Inspirado numa apresentação de Luiz Lima, palestrante espírita, irei desenvolver a terapia inspirada no Evangelho, com a metáfora feita por ele, com poucas modificações feitas por mim, do medicamento feito em laboratórios e vendido em farmácias.
Consideremos a Terra como um hospital, uma região insalubre, onde as aflições superam as alegrias. Jesus, como o médico dos médicos, nos trouxe a melhor medicação que podíamos ter, o Evangelho. A sua principal indicação é para corações endurecidos, petrificados nos desejos animais, nos instintos primários. Esse medicamento tem como ingredientes, concentrados de Amor, Caridade e Perdão. Pode ser classificado como um medicamento cardiotrópico (que tem afinidade pelo coração), assim como existe o medicamento psicotrópico (que tem afinidade pela psique).
Vamos agora observar a bula desse medicamento, e como qualquer bula de remédio, é dividido em 15 itens.
Esta é a orientação básica para todos aqueles que desejam usar o remédio do Evangelho, mas não basta ler a bula, é preciso tomar a medicação. Lembrar que o Pai já nos mandou três “farmacêuticos” com medicamentos apropriados a cada momento de nossa evolução. O primeiro foi Moisés, com a imposição dos 10 mandamentos; o segundo foi Jesus, com o aconselhamento do Evangelho; e o terceiro foi com o Espírito da Verdade que veio através do trabalho de Allan Kardec nos explicar porque nós temos que agir dentro das lições do Evangelho.
Não podemos simplesmente tentar conviver com o Evangelho, na medida que ele não perturbe os nossos interesses pessoais. A Lei de Deus não é um conjunto de obstáculos. O Evangelho é uma ferramenta de transformação, um manual de evolução pessoal, uma religiosidade sem dogmatismos, e a melhor prescrição médica para a alma que já nos foi oferecida.
O livro “Roma e o Evangelho nos traz uma frase bastante significativa para o que estamos querendo simbolizar com este texto: “Espiritismo teórico é uma filosofia; espiritismo prático é uma virtude.”
Li um texto de Chico Xavier que circula no whatsapp que considero importante reproduzir aqui para incentivar a todos que desejam transmitir a paz por qualquer lugar e com quem quer que seja.
O silêncio
Onde quer que você esteja, seja a alma deste lugar...
Discutir não alimenta.
Reclamar não resolve.
Revolta não auxilia.
Desespero não ilumina.
Tristeza não leva a nada
Lágrima não substitui suor.
Irritação intoxica.
Deserção agrava.
Calúnia responde sempre com o pior.
Para todos os males só existe um medicamento de eficiência comprovada.
Continuar na paz, compreendendo, ajudando, aguardando o concurso sábio do Tempo, na certeza de que o que não for bom para os outros não será bom para nós...
Pessoas feridas ferem pessoas.
Pessoas curadas curam pessoas.
Pessoas amadas amam pessoas.
Pessoas transformadas transformam pessoas.
Pessoas chatas chateiam pessoas.
Pessoas amarguradas amarguram pessoas
Pessoas santificadas santificam pessoas.
Quem eu sou interfere diretamente naqueles que estão ao meu redor.
Acorde...
Se cubra de gratidão, se encha de Amor e recomece...
O que for bênção para a sua vida, Deus te entregará, e o que não for, Ele de livrará!
Um dia bonito nem sempre é um dia de sol...
Mas com certeza é um dia de Paz.
São boas orientações para quem queira viver em Paz, mesmo dentro de um mundo tão conturbado como este. Em todos os países e no nosso principalmente, a violência prevalece na mente das pessoas, e andamos assustados com o que pode acontecer conosco em cada esquina, em cada loja, e até mesmo dentro dos templos religiosos.
