Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
Este primeiro passo corresponde ao ingresso do alcoólico na irmandade de Alcoólicos Anônimos. Sabemos do sucesso da recuperação do alcoólico que chega ao A.A., desde que ele permaneça comparecendo aos grupos, que cumpra os passos e tradições. Esse sucesso é até maior que as diversas técnicas científicas dentro da medicina para cuidar da doença. Mas, porque tantos alcoólicos resistem em ir até a irmandade e salvar a sua vida que já estar bastante comprometida com a cronicidade da doença?
Para entender esse paradoxo, é importante que saibamos que o álcool é uma droga depressora, e também um ótimo detergente para limpar ambientes gordurosos. O álcool para exercer seus efeitos tem que chegar ao cérebro e deprimir, inibir os neurônios, principalmente aqueles responsáveis pelo juízo crítico. Como estes neurônios são protegidos por uma membrana formada por gorduras e proteínas, o álcool limpando a gordura termina por destruí-los. Isso leva ao prejuízo das funções mentais superiores, como memória e juízo crítico. Surgem os esquecimentos que cada vez ficam mais frequentes e intensos, e o juízo critico vai se perdendo, a pessoa se torna incapaz de fazer prognósticos sobre o rumo da sua vida, do que ele faz e que traz benefícios ou prejuízos. Nesse contexto está o uso do álcool para quem já tem uma dependência física e psicológica instalada. A pessoa já não é capaz de no primeiro momento identificar os efeitos deletérios do álcool.
Este é o momento crítico onde o alcoolista está posto. Conselhos de amigos e visitas aos grupos de Alcoólicos Anônimos não são fortes o suficiente para mudar as intenções dos alcoólicos, amparados na sua motivação dependente. Como fazer esse enfrentamento? Temos que encontrar novas motivações para apresentar ao alcoólico. No trabalho, na família, na igreja, com os amigos... a irmandade está pronta e sempre alerta para passar a mensagem, a experiência de vida de cada um
Vamos avaliar o necessário para o alcoólico dar esse primeiro passo. O A.A. está fazendo a sua parte, levando a mensagem em todos os lugares, mantendo grupos autônomos com reuniões regulares disseminados pela comunidade. Resta agora ver as motivações extras que podem vencer a resistência, a negação, a perda do juízo crítico do alcoólico.
A família é o principal argumento de controle e ajuda. Alguém está disposto a dar essa ajuda, a dar motivos que sejam mais recompensadores, que possam mostrar os prejuízos que o álcool causou e a possibilidade de recuperação?
No trabalho, existe o apoio dos patrões, dos colegas, para que o alcoólico enfrente o desconforto de começar o comportamento de recuperação?
Na igreja, os irmãos reconhecem a sua doença, levam conforto espiritual e também motivam para fazer o tratamento enquanto o juízo crítico ainda funciona adequadamente?
Os terapeutas reconhecem o grande número de recaídas dentro de suas diversas técnicas, psicológicas e farmacológicas, conhecem a irmandade de Alcoólicos Anônimos e fazem o encaminhamento, dão as devidas motivações para a visita a algum grupo e o estudo de sua literatura?
É importante que o terapeuta reconheça a importância do 1º passo para o ingresso em A.A., e encontre formas de potencializar os diversos recursos que podem ajudar o alcoólico reconhecer sua impotência, mesmo que não tenha atingido o fundo do poço. Fazer o fundo do poço dos outros alcançar o alcoólico é tarefa dos membros de A.A. nos seus constantes depoimentos; fazer a consciência do alcoólico aceitar a sua impotência é tarefa dos terapeutas.
Observamos a superpopulação da Terra em áreas privilegiadas, e também em áreas precárias. Em função disso, economistas, assim como vários técnicos de diversas áreas do conhecimento, examinam os prognósticos sombrios da fome no mundo e encolhem os ombros...
Religiosos e pensadores lamentam o crescimento exagerado da espécie humana e atemorizam-se sobre o amanhã, o que poderá acontecer com tanta massa biológica se reproduzindo sem os devidos cuidados que necessitam para uma evolução saudável...
Eugenistas e ginecologistas são chamados à tribuna e sugerem o controle da natalidade e alguns mais ousados, pragmáticos e desumanos, sugerem e até praticam a faxina ética, como aconteceu na Alemanha nazista durante o período da 2ª Guerra Mundial...
