelho. Falamos um pouco do Evangelho, mas notamos que as pessoas, em grandíssima maioria, não prestavam atenção ao que estava sendo dito. Estavam preocupados com seus lugares na fila para receberem o prato da alimentação, ou conversando ou brincando os seus próprios interesses. Falei no microfone da Parábola do Semeador, que saiu para semear e suas sementes foram jogadas em diversos lugares, pedras, espinhos, lugares estéreis, e somente germinou e progrediu aquelas que atingiram um solo fértil. Assim parecia nessa noite, as palavras do Evangelho estavam sendo jogadas como sementes nos ouvidos e corações de quem estavam presentes, mas poucos escutavam essas palavras e muitos que escutaram pouca atenção deram a elas. Será que algum coração fértil conseguiu acolher algumas dessas sementes? Isso não soubemos, e talvez nunca saberemos. Mas se tal aconteceu, com uma só pessoa que seja, esta foi a coroação de todo nosso trabalho nesta noite, mesmo sabendo que o nosso esforço coletivo era o motivo do grande presente que queríamos dar ao nosso Mestre.

As 23h procuramos fazer um momento de silêncio para iniciar a oração de agradecimento ao Pai e ao Mestre Jesus, para finalizar o nosso esforço na realização dessa festa como presente no seu nascimento. Encontramos dificuldade em obter esse silêncio das poucas pessoas presentes, de crianças principalmente, envolvidas em suas brincadeiras, mas também de adultos, que até participaram deste trabalho festivo, mas que agora estavam envolvidos na mesa de bebidas e comidas.

Mesmo assim, fizemos a nossa corrente de mãos dadas e oramos ao Pai o oração que o Mestre nos ensinou. Sentimos por um lado o peso da nossa incompetência em não ter dado um presente de melhor qualidade ao Mestre, mas, por outro lado, a certeza que as nossas intenções, de todos os participantes, foram as melhores possíveis, e isso pode ser confirmado pelo Pai ao sondar nossos corações.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 18/12/2016 às 00h59
 
17/12/2016 00h59
A LUZ VENCENDO AS TREVAS

            A visão mais significativa que tenho da Natureza é durante o amanhecer, naquele lusco-fusco que começa a jogar luz nas trevas da noite. Vejo nuvens escuras se afastando do foco da luz e àquelas nuvens mais cheias, frondosas, preguiçosas aguardam que a luz chegue e ilumine toda sua estrutura, interna e externa. Dessa forma, o sol ainda não surgiu, mas essas nuvens passam a ser os seus arautos, já começam a trazer a luz de forma indireta através dos mais belos formatos que elas assumem.

            Faço de imediato a comparação do que acontece aqui no planeta Terra, com a nossa ainda egoísta humanidade, tão perdida nas trevas da ignorância. Vivemos uma noite longa, cheia de guerras, corrupções, fome, enriquecimento ilícito, misérias de todas as formas. Tivemos várias pessoas em todas as latitudes, falando e ensinando a ética e os bons costumes, inclusive o filho de Deus que veio nos ensinar sobre o Amor Incondicional. Suas lições são como os raios precoces do sol, capazes de afastar as sombras do mal e iluminar a todos.

            Mas como fazer chegar a Luz aos corações que foram gerados nas trevas, educados e sobrevividos na Lei da Selva, da animalidade, da ignorância das Leis de Deus? Quando a pessoa é gerada e tem um mínimo de educação evangélica, torna-se mais fácil ser atingido o seu coração, mas quando é embrutecido pelas exigências da sobrevivência, torna-se bem mais difícil a tarefa de iluminação.

            Nós somos como essas nuvens mais frondosas que já absorvemos a Luz que o Cristo nos trouxe da realidade do Sol de Deus. Mesmo tendo uma existência passageira aqui na Terra, podemos ter esse papel de intermediários da luminosidade maior do Sol que logo irá surgir.  

            Em qualquer canto que nos movimentemos temos a responsabilidade de portar a Luz conosco, numa posição especial que seja vista à distância.

            Quando estamos em grupo, geralmente em festas, mesmo que estas tenham uma motivação cristã, observamos o predomínio das relações egoísticas, o orgulho, a vaidade, a prepotência, a intolerância... nós que portamos a Luz e queremos fazê-la brilhar, muitas vezes não conseguimos. Parece que as sombras tem o poder de ofuscar a Luz. Sei que isso não é possível, qualquer centelha de Luz é capaz de afastar um batalhão de sombras. O que pode estar acontecendo quando me vem a ideia de que a minha luz não consegue vencer as sombras, é que não consigo ainda fazer brilhar a verdadeira Luz que se origina do Criador, ainda estou contaminado pelo atavismo psicológico enraizado dentro do meu psiquismo, que contamina minhas relações interpessoais de quaisquer naturezas.

