Ninguém muda ninguém. Podemos ajudar no processo, fornecendo dados que alimentem a racionalidade e desperte os valores morais e éticos.
Assim, eu posso mudar quando tenho a percepção de outros ângulos da vida, que ampliam a minha consciência e, com a alma inspirada por novos valores, posso tomar novas decisões.
Quando esse mecanismo de mudança comportamental não é utilizado e eu preciso evoluir, como é o proposito de todos os entes dentro da Natureza, o mecanismo da dor se impõe. Cumpro o velho adágio: quem não evolui pelo amor, evolui pela dor.
Procuro seguir alguns conselhos para orientar e inspirar a minha alma no caminho do Bem.
Procuro ser na vida como um girassol, sempre me posicionando na direção da luz, mesmo que as trevas queiram me cooptar, oferecendo benefícios fáceis, cheios de iniquidades.
É melhor que eu fique sempre atentos comigo mesmo, naquilo que o Behemoth, o monstro energético criado por Deus e que funciona dentro do Ego, deseja para mim, mesmo que traga prejuízos para o próximo. É melhor que eu perceba um defeito em mim mesmo, que eu tenha oportunidade de corrigir, do que apontar dezenas de defeitos que o próximo tenha, pois não tenho nenhuma autoridade para fazer o que é competência dele.
Mesmo que eu ainda não tenha alcançado a vida que pretendo, que não tenha atingido as metas pelas quais dirijo minha vida, provavelmente tenho a vida que muitos sonham. Darei valor ao que tenho, mesmo que ache que seja pouco.
Procurarei evitar os sete nãos para a vida: não reclamar; não criticar; não julgar; não me sentir incapaz; não ficar fixado no ontem; não desistir de meus projetos; e não deixe de ter fé.
O sorriso e o silêncio são duas poderosas ferramentas que poderei usar nos momentos oportunos: o sorriso me ajudará a resolver muitos problemas, e o silêncio a evita-los.
Perdoar não significa que deverei concordar com o ato errado; perdoar significa que serei livre de um peso que não fiz por merecer.
A cada boa ação e a cada gesto de humildade, sentirei o meu caráter se fortalecer cada vez mais.
Todos precisamos de três coisas: prudência no ânimo, silencio na língua e vergonha na cara.
Nunca serei prisioneiro do meu passado. O que aconteceu de ruim, os erros que cometi, foram apenas uma lição, não uma sentença.
Preciso permitir que as coisas lindas aconteçam, porque a felicidade bate na porta, mas não gira a maçaneta. Quem decide se quero que ela entre sou eu e não ninguém.
O espírito enriquece-se com o que recebe; o coração com o que dá.
Caráter é quando falamos a verdade mesmo quando não nos beneficia.
Um tema que sempre me encuca é a tortura. Serve para alguma coisa? Eu que tenho um forte viés espiritualista, que pretendo seguir a vontade de Deus, e trabalho numa instituição (UFRN) cuja meta é procurar a verdade onde ela se encontrar, não devia de cara repudiar qualquer tipo de tortura seja qual for seu objetivo? Mas, vejamos este texto abaixo que circula nas redes sociais...
Olá, meu nome é Bruno Scheid, sou brasileiro, filho da terra, pecuarista e agricultor no Estado de Rondônia.
Agora que me apresentei, deixe-me contar uma história..., uma breve história:
Eu e minha família sentimos na pele o que é ter o MST e a LCP na porteira das nossas propriedades.
Tivemos diversos animais abatidos, pasto queimado, máquinas destruídas, nossas casas alvejadas por disparos de armas de fogo (ilegais, antes que alguém fale bobagem) e por aí vai.
Isso já seria mais do que suficiente para qualquer um desistir da lida no campo, não?!
Imagine viver esse pesadelo por 10 anos ininterruptos. Já é o suficiente para você?!
Não?!
Então, continue prestando atenção.
Nessa era petista (tempo que não deixa saudades), também fui sequestrado dentro da minha própria fazenda e por pessoas que se tratavam por “companheiros” e, minha nossa, vestiam a desgraça da camisa do 9 dedos.
Ainda acha pouco?!
Pois, veja: nesse episódio, fui torturado e humilhado na frente da minha família. Fui amarrado nu em frente à minha mãe, mulher e filha. Tive os pés martelados, fui eletrocutado e espancado durante 12 horas seguidas e perdi as contas de quantas vezes ouvi: "seu vagabundo, essa área é nossa!
E quer saber mais. Daqueles desgraçados, uma coisa eu sei dizer: além de serem parte de uma engrenagem suja e pérfida, nenhum ali jamais pegou uma enxada na mão e foi bater uma terra.
Dúvida?! Vá no G1, digite meu nome e procure!
