Um dos principais pilares do tratamento proposto em Alcoólicos Anônimos está dentro dos 12 passos. Entre esses passos, podemos citar o segundo como um apoio que pode estar presente em qualquer momento da vida do alcoólico: Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
O alcoólico está doente de uma das maiores funções mentais superiores, a Vontade. No desenvolvimento da doença, é criada a necessidade orgânica e psicológica do uso do álcool. Essa necessidade se expressa nas funções mentais como desejo pelo consumo do álcool, às vezes tão forte que caracteriza a compulsão.
A pessoa percebe que sua vida está ingovernável, se guia pelos desejos, pela compulsão, pela obsessão mental. Isso leva a condição de desespero, por perceber que tudo está sendo destruído ao seu redor: família, trabalho, amigos, biologia, moral...
Alguns se recusam a acreditar em Deus, outros não conseguem acreditar e ainda outros acreditam na existência de Deus, mas de forma alguma confiam que Ele possa realizar este milagre da sua recuperação. Sentem que estão no fundo do poço, sem saída, mas não encontram uma solução.
Nesse estágio, mesmo a pessoa tendo decidido não mais beber, o desejo sempre vence a vontade e a recaída se torna uma frequente. Essa sensação de impotência que o alcoólico passa a perceber, de não dominar a sua vida através do exercício do livre arbítrio e da vontade, pode levar ao suicídio, e estudos mostram que até 18% podem ter essa causa.
O desenvolvimento da fé em um Poder Superior, qualquer que seja o nome que seja dado de acordo com tal ou qual religião, tem o potencial de devolver o controle da Vontade ao alcoólico, que significa devolver a sanidade, aplacar a obsessão.
Esta é a importância deste passo, fazer o alcoólico sentir a existência do Poder Superior em sua vida, que Ele está presente em qualquer momento ou circunstâncias, que pode senti-Lo na Natureza ou no relacionamento com o próximo, e que Ele pode ajudá-lo no controle da vontade, na restituição da sanidade mental.
Heresias
“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” – Paulo (1ª Epístola aos Coríntios. 11:19)
Recebamos os hereges com simpatia, falem livremente os materialista, ninguém se insurja contra os que duvidam, que os descrentes possuam tribunais e vozes.
Isso é justo.
Paulo de Tarso escreveu este versículo sob profunda inspiração.
Os que condenam os desesperados da sorte não ajuízam sobre o amor divino, com a necessária compreensão. Que dizer-se do pai que amaldiçoa o filho por haver regressado a casa enfermo e sem esperança?
Quem não consegue crer em Deus está doente. Nessa condição, a palavra dos desesperados é sincera, por partir de almas vazias, em gritos de socorro, por mais dissimulados que esses gritos pareçam, sob a capa brilhante dos conceitos filosóficos ou científicos do mundo. Ainda que os infelizes dessa ordem nos ataquem, seus esforços inúteis redundam a benefício de todos, possibilitando a seleção dos valores legítimos na obra iniciada.
Quanto a suposta necessidade de ministrarmos fé aos negadores, esqueçamos a presunção de satisfazê-los, guardando conosco a certeza de que Deus tem muito a dar-lhes. Recebamo-los como irmãos e estejamos convictos de que o Pai fará o resto.