Podemos ter essas atitudes preconizadas por Chico Xavier ao lado das pessoas que são consideradas humanas, mas aquelas que vivem e morrem como animais, nós somos simples caça para eles. Uma atitude cristã vai apenas facilitar o seu gênio selvagem
A solução para todos que querem evoluir na escala espiritual é se afastar das pessoas que tem mais perfil de feras do que de humanos e aí, sim, podemos colocar em prática as dicas do Chico, e ainda mais, usar o Evangelho como forma de curar as mazelas que nos trouxe a este planeta hospital.
Fiz um texto sobre a importância da autohemoterapia há cerca de quatro anos e vejo agora a utilização dele na defesa da técnica chegando até o senado. Vejamos o que diz:
“Memória – médico diz que Parecer do CFM é ‘Prepotência travestida de ciência’. A liberação da receita da autohemoterapia pelos médicos brasileiros, com a revogação da Nota Técnica da ANVISA e nova mudança no Parecer do Conselho Federal de Medicina – CFM, foi defendida hoje mais uma vez pelo médico Francisco das Chagas Rodrigues, Vice Chefe do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Desde a época da publicação do Parecer do CFM sobre o assunto, Dr. Rodrigues afirma que aquele documento ‘é uma agressão à arte de curar’. O médico potiguar afirma que ‘O que importa é a disposição ética de cumprir os ensinamentos hipocráticos, de procurar cuidar do enfermo com o melhor do nosso tirocínio, evitando lesar o paciente, por ação ou omissão’. Acrescenta: ‘espero que a conjuntura se torne cada vez mais favorável à destruição da prepotência travestida de ciência.’ E conclui: ‘É isso que penso e defendo, mesmo porque considero a medicina como uma arte que pode e deve usar a ciência, mas não ir de reboque a uma verdade científica que amanhã pode ser desmentida pela realidade, como temos visto em tantos momentos da história’. Pesquisa – A declaração do Dr. Rodrigues foi dada no momento em que ele tomou conhecimento de que a Senadora Ana Amélia está interessada em informar-se a respeito da auto-hemoterapia, em razão do trabalho que vem realizando para tornar mais céleres as pesquisas científicas. A Senadora Ana Amélia determinou à sua assessoria que obtivesse informações a respeito do assunto. A coleta de informações é importante, pois trata-se de um procedimento que mexe com a saúde da população e envolve órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, o Conselho Federal de Medicina – CFM, a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia – SBHH e o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN. Inicialmente é preciso observar que para compreender a questão e situação da auto-hemoterapia no Brasil atual, é preciso admitir que aqueles órgãos não são perfeitos, infalíveis ou completamente corretos e imparciais em suas afirmações e decisões. Desta forma será dada chance de analisar o assunto tecnicamente e não diante de interesse de cúpulas que em certas circunstâncias manifestam-se de maneira tendenciosa. Obstáculos – Há mais de dez anos, por conta da popularização do uso da auto-hemoterapia, em vista da divulgação da entrevista do Dr. Luiz Moura, forjaram um jeito de criar obstáculos à utilização da técnica, com informações distorcidas e discutíveis. Episódios que seriam dignos de investigação, caso os interesses da população fossem levados verdadeiramente à sério. Basta citar que a ANVISA proibiu de forma enviesada e estapafúrdia o uso da auto-hemoterapia através de Nota Técnica que não teria esse poder, gerando uma situação de indefesa para a população e de autoritarismo para o órgão governamental. Depois de proibir o uso da técnica, com argumentos e citações disparatadas, o referido órgão resolveu consultar o CFM – numa clara inversão da ordem – se seria “reconhecida” uma técnica que já era usada havia quase 180 anos. O CFM, por sua vez, emitiu um parecer tendencioso, incompleto e falho proibindo os médicos de usarem a técnica, mas logo foi forçado a voltar atrás permitindo uma parte da auto-hemoterapia através do Tampão Sanguíneo Peridural – TSP, atendendo