Não quero passar por nada parecido outra vez e não desejo o que vivi para ninguém.
E se você não quer passar pelo mesmo, não se esqueça que é "Jair" ou "Já Era".
Bruno Scheid, Brasileiro, Trabalhador, Patriota, 100% Agro, 100% Bolsonaro.
OBS. Se você leu até aqui e ainda cogita colocar um ladrão como o Lula no poder, lamento dizer que você não é apenas burro, também é cúmplice.
Não se enganem, Lula vai desistir em favor de Eduardo leite, já está tudo combinado. Ciro, Moro, Simone Tebet vão apoia-lo. Essa é a Nova Ordem Mundial financiada por George Soros, Zukenberg e a esquerda globalista.
Num futuro próximo me lembre de ter dito isso.
A nossa única chance é Jair ou já era!
Deixando de lado o viés político, quero focar a atenção na denúncia de tortura que foi descrita, parecida com aquela que foi denunciada que os militares faziam quando estavam no poder. No entanto, toda uma onda de críticas, de punição para os autores e benefícios para as vítimas eram e continuam sendo colocadas como uma prioridade ética. Mas, esses torturados do presente não são também pessoas que pertencem a humanidade, como aqueles torturados do passado e que devem ser respeitados como tal? Que não podem ser torturados ou vilipendiadas em sua dignidade? Por que isso não acontece?
Por questão de justiça temos que nos debruçar cognitivamente sobre esses fatos. Qual era a motivação dos militares? Quais são as motivações dos integrantes do MST e LCP, como foi denunciado? Por que a imprensa, os Direitos Humanos, e as demais instituições que dizem defender a ética, justiça e dignidade humana não se manifestam com a mesma veemência contrária, e procuram punir esses torturadores e beneficiar as vítimas?
Eu pertenço a uma dessas instituições que trabalham para que a verdade seja descoberta no meio de tantas falsas narrativas e teses tendenciosas e que assim a justiça seja feita para preservar as virtudes e combater as iniquidades. Não poderia ficar calado tendo essa dúvida surgida na minha consciência.
Francisco das Chagas Rodrigues
Professor da UFRN-CCS-DMC
Que assunto mais bizarro... um coração atropelado! Podemos pensar em qualquer coisa, um ser humano, velho ou moço, fêmea ou macho, qualquer tipo de animal... mas um coração? Como pode ser atropelado, se ele não sai de dentro do peito?
Mas vou contar minha história e no final vocês podem me dar, ou não, a razão.
Fui um adolescente como qualquer outro da minha idade. Sonhava encontrar a mulher dos meus sonhos, casar com ela e ser feliz para sempre.
Meus olhos sempre estavam a investigar todas as moças ao meu redor, apesar de certo grau de timidez que eu possuía. Isso impedia o meu avanço, de procurar fazer amizade com uma desconhecida ou mesmo conhecida.
Resolvi um dia pegar um atalho para ir à minha casa a pé. Era a chance de conhecer outra opção de chegar na minha residência, e ao mesmo tempo alimentar minha curiosidade de ir em busca de coisas novas.
Ao passar pelo centro daquela rua fiquei admirado. Observei, postado na abertura de uma janela o par de olhos mais bonitos que eu já vi. Emoldurava o rosto de uma jovem que olhava para o horizonte como se estivesse imersa em um sonho. Fiquei tentado a parar e melhor admirar aquela visão beatífica. Mas minha timidez não permitiu. Ela podia notar que eu tinha parado para lhe observar. Eu ficaria na posição de observado e não de observador. Eu devia continuar minha caminhada, devagarinho, olhando de soslaio.
Este passou a ser o meu caminho habitual e sempre eu pensava em encontra-la postada em sua janela, e quase sempre tinha êxito. Em um desses dias, o olhar dela encontrou o meu. Meu coração recebeu uma espécie de descarga. Passei a acreditar que aquele Cupido brincalhão da mitologia, na verdade existia e ele acabava de me acertar uma flechada. Acredito que a moça percebeu meu vacilo, meu andar desajeitado, como se eu tivesse andando numa passarela com milhares de fotógrafos estourando os seus flashes nos meus olhos. Desenhou um ar de riso em seus lábios e ao invés de eu ficar ressentido, fiquei cada vez mais encantado.
Desde este dia em diante, minha passagem pela rua deixou de ser indiferente. Sempre ela estava em sua janela, agora como uma sentinela pronta para avaliar o meu desempenho na “passarela”. Eu não precisava me enfeitar, pois o meu rosto quente, ruborizado, já fazia esse trabalho. Felizmente ela não conseguia perceber o trote desembestado do meu coração dentro do peito, como se quisesse saltar e se agasalhar em seu colo. Cada vez mais eu tinha a sensação romântica de que havia encontrado a mulher dos meus sonhos, que era com aquela moça que eu iria casar. Agora, ela tinha que saber dos meus intentos. Eu tinha que me esforçar, de sustentar o meu olhar com o dela e devolver o sorriso que ela sempre fazia em minha direção.