ATA AMA-PM – 13-09-17
Em 13-09-17, as 19h, na casa de Paulo Henrique, foi realizada mais uma reunião da AMA-PM e Projeto Foco de Luz, com a participação das seguintes pessoas: 01. Soraia (98711-3316); 02. Paulo; 03. Edinólia; 04. Leandro (99956-3030); 05. Francisco; 06. Ana Paula; 07. Nivaldo; 08. João Maria; 09. Mano; e 10. Netinha. Após os primeiros 30 minutos de conversa livre foi iniciada a reunião com a participação de Soraia e Leandro, moradores da rua do Motor que foram prejudicados pela queda do muro do HUOL durante chuva. Foi combinado que eles iriam na próxima terça-feira no departamento de medicina Clínica, sede do Projeto Foco de Luz, para levar os documentos constantes do sinistro e as providências que estão sendo realizadas pela direção do Hospital. Edinólia confirma que será realizada neste mesmo dia e horário a prestação de contas correspondente ao mês de agosto. Nivaldo coloca mais uma vez a dificuldade de utilização das escolas do bairro (Olda Marinho, principalmente, que está sendo administrado pelo município) no apoio às atividades comunitárias, e que o grupo de música continua se reunindo precariamente assim como novos grupos não podem ser formados por falta desse apoio. Reforçamos que temos a simpatia da Secretaria Municipal de Educação através dos seus gestores, mas que essa boa vontade não consegue se refletir ainda na prática dentro da escola. Francisco lembra do nosso compromisso cristão, de não entrar em conflito no exercício de nossas ações, como o Mestre ensinou, e que devemos focar com mais intensidade nos jovens que vivem desocupados sem atividades e em risco de envolvimento com a criminalidade, drogas ou prostituição. Foi combinado a presença de um ou dois jovens na próxima reunião para avaliar, no diálogo fraterno, o que eles tem necessidade. Paulo ficou de verificar a possibilidade do vereador Nei Lopes comparecer na próxima reunião. As 20h30 a reunião foi encerrada, João Maria conduziu a oração ao Pai e todos posamos para a foto oficial.
Ás vezes pensamos que aceitamos confiante a fé cristã e devido a isso a luta pela sobrevivência parece mais rude, a fadiga nos cede e o desespero nos ronda. Imaginamos que forças tiranizantes nos aniquilam, amesquinham, e que elas se alegram com nossos tormentos.
Analisamos que abraçamos o cristianismo com a esperança desse esclarecimento nos trazer paz, no entanto, com a ampliação do conhecimento, parece que os problemas com os quais não contava, agora se multiplicam.
Comentamos, o que ocorre conosco? Não desejávamos melhoras econômicas ao aceitar a doutrina renovadora do Cristianismo, e agora temos tantos insucessos... aguardávamos um paraíso junto aos companheiros, mas surgem tantas animosidades?!
Finalmente, chegamos à conclusão: desistimos! Eis a solução. Talvez estejamos nos consumindo pelo excesso de ideal. Vemos outros companheiros com ares tão felizes, bem colocados, joviais... algo conosco está errado.
Mas, enfim, o que está errado? A conclusão! Não avaliamos que todo compromisso elevado exige esforço no empreendimento, luta na execução, força no ideal. Quem pretende usufruir de bens antes de os produzir, mostra que conserva a mentalidade infantil dos primeiros anos. Quando queremos fazer determinado curso para exercer uma boa profissão, não temos que nos esforçar para conseguir essa meta? Assim é com tudo de positivo que quisermos alcançar, principalmente no aspecto espiritual onde as conquistas se dão na dimensão abstrata.
Chico Xavier já falava que, “todos evoluem desidratando, seja pelo suor do trabalho ou pelas lágrimas do sofrimento,”
O “Homem Velho” continua sobre nossa estrutura mental, e para se despojar dele que cobre nossa alma é preciso uma grande revolução íntima. O nosso passado é todo um amontoado de escombros a retirar para reconstruir. Quanto mais demorarmos no charco pestilento, mais nos acostumamos com sua podridão. O horizonte espiritual é maior quanto mais alto o contemplamos.
Quando apresentamos o desejo de melhorar, como consequência temos uma positiva que nossas percepções espirituais ficam desenvolvidas e sintonizadas com a luz. Por outro lado, as influências negativas que sempre temos ao nosso lado, redobram a vigilância junto aos nossos movimentos, quando sentem a ameaça de perder o facilitador das loucuras, dos vícios, e atiram-se sem ordem disposto a tudo.
Nesse contexto temos as seguintes observações: vamos orar para que possamos nos elevar acima das sombras; exercer trabalhos para retemperar as forças; estudar para aumentar o discernimento sobre as coisas; e amar manter a paz em todos os níveis.