reclamação dos anestesistas; fazendo vistas grossas de outra parte, como o Plasma Rico em Plaquetas, utilizado na recuperação rápida de atletas; permitindo tacitamente o uso da técnica na forma de ozonioterapia; e mantendo a proibição em mais outra parte. Verdade – Forte exemplo dessa realidade é a notícia dada pelo Conselho Federal de Medicina – CFM em seu portal, no final de fevereiro de 2015, reafirmando que a auto-hemoterapia não teria eficácia comprovada. Em seguida, veiculou peça publicitária no facebook com essa mesma afirmação. Resultado: cerca de 1.000 manifestações, entre compartilhamentos, comentários e curtidas, mostram que 99% das pessoas que opinaram obtiveram bons resultados com o uso da auto-hemoterapia. Para confirmar esse percentual, basta acessar o referido endereço. Conforme já mostramos, ocorre que se trata de uma técnica que não requer gastos com hospital, laboratório, medicamentos, etc. e como não é lucrativa vai de encontro aos interesses econômicos da indústria da doença. Todas essas contradições precisam ser abordadas, para que seja fácil, prática e clara compreensão do problema. Diante desse quadro, a expectativa dos usuários, beneficiários e defensores da auto-hemoterapia é de que sejam realizadas pesquisas sobre a eficácia da auto-hemoterapia na prevenção e combate a doenças; que sejam promovidas audiências públicas sobre o tema; revogada a Nota Técnica da ANVISA que trata da auto-hemoterapia; e recomendado que o CFM, SBHH e COFEN façam um ajuste de conduta, por vir tratando desse assunto de forma tão contrária aos interesses da sociedade.”
Esta proibição persiste até os dias atuais. Reflito, como pode pessoas que devem ter como missão cuidar do ser humano, termina envolvido em outros interesses e perdem o sentido lógico de como proceder, não veem que suas decisões prejudicam não só uma, mas milhares de pessoas, que testemunham se beneficiar de uma técnica e de repente se tornam impedidas, marginais dentro de uma legislação autoritária e perniciosa. Mas, continuamos a clamar e lutar para que nossos direitos de cidadão sejam respeitados, que possamos ir em busca dos nossos interesses mais profundos, como é o caso de preservação da vida com qualidade; para que nossos direitos como profissionais, como médicos, vá em busca do dever de seguir as orientações do mestre Hipócrates: “Aplicar os regimes para o bem do doente segundo o meu poder de entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém”, por ação ou omissão.
Ao fazer uma ligeira retrospectiva de minha vida, e ver quantos malabarismos os meus caminhos fizeram até chegar onde estou hoje, entendo que isso aconteceu porque tomei uma decisão, até inconsciente, na época, acredito, de amar incondicionalmente, mesmo sofrendo forte pressão dos instintos.
Amar passou a ser para mim uma decisão e uma entrega a uma ação que não poderia ficar somente na teoria. Da mesma forma quando eu decidi cultivar meu jardim, eu sabia que iria ter muito trabalho, adubar, regar, tirar ervas daninhas... da mesma forma acontece com essa decisão de praticar o Amor Incondicional. Talvez os problemas não tenham sido tão claros e objetivos como acontece quando decidimos cuidar do jardim, mas com o tempo observei que a prática desse Amor Incondicional gera também muito trabalho: compreender, tolerar, suportar sempre as idiossincrasias do próximo, sem deixar as feridas que isso provoca tirar o riso do meu rosto...
Continuo a regar com afeto, adubar com compreensão a coração tão duros, evitar a erva daninha das maledicências que podem germinar perto delas... até ver o dia daquele coração tão duro se abrir em flores, transformado pela ação do Amor.
É preciso dedicação, cuidado, espera, a quem decide amar, para poder colher as flores da afeição. Dedicação!
Devemos amar nosso companheiro, aceita-lo, valorizá-lo, respeitá-lo, dar afeto e ternura, admirá-lo e compreendê-lo... isso é tudo, apesar das grandes decepções que ele possa nos causar. Apenas decida amar!
Sem a presença do Amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.
