Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
02/02/2020 00h27
CURSO OBSESSÃO E SUAS MÁSCARAS – AULA 23 – PENSAMENTOS SONORIZADOS

            Nas obsessões de natureza espirítica vimos as simbioses em graus diversos. Dentre essas, as simbioses mentais que podem se manifestar como a alma, emitindo suas próprias ideias e radiações, assimilando as radiações e ideias alheias. Existe uma avaliação que cada um de nós, encarnados, emitimos cerca de 90.000 pensamentos por dia.

            Temos também a simbiose espiritual, de alguns parentes desencarnados nas residências terrestres, pois não se prepararam para a vida no mundo espiritual e procuram ficar associados a quem continua encarnado.

            A parasitose mental é uma simbiose prejudicial. Após a morte, desencarnados continuam a disputar afeição e a riqueza com aqueles que permanecem na carne.

            O vampirismo pode ser visto em quem comercializa o dom da mediunidade, pois sempre está acompanhado de maus espíritos a vampirizar-lhes os fluidos.

            A possessão é o vampirismo com repercussões orgânicas é o mais avançado grau de atuação do obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsidiado, a tal ponto que o obsidiado age contra sua vontade.

            A epilepsia e obsessão, uma forma de disritmia cerebral, tem a influência obsessiva pela fixação da onda do espírito comunicante. Não são todas as epilepsias que depende de uma onda cerebral do obsessor.

            Na fascinação a sintonia pode levar a uma licantropia com xenoglossia, pois forças do passado são trazidas ao presente.

            A obsessão oculta é mais sutil e cada um deve observar a qualidade dos raios mentais que elegemos como combustível das emoções profundas, pois isso irá atrair raios semelhantes. Imaginemos nossos raios mentais na cólera, por exemplo: não resolve, agrava; não resgata, complica; não ilumina, escurece; não reúne, separa; não ajuda, prejudica; não equilibra, desajusta; não reconforta, envenena; não favorece, dificulta; não abençoa, maldiz; e não edifica, destrói. (André Luiz – Chico Xavier).

            A obsessão durante o sono físico existe porque o espírito não dorme. A meditação e o sono do corpo são as portas abertas para a recepção de pensamentos dos desencarnados, que nem sempre querem a nossa felicidade espiritual.

            A obsessão coletiva, segundo Kardec, é semelhante a uma nuvem de gafanhotos, um bando de maus espíritos que pode cair sobre um certo número de criaturas, delas se apoderar e produzir uma espécie de epidemia moral.

            Também observamos a invigilância dos médiuns. As obsessões ocorrem porque durante o tempo dedicado ao repouso do corpo, nossa alma simplesmente, continua a buscar as mesmas escolhas ou predileções manifestadas ou cultivadas no estado de vigília. É preciso que os médiuns mantenham a vigilância durante o dia. Isso é mais forte nos médiuns, mas está presente em cada um de nós.

            Quanto os pensamentos sonorizados é uma nova modalidade de obsessão que vem acompanhada de uma crise de labirintite. Chico Xavier a descreveu com todo o desconforto que o barulho alucinante causa.

            Perguntado a Chico Xavier sobre o que ele teria de dizer sobre os médiuns que acabam desistindo do serviço mediúnico, por sofrerem assédio de entidades infelizes, responde: passei por essa experiência, um ano antes de me mudar de Pedro Leopoldo para Uberaba em 1959, uma crise alucinante de labirintite. O desconforto que a doença causava, com aquele barulho característico, dentro do crânio, alterou o meu estado emocional. Quase não conseguia concentrar-me para as tarefas de psicografia nas reuniões públicas no Centro Espírita Luiz Gonzaga. Estava intranquilo. No ápice do tormento procurei meu médico oftalmologista e disse a ele que caso a labirintite fosse causada pela dor nos olhos, eu estava disposto a arrancar meus olhos, pois não aguento mais o barulho e, preciso trabalhar. O médico, Dr. Hilton Rocha, tranquilizou-me afirmando que a labirintite não era devido a doenças oculares. Recomendou-me paciência e tudo iria passar. Quando me instalei definitivo em Uberaba, de fato cessou. Em 1989 a labirintite voltou com intensidade. Desta vez, não só ouvia o barulho característico da labirintite, como também registrava a voz nítida dos espíritos inimigos da causa cristã. Isto perturbava a minha tranquilidade interior. Esta presença de espíritos infelizes, tem sido uma constante. Ouvimos diariamente o ataque à mensagem do Cristo, à Doutrina Espírita. As sugestões desagradáveis, as induções ao desequilíbrio, os sarcasmos em relação aos episódios por mim vividos no decorrer desta existência, às ocorrências menos dignas de nossos ciclos doutrinários, às calúnias em relação a fatos conhecidos por nós, e até maledicências dirigidas ao meu círculo de amizades. Tudo isso faz com que eu me sinta tolhido na liberdade de pensar.