Conclaves, congressos e concílios discutem a questão e lentamente disseminam nas mentes e nos corações a falsa necessidade de limitação dos filhos, em audaciosos decretos de morte, em defesa do aborto e contra a vida...
A pretensão humana majoritária nos dias atuais, é converter a força da atração biológica capaz de gerar o amor e construir uma família, em momentos de emoções bastardas, imediatas e fugazes, desligadas do compromisso geracional para manter a evolução da matéria biológica humana num crescimento harmonioso. Por outro lado, podemos observar o caso de pessoas que não podem gerar filhos de forma natural, recorrer ao procedimento técnico científico da inseminação artificial e “fabricar” os filhos que desejam.
Dentro desse contexto superpopulacional e egoísta, observamos como consequência a criminalidade extrema nas diversas formas: de atentado ao pudor, crimes à mão armada, delinquência juvenil, desequilíbrio moral, crimes passionais, selvageria, neuroses, psicoses... Os educadores, psicólogos, analistas e assistentes sociais são chamados a opinar e surge uma orientação primordial: educação e liberdade. A educação está na base de qualquer sociedade harmônica e solidária e a liberdade é um bem inafiançável da condição humana, em qualquer nível de relacionamento.
Qual a educação ou terapêutica necessária para tantos problemas que impedem a necessária evolução humana? Recebemos há 2000 anos o maior educador e terapeuta enviado pelo Criador, como acontece com todos nós que chegamos ao mundo material: Jesus de Nazaré. Sua fórmula era simples, mas muito eficaz: amar! Ele ensinava que assim como o Pai o ama, ele também nos ama e espera que nós nos amemos uns aos outros.
Concluindo... observamos o drama da fome biológica que acontece no mundo, mas o drama maior e a causa de tudo isso: é a fome de amor! Jesus já nos ensinou que devemos aprender a amar de forma incondicional se queremos sair desse turbilhão de sofrimentos provocado pelo egoísmo. Lembra que Deus é amor, que está presente em qualquer ponto do universo, inclusive dentro de nós, e que precisamos apenas fazer a sintonia com Ele... amando!
Arrimo é uma estrutura de proteção que mantém alguém ou alguma coisa em segurança. Geralmente se diz de um filho mais velho, órfão do pai, que ele se tornou o arrimo da família, alguém que se confronta com os problemas e riscos advindos da vida, como doenças, e a luta pela sobrevivência. Isso se observa também com relação à vida em sociedade onde cada família é uma célula. Então, o organismo social pode se tornar enfermo também, geralmente pelo mal da ignorância. As trevas mentais tornam obscuro as bênçãos da luz do discernimento, e no obscurantismo da razão, da verdade, terminam por adorar as forças da Natureza e a ela oferecem sacrifícios para apaziguar os ídolos que representam, colocar arrimo para sua existência.
Apesar do avanço do pensamento, com as conquistas da ciência e tecnologia, continuamos sem evitar esse tipo de idolatria, locais desse pensamento místico como arrimo, que aparecem aqui e ali, proliferam em diversos locais, como igrejas, praças, ruas, academias, entre outros.
Quais são as motivações de tal veneração? O culto da personalidade, como aconteceu na Rússia comunista e na Alemanha nazista? Como acontecia com alguns imperadores romanos que exigiam a adoração do Eu como divindade? Com seitas voltadas exclusivamente para o prazer, desrespeito à evolução e abuso à civilidade?
Quais são as formas que podem tomar essa idolatria? O culto à mocidade sem ter consciência ou aceitar que isso é um momento fugaz, próprio de cada geração? O valor dado a objetos, como chuteiras de jogadores famosos, discos de cantores de época? Objetos associados a animais famosos como as rédeas de Incitatus, o cavalo senador de Calígula? Ideias políticas como a cruz suástica que representa o nazismo?
Podemos imaginar... quais são os limites para tanto fanatismo? A estreiteza de visão com relação à fé, que motivou tantas guerras santas em nome do Deus do Amor para a conquista de locais sagrados? A falta de bom senso nas diretrizes do conhecimento adquirido, capaz de gerar argumentos para justificar o genocídio de doentes mentais, ciganos e judeus, e assim promover uma ampla guerra mundial para prevalecer a raça pura?