Lembrar que sofremos de duas influências principais: a influência carnal que só vê o lado penoso das provas, sem raciocinar que no estado de imperfeição em que nos encontramos, não é possível uma vida isenta de amarguras. Tudo isso pode ser atenuado pela vitória sobre a ignorância, porém, o maior problema do ser humano é causado pela própria falta de interesse em aprender.
A outra influência é a espiritual. Tem como finalidades: estudar, cultivar e praticar o Evangelho de Jesus e, ao mesmo tempo, proteger os lares contra experiências espirituais negativas; beneficiar pessoas necessitadas por meio de preces e vibrações espirituais; comparar os gozos fugazes e grosseiros da materialidade com a inalterável felicidade que se adquire no campo espiritual; e finalmente, atingindo esse estágio, nenhum sofrimento nos causa as dores que tenhamos que passar para chegar nessa meta.
Na leitura do livro “A Ressurreição de Cristo”, do escritor Og Mandino, encontrei uma relação interessante com esses personagens: Pilatos, Cornélio, Lino e Jesus.
O relato que Og Mandino faz na relação desses quatro personagens não coincide totalmente com um texto feito em 06-05-17 neste diário, mas, mesmo assim é interessante colocar esta versão, que parece ser mais afastada da verdade que a primeira.
Og Mandino se refere a uma investigação feita por um escritor contemporâneo que tem o favorecimento de voltar no tempo e investigar 6 anos após a crucificação de Jesus, as diversas testemunhas que conviveram com Jesus e que pode confirmar ou não a verdade da ressurreição.
Na entrevista que ele faz a Pilatos, percebe que o governador da Judéia foi enganado pelos sacerdotes do Templo, principalmente Caifás, envolvendo-o como responsável pela crucificação do Cristo.
Inicialmente foi feito um acordo prévio entre Pilatos e Caifás, a interesse do sacerdote, para a prisão e condenação a morte por apedrejamento de Jesus. Feito o julgamento no Sinédrio, e Caifás tendo “cavado” uma condenação de morte, sem obedecer as leis existentes sobre isso, o condenado é levado à presença de Pilatos, que teria o papel apenas de confirmar a sentença de morte e deixar o condenado seguir para o apedrejamento. Acontece que o sacerdote deixou o réu nas mãos de Pilatos para que esse fosse o juiz do caso e o responsável pela morte por crucificação. Apesar de Pilatos ter feito todo o possível para salvar Jesus da situação, por não perceber crimes em suas ações e por ter recebido um recado de sua esposa, Cláudia, quanto um sonho que ela teve e que dizia para ele não se envolver na morte daquele justo, Pilatos não conseguiu o seu intento, apesar de ter até libertado um conhecido criminoso, Barrabás, em sua última tentativa.
Como Pilatos citou em sua entrevista o nome do centurião Cornélius como pessoa de sua confiança e que enviou-o ao Gólgota para confirmar a morte de Jesus, foi permitido que ele também entrasse no rol dos entrevistados.
Cornélius confirma que foi a pedido de Pilatos até o Gólgota, confirmar a morte de Jesus, e que ao fazer isso, espetando o seu coração com uma lança, evitou que os ossos de suas pernas fossem quebrados, como era costume para acelerar a morte dos condenados. Ao ser indagado se ele conhecia Jesus antes desse dia, o Centurião informa que sim, que quando morava em Cafarnaum o seu auxiliar Lino adoecera e ele sabendo que Jesus podia curar os enfermos, o procurou. Foi bem recebido pelo Mestre que confirmou que iria até sua casa para proceder a cura. Mas o centurião disse que não precisaria ele ir e se contaminar na sua casa, como os judeus imaginavam que isso acontecia quando um rabino entrasse na casa de um gentio, principalmente soldado romano. Cornélius disse que como militar sabia da importância da hierarquia, e bastava uma palavra do Mestre que o seu servo seria salvo. Jesus ficou surpreendido com tamanha fé do centurião e disse que se fizesse naquele momento conforme a sua fé, que o seu servo estava curado.