            A espiritualidade classifica este tipo de atuação dos obsessores, como pensamentos sonorizados dos obsessores em nós mesmos. Doutor Bezerra de Menezes, nos recomendou muita calma em relação ao assunto. Pede ainda para mostrar a estes irmãos espirituais, o meu ângulo de visão dos assuntos, e mais... rogar-lhes paciência e compreensão das minhas atividades mediúnicas. Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com estes espíritos, em somente 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de retardar minhas tarefas. 20% deles continuam no seu desiderato infeliz.

            Outro dia, ao consultar Emmanuel, ele pediu mais paciência. Segundo Emmanuel, isso duraria ainda mais algum tempo e em breve tudo voltaria ao normal. De fato, na continuidade da vida de Chico Xavier, não demorou muito mais e tudo se normalizou.

            Então, a labirintite decorre só de causas naturais? Não! A labirintite além das causas naturais, tem também as causas espirituais. Eliminadas as causas naturais através de consulta ao especialista, então deveremos procurar uma casa espírita para iniciar imediatamente o estudo e conhecimento do mundo espiritual, a nossa verdadeira “casa”. Com isto teremos chances de iniciar o entendimento: “Quem sou? De onde vim? Por que vim? Para onde vou? Por que Deus me criou? Etc.

            A maioria de nós, encarnados, faz um acordo na espiritualidade, para que ao renascer na Terra, possamos trabalhar no Bem, na Caridade, com Amor, com Dedicação. Entretanto, em aqui chegando acabamos esquecendo os nossos compromissos e as chances de cairmos novamente nos erros que cometemos no passado são enormes.

            Quando falamos em acordo, isso envolve contrato ou ajustes verbais ou escritos, e além disto, o empenho da palavra, que vai gerar confiança e expectativas, tanto em quem empenhou a palavra, tanto em quem aguarda a realização do que foi ajustado. Uma vez não sendo cumprido o acordo, a parte prejudicada vai reclamar providências.

            As providências reclamadas, via de regra, não sabemos ouvi-las através dos apelos da espiritualidade, por mais eu os irmãos enviem recados. Então, o que acontece? Acabamos com problemas semelhantes à labirintite. Por que isso ocorre? Querem que acordemos para o cumprimento do acordo feito.

            Por isto é comum uns ouvirem vozes, chamamentos, conversas no mundo espiritual, outros verem imagens, figuras, pessoas. Outros serem levados a igrejas, escolas, lugares de grande pobreza e miséria. Por que tudo isso vai sendo mostrado a essas pessoas? Para acordá-las aos seus compromissos firmados. Mas muitas acabam fingindo que não veem nada e que não sentem nada. Os irmãos que mostram isto, são espíritos que também participaram dos acordos na espiritualidade. Mas, com qual finalidade fazem isto? Para além de alertar, também poderem trabalhar com estas pessoas, mas veem-se frustrados em seus objetivos quando não são ouvidos pelos nossos irmãos encarnados. Então, ficamos com as nossas energias acumuladas em nós mesmos, não são colocadas em circulação para auxiliar pessoas conforme programação realizada ainda no mundo espiritual. Então, surgem as doenças físicas que nos afligem, tais como labirintites, etc.