Na atualidade, ainda observamos o fanatismo religioso e político em muitas correntes espiritualistas, inclusive no cristianismo, islamismo, que é motivo de guerra e terrorismo em muitos países. Também podemos ainda observar resquícios de idolatria pagã, motivada em nome da lembrança como atavismo, saudade, sentimentalismo ou arrimos em cultos ao medo.
O problema não é você ser cristão, budista, islamista, macumbeiro, umbandista, espírita, ninja, ou seja lá o que for: o problema é você ser fanático!
As lições cristãs que recebemos ensinam que nós devemos despertar para a adoração em Espírito e em Verdade, que não devemos permanecer parados no tempo, cultivando as justificativas ignorantes da verdade que existia no passado, e evitar amontoar ainda hoje os farrapos de celebridade, como acontecia com os grandes reis e tiranos do passado.
Em Espírito, significa uma vida conduzida pelos espíritos que caminham com a sintonia do Amor, por isso somos Espíritos Santos, mesmo que ainda imperfeitos; em Verdade significa agir sem falsidade, honesto, de coração puro diante de Deus, sem esconder nada significativo para quem esteja no entorno. Deus é energia de sabedoria, é Espírito de pureza máxima, por isso O devemos adorar em Espírito, longe dos interesses materiais, e em Verdade, para com Ele e paca com o próximo.
Quem segue as lições do Cristo, vai desempenhar ações cristãs, se envolvendo em atos de caridade formando um tecido de solidariedade e harmonia, calçar as sandálias do Servidor, e ungir-se, na modernidade, com o óleo do Amor ao próximo, deixar os velhos arrimos..
Não esqueçamos o exemplo de Pedro, o apóstolo rude e pescador. Recebido na Cesaréia por Cornélio, que o aguardava entre familiares e amigos, homenageado pelo ilustre anfitrião que emocionado “prostrou-se aos seus pés” e o adorou, o velho pescador, a quem tanto devemos pelo Evangelho estar hoje à nossa disposição, recordando talvez, o Mestre e suas lições, num impulso viril, no entanto, levantou o amigo dizendo: “levanta-te, que eu também sou homem”. Mostrava assim o quanto devemos evitar o fanatismo e o personalismo, evitar os velhos arrimos.
Finalmente, nós, sabedores dos exemplos do fanatismo do passado e das lições libertadoras de Jesus, devemos nos compenetrar no dever de divulgar o Evangelho em sua pureza primitiva, libertando mentes e corações do fanatismo e da idolatria.
Entramos no trabalho do pastor Jimmy...
Iniciamos a avaliação do primeiro livro de Moisés, chamado Gênesis (4004 a.C.), capítulo 1 – A CRIAÇÃO ORIGINAL. 1. No princípio (refere-se ao início da criação, ou pelo menos quando nos referimos à criação deste universo; o Deus não formado, sem feitura prévia, incriado, não tendo nenhum começo; Ele sempre foi, sempre é e sempre será) Deus (a frase, “No princípio Deus,” explica a primeira causa de todas as coisas com respeito à criação) criou os céus e a Terra (“céus e a Terra” porque Deus criou todo o Universo).
Nossa capacidade cognitiva não consegue fazer considerações sobre essa criação. A ciência nos aponta que tudo surgiu a partir de um ponto altamente concentrado de energia que de repente explodiu, o Big-Bang, dando início ao Universo, a criação original. É uma teoria baseada nos dados observados, não quer dizer que esteja correta. Tem um tempo determinado do surgimento e não tem perspectiva de término.
Fica também bem distinto no comentário do pastor, Deus e sua criação. A criação teve um início, poderá ter um fim. Deus é incriado, “sempre foi, sempre é e sempre será”, perfeito! Essa conceituação de Deus implica numa forma de energia, cheia de sabedoria, que podemos fazer uma aproximação com o Amor, com nosso precário instrumento cognitivo, para alcançar tão alto discernimento.
O ponto passível de discussão é o momento da criação. Considerando a teoria do Big-Bang como correta, de onde surgiu essa energia que ficou concentrada num ponto, passível de explosão e construir a partir daí todo o mundo material? O raciocínio lógico nos leva a pensar que antes da matéria existir, existia uma energia, uma força capaz de se expandir. Deus, com a sua onipresença, certamente estaria presente nessa energia, seria ele próprio essa energia. Ele pode se expandir em qualquer dimensão que Ele tenha criado, gerando tantos universos quanto seja Sua vontade.