Foi assim que começou o nosso namoro. Sem nenhum dos dois dizer qualquer palavra, trocando olhares fugidios e sorrisos marotos. Mas o meu coração devia estar sintonizado com o dela, pois eu conseguia perceber em alguns momentos o rubor tomando conta da sua face. Era como se meu pensamento de a abraçar e beijar tivesse se manifestado em sua mente e ela sentisse telepaticamente as minhas carícias.
O meu amor crescia desta maneira. Suas raízes se espalhavam por todo meu corpo, minha mente, meus pensamentos. Eu não conseguia ficar nem mais um momento sem pensar nela. Todo meu futuro, minhas metas, ficavam comprometidas somente com o dia seguinte, de eu passar novamente por aquela rua e interagir com o rosto de minha amada.
Nem á noite eu ficava sozinho, pois bastava Morfeu chegar perto de mim com sua dose de sono, para ela entrar em meus sonhos e soletrar todas as técnicas do Kama-Sutra que nós nunca tínhamos lido ou, acredito, imaginarmos. Tinha vezes que eu despertava e fazia questão de voltar a dormir e entrar novamente no sonho que eu não conseguia alcançar na realidade.
Mas o meu coração começou a se tornar exigente, não queria permanecer para sempre caminhando por aquela rua. Queria alcançar a meta que sempre traçara, de encontrar a mulher dos sonhos, namorar e casar com ela, viver para sempre num ninho de amor.
Comecei a fazer planos para ir ao encontro deste meu amor encantado. Eu intuía, tinha quase certeza que ela sentia o mesmo por mim e que estava esperando apenas eu ir até ela. A linguagem dos nossos olhares era inconfundível. Ela esperava por mim e eu esperava a coragem. Mas tudo dependia de mim.
Depois de muito treinar a forma de chegar e me aproximar e me confessar, e lhe pedir o coração em troca do meu, e da promessa de seguirmos juntos para sempre na jornada na vida, um dia aconteceu.
Cheguei na sua casa determinado e pedi à sua mãe, quando esta abriu a porta, que desejava falar com sua filha. Ela fez um ar de surpresa e perguntou para dentro que tinha um rapaz querendo falar, se era possível. Uma voz, para mim maravilhosa, assentiu, e disse que aguardasse só um instantinho que já estava chegando. Meu coração sambava enlouquecido dentro do meu peito, como se fosse ele o protagonista da apresentação... mas talvez fosse mesmo, e hoje acredito que era mesmo!
A cortina da sala onde eu me encontrava com sua mãe, deu passagem a uma cadeira de rodas, dirigida por aquela figura amada que era dona do meu coração.
Meu coração ficou abobalhado, vendo o sorriso da amada, agora com sua voz aveludada, se apresentando e procurando saber o motivo da vinda. Por outro lado, a minha mente estava fixa na cadeira de rodas, na zombaria dos amigos ao saber que eu estava namorando uma deficiente, uma cadeirante, que não podia ir a praia com eles, não podia fazer caminhadas pelas trilhas, pedalar de bicicletas, se abraçar e beijar sem se agachar... e o sexo? Como seria?
Enquanto o coração sorria para a rainha da sua vida, a mente, ranzinza, tomava a inciativa e dizia para a jovem que tinha interesse em saber o seu nome, pois sempre a notara na janela e ficara curioso. Não permitiu que o coração se expressasse. Até queria fazê-lo parar de bater.
Resolvi sair logo daquela casa, com medo que algum dos meus amigos tivessem me visto entrando.
Fui embora para minha casa e nunca mais passei a andar por aquela rua. Mas percebi que meu coração não mais batia... claro, batia para jorrar o sangue, mas parou de bater para jorrar a vida. Meus sonhos murcharam... meus olhos perderam o brilho... meu riso deixou o ninho... meus amigos? O medo que eu tinha deles rirem de mim, da minha namorada, se transformou num olhar de estranheza, como se no lugar do amigo estivessem vendo um zumbi.
Minha mente começou a perceber essa nova realidade e agora fazia um novo diagnóstico. Viu que fora excessivamente severa com meu coração, ou melhor, fora covarde em não ter deixado o coração ter se expressado e manifestado todo sentimento de amor que havia armazenado dentro de si. Sentiu-se arrependido e decidiu que iria consertar tudo. Voltaria aquela casa e diria toda a verdade. A covardia que sentiu ao ver aquela cadeira de rodas e não deixou que seu coração se expressasse. A mente também tinha certeza que seu coração e o coração da amada sintonizavam plenamente e tudo seria perdoado e eles viveriam felizes para sempre.