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em 02/02/2020 às 00h27
 
01/02/2020 00h27
ORAÇÃO FEVEREIRO 2020

            Pai, sei que tu queres de mim o desenrolar das relações afetivas, em todos os níveis e profundidades, inclusive atingindo o nível da intimidade sexual, se for conveniente e edificante. Tudo isso só será possível se conseguirmos aplicar o Amor Incondicional dentro de quaisquer tipos de relacionamentos, construir a Família Universal e o Reino de Deus como consequência. Estamos ainda muito longe deste propósito, o egoísmo ainda é encarado como uma forma natural de comportamento, a família nuclear é a mais aceita como modelo de base para a sociedade. A família nuclear é o foco do egoísmo, do amor condicional, onde todos os benefícios são dirigidos para ela, não importando que cause prejuízos em tantas pessoas, em tantas outras famílias.

            Esta é a magnitude da minha tarefa, Pai, sei disso e sei também que se Tu colocaste tal peso em meus ombros é porque de certa forma eu tenho condições de enfrentar. Não sei se terei condições de vencer, de concluir, de pelo menos iniciar o projeto. Por onde começar? Por mim mesmo. Eu devo ser a mudança que quero ver no mundo, já dizia isso o Gandhi quando peregrinava pela Índia. Tenho as lições e o modelo de Jesus, nosso Mestre que ensinou sobre o Amor Incondicional e nos deu uma bússola comportamental fantástica para que não nos percamos pelos caminhos dos relacionamentos: fazer ao próximo aquilo que gostaríamos que fizessem a nós mesmos.

            Isto já estou tentando fazer Pai, vencer os meus instintos egoístas, de curtir prazeres corporais e procurar ao máximo me aproximar do modelo comportamental que Tu nos ofereceu: o Cristo! Sei que o meu caminho não pode ser exatamente o caminho que ele percorreu, pois cada um de nós temos os dons que Tu nos deu, com o potencial de adaptação a cada realidade circunstancial que ficamos inseridos. Dessa forma cada um dos nossos irmãos tem uma tarefa específica a realizar. Necessário que cada um tenha a consciência disso e que tenha disposição de caminhar nesse sentido, de fazer a Tua vontade, Pai.

            O tempo está passando, inexoravelmente. Pouquíssimas coisas feitas, muitíssimas coisas a realizar. Sinto que tenho que agir com mais eficiência, pragmatismo, para que alguma semente consiga germinar e criar alguma raiz. As lições do Mestre Jesus aplicadas há 2 mil anos, conseguem dar uma tintura evangélica à civilização, mesmo que os conflitos internos gerem com facilidade as ações egoístas que fazem prevalecer o mal. Muitas ações solidárias, de abnegação, de ajuda fraterna a milhares de pessoas já podemos observar. Esta massa de pessoas e de ações voltadas para o Bem precisam estar concatenadas nesta caminhada.

            Este, Pai, deve ser o meu propósito imediato. Sei que Tu está em constante contato comigo e eu sinto cada vez mais a Tua presença, no corpo físico da Natureza e principalmente, nas intuições que recebo e que se materializam nas minhas inspirações e ações. Continuo a pedir, Pai se permitido for, Sabedoria para que eu não me perca por qualquer atalho do Caminho.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 01/02/2020 às 00h27
 
31/01/2020 00h25
OPORTUNIDADES PERDIDAS – UM SONHO

            Estamos no campo de aprendizado na Terra, onde surgem diversas oportunidades de crescimento a cada momento. Quando definimos o nosso projeto, continuam surgindo oportunidades que se afinam e que não podemos deixar passar. Em nossa vida corrida as vezes sentimos a necessidade constante de lutar pela sobrevivência material e isso termina fazendo esquecer ou minimizar a importância dos valores espirituais.

            Quando dormimos o nosso espírito desagrega do corpo e vai para o mundo espiritual, para setores que tem importância segundo o nosso modo de pensar. Foi numa dessas saídas do corpo durante o sono que recebi instruções importantes sobre as oportunidades.