Quantos universos, em quantas dimensões, Deus já criou, e continua criando por toda eternidade? Nesse campo de raciocínio ficamos mais perdidos ainda, é como um sol nas sombras de nosso intelecto, reconhecemos sua força e ficamos à distância, sem condições de ir em busca de detalhes.
Acompanhar o Big-Bang dentro de nosso universo fica mais fácil. Fica melhor compreendido que essa energia explodida vinda de Deus, termina sendo a sua própria consistência divina que irá forma o mundo material. Fica entendido as lições de Jesus, quando dizia que Deus é nosso Pai, pois é dele que nos formamos. Também é compassivo, misericordioso, pois fazemos parte dele, e seria sinal de masoquismo se ele nos criasse para sofrer. O que Ele pretende é que a fagulha divina que constitui nossa consciência e tem responsabilidade de gerenciar um corpo biológico dentro da Natureza, que é o Pai, não venha a destruir sua origem, a Natureza, o Pai.
Jesus alcançou essa compreensão quando dizia que somos deuses, que os milagres que ele fazia qualquer um de nós poderia também fazer, se reconhecêssemos essa paternidade divina, que o Pai vive dentro de nós e dentro da Natureza, que nossos erros, pecados, quando desarmonizava algum aspecto da Natureza, principalmente o próximo, deveria ser corrigido com sofrimento.
Continuando com as primeiras informações do autor, Jimmy Swaggart...
Em 1977, o Senhor me deu uma Revelação da Cruz, que transformou minha vida e ministério. Não foi algo novo, na realidade é o que foi dado ao Apóstolo Paulo. Como resultado, sinto que meu entendimento pessoal da Palavra de Deus aumentou grandemente. De fato, a história da Bíblia é a história de “Jesus Cristo e Ele Crucificado”. Também se pode dizer que a história de “Jesus Cristo e Ele Crucificado é a história da Bíblia. Na verdade, a Cruz de Cristo é o fundamento de toda grande Doutrina da Palavra de Deus. Pedro disse:
“Sabendo que fostes Resgatados da vossa vã maneira de viver (vão estilo de vida), a qual recebestes de vossos pais, não foi com coisas corruptíveis, como ouro ou prata;
“Mas com o Sangue Precioso de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem contaminação;
“O qual na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pe. 1:18-20).
O pastor Jimmy confessa que recebeu uma Revelação, semelhante aquela recebida por Paulo. Posso concordar, pois a pessoa pode sentir um pensamento muito associado ao Divino e assim assumir esse pensamento como a vontade de Deus, ou de Jesus, no caso de Paulo. Da mesma forma que Paulo, do que o pastor Jimmy, e talvez eu mesmo, como muitas pessoas, que queiram fazer a vontade de Deus, acredito. Desenvolvi o pensamento a partir das lições do Cristo, da importância do Amor Incondicional. Procurei desenvolver sua conceituação em meus paradigmas e aplicar na prática dos meus relacionamentos. Isso me deixa afastado da cultura praticada ao meu lado, como aconteceu com Paulo.
Agora, afirmar que a história da Bíblia é a história de Jesus Cristo, é demais! O Velho Testamento é o relato da história de um povo, a vida e os ensinamentos de Jesus foram renegados e fator de perseguição desse mesmo povo.
Isto significa, como já foi dito, que a Doutrina da Cruz se formulou na mente da Trindade mesmo antes da fundação do mundo, por isso é Fundamento de todo tema na Palavra de Deus, isso, se todo tema for interpretado corretamente.
Sendo generoso, poderia se dizer que cerca de 10% da Bíblia se dedica a informação sobre a Salvação. Cerca de 90% ou mais, se dedica à instrução quanto ao viver para o Senhor. E toda esta instrução se pode resumir em forma extremamente abreviada em somente três frases: 1. A Cruz de Cristo; 2. Sua fé; 3. O Espírito Santo. De uma forma simples, estas três frases descrevem como sendo a Ordem de Vitória Prescrita por Deus.
Fizemos o maior esforço em explicar todas as Escrituras na Bíblia inteira de acordo com esta iluminação.
Interessante que um texto tão extenso quanto a Bíblia, composta de vários livros escritos por vários autores, não encontre a necessidade no pensamento do pastor Jimmy dele fazer algumas considerações sobre divergências e a clara oposição entre o Deus venerado no Velho Testamento e o Deus ensinado por Jesus no Novo Testamento. Mas, veremos como serão suas considerações no corpo da Bíblia.