Voltou aquela casa com plena disposição de tudo corrigir, de tudo confessar, mas ao chegar encontrou-a fechada. Os vizinhos não sabiam para onde as duas pessoas que moravam ali se mudaram. Sabiam dizer apenas que foram embora com grande ar de tristeza, e até a mocinha, que apesar de sua cadeira de rodas era alegre e sonhadora, partira com lágrimas nos olhos.
Eu fiquei paralisado. Minha mente não sabia o que fazer. Meu coração enregelou, trincado em mil pedaços como se a qualquer momento fosse se partir.
Eis aqui a minha história e porque eu digo que meu coração foi atropelado. Atropelado por uma cadeira de rodas!
E você, caro leitor, pode pensar o contrário, mas a minha mente racional, preconceituosa, que jamais aprendera a sinalização do amor, não poderia dirigir o meu corpo, pois agora eu vegeto na multidão com um coração paraplégico, muito mais deficiente do que aquele coração que se locomove numa cadeira de rodas.
O Criador, ocioso
De não ter nada a fazer
Inventou um tal jogo
Chamado de livre arbítrio
Criou o homem do barro
Soprou em suas narinas
Fez da costela a mulher
E da fruta fez o pecado
O livre arbítrio postou
Na mente dos dois parceiros
E dentro deles também
Desejo de comer fruta
“Comendo a fruta morrerás”
Disse aos dois jogadores
Mas o desejo, aguçado
Venceu do homem o arbítrio
O Criador se alegrou
Com o jogo reproduzindo
Milhões de novos parceiros
Tentam vencer os desejos
O Criador se diverte
Sondando os corações
De tanto ver desmantelo
Terminou todo Seu ócio
Encontrei um resumo conciso da vida moral cristã nas palavras de Alban Butler, no seu livro sobre a Vida dos Santos:
O espírito e o exemplo do mundo incutem na mente de muitos o erro de que existe uma espécie de meio-termo para ir para o céu; e assim, porque o mundo não vive de acordo com o Evangelho, eles (os tíbios) rebaixam o Evangelho para o nível do mundo. Não é por este exemplo que devemos medir a regra cristã, mas pelas palavras e pela vida de Cristo. Todos os Seus seguidores temos a ordem de trabalhar para a perfeição, assim como nosso Pai celestial é perfeito, e levar Sua imagem em nosso coração para que sejamos seus filhos. Somos obrigados pelo Evangelho a morrer para nos mesmos lutando contra o amor-próprio em nossos corações, pelo domínio de nossas paixões, aceitando em nós o espírito de nosso Senhor. Aqui não há distinção feita ou prevista entre os apóstolos, o clero, e pessoas religiosas e seculares. Os primeiros, de fato, assumem certas obrigações mais estritas, como meio de cumprir esses fins com mais perfeição; mas a lei da santidade e do desprendimento do coração do mundo é geral e liga todos os seguidores de Cristo.
Seguir ao Cristo implica numa forte determinação. Não é fácil deixar em segundo plano os interesses do Behemoth, o monstro energético que Deus criou dentro de nós para proteger os interesses do nosso corpo, mas que precisa do controle do espírito para não extrapolar e terminar fazendo mal ao próximo e geralmente a si mesmo.
Ter a firmeza de seguir o Evangelho com determinação, motivação, energia e coragem, não é simples. Esse significado de morrer para nós mesmo para fazer a vontade do Pai, assim como fez Paulo com tanta dificuldade, deve ser uma meta para nós que nos dizemos ser cristãos. Não é preciso ter um alto cargo eclesiástico para procurar fazer isso. É dever de todos nós.
Neste tempo de crise, onde a mentira, a ganancia e a corrupção impera no meio social, nós, cristãos, somos convocados a fazer a vontade do Pai no meio do caos, construir a família universal, sem destruir a família nuclear, pavimentando a entrada do Reino de Deus em nosso contexto social.
A tibieza pode ser nosso maior empecilho, associada à preguiça, uma das sete cabeças do Behemoth. Tenho uma responsabilidade maior, pois muito e me foi dado pelo Pai, e agora muito tenho que agradecer. Frente ao julgamento de Deus todos somos iguais e cada um recebeu os talentos que mereceu. A decidir segui o Cristo estamos obrigados a obedecer ao Evangelho e seguir a vontade de Deus conforme o nosso entendimento, sem ferir a lei do amor incondicional e seguindo a bússola comportamental que Jesus nos ensinou: “Fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito para nós.”