            Sonhei que comprava duas passagens para viajar de Natal para o Rio de Janeiro. Inadvertidamente comprei de Natal para São Paulo. Procurei trocar a tempo, mas só tinha uma vaga. Comprei assim mesmo, entrei no ônibus e vi que iria viajar numa cadeira isolada. Deixei minha bolsa na cadeira e saí do ônibus por um instante. Quando voltei o ônibus já havia partido. Procurei contratar um táxi para alcançar, iria sair muito caro, mas minha bolsa estava dentro do ônibus. Não passava nenhum táxi. Surgiu um caminhão que me ofereceu carona na mesma direção do ônibus, pelo menos para encontrar um táxi pelo caminho. O caminhão entrou numa estrada secundária, que tinha um rio e parou para alimentação e lazer. Agradeci e sai a pé para pegar a estrada principal, mas percebendo que ficava cada vez mais distante o ônibus. Pensava em pegar um táxi aéreo e cada vez mais ficava caro encontrar o ônibus, sem falar da estrada que eu terminava sem ter certeza de qual o ônibus tinha tomado.

            Esta foi a lição que ficou neste sonho não tão bem concatenado, mas mostra como se apresenta a linguagem simbólica do inconsciente ou do mundo espiritual. Tenho um projeto bem definido na minha consciência e não posso ficar procrastinando as ações necessárias. Não posso deixar partir as oportunidades sem eu estar dentro delas. A minha meta fica comprometida, fica cada vez mais pesado o custo para voltar a alcança-la e talvez, mesmo com todo o investimento que eu possa fazer com meus recursos atuais, eu não consiga mais alcança-la.

            Resta agora reconhecer a verdade da comunicação e praticar com mais afinco tudo que eu preciso fazer em todos os campos dos trabalhos materiais que desenvolvo, pois todos eles têm uma ligação com os projetos espirituais.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 31/01/2020 às 00h25
 
30/01/2020 00h25
CURSO OBSESSÃO E SUAS MÁSCARAS – AULA 24 – OBSESSÃO E ALERGIA

            INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (DIAS DA CRUZ / FCX)

            Quem se consagra aos trabalhos de socorro espiritual há de convir, por certo, em que a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente. Desde as mais simples perturbações epidérmicas aos casos dolorosos de avassalamento psíquico.

            O que é a pele? É o maior órgão do corpo humano, responsável por 15% do peso corporal. Nos coloca em contato com o mundo através de receptores nervosos, que percebem o calor, frio, as vibrações, o tato, a dor.

            FUNÇÃO DA PELE

            Há 35 anos, a ciência considera a pele como o maior órgão do Sistema Psiconeuroendocrinoimunológico. A função primordial é o desenvolvimento somático, psíquico e emocional, manutenção do seu equilíbrio global e com influência nos processos internos e na vida de relações das pessoas. O SNC tem uma relação íntima com a pele, tem a mesma origem embrionária, que chegamos a pensar: o SNC é uma parte escondida da pele, ou a pele é a parte exposta do SNC?

            PELE E NEUROPEPTÍDEOS

            O processo de comunicação pelas secreções do SNC ocorre, na pele, pelas terminações nervosas e pelas células imunológicas. Pesquisas científicas demonstram que o estresse aumenta os neuropeptídios cerebrais, provocando as alterações dermatológicas nos casos de Dermatite Atópica, Psoríase, Vitiligo e Urticária Crônica.

            EMOÇÃO À FLOR DA PELE

            A pele humana constitui uma saída simbólica para os problemas emocionais íntimos, para as emoções reprimidas. Produz sintomas a fim de chamar a atenção para este grito interior por libertação. O tato reside em nossa pele e cérebro, e sua sensação se refere tanto ao contato físico quanto à emoção: transpira-se de desespero; coça-se de frustração; rompe-se de raiva; e espessa-se para se defender. (O poder do toque, Phyllis K. Davis)

            ESTRESSE

            O Estresse atinge o Sistema Nervoso Central, que ativa as glândulas e o Sistema Imunológico produzindo Anticorpos, que assim promovem alergia, resposta autoimune, tumores. Caso ocorra diminuição das células de defesa, as infecções oportunistas podem se manifestar. Por esse motivo, o processo obsessivo pode ter uma relação com o estresse e sua interferência no sistema de defesa, facilitando as infecções.