A inteligência sem amor nos faz perversos, a justiça sem amor nos faz insensíveis e vingativos, a diplomacia sem amor nos faz hipócritas, o êxito sem amor nos faz arrogantes, a riqueza sem amor nos faz avaros, a pobreza sem amor nos faz orgulhosos, a beleza sem amor nos faz ridículos, a autoridade sem amor nos faz tiranos, o trabalho sem amor nos faz escravos, a simplicidade sem amor nos deprecia, a oração sem amor nos faz calculistas, a lei sem amor nos escraviza, a política sem amor nos faz egoístas, a fé sem amor nos torna fanáticos, a cruz sem amor se converte em tortura, a vida sem amor... bem, a vida não tem sentido.
As flores que espalham perfumes e mostram suas belezas nos jardins, são testemunhas do Amor de Deus, os passarinhos que cantam nos prados e piam nos ramos são a presença do amor de Deus transparecendo nos rios
As ondas gigantescas que se arrebentam nas praia são a prova do amor de Deus se agigantando no mar.
O homem sábio, pelos conhecimentos que lhe robustecem o cérebro, e aquele que se enobrece no trabalho do bem, pela luz que lhe emana do íntimo, apresenta o amor de Deus alevantando a vida.
Por todos esses motivos decidi amar, mesmo sabendo que devo cuidar, como cuido do jardim, as energias do coração: adubando as virtudes e jogando fora os vícios e defeitos.
Lembro de um livro sempre presente na minha mente, “O Pequeno Príncipe”, que li na adolescência mas que a imagem daquele Pequeno Príncipe, sozinho num planeta, a conversar com animais e plantas, parece ser a minha própria imagem, vivendo neste planeta, conversando com tantas pessoas, mas todas tão distantes do meu coração, da minha forma de sentir, de amar. Por esse motivo sou expulso da convivência íntima com essas pessoas, sou agredido com palavras e até com tapas e arranhões...
Ninguém consegue sintonizar o meu coração, a forma de amar com exclusividade é incompatível com a minha forma de amar com inclusividade, de um amor incondicional que está muito acima de um amor romântico.
Não tenho alguém que me olhe nos olhos quando eu falo de amor, e sinta o mesmo tipo de amor que sinto pelas criaturas, mesmo que sejam pessoas difíceis, maledicentes, hipócritas; alguém que ouça as minhas tristezas e alegrias com paciência e compreensão, mesmo que isso implique ela saber da doação do meu amor à outras criaturas que como ela também sente o coração palpitar de paixão. E mesmo que não compreenda, que respeite os meus sentimentos, como eu respeito os dela, e não sofra tanto por causa disso.
Preciso de alguém que venha lutar ao meu lado sem precisar ser convocado, que não queira como pagamento a exclusividade do meu amor, que me ame sem condições, assim como é amada por mim, mesmo que me agrida, na presença ou na ausência.
Preciso de alguém que acredite nessa coisa misteriosa, que se confunde com Deus e com o mal, que é o Amor Incondicional; de alguém que aceite minha mão estendida, quer seja para doar ou para receber, sem intenções de abuso; preciso de alguém que seja companheiro, nas guerras e alegrias, nos confrontos e sintonias, e que no meio da tempestade grite em coro comigo.
Preciso de alguém que torne minha vida mais simples, mais bela, para saber que não estou sozinho, carregando uma caixa preta, escondida, sem poder compartilhar com ninguém; não posso ser inteiramente feliz se não contar pelo menos com um amigo fiel, que não se escandalize com minha forma de amar, pois é da minha forma de amar que surge a essência da minha vida.
De que vale ter tanto sucesso, conquistar tantas batalhas, se não tenho com quem confraternizar? Meu riso se perde no tempo, minhas lágrimas caem no vazio; não tenho ao lado um coração que se compadeça, e que perdoa as coisas mais amargas da vida, as tentações mais poderosas.
Ah, como eu queria deixar o templo da solidão e voar integrado, como a um bando de pássaros, pelas energias do Universo!