            Devo estar consciente que a Luz sempre vence as trevas e que se existe uma maioria de sombras ao meu redor é porque algum nível de Luz existe entre elas, pois senão não fariam as sombras. Isso implica em dizer que a minha incapacidade de levar a Luz capaz de vencer as trevas, é porque possuo dentro de mim ainda existe muita sombra que a Luz divina projetou e que ainda não consegui me livrar delas. Não posso esquecer que ainda sou uma nuvem, por mais frondosa que seja, mas com regiões escuras, apesar de outras estarem mais luminosas. Continuo ainda sendo um intermediário da Luz do Criador, e muito longe das características apresentadas pelo Mestre Jesus quando estava entre nós.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/12/2016 às 00h59
 
16/12/2016 00h59
AUTODESCOBRIMENTO (36) - AMARGURA

            A origem da amargura pode estar relacionada tanto com as existências passadas, tanto quanto com a atual existência. No primeiro caso, não existe um entendimento de relação dos sentimentos de melancolia, saudade e tristeza, que a pessoa sente, com alguma coisa acontecida na vida atual, mesmo que tudo seja investigado, com procedimentos psicológicos como a hipnose, até a vida uterina. Fica indicada nestes casos a Terapia de Vivências Passadas, independente da religião da pessoa. Quando o caso se refere à existência atual, então pode ser identificado na história motivos como: traumas da infância, dominação dos pais, castração pelo medo, e submissão imposta.

            Por isso, devemos lembrar que, às vezes não é a dor que nos faz sofrer, e sim, pensamentos negativos alimentados por motivos inconscientes ou subconscientes que fazem as coisas parecerem piores que realmente são.

            A conduta que devemos ter quando tivermos nos sentindo dentro da amargura, é a racionalização. Pensar na realidade do que está acontecendo e não se deixar ficar envolvido pelo atavismo, por traumas ou preconceitos, gerando uma só forma de pensar. Isso, por si só, é capaz de promover a diluição do mal-estar trazido pela amargura. Assim podemos recuperar a beleza da vida, termos alegria de ser e de viver, praticar relações sociais mais amplas e fortalecer os valores que existem dentro de nós. Tudo isso acontecendo estaremos promovendo a evolução, que é um caminho que todos devemos percorrer, por mais atrasados que estejamos nessa caminhada.

            Vamos lembrar que existem três barreiras fortes dentro dos nossos relacionamentos que atrapalham o caminho evolutivo de cada um. A primeira barreira está composta por um trio: ódio, amargura e falso perdão. Praticamente, todas as batalhas que podemos observar de pessoas dentro das igrejas, se originam desses erros básicos. Portanto, é importante que estejamos dispostos a adotar uma atitude amorosa e perdoadora, estejamos capazes de confessar ao nosso pastor ou mesmo ao próximo mais confiável, a natureza de nossos erros, e o sofrimento vindo do arrependimento.

            Podemos listar os seguintes exercícios para nos livrar da amargura: pensamentos otimistas, reflexões positivas, caminhadas por bosques ou pela beira mar, auxilio fraterno ao irmão em sofrimento, e ajuda social ou moral a quem se encontra no erro e quer se recuperar. Também podemos entrar em programas de autoestima e trabalhos com grupos de apoio.

            Dessa forma, a receita para se vencer a amargura pode ser a seguinte: exercícios aeróbicos, exercícios ao ar livre, exercício da fraternidade, cultivar a autoestima, cuidar da aparência, trabalhar em conjunto com grupos de apoio no compartilhamento, vivenciar pequenas vitórias, e ver a situação por outro ponto de vista.  

            Quando vivenciamos o problema da amargura tendo o amor no foco, vamos observar que este amor é a vibração do próprio Deus, e que perpassa por todo o Universo. Por outro lado, a essência da nossa existência é dirigida ao amor: amar, amar-se e por último ser amado.

            Existe um entendimento errôneo que classifica o amor romântico como o amor real O amor romântico quando contrariado facilmente se transforma em ódio. Isso não pode ser o verdadeiro amor, pois senão teríamos a seguinte opereta:

“O amor perguntou ao ódio: - Por que me odeias tanto? E o ódio respondeu: - Porque um dia muito te amei”.

            Quando a amargura permanece no foco do problema, a pessoa se perde no labirinto do Ego, prefere ser visto pelos outros com olhos de piedade ou compaixão, privilegia a negação do amor, e assim, dificilmente se ama, será amado, ou amará.

            Exortamos para que cada um seja mais valente que o problema, mais ousado que qualquer vento, e, acreditemos, por mais forte que sejam eles... passam... porque o sopro do vento que vem de Deus é bem maior e muito mais forte do que qualquer vento contrário a nossa fé.

Afinal, no contexto linguístico aplicado a fenômeno espiritual, basta apenas trocarmos o g de amargura pelo c de cura, que teremos o afastamento gramatical que leva à cura que precisamos: amar cura.

            A meta que a vida cobra de todos nós é um conjunto: autorrealização, auto encontro, identificação com o próximo e com Deus, guiar-se sempre pela Luz, sair das sombras da amargura e seguir o Evangelho ensinado por Jesus.  

            Lembrar também de uma das lições de Gandhi: “Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras”.

            Concluindo, a amargura é um tipo de vapor doentio que pode cobrir a nossa alma, se exterioriza do sentimento doentio que guardamos na mente com prioridade, domina as paisagens que a vida nos oferece, por mais positivas que sejam, controla a força das nossas emoções e é um desafio que precisa ser vencido.

            Não podemos esquecer que, “Devemos seguir o coração, mas devemos levar o cérebro sempre conosco”. A racionalização é uma das virtudes que recebemos do Criador que não pode ser menosprezada em situações como essa.  

Publicado por Sióstio de Lapa
em 16/12/2016 às 00h59
Página 570 de 932