            INSTRUÇÕES PSICOFÔNICAS (DIAS DA CRUZ / FCX)

            Quanto a Alergia, o médico vienense Von Pirquet, defendeu que era uma reação modificada nas ocorrências da hipersensibilidade humana. Agentes os mais diversos, como alimentos, poeira doméstica, pólens das plantas, parasitos da pele, do intestino e do ar, tanto quanto as bactérias que se multiplicam em núcleos infecciosos, e medicações. Dessa forma podemos considerar os compostos exógenos ou endógenos como estranhos ao organismo, da mesma forma que os processos obsessivos podem ser considerados como agentes estranhos provocando reações no nosso psiquismo. A medicina moderna admite que a ação do anticorpo sobre o antígeno na intimidade da célula, liberta uma substância semelhante à histamina, vulgarmente chamada substância “H”. Essa substância ocasiona desequilíbrios que se expressam na forma de Dermatite atípica, Dermatite de contacto, Coriza espasmódica, Asma, Edema, Urticária, Enxaqueca, Alergia sérica, digestiva, nervosa ou cardiovascular.

            AUTO-INTOXICAÇÃO FLUÍDICA

            Todos os nossos pensamentos, definidos por vibrações, palavras ou atos arrojam de nós “raios específicos”, que são chamados de Agentes R de natureza destrutiva em nós e fora de nós (endógenos e exógenos) capazes de fecharmos por tempo indeterminado em deploráveis labirintos de desarmonia mental. Da mesma forma que os antígenos na presença dos anticorpos geram a serie de doenças que já relatamos, os Agentes R são formados por antígenos mentais negativos (cólera, irritação, maledicência, leviandade, crueldade, irreflexão, calúnia, tristeza, desânimo, culpa). Tudo isso gera em nós desequilíbrios. A aura pode registrar os diferentes sentimentos, nas diversas fases e experiências, como pode ser observado no livro “Mãos de Luz”.

            INTOXICAÇÃO FLUÍDICA ENTRE ENCARNADOS

            Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio (Missionários da Luz, André Luiz)

            INTOXICAÇÃO FLUÍDICA DE DESENCARNADOS PARA ENCARNADOS

            A obsessão é um processo alérgico, objetivando o equilíbrio da mente. O pensamento doentio e descontrolado provoca em si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-los a escabiose, urticária, dermatites, asma, enxaqueca, ulceração, loucura, cirrose, tumores... Os vícios corroem a vida moral levando a eclosões de alienação mental como psicoses, depressão, ansiedade, delinquência. Nossa conduta pode ser a nossa enfermidade tanto quanto o nosso comportamento pode representar a nossa restauração e a cura. Para sanar a obsessão nos outros ou em nós mesmo, é preciso cogitar dos agentes “R” que estamos emitindo. O pensamento é força que determina, estabelece, transforma, edifica, destrói e reconstrói.

            A PRECE – FRONTEIRA VIBRATÓRIA

            A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo (...) é vibração, energia, poder. Semelhante estado psíquico revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as forças superiores (...) emitindo raios de espantoso poder. (Missionários da Luz, André Luiz).

Publicado por Sióstio de Lapa
em 30/01/2020 às 00h25
 
29/01/2020 00h25
CURSO OBSESSÃO E SUAS MÁSCARAS – AULA 25 – OBSESSÕES DE EFEITOS FÍSICOS (POLTERGEIST)

            Existe obsessão no campo físico? Sim! De que forma elas ocorrem? Allan Kardec diz que os obsessores produzem manifestações ruidosas e persistentes, através de pancadas, batidas, transporte de objetos, combustão espontânea (pirogenia), “chuva interior” (hidrogenia), etc.