Foi com esse sentimento de gratidão que o Centurião foi naquele dia ao Gólgota e na tentativa de evitar a quebra dos ossos do seu benfeitor que ele espetou o seu coração já paralisado para confirmar a sua morte.
Este relato difere do anterior já citado, mas a beleza dos dois permanece, a conotação é a mesma, e se nomes e circunstâncias são divergentes, a moral e o sentido espiritual permanecem. Tanto Longinus quanto Cornélius, agem com o Mestre de forma caridosa e gratificante, e ingressam nas lições que ele ensinava sobre o Caminho, a Verdade e a Vida, onde deixam o título orgulhoso de serem cidadãos romanos para a prioridade espiritual de serem cidadãos do Reino de Deus.
Interessante, como a cada vez que compreendemos a importância de Deus em nossa vida, tudo que acontece ao redor parece ter o Seu dedo, a nos chamar a atenção, a nos querer ensinar alguma coisa, a apontar determinado caminho.
Foi o que aconteceu ao ler uma frase na minha folhinha de escritório, que já está ali há quase dois meses, já que essa folhinha é bimensal. A frase é a seguinte:
“Por vezes parece difícil dar o primeiro passo em direção ao outro; contudo, sem esse primeiro passo todas as lutas já estariam perdidas”.
Não tem nada de extraordinário, mas é como se o Pai tivesse me orientado para fixar a atenção nessa frase e ver o que ela poderia evocar de ensinamento, passado, presente e futuro.
No passado eu percebo que dei os primeiros passos muitas vezes em direção ao próximo, às suas necessidades materiais e, principalmente espirituais. Posso ter sido falho em alguns momentos por características introvertidas da minha personalidade. Mas posso contabilizar grandes vitórias ao trazer a luz, paz, compreensão, tolerância e harmonização a algumas pessoas com grandes dificuldades emocionais.
No presente continua existindo pessoas que necessitam do meu primeiro passo, mas por dificuldades inerentes a essas pessoas, isso tornam as minhas dificuldades ainda mais complicadas. Mas o foco na mensagem advertiu à minha mente de que devo lutar com mais empenho para superar minhas dificuldades, para conseguir a vitória apesar das dificuldades internas e externas. Estou agora empenhado no estudo do Colegiado dos Guardiões da Humanidade, através dos primeiros passos que dei em direção à essa orientação e ao seu principal divulgador entre nós, o médium Robson Pinheiro. Levei esse tipo de estudo e orientação espiritual, que parece ser mais combativo, aos companheiros mais próximos, apesar de não ter sentido a mesma importância que eu dei. Mas não importa, o meu papel era fazer isso, e o papel deles é seguir o que dita às suas consciências nos caminhos que consideram mais importantes. Afinal, é isso mesmo que o Pai espera de nós, que por caminhos os mais diversos, façamos a Sua vontade.
No futuro, sei que novos desafios surgirão e cada vez com maior amplitude. Vejo surgir no horizonte o trabalho a ser realizado para mostrar e colaborar com a importância da reimplantação da Monarquia no Brasil, onde já dei o primeiro passo para mostrar as pessoas que comungam com esse ideal que podem contar comigo. Fiz uma reunião no HUOL com dois jovens idealistas que estão dentro da causa, e passamos um vídeo educativo sobre o assunto, e combinamos ficar atentos sobre o que podemos fazer no coletivo.
Tenho uma ideia vaga do que Deus quer de mim, às vezes fico em dúvida se tanta responsabilidade que vejo no horizonte não são simples reflexos dos meus desejos mais secretos. Mas as minhas intenções estão dirigidas para Deus, não posso ficar limitados dentro das dúvidas, pois assim fazendo menosprezo a Vontade do Pai, que acredito que Ele deixe implantado como semente em cada consciência.