            Era muito comum os jornais noticiarem casos de pedras atiradas sobre o telhado das casas, ou vidraças quebradas. Panelas e utensílios voando pelos aposentos, pratos e xícaras espatifando-se pelo chão, poltronas, armários e até colchão de bebê pegando fogo espontaneamente. Ninguém encontrava o autor dessas façanhas, nem mesmo a polícia que fica desconcertada frente ao desconhecido. É comum então, pairar o desalento e o temor. Hernani Guimarães Andrade, no livro “Poltergeist”, descreve um desses casos dentre muitos observados.

            “A casa estava um verdadeiro caos. Um odor nauseabundo impregnava o ar. As roupas haviam entrado em combustão espontânea por várias vezes. Restava um mínimo capaz de agasalhar devidamente as 8 crianças e os 6 adultos que ali residiam. Havia 8 colchões, 10 cobertores e um sem-número de colchas, lençóis, travesseiros, etc., todos já haviam sido carbonizados. Os vidros dos caixilhos e janelas, todos quebrados. As telhas partidas propiciavam goteiras, inundando todos os cômodos. Uma desolação... O sofrimento coletivo já estava no 7º mês. O que é isso? Poltergeist é uma palavra de origem alemã, composta de 2 vocábulos: poltern = fazer barulho; geist = espírito. Etimologicamente significa espírito barulhento, galhofeiro, desordeiro. Portanto, é uma entidade de ordem inferior o responsável pelo fenômeno.”

            André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade” nos elucida o seguinte: se a personalidade encarnada acusa possibilidade de larga desarticulação das próprias forças anímicas, encontramos aí a mediunidade de efeitos físicos, suscetível de se exteriorizar em graus diversos. Normalmente os jovens mal saídos da primeira infância, são o epicentro destes fenômenos. Servem de medianeiros aos desencarnados menos esclarecidos que com eles se afinam. Com o fornecimento de seu ectoplasma, o espírito produz as batidas, deslocamentos, etc. O fornecedor da energia (ectoplasma) é o Epicentro do fenômeno, e pode comandá-lo inconscientemente. O Epicentro é jovem e não demonstra nenhuma exaustão das forças físicas, embora haja grande produção de eventos.

            O livro “Poltergeist” de Dr. Hernani Guimarães Andrade é excelente para quem queira dissecar esses fenômenos que levam o pânico e o desespero a muitas famílias.

            Allan Kardec no “O Livro dos Médiuns” apresenta orientações seguras. Na “Revista Espírita” Kardec várias vezes comentou esses fenômenos. Exemplo, o caso do Espírito batedor de Bergzabern ocorrido na Baviera nos anos de 1852 e 1853. Allan Kardec entrevistou vários espíritos causadores desses fatos.  Pedem coisas para si mesmos. Uns pedem preces, outros o cumprimento em nome deles, de votos que não puderam cumprir; outros para que possam ficar em paz, pedem para reparar uma má ação praticada enquanto encarnados.

            Nas pesquisas de Dr. Hernani aparecem muitos casos de magia, ou seja, “trabalhos” de Umbanda encomendados por encarnados para prejudicar pessoas. A esses propósitos vingativos, associam-se os desencarnados de condição inferior, escravizados neste tipo de comércio de forças espirituais, para satisfazerem apetites grosseiros da matéria.

            O Dr. Hernani cita o Poltergeist de Suzano, onde encontrou as 4 condições propostas no seu modelo investigativo: o feiticeiro; os agentes incorpóreos; práticas mágicas capazes de acionar os agentes incorpóreos; e a presença do epicentro no local.

            Dr. Hernani conclui: o exorcismo dos espíritas funcionou, bloqueando a segunda condição, isto é, suprimindo a ação dos agentes incorpóreos. Para suprimir os agentes incorpóreos, recorremos à sugestão do codificador da doutrina espírita.

            Allan Kardec aconselha-nos a chamar (evocar) o espírito perturbador e através de um bom médium, interroga-lo. Pelas respostas saberemos com quem estamos tratando e agiremos conforme o caso (Livro dos Médiuns, cap. V, item 90).

            Temos nestes casos, uma ação anímico-espirítica em plena associação. Em boa parte destes fenômenos, existe uma manifesta preponderância das almas dos encarnados no comando e aliciamento dos fenômenos. Estes fenômenos podem ser enquadrados em obsessões espiríticas, mas também podemos classifica-las como obsessões anímicas. Estes são os fenômenos que ora se encaixam numa ou noutra classificação, pois os seus limites de separação são muito tênues. Trata-se de uma terrível associação entre encarnados e desencarnados, com a formação de quadrilha organizada, tendo em vista na maioria das vezes, uma ação vingativa.

            Vejamos alguns exemplos. 1. Caso de Therese Selles em 1911 – França; 2. O Poltergeist de Euclides da Cunha, Bahia, 1996. Às vezes alguém nas proximidades da casa recebia uma pedrada. O agressor nunca era encontrado. Com o tempo as pedradas ficaram mais frequentes e passaram a atingir o telhado da residência. Telhas quebravam e caiam atingindo os moradores. Por mais que vigiassem, os meliantes nunca eram encontrados. Então o negócio começou a piorar. Numa bela noite os moradores acordam com a fumaça... um incêndio havia começado em um dos colchões. Após apagar o fogo, vultos foram vistos nos cantos da casa. A situação chegou num ponto insustentável. Os incêndios ficaram mais frequentes e quase toda roupa deles ficou queimada e imprestável. Resolveram chamar o padre da cidade e ele heroicamente disse que não ia botar os pés naquele lugar assombrado. Segundo o padre, os tais fantasmas eram imaginação popular, mas o povo da cidade sabia a verdade. Ele estava era morrendo de medo de encarar o local. Então procuraram o prefeito. Esse sim, resolveu tomar alguma atitude e quase bate as botas. Ao invés de pedras o prefeito foi atingido por uma machadada nas costas. Assim como as pedras, ninguém sabe de onde veio ou de quem era o machado. Uma senhora resolveu levar uma foto do papa, levou uma pedra na cabeça. Outro quis resolver na bala. Tomou 2 pedradas na cabeça que o deixou desorientado. Havia na família um garoto de 13 anos que tinha mania de falar sozinho e costumava ouvir vozes (epicentro). Então a família passou a frequentar um centro espírita.

            3. Família Lutz, EUA, 1976. A família Lutz que foi atormentada por entidades inferiores durante os 27 dias que viveram em uma casa na pequena cidade de Amityville, mais tarde passaria às telas de cinema com o nome de “Horror em Amityville”. Um dos integrantes da família, George Lutz afirmou que durante a noite ouvia o ruído de uma Banda Marcial tocando na sua sala de estar, evento só constatado por ele.

            4. Jardim Europa, São Paulo, 1948. Uma família teve sua residência assolada dias e dias por várias chuvas de pedras que se atiravam contra a casa, quebrando vidraças e provocando muitos estragos. A polícia foi chamada, vizinhos foram interrogados, sem solução.

            5. Jaboticabal, São Paulo, dezembro de 1965. Uma respeitável família católica tornou-se o centro de uma atividade Poltergeist maliciosa e violenta. Para começar, pedaços de tijolos começaram a cair dentro de casa, aparentemente do nada. Um padre local tentou um exorcismo, mas isso piorou as coisas. Um vizinho, João Volpe, dentista, que tinha estudado assuntos psíquicos, tornou-se interessado e visitou a casa. Ele logo percebeu que o foco dos distúrbios (epicentro) era uma menina tranquila e bonita de 11 anos de idade chamada Maria José Ferreira, que dormia no quarto dos empregados. Levou-a para sua casa para ver o que podia fazer. Nada aconteceu por uns dias. Ao retornar a menina para casa, os bombardeios de pedras e ovos recomeçaram, aparecendo do nada e voando pelos quartos. Volpe contou 312 pedras que tinham caído dentro de sua casa desde que Maria chegou. Nem todas essas pedras eram pequenas, como é frequentemente num caso de Poltergeist. Uma delas pesava 3,7 quilos. Em uma ocasião, uma grande pedra apareceu e começou a descer do teto, depois ela se partiu em dois pedaços cerca de quatro metros do chão. Quando alguém pegou as duas peças, elas pareciam se encaixar como se fossem magneticamente atraídos uma pela outra. Maria começou a se acostumar com a atividade frenética, e foi mesmo capaz de pedir a presença invisível de um doce, uma flor ou algum outro item pequeno que apareciam imediatamente a seus pés. Mas, por alguma razão o Poltergeist mudou seu caráter e um dia recomeçou a confusão na casa. Por quase três semanas pratos, copos e vasos de flores, mesmo pesados, foram lançados ao redor da casa em todas as direções. Todos os utensílios de mesa foram quebrados, móveis foram jogados e fotos foram arrancadas das paredes e atiradas em outras salas. Em seguida, Maria se tornou o alvo de ataques ferozes. Repetidamente Maria apanhava, com tapas no rosto ou na parte inferior, deixando hematomas por todo seu corpo. Sobre ela foram jogadas cadeiras, um grande sofá, e até mesmo um cilindro de gás que tinha sido arrancado da parede. Aparentemente, também tentou mata-la por asfixia enquanto ela dormia, forçando xicaras ou copos sobre a boca e narinas. Agulhas foram encontradas, as vezes, presas profundamente à carne de seu calcanhar esquerdo, mesmo quando ela tinha sapatos e meias. Uma vez, 55 agulhas tiveram que ser removidas. As coisas pioraram. Em 14 de março de 1966, Maria estava no seu almoço escolar, quando suas roupas de repente pegaram fogo, aparentemente provenientes de uma pequena marca redonda que parecia ter sido causado por um cigarro. Na mesma tarde o quarto de Volpe explodia em chamas. Maria vivera na casa do dentista Volpe por cerca de um ano durante o qual os fenômenos diminuíram um pouco, mas nunca pararam completamente. Finalmente, em uma última tentativa desesperada para encontrar uma cura, Volpe a levou para um centro espírita. Um espírito veio e falou por meio do respeitado médium, Chico Xavier, e anunciou: “Ela era uma bruxa. Muita gente sofreu e eu morri por causa dela. Agora vamos faze-la sofrer também...” De volta à casa de Volpe, haviam orações especiais e apelo aos guias espirituais, que impediam qualquer ataque mais grave contra a menina. Ainda assim não se conseguiu parar a atividade Poltergeist completamente. Pedras, frutas e legumes ainda voaram em torno da casa quando Maria estava presente. Pensando que não havia mais nada a ser feito, a menina foi mandada de volta para morar com a mãe. Um dia, em 1970, quando ela tinha 15 ou 16 anos, Maria cometeu suicídio por ingestão de formicida misturado com um refrigerante, e morreu quase que instantaneamente.

            Como podemos perceber, não existe acaso no universo. Um fenômeno físico aparentemente sem nenhuma razão, ao ser analisado com profundidade, pudemos perceber a Lei de Ação e Reação (Causa e Efeito). Quando formos chamados a auxiliar nestes casos de Poltergeist ou obsessão por efeitos físicos, o que devemos fazer? Como proceder? Primeiro, atentar para a alta porcentagem de participação dos encarnados que estarão envolvidos no fenômeno. Segundo, tanto quanto possível, espalhar a excelência do Evangelho de Jesus, a fim de que o perdão entre os encarnados e também desencarnados, possa ser definitivo! Desta forma, a paz poderá reinar de forma duradoura. Afinal de contas, estamos na matéria para que? Acertar as contas mal resolvidas do passado! Lembremo-nos sempre: hoje é a colheita da semeadura feita no passado e é o momento da semeadura do que colheremos no futuro! Semeemos então, só amor!

Publicado por Sióstio de Lapa
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